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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

domingo, 30 de maio de 2021

MÃOS QUE ALCANÇAM O FUNDO DO POÇO

 

Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar a água,
e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? (João 4:11)

 

Creio ser este diálogo de Jesus um dos mais extensos. Não mais no meio da multidão, mas só, assentado à beira de um famoso poço – o poço de Jacó. A história tão notável foi registrada pelo evangelista João, e tem trazido preciosa instrução e salvação através dos anos.

Entretanto, o que desejo frisar nesta meditação é a preocupação da mulher em receber de Jesus a água viva. Daí sua pergunta: “O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva?”. De fato, tinha razão em assim pensar, pois até então o estranho viajante nada possuía para tirar água e ainda mais de um poço profundo. Diante de seus olhos uma incapacidade total.

Quantas vezes somos levados a raciocinar do mesmo jeito diante de situações difíceis, quando à nossa volta tudo aponta para impossibilidades. Queremos descobrir os meios mais fáceis e poupar nossos esforços.

No campo espiritual se dá o mesmo. O ser humano tornou-se inimigo de Deus quando o pecado entrou no mundo. Daí, ao nascer em pecado, este vai tomando conta de sua vida trazendo um gosto bem amargo. Assim, as crises chegam e o infortúnio bate à porta, surgindo doenças, tristezas e mortes, verdadeiras consequências. Tudo se transforma num poço profundo, inacessível, e as pessoas se desesperam porque não podem chegar até sua profundidade.

Foi o que sucedeu com a mulher samaritana, que disse ao Senhor Jesus que ele não possuía meios para tirar a água do poço porque era fundo. Viu algo impossível naquele homem, pois além do mais era menor do que o pai Jacó.

Jesus, entretanto, é Deus que se fez carne, nas palavras do apóstolo João: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. (João 1:14). E nas palavras do profeta Jeremias, “Eu sou o Senhor, o Deus de toda a humanidade. Há alguma coisa difícil demais para mim?” (Jer. 32:27).

Portanto, Jesus tem poder para tirar nosso pecado e alcançar a profundidade do poço. A mulher descobriu em tempo que Jesus era maior do que Jacó. Era o Messias tão aguardado pelo seu povo. Creu em Jesus e todo o seu pecado foi removido – tirado do fundo do poço. E com alegria foi contar aos seus amigos a grande descoberta: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo”? (João 4:29)

Os anos se passaram desde aquele dia memorável na vida da samaritana, e o poder de Jesus continua o mesmo alcançando vidas mergulhadas no fundo do poço. As mãos que foram pregadas na cruz alcançam a profundidade do nosso pecado, e o apaga de uma vez trazendo a paz ao coração.

Que o poder de Cristo se manifeste na vida de muitos, ajoelhando aos seus pés, crendo como a mulher e dizendo como seus amigos: “Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabermos que este é verdadeiramente o Salvador”. (João 4:41,42)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 24 de maio de 2021

DESCANSO PARA O CORAÇÃO

 

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas;
restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Salmos 23:1-2

Leva-me ó Pai ao pasto bem verdejante 

Com tua mão potente, abençoada e forte;

Estou tão cansado, com medo, vacilante,

Não me deixes perdido e só, triste e sem norte.

 

Desejo repousar, tranquilo, bem seguro,

Nos braços teus, Pastor fiel, sempre constante,

Qual criancinha tenho medo do escuro,

Faze-me repousar bem quieto e confiante.

 

Assim repousarei calmo e bem sereno,

Até que passe todo este meu temor;

Teu pasto é verdejante, fofo e ameno,

Lugar feliz, de paz, de bênção e de amor.

 

Quero dormir, ó Pai, bem quieto e sossegado,

Ouvindo tua voz macia qual canção.

Beija-me suavemente o rosto cansado,

Quero dormir em paz firmado em tua mão.

 

Orlando Arraz Maz

 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

VOCÊ AMA O SENHOR?

 

Eu amo o Senhor, porque ele me ouviu quando lhe fiz a minha súplica.
Ele inclinou os seus ouvidos para mim; eu o invocarei toda a minha vida.
As cordas da morte me envolveram, as angústias do Sheol vieram sobre mim; aflição e tristeza me dominaram. Então clamei pelo nome do Senhor: "Livra-me, Senhor! " (Salmos 116:1 a 4)

 

Este Salmo começa com três palavras onde o salmista manifesta sua adoração a Deus: “Eu amo o Senhor”. Seu desejo é exaltá-lo por sua grandiosidade e pelos seus grandes feitos. Em outro Salmo assim escreve: “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres” (Salmos 126:3).

Em primeiro lugar pensamos no Senhor Jesus, pois este salmo nos leva para o jardim, onde clamou ao seu Pai em grande angústia, o qual veio para confortá-lo enviando um anjo. “E apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava” (Lucas 22:43) O Pai ouviu suas súplicas no Getsêmani. A morte apertou seus laços e a angústia se apoderou dele, daí sua oração: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão” (Lucas 22:44). Seu Pai atendeu o seu clamor, embora não o livrou de morrer, mas o livrou da morte.

