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sexta-feira, 6 de abril de 2012

MEDITAÇÃO AO PÉ DA CRUZ


 

Ao meditar Jesus Senhor
Na Tua amarga cruz por mim,
Com gratidão e com louvor
Celebro a quem me amou assim.

Mas como o Salvador, contar
O amor que foi a cruz por mim?
Não poderá ninguém sondar
A dor de quem sofreu assim.

Pecado meu Te fez sofrer
De Deus o desamparo ali;
Mas mesmo pelo teu morrer
Pudeste vida dar me em Ti.

Té  que contigo vá gozar
O fruto dessa cruz, Senhor
Que aqui Tu possas sempre achar
Em mim agrado e ver o amor.


Letra: Issac Watts - Nasceu no dia 17 de julho de 1674 em South­amp­ton, Inglaterra. Faleceu no dia 25 de novembro de 1748 em Stoke New­ing­ton, Inglaterra. Descansa no cemitério  Bun­hill Fields, Londres, Inglaterra.
Música: Edward Miller.

O autor deste hino é considerado o mais importante da hinologia inglesa, tanto pela quantidade de hinos que escreveu (cerca de seiscentos), como também pela alta qualidade espiritual dos mesmos. De físico franzino  como o apóstolo Paulo, e muito doentio, era, contudo, dotado de irresistível fibra. Muito precoce,  revelou os seus extraordinários talentos. Para se ter uma ideia, Issac Watts começou a estudar latim aos quatro anos de idade; grego aos nove; francês aos onze; e hebraico aos treze! Grande amante da poesia.

Logo começou a versejar e tudo quanto falava, fazia-o em versos.
Seu pai, um comerciante em Southampton, Inglaterra, cansado de ouvi-lo falar em rimas, ameaçou até espancá-lo para que parasse com aquilo, mas o garoto, entre lagrimas e soluços, exclamava: “Pai meu, tem piedade de mim / nunca mais rimarei assim!”.

Logo aos quinze anos de idade o jovem Issac dedicou seus talentos também ao trabalho da igreja, No seu tempo, na Inglaterra, os cânticos na igreja eram limitados à repetição dos Salmos do Velho Testamento, cantados, linha por linha, por um dirigente e repetidos pela congregação. Issac achava aquilo muito monótono e dizia:

“Os cânticos em louvor ao nosso Deus devem ser a parte mais sublime da nossa adoração, mas o que estamos fazendo é o pior que se  pode fazer na terra”. A isto, seu pai respondeu:

“Jovem, dê alguma coisa melhor”! Issac aceitou o desafio e logo desenvolveu o seu trabalho com eficiência tal, que veio a ser considerado “O pai da hinódia inglesa”.
Watts é um dois mais antigos autores de hinos sacros.
Seus últimos 36 anos foram de enfermidade e fraqueza física, mas isso de modo nenhum o impediu da realização de sua obra, antes contribuiu para que ele se empenhasse com mais afinco em suas tarefas. Ele pôde dizer como disse o apóstolo Paulo: “Quando estou fraco, então sou forte”.

 Smith, um dos membros da cruzada Billy Graham, escreveu o seguinte a respeito deste hino:
“Tenho a impressão de que Issac Watts, quando escreveu este hino, parecia estar ao pé da cruz de Cristo, juntamente com o apóstolo João, a mãe de Jesus e a multidão estarrecida. Quando canto este hino procuro fazer minhas as palavras de Isaac Watts. Com ele posso compartilhar o inacreditável assombro daquela cena – o Rei dos reis pregado na cruz. E a minha voz foi uma daquelas que gritaram perante Pilatos: ‘Crucifica-O, crucifica-O. Minhas mãos, tal como as mãos dos soldados romanos, foram as que pegaram o martelo e cravaram os pregos nas mãos e nos pés do meu Jesus. Então, ainda na minha contemplação, vejo o sangue das Suas feridas mostrando-me, como o hino sugere, os Seus sofrimentos e, também, por causa do Seu grande amor por mim!. Como pode alguém  permanecer insensível diante das palavras do apóstolo Paulo: 'Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo?'”
É exatamente isso o que dizem  a segunda e terceira estrofes do nosso hino.
É realmente  emocionante pensar nisto. A letra que aqui temos, é uma adaptação feita, em português, pelo saudoso irmão José  Ilídio  Freire, por sinal, muito linda e merecedora de que façamos nossas as suas palavras  todas  vezes que as cantamos. A música “Rockingham” é de Edward Miller (1731-1807).

 Transcrito do site:http://www.verdade-viva.net