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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O AMOR QUE CONTA

Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.”
1ª Carta do apóstolo João 3:18

Como se torna difícil a prática deste versículo, em tempos tão agitados como estes. O século da correria, do dia de 25 horas, das horas de 70 minutos.
Não há mais tempo para a família e muito menos para os filhos. Mal começa o dia, e à frente se apresentam milhares de compromissos: o trabalho, a faculdade, o curso de mestrado, e à volta para casa ao findar do dia, ou melhor, no limiar da madrugada. Dá para perder o fôlego.

Entretanto, se de um lado as eventuais vantagens despontam, do outro os prejuízos se avolumam. É a saúde que vai de embrulho, o relacionamento com o cônjuge, o esfriamento dos laços com os filhos, e a distância que cresce. E assm, nem as mãos e nem os braços já não se alcançam e nem se encontram. Perderam o calor.
E o que falar na vida cristã? O lugar onde Deus colocou cada filho para exercitar o amor? Onde a convivência é no mínimo um dia por semana entre sete? A igreja que é composta de gente de carne e osso se tornou tijolo, cal, areia e cimento. Um lugar que deveria aquecer o coração chega a gelar a alma.

A correria desenfreada atacou a comunidade que se chama igreja. Cada um cuida do que é seu e olhe lá. As atividades que já engoliram a família, agora engolem o amor que se transformou em amor de boca e de palavra. Não há ação e nem verdade.
E assim, cada um vai levando do seu jeito na prática de um cristianismo chocho.

Quando for colocado em primeiro lugar o amor que recebi de Deus na pessoa de seu Filho Amado, o tempo será pequeno demais para exercitá-lo no mais simples gesto em favor do meu irmão, num abraço, num silêncio, num enxugar de lágrima, numa palavra de consolo. Somente assim a correria terá sentido. Somente assim minha família e meus filhos sentirão o que é o amor e meus irmãos conhecerão de fato o que é ser uma nova criatura.