Então podia dizer: “Eu amo o Senhor”. E nós, eu e você, também precisamos admitir que um dia fomos ouvidos em nosso clamor. Nosso Deus inclinou-se, baixou-se até nós na pessoa de seu amado Filho, e nos livrou das garras da morte eterna.

O salmista podia dizer que as cordas da morte o envolveram, que as angústias do Sheol vieram sobre si, e, portanto, a aflição e a tristeza o dominaram. Quando descobriu que não havia mais saída para esse estado, clamou: “Livra-me Senhor”.

E nós, quando olhamos para nossa situação espiritual, distantes e perdidos dos caminhos do Senhor, pela obra de Jesus na cruz fomos aproximados de Deus, e ele nos recebeu como filhos e filhas, o que nos leva a dizer “Eu amo o Senhor”

O salmista, uma vez liberto da aflição e da tristeza pode exclamar do fundo do seu coração: “O Senhor é misericordioso e justo; o nosso Deus é compassivo.
O Senhor protege os simples; quando eu já estava sem forças, ele me salvou”. (Salmo 116:5,6)

Que nosso amor ao Senhor aumente a cada dia, levando-nos a viver uma vida de adoração, pois ele colocou um novo cântico na nossa boca, e nos deu sua alegria, pois seu amor dura para sempre.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 9 de maio de 2021

HINO PARA MINHA MÃE

 


Hino para minha mãe

 

Mãe querida, neste dia, com sincera gratidão,

E movido de alegria ofereço esta canção.

Tudo em ti me inspira afeto, seu amor, sua atenção,

Seu carinho predileto me alegra o coração.

 

Tão pequeno me levavas, bem seguro em sua mão,

E de Cristo me falavas com fervor, com devoção.

E assim fui aprendendo de Jesus lindas histórias,

Seu amor fui compreendendo, sua morte, suas glórias.

 

Hoje tenho nova vida, tenho paz, amor sem fim,

A você ó mãe querida devo a luz de Cristo em mim.

Quero, sim, seguir seus passos, ensinar aos filhos meus,

Envolvido entre abraços, do maior amor de Deus.

 

Quero, sim, ó mãe querida, minha bênção, minha luz,

Bem-estar e longa vida sempre perto de Jesus,

Imitá-la é meu desejo, minha doce inspiração,

Seu amor é benfazejo, sua vida uma canção.

 

Orlando Arraz Maz

Pode ser cantado com a música do nº 70 de Salmos e Hinos

 

 

terça-feira, 4 de maio de 2021

ÁGUAS DE DEUS

 

 



“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51:2,7)




A sujeira nunca foi agradável. A infância é um período da vida onde o banho é recusado. Crianças, na maioria das vezes, lutam contra o banho. Já na adolescência há banho demais. O jovem cuida do seu corpo. Se for homem, após o banho escolhe o seu perfume predileto; se for mulher, os cremes apropriados. Desejam mais estar limpos e asseados para os outros do que para si mesmos.


Quando olho para este Salmo descubro um homem que desejava ser lavado por Deus. A sujeira do pecado o incomodava, tirava-lhe o sono, perturbava, mexia fundo no seu coração. E desejava o lavar de Deus para apresentar-se a Ele limpo de seu pecado.

A lavagem do corpo é necessária. Os ingredientes e os métodos escolhidos são meus. A lavagem da alma, bem como seus critérios, é de Deus. Quando tomamos a iniciativa em usarmos nossos métodos, saímos mais sujos da presença de Deus.

Deus tem condições para me lavar. Quando sinto a sujeira do pecado, e logo o confesso e o abandono, e me entrego à limpeza de Deus, o processo é perfeito e a limpeza é total.

Notem a colocação do verbo no texto: “lava-me” e não “lavo-me”. Quando a iniciativa é de Deus, estou me submetendo a Ele. Devo abaixar-me, devo curvar-me, a fim de que todo o meu ser seja atingido por sua “escova”. Pode doer, mas o sucesso é garantido. As manchas são removidas e a alma fica mais branca do que a neve. Deus deseja ver-me limpo para Ele e só assim posso mostrar-me aos que me cercam.

Que exemplo notável Davi nos deixa. Um homem sujo lavado por Deus, um coração quebrantado, totalmente renovado, uma voz abafada encantadoramente afinada, oferecendo um louvor perfeito a Deus.

O processo de Deus não falha. E Davi experimentou-o como uma das maiores experiências de sua vida.

Anos mais tarde Pedro recusou ter seus pés lavados por Jesus. Em tempo mudou seus pensamentos e os efeitos foram prontamente notados.

Quando Deus nos lava somos usados por Ele e vistos por Ele como dignos de nos assentar à sua mesa e participar das suas iguarias deliciosas.

Mesmo lavados e purificados os homens impõe seus critérios, os preconceitos permanecem e a desconfiança torna-se uma constante. Que conforto saber que Deus não age assim.

Que tal nos mergulharmos na “banheira de Deus”, deixar que suas mãos santas nos lavem, e purificados, voltarmos a Servi-lo de todo o coração.

Humilhar é preciso. Reconhecer o pecado é indispensável e confessá-lo é o único caminho do retorno para Deus.

“Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”

 Que assim seja.

 Orlando Arraz Maz©