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sexta-feira, 16 de julho de 2010





CRISTO, MEU FAROL

Orlando Arraz Maz

Senhor, o mar revolto, como me assusta,
Em plena madrugada tão gelada.
A escuridão , a onda feroz e astuta,
O céu sem estrelas e a lua apagada.

Senhor, à minha volta nada vejo,
Tudo é triste, sombrio, tão assustador.
Estar bem longe é meu maior desejo,
Fugir deste mar imenso, ameaçador.

Mas eis que de repente, ao longe avisto,
Em meio aos vagalhões do mar da morte,
Bem alto, sobranceiro, tão benquisto,
Ali postado, incólume bem forte,

Que meus olhos, pelas lágrimas molhados,
Embaçados, vermelhos qual crisol,
Veem alegres, ainda assustados,
Imenso e lindo, um salvador-farol.

Lá estava ele em meio à escuridão,
A indicar o rumo a todos navegantes
Dando alento ao combalido coração,
E de medrosos, torná-los confiantes

Obrigado, meu Deus, estou contente,
Porque na noite escura e tenebrosa,
Te vejo qual farol na minha frente,
Tirando-me a aflição angustiosa.

É Cristo meu farol, na noite escura,
É Cristo meu piloto em alto mar.
É Cristo que me guarda e dá doçura,
E cada dia me leva a triunfar.

SBC
23/3/2009