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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CABELOS BRANCOS


"Por ti tenho sido sustentado desde o ventre...tu és minha confiança desde a mocidade... agora,também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração,e o teu poder a todos os vindouros”
(Salmo 71)
                                                                                                                         
Meditar neste Salmo é algo notável. Cada versículo apresenta de forma nítida o traçado de uma vida  dirigida pela  mão de Deus que é uma realidade notada desde a fecundação do embrião no ventre,  uma confiança inabalável na mocidade e uma companhia certa na velhice.

Quantas vezes surgem desculpas na mocidade e lamúrias na velhice. Coisas assim: “Sou relativamente novo para estas coisas. Ou “já fiz muito e agora preciso descansar, que façam os mais novos".

O salmista ensina que nossa atitude deve ser totalmente diferente.Ele se apresenta  como uma pessoa cheio de vigor, repleto de esperança, embora com  cabelos brancos.   

“Mas eu esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais” (vers.14). A vida para ele era feita de pedaços de alegria, de ânimo e de coragem. Embora conhecesse suas limitações, depositava total confiança na força do Senhor seu Deus.                                                                                                                                   

 Como tenho encarado meu dia-a-dia? Envergonhado, confesso que muitas vezes  não  agi  como o salmista ensina neste salmo. O aparecimento de cabelos brancos tem sido suficiente para pensar em descanso das tarefas dadas por Deus.                                                                                                                                 

Deus deseja um comportamento totalmente diferente. Ele nos alimenta  desde a infância     e nos equipa  na mocidade, para quando os cabelos brancos chegarem  possamos transmitir um cântico de esperança às novas gerações.                                                                                                                                    

Que os nossos olhos estejam abertos para  contemplação e aprendizado deste salmo. Deus é uma realidade desde antes da nossa formação no ventre materno, e deseja ser o  Deus durante a mocidade, e tê-lo como companheiro inseparável na velhice.

O desejo do salmista na sua velhice era prestar um  trabalho anunciando a força de Deus aos seus amigos e o Seu poder às gerações futuras.

Não deveria ser este o nosso desejo?  Quer privilégio maior do que anunciar o poder e a força de Deus revelados na pessoa de Jesus Cristo?  “A minha língua falará da tua justiça todo o dia...os meus lábios  exultarão quando eu te cantar,assim como a minha alma que tu remiste...também eu te louvarei com o saltério, bem como a tua verdade, ó meu Deus;cantarei com a harpa, ó Santo de Israel”.

Ao concluir, que nossa oração seja dirigida a Deus neste sentido:  ”Muda, Senhor, o meu coração; corrija os meus pensamentos; feche os meus olhos para os meus “cabelos brancos” e abra o meu coração para o vigor da Tua força e que eu cante e conte todas as tuas maravilhas.

Que assim seja 
Orlando Arraz Maz