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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MEUS PASSOS OU OS PASSOS DE DEUS




Respondeu-lhe Jacó: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros,
e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forem obrigadas a caminhar demais por um só dia, todo o rebanho morrerá. Passe o meu senhor adiante de seu servo; e eu seguirei, conduzindo-os calmamente, conforme o passo do gado que está diante de mim, e conforme o passo dos meninos, até que chegue a meu senhor em Seir. Ao que disse Esaú: Permite ao menos que eu deixe contigo alguns da minha gente. Replicou Jacó: Para que? Basta que eu ache graça aos olhos de meu senhor. (Gen. 33:13-15)

O relato bíblico do encontro dos irmãos Jacó e Esaú é deveras emocionante e repleto de lições maravilhosas.

As marcas que ficaram no coração desses irmãos foram profundas: Esaú sendo enganado e Jacó, o irmão espertalhão. Aquele perdendo o direto à primogenitura e este ganhando-a de forma indevida. E ambos seguiram o seu caminho e pelo espaço de mais de vinte anos não se encontraram.

São bem conhecidas as peripécias de Jacó neste tempo todo, com seu trabalho na casa de Labão seu sogro. E para conseguir Raquel como esposa houve uma prestação de serviços por sete anos que ao final fora enganado por Labão, dando-lhe a filha Lia. Outros sete anos de trabalhos prestou para ter sua amada Raquel.

Agora, por ordem divina, regressa para ter um encontro com seus familiares, e logicamente com seu irmão Esaú, e no texto de nossa meditação revela ter um coração totalmente transformado. A luta no vale que resultou no toque de Deus sobre sua coxa, agora abre seus olhos e passa a viver na dependência de Deus.

Em seu regresso, quer reduzir seus passos – passos largos e apressados no passado – para levar seu gado e seus filhos até seu irmão. Daí suas palavras: “Meu senhor (Esaú) sabe que as crianças são frágeis e que estão sob meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo e eu sigo atrás devagar no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu cheque ao meu senhor em Seir”. (Gen.33:13,14).

A preocupação de Jacó com o gado e as crianças, embora pareça não ser verdadeira, me leva a pensar no cuidado de Deus que é sempre verdadeiro  para com seus filhos. Não podemos caminhar apressados na frente de Deus, com nossos problemas tão urgentes. Por certo não aguentaríamos, e a queda seria fatal. Deus quer nos mostrar sua graça, reduzindo seus passos e caminhando conosco. Sem o toque de Deus nos nossos corações é impossível andarmos passo a passo com Ele.

A graça de Deus que socorreu Jacó em seus momentos de rebeldia é a mesma que vem sobre nós.

Embora referindo-se  a Israel, Ele promete em sua Palavra: “Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema, eu o ajudarei” (Isaias 41:13)

A calma travessia de Jacó pelos campos até encontrar-se com seu irmão foi bem sucedida, sem qualquer prejuízo ou tristezas pelo caminho. Embora Esaú preocupado com sua segurança, ofereceu  seus homens para guarda-lo, ao que  Jacó respondeu: “Para que? Basta que eu ache graça aos olhos do meu Senhor” (Gen. 33:15).

Que tal reduzirmos nossos passos e alinharmo-nos com os passos de Deus, pois pela obra de Cristo na cruz do Calvário, foi-nos outorgada esta graça maravilhosa. Andemos nos passos de Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

QUEM OCUPA SEU CORAÇÃO?



E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido
desde a minha adolescência".
Jesus olhou para ele e o amou.
"Falta-lhe uma coisa", disse ele.
"Vá, venda tudo o que você possui e dê
o dinheiro aos pobres, e você terá
um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me".

O Novo Testamento registra vários encontros de Jesus com  pessoas, onde muitas delas saíram curadas de suas doenças, e outras recebendo paz, curadas da alma. Em nenhum desses relatos lemos que saíram entristecidas. Zaqueu, por exemplo, foi um dos que recebeu a Jesus com alegria. (Lucas 19:7).  

Entretanto, das muitas pessoas abençoadas por Jesus, pouco sabemos o que aconteceu depois com elas, mas deduzimos que a alegria foi uma constante em suas vidas.

O homem que procurou a Jesus, conhecido nos evangelhos como um jovem, ou um príncipe, ou um homem importante, e muito rico, estava preocupado com sua existência após a morte, e desejava saber o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Ao ouvir a resposta de Jesus saiu triste de sua presença, pois no seu coração já existia um deus que dominava sua vida. Era o deus de suas riquezas. 

Havia abundância de bens em sua casa, mas miséria na sua alma. Daí o fato de sair entristecido, frustrado com o que Jesus lhe falou.

O evangelho de Marcos relata que Jesus o amou. “E Jesus, olhando para ele, o amou” (Marcos 10:21). Jesus leu o drama de sua alma, pois somente ele conhece todos os cantinhos do coração. E o do jovem, outro senhor o ocupava.

E Jesus, então, disse aos seus discípulos: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus” Difícil, mas não impossível, pois para Deus tudo é possível. (Mat. 19:26)

Ao longo da história muitos ricos foram salvos porque confessaram seus pecados, e receberam a Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas. Não ficaram na miséria, mas seus recursos foram utilizados em favor de muitos.

O coração do moço rico permaneceu lacrado, e abatido e triste se afastou de Jesus. As muralhas de suas riquezas não foram derrubadas, e ele entrou para o cenário bíblico como uma das pessoas que se retiraram entristecidas da presença de Jesus.

 E você, que lê este texto, já abriu seu coração para Jesus?  Ou ele permanece fechado para abrigar “riquezas”, e Jesus não pode entrar? 

O amor que Cristo sentiu pelo moço rico é o mesmo ainda hoje. É imutável. Convide-o para entrar e fazer sua morada, e só assim a alegria de Cristo em você será para sempre.  

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

AINDA NÃO CRÊ NO PODER DE JESUS?



“Quando Simão Pedro viu isso,
prostrou-se aos pés de Jesus e disse:
“Afasta-te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador”
(Lucas 5: 4-11)

Quem não se sente maravilhado ao ler o relato desta pesca bastante conhecida por aqueles que amam a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada? Por certo você é uma delas. E assim, com a ajuda de nosso Deus desejo extrair algumas verdades que foram úteis para mim, e vou repassá-las para todos, a fim de que sejam abençoados como eu.

Em todos os pormenores deste milagre vemos a grandeza de Jesus, que sem quaisquer conhecimentos humanos sobre pescaria, conhecia as águas profundadas do mar, pois foi ele quem as criou.

Neste dia Jesus chegou bem cedo e começou a pregar usando o barco de Simão de onde passou a ministrar a multidão. Ao terminar, pediu-lhe que lançasse sua rede em águas profundas. E sua resposta foi: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada”.

Quanta frustração e cansaço há na sua voz. Uma noite infrutífera, pois sem a presença de Jesus, no mar bravio, com suas ondas agitadas, impossível qualquer sucesso.

Em seguida, entretanto, emendou sua resposta: “Mas porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. Que palavras repletas de sabedoria, pois sabia quem era Jesus. Era seu Deus, aquele que tinha as palavras de vida eterna, pois em outra ocasião respondeu a Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus”. João 6:68,69).

Quantas vezes em nossas tentativas frustradas deixamos de crer nas palavras de Jesus. “Remamos” uma noite inteira na escuridão da nossa alma e só pescamos dor e tristezas. Precisamos agir como Pedro: “vou lançar as redes”. Não expôs seus conhecimentos de pescaria, o que provavelmente fazia desde seus primeiros dias. E o sucesso foi surpreendente.

Quantos hoje estão expondo seus conhecimentos, sua religiosidade e suas  táticas,   para saírem de crises, mas nada conseguem. Deixam de crer naquilo que Jesus conhece profundamente: o coração do homem, de onde procedem todos os males.

Por fim, a perplexidade. “Pois ele (Pedro) e seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito, como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão”.

Então, que tal ficarmos também perplexos com os resultados do socorro de Jesus, e obedecer as suas instruções que só produzem fartura e bênçãos? 

Que tal agora lançarmo-nos aos seus pés e reconhecer que somos pecadores?

 Só assim, teremos uma pescaria abençoada.

“Sobre tua palavra lançarei as redes”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz