Quem sou eu

Minha foto
São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 30 de maio de 2020

PECADO PERDOADO = SALVAÇÃO,ALEGRIA E PAZ


 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade,
e em cujo espírito não há engano. Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos
pelo meu bramido em todo o dia.
Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim;
o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Pausa). (Salmos 32:1-4)


O pecado entrou no coração do homem sem pedir licença, desde que a porta foi aberta. Instalou-se confortavelmente trazendo prejuízos inevitáveis a todos, desde à criança gentil e delicada até ao mais idoso entre os mortais. Ninguém poderá negar seus efeitos por mais que lhe dão outro nome, como desvio de personalidade, gênio forte, herança genética, e uma infinidade de outras definições.

Neste salmo, um dos salmos penitenciais, Davi deixa claro em quatro palavras os motivos de sua alma transformar-se em sequidão de estio: “transgressão”, “pecado”, “maldade” e “engano”, e cada um deles é um aspecto de ofensa moral e é tratado pela misericórdia e perdão divinos.

Davi estava vivendo sob o peso de um pecado tremendo tentando encobri-lo, algo impossível. E este fardo tirava-lhe a alegria e a paz, até que um dia resolveu confessar suas transgressões a Deus. Até então seu silêncio foi uma recusa em conhecer o seu pecado, e assim não havia alívio em sua alma, nem de dia nem de noite. E Davi nos ensina que é possível desfazer-se desse fardo e desfrutar uma vida plena. Não é buscando recursos humanos, ou nas religiões, mas agarrando-se à misericórdia de Deus. 

O apóstolo Paulo, anos mais tarde escrevendo a carta aos Romanos cita este salmo e assim o descreve: “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.” (Romanos 4:7, 8).


Então, a porta aberta que permitiu a entrada da transgressão e que roubou a paz ao homem, agora também é aberta para entrar a paz e a alegria pela sincera confissão. Devemos, portanto, atentar aos passos dados por Davi: “Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”. (Pausa). (Salmos 32:5)

A confissão dos nossos pecados exclusivamente feita a Deus,os apaga para sempre de sua presença, pois Ele é fiel e justo para assim fazer: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (I João 1:9)

A paz obtida por Davi depois de sua confissão é a mesma de todos os que confessam os seus pecados, resultando em alegria permanente: “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, vós os justos: e cantai alegremente todos vós que sois retos de coração”. (Salmos 32:11)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 23 de maio de 2020

O DIA QUE A PRAGA CESSOU



 

“E a praga cessou no meio de Israel”


II Samuel 24:25

 
Ao longo destes dez anos, aproximadamente, temos meditado em muitos salmos do rei Davi e extraído lições abençoadoras. Sua vida é pontuada de altos e baixos, mas nunca deixou de ser um homem humilde ao reconhecer suas falhas. Sempre buscou a face do Senhor confessando sua culpa e alcançando bendita misericórdia.
Gostaria de considerar no dia quando o orgulho subiu à cabeça do rei Davi, querendo saber a quantidade do povo que estava sob seu governo, e sem titubear, ordenou ao seu comandante Joabe que fizesse a contagem, o que foi por ele alertado que não o fizesse, pois Deus não se agradaria. Mesmo assim, seguiu avante, o que resultou na reprovação de Deus enviando uma praga sobre seu povo.

O censo levou cerca de nove meses e vinte dias, por certo, tempo assas suficiente para Davi perceber o grau do erro cometido. Quem sabe recordou as inúmeras vezes que ganhou suas guerras, auxiliado por Deus intervindo de maneira milagrosa, mas ao contar o povo pensou na força de seus homens de guerra. Um exército para lançar o medo nos povos ao redor de Jerusalém. Quem sabe, caindo em si, “sentiu remorso e disse ao Senhor: Pequei gravemente com o que fiz! Agora, Senhor, eu imploro que perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande loucura!” (II Sam.24:10)

Vários homens na Bíblia usaram a mesma expressão “pequei”, somo Saul, Judas, Faraó, Balaão, e não mudaram de comportamento. Não se arrependeram e morreram em seus pecados. Entretanto, Davi foi diferente e aí vai toda admiração – um homem segundo o coração de Deus. Ao vidente que foi enviado por Deus, Davi respondeu: “É grande a minha angústia! Prefiro cair nas mãos do Senhor, pois grande é a sua misericórdia, e não nas mãos dos homens” (II   Sam.24:14)

Embora a punição do seu pecado recaiu sobre o seu povo, o que lhe trouxe um grande pesar, pois admitia que o castigo deveria recair sobre si e sobre a casa de seu pai. Então, adquiriu o campo de Araúna, e “Edificou ali ao Senhor um altar e apresentou holocaustos e ofertas pacíficas. Assim, o Senhor se tornou favorável para com a terra, e a praga cessou de sobre Israel” (II Samuel 24:25)

Anos mais tarde num daqueles montes foi levantada uma cruz e o corpo de Cristo, não de animais, foi oferecido para Deus pelos nossos pecados.

Este triste acontecimento nos leva à refletir que o pecado, a transgressão que separa o homem de Deus, é como uma terrível praga cujo fim é a morte. E nosso amado Salvador sofreu a justa punição pelo nosso pecado. E a espada que pendia sobre nossa cabeça não foi retirada como no monte de Araúna, mas caiu sobre Jesus no monte do Calvário.

Assim como em Israel cessou a morte naquele dia, o mesmo acontece com todos que reconhecem e confessam o seu pecado: passam da morte para a vida. E tal certeza vem dos lábios do Senhor Jesus no Evangelho de João: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).

Faça como Davi e seja abençoado com a vida eterna.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 16 de maio de 2020

ATÉ QUE PASSEM AS CALAMIDADES


Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia,
pois em ti a minha alma se refugia;
à sombra das tuas asas me abrigo, 
até que passem as calamidades.
Clamarei ao Deus Altíssimo, 
ao Deus que por mim tudo executa.

Salmos 57:1,2)


Entre tantos malefícios que a Covid tem causado pelo mundo, e constatados por todos, há boas lições que precisamos aprender. Entre elas, a união de muitas pessoas em buscar socorro em Deus. Outras preferem recorrer aos seus deuses, mas que nada podem fazer. O Deus onipotente é o único para acalmar os corações, e ouvir aqueles que clamam por ele com fé.

O salmista em meio à uma profunda crise, busca em Deus sua fonte de auxílio. À sua volta não vê ninguém que possa socorrê-lo. E ele clama pela misericórdia de Deus. Nesta ocasião, se encontra escondido do rei Saul, na mais escura de uma das cavernas bem conhecidas por ele. E na escuridão clama pela misericórdia de Deus, e deseja estar à sombra de suas asas até que passem as calamidades.

A crise que levou o mundo à uma escura e extensa caverna precisa reconhecer que só Deus possui a misericórdia e o poder de abrigar a todos debaixo de suas asas. O salmista não reivindica como direito seu, mas reconhece que sua misericórdia é fruto do seu amor e flui dele espontaneamente.

O desejo do salmista é que a paz ao seu coração possa estar presente “até que passem as calamidades”.

Claro que todos estão assombrados. Muitos mergulhados na tristeza pela perda de seus familiares, outros desejando suas melhoras, e tudo isso nos empurra para o mais fundo da caverna onde não há luz e escurece nossos corações. Deus deseja ouvir nosso clamor e trazer a consolação e a esperança de que tanto precisamos.

A vida do escritor deste salmo é prova de que saiu ileso, voltou a sorrir, e como tal exerceu um reinado conquistando uma referência honrosa da parte de Deus “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (Atos 13:22)

Entre os benefícios que a covide trouxe e que fizeram os cristãos saírem de sua letargia espiritual, de seu comodismo, estão os clamores e jejuns espalhados pelo mundo. As “lives” se multiplicam. Pregadores conclamam o povo a se voltarem para Deus, e cantores são ouvidos. E muitos dentro de suas casas assistem tais programações. Resta ouvirem a voz de Deus através de tais recursos abençoados, e como escreve o escritor sagrado: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação”. (Hebreus 3:15)

Que Deus nos revista de sua paciência e confiança, certos de que Ele faz passar as calamidades.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 11 de maio de 2020

A ORAÇÃO RESPONDIDA


Ao reconhecer a voz de Pedro, tomada de alegria, 
ela correu de volta, sem abrir a porta, e exclamou: 
"Pedro está à porta! "
Eles, porém lhe disseram: "Você está fora de si! " 
Insistindo ela em afirmar que era Pedro, disseram-lhe: 
"Deve ser o anjo dele".
Mas Pedro continuou batendo e, 
quando abriram a porta e o viram, ficaram perplexos.
Atos 12:14-16

O livro dos Atos dos Apóstolos é surpreendente em suas informações sobre a igreja dos primeiros dias. É impossível lê-lo sem nos emocionar, vendo o fervor crescente no coração de cada novo convertido e os milagres atestando o poder do evangelho.

A meditação de hoje nos leva aos fatos relatados no capítulo doze que culminaram com a prisão do apóstolo Pedro, determinada por Herodes Agripa, o que causou grande preocupação aos irmãos da igreja recém nascida.

Enquanto Pedro era preso e algemado entre dois soldados, um de cada lado, e revezados de seis em seis horas, a igreja orava em seu favor em casa de uma irmã chamada Maria, conhecida como mãe de João Marcos. A prisão, como diríamos hoje, era de segurança máxima, impossível qualquer fuga. Mas, como para Deus não há impossíveis, um anjo foi enviado para libertar o seu servo. Deus atendeu as orações. Pedro é liberto, e ao ser tocado pelo anjo, pensou tratar-se de uma visão, mas caminhando pelas portas da prisão e estas sendo abertas, seguiu o anjo até certo lugar, quando constatou que era real. E do lugar que o anjo o deixou, seguiu para a casa de Maria.

A oração é arma poderosa, e não há recurso mais eficaz do que ela, mas há necessidade de que depositemos nossa fé e aguardemos a resposta do Senhor. Na casa de Maria enquanto oravam pela libertação de Pedro, Deus respondeu imediatamente e eles não acreditaram, pois Pedro ao bater no portão, a empregada por nome Rode foi abri-lo, mas qual não foi seu susto quando reconheceu a voz de Pedro, o que lhe causou grande alegria, deixando de abrir o portão. Quando as pessoas presentes na reunião souberam por ela que se tratava de Pedro, disseram que só podia estar louca, mas dada a insistência da jovem afirmaram que era o seu anjo, e não Pedro, e por fim foram constatar abrindo a porta.  

Deus lhes atendeu e eles foram pegos de surpresa, e duvidaram de que Pedro estava à porta querendo entrar.

Devemos aprender a lição dada pela jovem, pois esta reconheceu ser a voz de Pedro e se alegrou sobremaneira. Em nenhum momento duvidou ser ele, pois estava certa de que Deus o libertara da prisão.

Quando Deus atende nossas orações, ele tem prazer em nos avisar batendo na porta de nosso coração. 

Que tal corrermos para abri-la, reconhecer a sua voz e nos alegrar em receber sua resposta.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 1 de maio de 2020

MEDO,UMA REALIDADE




“Mas eu, quando estiver com medo, 
confiarei em ti”. 
Salmos 56:3 
Quem nunca teve medo?  Ou pavor em meio a uma situação incontrolável? Sem dúvida todos já passamos por tais momentos indesejados. Temos medo de uma doença grave, medo da morte, de um assalto, e por aí teríamos uma lista infindável de medos.

Entretanto, o que mais nos aflige nestes dias é o medo do corona vírus,  covide 19, o vírus que se espalhou pelo mundo e chegou até nós passando próximo às nossas casas. Tem atingido famílias separado-as dentro de suas casas, ceifado muitas vidas num piscar de olhos e trazendo uma imensa tristeza. Portanto, o medo está mais do que justificável.

O medo é tão antigo quanto a humanidade, pois assim que o primeiro casal pecou em desobediência às ordens de Deus, Adão em resposta à pergunta que lhe foi feita, respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu, por isso me escondi” (Gen.3:10)

E o medo percorre as páginas da Bíblia e nos mostra sua presença nos mais diversos servos de Deus. Elias teve medo de Jezabel ao ser por ela ameaçado de morte: “Elias teve medo e fugiu para salvar a vida...” (I Reis 19:3). E Davi inúmeras vezes foi acometido pelo medo, como ele mesmo declara em seus salmos. Certa vez, fugindo de Saul foi buscar refúgio em Gate, cidade dos Filisteus, onde se encontrava Doegue servo de Saul e que mais tarde o delatou. E provavelmente com este fundo histórico, escreve o seguinte: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, pois os homens me pressionam; o tempo todo me atacam e me oprimem..., mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti” (Salmos 56: 1-3)

E quando chegamos ao Novo Testamento encontramos muitas pessoas com medo em diversas ocasições. Maria, por exemplo, diante da visita do anjo Gabriel, foi tranquilizada por ele ante seu medo: “Mas o anjo lhe disse: “Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!” (Lucas 1:30); e o que dizer de Pedro na iminência de afogar-se ao caminhar sobre as águas ao encontro de Jesus? “Mas quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” (Mateus 14:30).
                                                                                                                                               
Portanto, o medo desta pandemia assustadora é deveras normal. Entretanto, o que não pode existir é o desespero frente às inúmeras situações dela decorrentes, principalmente à morte, perda de emprego ou a redução dos ganhos. Lembremos das palavras de Davi já citadas nesta meditação: “Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti”.  

É desta confiança que todos os filhos de Deus precisam ser revestidos, pois Jesus em suas palavras nos anima: “Observem as aves do céu; não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mateus 6:26). E as palavras do salmo tão querido e apreciado: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa” (Salmos 91: 1-3).

Da mesma forma como Deus retirou o medo do coração dos seus servos no passado, e providenciou recursos milagrosos, ele fará o mesmo nos dias de hoje em meio ao nosso medo. Ele, Jesus Cristo, não mudou, pois “ontem e hoje é o mesmo e o será para sempre”. (Hebreus 13:8)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©