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sábado, 31 de março de 2012

PÉROLA, EU?



 



                                   "Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu, e pelo gozo dele, vai,vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”.
                                   
                                      “Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a”. (Mateus 13: 44,45)

                                        Quando leio esta parábola tão curta, mas extremamente profunda em seu significado, me sinto objeto de um amor sem medida  da parte de Jesus.

                                       Ele é o negociante que partiu da eternidade para este campo contaminado pelo pecado, e encontrou pérolas de altíssimo valor. Eram pessoas que viviam escravizadas pelo antigo "senhor "de suas vidas, Satanás, e que as levava para a morte. Ele se apossou deste campo com o objetivo de escravizar o ser humano, tornar sua vida infeliz, destruí-lo e levá-lo para junto de si ao inferno.

                                        E Jesus veio a este mundo, comprou o campo onde tais pérolas se encontravam. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Deu sua vida na cruz em preço de redenção. E assim comprou o campo onde estavam as pérolas. E o apóstolo Paulo lembra os cristãos de Corinto esta aquisição: “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens” (ICor.7:23)

                                 As pessoas que foram achadas por Cristo e que creram nele, agora lhe pertencem.

                                O amor de Deus se estende para todo o mundo, conforme nos ensina o Evangelista  João: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna".(João 3:16)

                               O mundo foi efetivamente amado por Deus, mas somente os que nele crêem são seu tesouro.

                               Ainda há pérolas enterradas neste campo sendo preservadas, e que ainda serão levadas a crer na obra da cruz pelo Espírito Santo.

                               Eu fui uma dessas pérolas, enterrada boa arte de minha vida, mas que fui encontrado pelo sacrifício na cruz, o lugar onde Jesus me comprou.

                              Nada custou para mim, mas para Jesus,sim, pois sua vida foi dada na cruz em preço de redenção.

                             Agora faço parte de sua igreja, como pérola preciosa, e sou edificado sobre o único fundamento que é Cristo.

                             Quem sabe, você que esteja lendo esta pequena meditação seja uma pérola ainda enterrada, e que crendo no sacrifício de Cristo na cruz do calvário, venha ser descoberta.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 28 de março de 2012

O CASAMENTO


               Com esta publicação encerramos as meditações no precioso livro de Rute. Restam-nos apreciar es­tes últimos versículos, os quais nos apontam para a grande vitória de Noemi e Rute. Temos, ao longo dessas publicações acompanhado a trajetória dessas mu­lheres e de maneira especial a de Rute, desde sua saída de Moabe, a renúncia à sua terra, aos seus deuses, às tradições e, a nova crença no Deus de Noemi, seu apego à Belém, culminando com seu casa­mento !
O livro de Rute é comparado a um palco, onde vai se desenrolar uma cena importante. Abrem--se suas cortinas, e o que se vê é um quadro cheio de dor - três mulheres cobertas pelo luto e a sau­dade daqueles que partiram - Elimeleque, Malom e Quiliom. Sentem os efeitos da morte e pagam um alto preço. Entretanto, no final do livro, a última cena é de alegria e esperança, onde se descortina um casamento feliz e, logo depois, o nascimento de um menino, que passa a chamar-se Obede. E desta forma, Rute entra na linhagem direta do Senhor Jesus ( Mt 1.5).
O livro de Rute inicia mostrando a morte e seus efeitos e termina mostrando a vida exuberante e alegre. De certa forma, é como a Bíblia, onde no Gênesis descobrimos a morte espiritual de nossos primeiros pais, banidos do jardim e proibidos de alcançarem a árvore da vida, um quadro muito triste! Mas, no Apocalipse, o último livro, encontramos a nova vida dentro dos novos céus e nova terra, o acesso à arvore da vida, e a ale­gria bendita e eterna!

Assim, o livro de Rute se aplica às nossas vidas, o qual nos mostra nossa morte e miséria espirituais, dor e sofrimento, quando andávamos segundo o curso deste mundo (Efésios 2). E nossa trajetória de dor foi até encontrar com Jesus, quando tudo mudou. Fomos achados por nosso Amado Boaz, o Salvador Jesus, e agora podemos antever um final bem feliz, sem lágrimas (Ap 21.4), e com uma viva esperança de participarmos das bodas do Cordeiro, onde estaremos para sempre com o Senhor!

Como foi com Rute tem sido com cada filho de Deus. Fomos alcançados por sua misericórdia e graça, entramos para a família dos céus, e somos co-herdeiros com Jesus! A nova vida nasceu entre as cinzas,nasceu da morte e hoje gozamos vida abundante e somos ricos!
                  "Perdido no mundo eu andava, pelas sendas do mal a vagar, quando Cristo, o Pastor encontrou-me, e hoje estou a caminho do lar."(HC 439)
           Por último, resta-nos um viver santo, pois estamos caminhando para um lar santo (I Pedro  1.16).Viver esperando, confiando e servindo, como Rute, mesmo entre os campos de Boaz, onde muitas vezes tinha suas mãos feridas ao colher espigas.
           Assim, devemos viver neste mundo escuro e tenebroso, mergulhado nas sombras do pecado, muitas vezes feridos e magoados, mas mesmo assim, espe­rando, confiando e servindo. Talvez nos custe bastante, mas é o preço. A recompensa está logo ali, segura nas mãos daquele que é Deus Forte, Maravi­lhoso, Conselheiro, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 21 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - A GRANDE TRANSAÇÃO (11)


                                              


Mais uma vez somos levados a contemplar e apre­ciar o nobre caráter de Boaz. Em nossa última meditação vimos seu esforço ingente procurando uma solução legal, através de um remidor.

A vida intranquila de Rute e Noemi, marcada por tanto sofrimento, deve terminar, pois o Deus de Boaz, o mesmo destas duas mulheres, estava prestes a ofertar sua mais rica benção dando um descanso merecido a cada uma delas.

Em primeiro lugar, vemos em Boaz o conhecimento que tem da lei, especialmente a lei do Levirato (Deut. 25:5-10). E com tal conhecimento, procurou cumpri-la para não ser apontado como infrator. Assim, tomou dez homens como testemunhas, diante do resgatador, e passou a expor-lhes o problema de Rute e Noemi com toda a fidelidade.

Sua atitude fala ao nosso coração e nos leva a pensar em nosso Salvador, que veio para cum­prir a lei. Não uma parte dela como Boaz, mas para cumpri-la totalmente. E assim, foi mais além do que Boaz, que se assentou na porta da cidade  para cum­prir uma parte da lei. Jesus cumpriu-a totalmente fora da porta (Heb.13:12). E como diz um hino evangélico: “Lá fora de Jerusalém o Salvador sofreu, foi levan­tado numa cruz e sua vida deu”. (HC 133)

Entretanto, o parente mais próximo dos falecidos, em princípio aceitou o encargo da remissão (4:4), mas depois recusou-se.

           Tal fato leva-nos a pensar que este remidor esqueceu-se de que, após a compra da terra deveria casar-se a fim de suscitar um herdeiro, de­vendo tornar-se dono da propriedade. Talvez temesse  diminuição em seu patrimônio, comprando terras que por direito pertenceriam ao filho que nasceria de Rute.

            Pensando no Senhor Jesus, novamente encontramos algo maravilhoso, pois Nele vemos um desprendimento total de sua gloria (Filip.2), esvaziando-se totalmen­te para nos salvar. E quanto prejuízo ele sofreu por nossa causa, desde sua saída do céu e entrada neste mundo, aprendendo a obediência pelas coisas que sofreu. "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lagrimas, orações e súplicas a quem o poderia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu”.  (Heb.5:7,8).

           O dia terminou de forma muito feliz para Boaz, que concluiu o negócio mais importante de sua vida (vers.9), tomando Rute por sua esposa e perpetuando o nome de seu falecido marido. E assim, deu-lhe um descanso verdadeiro e merecido.

Como é agradável saber que nosso remidor, o Senhor Jesus, nos deu nova vida, segurando-nos em seus braços, e nos chamando de filhos. A obra da nossa salvação foi completa e a grande transação foi reali­zada na  cruz. Ganhamos um descanso verdadei­ro sem qualquer merecimento. Ganhamos um Pai cheio de amor que vela a cada instante por nos. E tudo graças ao nosso querido e bendito Remidor.

A Ele toda a glória
Orlando Arraz Maz


sábado, 17 de março de 2012

SAMARITANA DO SÉCULO XXI




A boa samaritana do século xxi

Há poucos dias tomei conhecimento desta história 100% verdadeira: meu sogro, com mais de 80 anos caminhava por uma rua, quando parou um carro e a motorista perguntou-lhe: “para onde o senhor  vai?”, ao que ele respondeu: “vou tomar um ônibus e vou ao posto de saúde para o tratamento dos meus dentes”. Em seguida, disse: “sobe que vou levá-lo ”. Ao chegar ao posto de saúde dirigiu-se a uma das atendentes : “este senhor está precisando ser atendido com urgência”. Depois, colocou dinheiro em seu bolso, e disse: “é para pagar o táxi que vai  levá-lo de volta” e deixou instruções para a atendente chamar um táxi, dando-lhe o número de telefone do ponto. Assim que terminou o atendimento, chegou o táxi que o levou para casa. E ele contou o ocorrido para o motorista, e em seguida perguntou-lhe: “o senhor conhece esta moça?” E o taxista disse que sim e que ela era gerente de um Banco. Quando foi pagar a corrida, tirou o dinheiro do bolso e viu que eram duas notas de R$50,00. Pagou e ainda ficou com troco.

Lembrei da parábola do bom samaritano contada por Jesus, e descobri que 21 séculos depois podia encontrar uma “boa samaritana”.

Um fato como este ocorrido num mundo cheio de ganância e violência como o nosso, me deixa sensibilizado.  Raro encontrar alguém com tais sentimentos, fazendo o bem sem qualquer barganha, permanecendo no anonimato.

A atitude desta mulher me leva a refletir na atenção que presto ao meu próximo, retira a tampa do meu coração, e me faz olhar lá para dentro onde nada vejo, senão somente meu egoísmo.

Jesus nos deixou exemplo em como amar o próximo, se tornando no verdadeiro bom samaritano, socorrendo o ser humano ferido em seu pecado, dando a sua vida na cruz e garantindo que voltaria para buscar todo o que nele crer.

Resta-me, finalmente, orar ao Pai, confessar minha negligência em amar o meu próximo, e pedir que aumente o meu amor daqui para frente.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz








quarta-feira, 14 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - FARTOU DE BENS OS FAMINTOS (10)




                                    Na contabilidade de Deus nossos  lucros nunca são esquecidos. Aquele que nos vê em secreto, e seu olho é preciso e infalível, nos 
recom­pensará (Mat. 6:6). “O tempo que permanecemos aos pés do Salvador determina nosso lucro, reverti­do em bênçãos incontáveis.

                                   Quando em contrição nos achegamos a ele e nos colocamos aos seus pés traspassados, e im­ploramos que nos cubra com seu precioso manto carmesim, ele nos atende imediatamente. Suas palavras nos confortam e suas bênçãos nos enchem de satisfação.

                                     Assim foi com Rute. Naquela noite memorável, após a festa, deitando-se aos pés de Boaz e sendo coberta pela sua capa(3:9), recebe como recompensa, ao raiar da manha, seis medidas de cevada.

                                       O gesto de Boaz se assemelha com o querido Bom Pastor do Salmo 23. "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará". Um que nos tira o temor e nos dá consolo e coragem, bondade e misericór­dia, mesa farta, e uma casa por longos dias (João 14).

                                        O vale percorrido por Rute desde Moabe  foi escuro e pro­fundo, com  dias cheios de incerteza e medo. Seus dias se transfor­maram na mais vibrante realidade,confiando no Pastor de todo o seu coração. Atravessou com calma o vale, mas sempre apoiada em sua vara e em seu cajado.

                               Será que a experiência de Rute tem sido a nossa experiência dia após dia? Ou será que nos esquecemos de nos apoiar no bordão do Pastor, andando com as nossas "pernas", e ao final só temos contemplado  quedas e fracassos ao longo de  caminho?

                                         O nosso remidor quer que sejamos vitoriosos, que andemos firmados em seu bordão, pois a sua mesa é sempre farta e preciosa.


                                          Rute ganhou de Boaz seis  medidas de cevada. Seu coração se revela assas bondoso e terno. E numa demonstração  de carinho ele mesmo toma o manto de Rute, agora repleto de cevada, e o coloca às suas costas, e despede-a para  junto de sua sogra, agora alegre é tranquila.

                                            As seis medidas oferecidas por Boaz nos  leva a pensar no significado bíblico do numero seis - o número imperfeito. A medida que faltava para com­pletar a sétima, cujo número nos fala do que é per­feito, foi completada com a própria entrega de Boaz,  oferecendo-se para ser o resgatador de Rute.

                               Em Cristo temos ampla e farta provisão. Ele nos cumula de bênçãos eternas e se oferece a si mesmo em preço de redenção, e nos alimentamos dele, o Salvador Perfeito, como o verdadeiro pão do céu.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz  

quinta-feira, 8 de março de 2012

UMA GRANDE MULHER



Quero homenagear uma grande mulher neste dia Internacional da Mulher.

Era filha de espanhóis numa família de onze irmãos.
Ainda jovem se casou, e moradora da cidade, foi para o interior.
E lá veio o primeiro filho.
Mudou-se para a cidade grande em busca da cura para o filho, e nunca mais voltou para o campo.
Depois, mais quatro filhos vieram. Com cinco filhos o quadro estava completo: três homens e duas mulheres.
E passou a ajudar o marido na sobrevivência de todos eles.
Primeiro, como costureira para grandes lojas, onde buscava fardos de roupa e os carregava sobre os ombros até sua casa. E tudo a pé para economizar alguns trocados.
Mais tarde foi faxineira em uma escola em troca do ensino para os seus filhos.
Essa grande mulher com pouca cultura se esforçava para dar um futuro promissor a cada um deles.
E assim foi por longos anos.
Aos 24  anos colocou sua vida nas mãos de Cristo, e apesar das dificuldades, era feliz.
E na trajetória dessa vida, sofreu pelo pai e alguns irmãos presos por motivos políticos.
O pai nunca mais viu, pois deportado para a Espanha, ali morreu.
Os anos passaram e essa grande mulher, aos 54 anos  viu a morte arrebatar seu marido;e cinco meses depois a morte levou sua filha, deixando quatro crianças que foram criadas por ela.
E começou tudo de novo aos 54 anos de idade, cuidando de crianças, roupas, livros, escola. E não fracassou. Em cada momento as forças de Deus desciam ao seu coração e ela se renovava a cada manhã.
Aos  76  anos a morte chegou novamente levando seu filho caçula com 40 anos de idade.
Embora mergulhada na mais profunda tristeza, não se deixou abater.
Essa grande mulher viveu mais 9 anos, e apesar de tantas curvas, descidas e subidas nessa estrada, era feliz.
Tinha uma voz grave  (ela nunca gostou),que  não a impedia que cantasse seus hinos favoritos. E muitos em castelhano, língua que aprendeu na juventude.E este era um dos seus favoritos:
“Cuando la trompeta del Señor se toque la final,
Com fulgor apunte El alba eternal,
Y los redimidos suban a su casa celestial,
Quando allá se pase lista yo estaré.

Estribilho:
Cuando allá se pase lista, quando allá se pase lista,
Cuando allá se pase lista, cierto estoy que por su gracia alli estaré.

Tradução:
Quando lá dos céus descendo para os seus Jesus voltar,
E o clarim de Deus a todos proclamar a chegada desse dia da vitória do meu rei,
Eu, por sua imensa graça, lá estarei.

Estribilho:
Quando enfim chegar o dia da vitória do meu rei,
Pela  graça de Jesus eu lá estarei.

Essa notável mulher foi chamada por Deus aos 85 anos de vida e já se passaram 12 anos. E que saudades!
 Ela plasmou meu caráter e me conduziu  aos pés de Cristo.

Fermina Mas Arraz, minha mãe, receba esta  humilde homenagem.

Orlando Arraz Maz - seu filho







quarta-feira, 7 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE AOS PÉS DE BOAZ (9)


     
Desde a saída de Moabe temos acompanhado os firmes passos de Rute, sempre atenta aos sábios conselhos de Noemi. Muitas coisas aconteceram em sua vida, e os dias sombrios ficaram para trás, apontando para uma nova esperança que  começara a brotar em seu coração.

O relato encontrado neste capítulo, bem como em algumas partes deste belo livro, pode parecer estranho, pois se desenrola num cenário campestre.   Acompanhemos com reverência sem quaisquer ilações  de nossa parte,tais como: Rute foi atrás de Boaz;  deitou-se junto dele, aos seus pés, atitudes incomuns e impróprias em nossos dias, sobretudo entre aqueles que te­mem ao Senhor Deus. E sendo comuns naquela época,tão somente vemos em Rute e Boaz um comportamento puro,próprio daqueles que pautam por uma vida de obediência e amor pelas coisas do Senhor (v. 14).

A época da colheita transcorria num clima festivo.  O período de árduo labor terminara após longas horas sob o sol inclemente e forte. Mas a compensação maior encontrava-se nos celeiros que estavam cheios  de trigo, garantindo uma vida abun­dante e feliz.  E Boaz, como talvez outros fazendeiros de Belém, também estava alegre. E depois da festa (v.7), foi deitar-se ao pé de um monte de grãos.

Rute , por sua vez, instruída por Noemi(v.4), após Boaz deitar-se junto ao monte de grãos, também foi para lá e deitou-se.“Então chegou  ela de mansinho, e lhe descobriu os pés e se deitou.(v.7). Sem qualquer barulho, quieta e submissa, pois ali, bem pertinho, estava o seu  remidor.
Este belo quadro evoca-me a lembrança do  hino: "Aos pés de Cristo eu quero estar, benditas horas ali passar”. Como Rute aos pés de Boaz, quieta e submissa, humilde e confiante, eu e você, encontraremos tudo aos pés do Se­nhor Jesus. Mas urge estarmos imbuídos de igual sentimento.
Antigamente aprendia-se aos pés dos sá­bios mestres, indicando assim, que o "saber" do discípulo estava ao  rés do  chão.  Foi assim com Paulo aos pés de Gamaliel, e com Maria, irmã de Marta, aos pés do Salvador.
Que tal chegarmos de mansinho aos pés de Jesus, deixando tudo o que faz barulho, qual nosso orgulho, nosso "eu",nosso saber, nossas posses, nossa "espiritualidade", nossa boca falante, e tudo, enfim. Somente bem pertinho de Jesus, Ele nos cobrirá, a fim de que nos sintamos protegidos, amparados, acalentados, confortados. E no silêncio de nossos   corações, sua voz mansa e delicada nos en­cherá de paz e de sabedoria.

Que assim seja
 Orlando Arraz Maz
    


sexta-feira, 2 de março de 2012

CÂNCER ? E AGORA, DOUTOR?




Nunca tanto se falou do câncer como nestes dias. É um mal que cresce de forma assustadora. A cada dia somos assaltados por notícias de parentes ou amigos que estão sendo vitimados por esse mal. Muitas vezes nossas palavras são fracas e pobres, e quase nada podemos fazer.

Tenho uma lista de oito nomes de queridos amigos, incluindo uma irmã mais velha,um sobrinho-neto e uma prima, os quais são levados por mim  a Deus em oração.Não faz muito tempo eram somente dois. Pouco     posso fazer por eles, mas sei que este é o melhor recurso colocado por  Deus à disposição do ser humano.

A oração é a via de mão única que me leva à presença do Todo Poderoso. Enquanto estou orando Deus está trabalhando.

Assim,posso orar por estes queridos e pedir que Deus conforte seus corações, que os acompanhe nas salas frias das quimioterapias, nas máquinas das hemodiálises, nas aplicações tão desgastantes, nas horas de solidão e de desânimo, e que na sua infinita bondade lhes conceda a cura.

O Apóstolo Paulo, preso numa cela fria por causa de sua fé, deixou-nos um monumento de esperança ao escrever aos cristãos da cidade de Filipos:

"Posso todas as coisas naquele que me fortalece". Não é um talismã de sorte, mas uma confiança inabalável no Deus que não pode falhar e nem mentir.

Confio nesse Deus que nunca me desapontou nos quase 70 anos de minha vida.

Davi nos anima com seus salmos maravilhosos, como este que destacamos:

“Ouve, ó DEUS, a minha súplica, atende a minha oração; desde os confins da terra clamo por ti, no ABATIMENTO do meu coração. Leva-me para a ROCHA que é mais alta que eu”.” Salmo 61.1-2

Há uma poesia cantada que transcrevo abaixo:

"Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti.
Por ti opera sua mão que cuidará de ti".
Na dor cruel, na provação, Deus cuidará de ti.
Dará socorro e salvação, pois cuidará de ti.
O que é mister te pode dar quem cuidará de ti.
Nos braços Seus te sustentar,pois cuidará de ti".

Então, meus queridos oito amigos, vocês estão sendo levados a Deus  através das minhas  fracas orações, onde peço que Ele abra Suas mãos e derrame sobre vocês todos os recursos disponíveis em seus celeiros abençoados.

Um beijo em cada um de vocês.

Orlando Arraz Maz