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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

NATAL DE SOMBRAS

                                (Sapo-Pt)

A notícia abaixo chocou o mundo no início da tarde de sexta-feira, 14 de dezembro. Faltando somente 11 dias para o Natal, um pesadelo tremendo, não um sonho, mas uma realidade arrancou lágrimas e instaurou o desespero em milhares de corações. De um momento para outro, num abrir e fechar dos olhos, os projetos de um natal de luz se transformaram num natal de sombras:


“O tiroteio numa escola em Newtown, no estado norte-americano do Connecticut, resultou na morte de 27 pessoas, incluindo 20 crianças, 12 meninas e 8 meninos com menos de 10 anos. Adam Lanza, o atirador, tinha 20 anos e foi aluno da escola. É uma incógnita o motivo que o levou a cometer o massacre. As autoridades investigam a possibilidade de Lanza sofrer de um distúrbio de personalidade. Centenas de pessoas participaram em vigílias de homenagem às vítimas do tiroteio”.(Sapo -PT)

Por que? Creio que foi a pergunta que muitos fizeram ao ouvir as notícias e ver as cenas de desespero. O atirador, totalmente desequilibrado, deu cabo à própria vida e à vida de crianças indefesas. E ainda matou sua mãe. Não temos resposta à pergunta. É impossível.

Uma coisa é certa: as pessoas envolvidas, familiares, pais e mães em especial, nunca mais serão as mesmas. Um buraco profundo se abriu no coração de cada uma delas, e criou uma cicatriz que vai doer bastante.

Quantos projetos, quantos sonhos se apagaram no coração das criancinhas: a árvore de natal enfeitada, a casa e o jardim iluminados, presentes de natal, viagens do final de ano, diversões entre coleguinhas, o convívio prazeroso dos pais e dos avós, tudo se esvaiu como um espiral de fumaça. As balas do atirador, não as balas do bom velhinho, apagaram todos esses sonhos. Restaram somente lágrimas, e muitas.

A morte sempre é triste, dolorosa. E quando chega, o cenário se transforma. Foi assim na Escola de Newtown. Foi assim num lar relatado nas Escrituras Sagradas: o lar de Marta, Maria e Lázaro. Uma família amada por Jesus, cujo irmão veio a falecer. Jesus estava bem longe do querido lar de Betânia, e quando avisado, levou dois dias de viagem. Lá chegando, encontrou as irmãs abatidas, que o levaram até o lugar de sua  sepultura.

Embora tardia, a presença do Mestre restabeleceu a paz naqueles corações, e trouxe de novo à vida o amigo Lázaro. Suas palavras ecoam através dos tempos, e sempre se renovam em meio às tragédias onde a morte domina: “Eu sou a ressurreição e a vida: quem crê em mim, ainda que morra viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?”(Ev. de João capitulo 11).

Da mesma forma, o consolo de Jesus é o melhor bálsamo para curar as feridas dos corações abatidos pela tragédia. Em nosso pensamento tão frágil, tão mesquinho, podemos pensar que ele demora em chegar, e que talvez se esquecesse das nossas mágoas e frustrações. Ledo engano.

Jesus pode mudar o natal de sombras em natal de luz, uma vez que ele seja o centro do nosso amor e da nossa atenção. Somente assim veremos as luzes do Natal, anunciando que ele veio ao mundo para plantar a esperança em nosso coração, e como Salvador nos dar a vida eterna: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Você crê?

Ante a tragédia da escola americana, resta-nos levar ao trono da graça de Deus as famílias enlutadas, na certeza de sua presença abençoadora,  e que Ele, só Ele, pode   enxugar dos olhos toda a lágrima.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz