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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

"HOSPEDARIA LOTADA". VOCÊ, QUE FARIA?




“Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê,
e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e
o colocou numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na hospedaria”.(Lucas 2:6,7)

Quando lemos o relato do nascimento de Jesus, ficamos extremamente chocados saber que ele nasceu numa estalagem, no lugar onde os animais passavam a noite, em um cocho que serviu de berço.

Muitas vezes pensamos: por que o dono da hospedaria não se sensibilizou com o estado de gestação de Maria, e não ofereceu o próprio quarto? O que você faria? Mais: se visse Maria na iminência de dar à luz? Bem, não posso responder por você, mas vou ser bem sincero. Eu diria que devido ao grande número de pessoas que vieram para o censo, a hospedaria estava lotada e que não teria lugar para o casal, exceto nos fundos, no “estacionamento” para os animais. Agiria igual ao dono da estalagem.

Geralmente o comportamento do ser humano diante das crises e necessidades dos outros em nada mudou. Diariamente assistimos cenas que nos causam tristeza e até lágrimas, mas quando chega a hora de agirmos, nos distanciamos como se fosse uma doença contagiosa.

Jesus bem ilustrou este comportamento ao contar a parábola do bom samaritano. O sacerdote e o levita mudaram de calçada e passaram bem distante do homem ferido no assalto; o samaritano aproximou-se, cuidou de seus ferimentos, colocou-o sobre seu animal, levou-o a uma hospedaria, deixou dinheiro para os primeiros gastos, e prometeu voltar para acertar as despesas restantes.

Mas para o jovem casal não teve quem abrisse o coração para recebê-los, nem tampouco para compadecer-se de suas necessidades. E Jesus nasceu em condições precárias. Bem se expressou em sua linda poesia o poeta Gioia Júnior: “Disse o poeta um dia, fazendo referencia ao Mestre Amado: “O berço que ele usou na estrebaria, por acaso era dele”? Era emprestado”.

Ninguém abriu o coração, muito menos as portas para Jesus; tampouco tiveram compaixão Dele durante sua vida neste mundo, mas em troca ofereceram-lhe uma cruz onde padeceu terrivelmente até morrer. E se Ele nos retribuísse tal tratamento, estaríamos completamente arruinados. Mas, não. Ele nos afirma o contrário:O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Ev. de João 10:10) Em troca de portas fechadas, ele é a Porta que nos garante entrada para uma vida plena; em troca de repulsa pelos pecados que carregamos, Ele nos abraça declarando que  nossos pecados sumiram na cruz onde morreu. E para que possamos entender bem suas palavras, o profeta Isaias nos dá um exemplo: “Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem neblina da manhã, os seus pecados. Volte para mim, pois eu o resgatei” Isaías 44:22).

Comemoremos o Natal, então, sem tristezas pelas portas fechadas para Jesus, e que nosso viver se transforme em corações abertos para receberem seu amor salvador, e que o amanhecer de cada dia seja sempre um feliz Natal.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz