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domingo, 31 de janeiro de 2021

COMO ENSINAR MEU FILHO?

 

“Então, disse Manoá: Quando se cumprirem as tuas palavras, 
qual será o modo de viver do menino e o seu serviço?” (Juízes 13:12)
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, 
e ainda quando for velho, não se desviará dele”, (Prov. 22:6)

 

A história de Sansão sempre traz interesse e curiosidade, especialmente nas crianças. Sua força descomunal, muitas vezes pintada em livros de desenhos infantis, atiça a curiosidade delas.

A história de seu nascimento também foi algo extraordinário, pois um anjo do Senhor visitou a seus pais (primeiro a sua mulher), com a notícia que todas desejam: ela daria à luz um menino, um verdadeiro milagre já que era estéril. Em seguida deixou instruções de como criaria o menino, e ausentou-se. E em meio a essa notícia alvissareira, correu para contar a seu marido, que orou a Deus e suplicou por mais uma visita do anjo, pois desejava saber como “ensinar o menino”. E ao aparecer-lhe o anjo do Senhor pela segunda vez, reforçou seu pedido: “mas qual será o modo de viver e serviço do menino?” (Juízes 13:12). E após oferecer-lhe uma oferta que foi recusada, desejou saber o nome do anjo, e descobriu chamar-se Maravilhoso, ou em outra versão “meu nome está além do entendimento”. E ao oferecer em sacrifício o animal para Deus, o anjo subiu na chama do holocausto. Daí descobriram que era o próprio Deus, e que entendemos ser o Senhor Jesus em forma humana.

Embora Sansão teve uma vida de desobediência a Deus e não observou as instruções por ele dadas, sem dúvida foi instruído por seus pais.

Uma lição que podemos tirar é a preocupação dos pais em “como criar o menino”, e qual seria o “modo de viver e serviço do menino”. Quão bom seria se tal preocupação fosse a de muitos pais em nossos dias, especialmente a dos que conhecem a Palavra de Deus, em ensinar-lhes que Cristo é Maravilhoso, cujo nome é incomparável, e levá-los ao conhecimento de Cristo desde sua infância.

A Bíblia nos manda “ensinar a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Prov.22:6) Os pais de Sansão fizeram a sua parte. Sua mãe, sem dúvida, cumpriu a palavra do Anjo do Senhor, e ambos o instruíram da melhor forma possível.

Entretanto, muitos podem questionar: mas Sansão não andou nos caminhos do Senhor, e sua vida foi totalmente contrária à vontade de Deus? E isto pode acontecer em nossos dias, quando crianças são ensinadas de forma adequada “no caminho que devem andar”, por seus pais, e mais tarde seguem seus próprios caminhos, longe de Deus. Há exceções, mas trata-se de uma regra geral.

Os pais devem “ensinar” seus filhos e com amor mostrar-lhes o caminho de Deus, pois há subsídios em abundância na Palavra de Deus. Se ocorrerem desvios, como no caso de Sansão, seus pais não poderão lamentar o descuido no ensino quando crianças.

Por último, que o exemplo dos pais de Sansão venha a incentivar todos os pais, nestes dias quando a tecnologia tende a ganhar espaço na vida das crianças, roubando-lhes o tempo precioso do aprendizado da Palavra de Deus.

Que haja mudanças em muitos pais, e a exemplo dos pais de Sansão, que orem ao Senhor: “como ensinar o menino?”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

UM RARO PERFUME

 

 

 

Então Maria pegou um frasco de perfume caro

feito de essência de óleo aromático,

ungiu com ele os pés de Jesus

e os enxugou com os cabelos.

A casa se encheu com a fragrância do perfume. (João 12:3)


Os evangelistas nos apresentam a vida de Jesus como uma foto vista de diversos ângulos. Cada um deles focalizou a sua beleza mostrando detalhes diferentes.

 No relato desta nossa meditação, Mateus e Marcos observam que a mulher ungiu a cabeça de Jesus; João, que ungiu seus pés e que a casa se encheu de perfume, e que era Maria, irmã de Marta e Lázaro, cujo unguento guardara para sua sepultura, e por fim, que Judas reclamou do desperdício.

Mateus e Marcos falam que o jantar foi oferecido por Simão, um leproso, por certo curado por Jesus. E João, relata que nesta ocasião memorável, se encontravam Maria, Marta e Lázaro.

Juntando todos esses ângulos temos uma foto perfeita que nos permite contemplar as belezas do Amado Salvador.

Uma família grata ao Senhor pela bênção da ressurreição de seu irmão Lázaro encontra-se em casa de Simão, que oferece uma ceia para o Senhor Jesus, com Marta servindo aos presentes e Maria adorando, sempre contemplativa diante daquele que um dia se referiu a ela como ter “escolhido a boa parte que não lhe seria tirada” – a de estar aos seus pés aprendendo dele (Lucas 10:42). Quanta alegria não teriam os participantes desta ceia: Simão curado de sua lepra, Lázaro cheio de vida à mesa, Marta, como de costume, servindo e Maria adorando. Somente Judas não apreciou nada, pois seu coração estava distante de Jesus.

Várias lições podemos extrair desta meditação, dentre elas nossa gratidão ao Senhor por todas as suas bênçãos, especialmente pela nova vida que alcançamos em Cristo. O apóstolo Paulo assim escreve: “Mas Deus é tão rico em misericórdia e nos amou tanto que, embora estivéssemos mortos por causa de nossos pecados, ele nos deu vida juntamente com Cristo. É pela graça que vocês são salvos” (Ef.2:4,5 – NVT). Hoje podemos ter plena comunhão com Cristo, pois as amarras do pecado foram desatadas e nos tornamos libertos, tal qual Lázaro ressuscitado.

Entretanto, no meio daquela ceia, apareceu Maria com um frasco de perfume caro feito de essência de óleo aromático, que ungiu com ele os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa se encheu com a fragrância do perfume”. (João 12:3). Maria não fez questão do alto preço do unguento, avaliado por Judas em trezentas moedas de prata, exatamente dez por cento do valor que venderia o Senhor Jesus.

Maria, mais uma vez foi elogiada por Jesus, pois seu ato fora feito como preparação para o seu sepultamento. (João 12:7). Não esperou a morte de Jesus para embalsamar seu corpo, mas o fez pouco antes. E Jesus conclui: “Eu lhes garanto: onde quer que as boas novas sejam anunciadas pelo mundo, o que esta mulher fez será contado, e dela se lembrarão”. (Mat. 26:13)

Grandiosa verdade! A pequena aldeia de Betânia entrou para a história, enquanto cidades famosas, hoje, não são sequer lembradas, e o feito de sua moradora é recordado após dois mil anos.

Simão, outrora leproso, nos ensina a abrir a porta do nosso coração e permitir Cristo comandá-lo; Lázaro nos leva a recordar a nova vida que temos em Cristo; Marta, sua prontidão em servir, e Maria sua devoção a Cristo.

Que nossas vidas que por Ele foram compradas por alto preço, sejam verdadeiros frascos de alabastros totalmente quebrados aos seus pés em constante adoração, cujo perfume venha dar alegria a Cristo, fragrância à  nossa vida e inebriar aos que nos cercam.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

 

 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

QUEM PODERÁ CURÁ-LO?

 

 E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.

E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava

 neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?

O enfermo respondeu-lhe: Senhor,

não tenho homem algum que, quando a água é agitada,

 me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou

desce outro antes de mim. (João 5: a 16)

 

 Ao ler este impressionante relato da cura do paralítico, me deparo com a maneira como Jesus aparece no texto:” E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? (João 5:6).

 

Jesus chegava à Jerusalém, e inicialmente dirigiu-se à Porta das Ovelhas, onde, perto, havia um tanque chamado Betesda, no qual se encontravam muitas pessoas doentes esperando a cura pelo movimento das águas. Sem dúvida, um ambiente que ninguém gostaria de entrar, muito menos de permanecer vendo a aflição dos enfermos. Não Jesus.

Ele, o Bom Pastor, o Cordeiro de Deus entrou pela porta conhecida como Porta das Ovelhas, por onde entravam para o sacrifício no templo. Uma alegoria que representa Jesus Cristo, o verdadeiro cordeiro de Deus. João Batista declarou aos seus discípulos uma verdade maravilhosa: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:35,36).

E lá, à beira do tanque chamado Betesda, que significa "lugar da misericórdia divina" ou "casa da misericórdia divina, “descobriu um homem que estava enfermo há muito tempo”. Não precisou fazer uma pesquisa, muito menos indagar às pessoas ali presentes, pois sabia de sua longa enfermidade.

O Cordeiro de Deus entrou pela porta deste mundo onde se encontravam ovelhas desgarradas, sem condições de locomoção, paralíticos espirituais, e sem ter alguém que tivesse compaixão delas para dar-lhes a cura que precisavam. A misericórdia de Cristo que naquele dia alcançou o paralítico restabelecendo seus movimentos, é a mesma em nossos dias que restaura vidas.

Quando Jesus perguntou ao paralítico se teria alguém para ajudá-lo a entrar no tanque, foi sincero: “não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque.” Quanta verdade! Muitos hoje esperam pela ajuda de religiosos, de amigos que nunca aparecem, e que não podem curá-los das enfermidades do coração. Enquanto não reconhecerem sua incapacidade confessando os seus pecados, não receberão a gloriosa cura espiritual que os fará andar com passos firmes debaixo da misericórdia de Cristo, desfrutando nova vida.

Aquele dia foi coroado com um final feliz: “Levanta, toma a tua cama e anda. Logo, aquele homem ficou são, tomou a sua cama, e partiu”. Hoje se dá o mesmo quando Jesus salva o pecador de seus pecados. Imediatamente surge uma nova vida, e a vida eterna é garantida.

A misericórdia de Cristo leva os paralíticos espirituais a andarem sobre a rocha que é Jesus e a terem a mesma experiência do salmista: “Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos”. (Salmos 40:2).

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

AFLIÇÕES PASSAM...

 


 Porque para mim tenho por certo que

as aflições deste tempo presente não são para comparar

 com a glória que em nós há de ser revelada”. (Rom.8:18)


Aflição é uma palavra que não gostamos de pronunciar, pois nos lembra momentos de tristeza em nossas vidas, quer sejam passados ou presentes. As aflições que se foram deixam marcam profundas, e as que estamos passando, paralisados. Um exemplo bem marcante é a crise de pandemia que assola o universo. Por todos os lados somos atingidos, ora com a perda de familiares e amigos que tanto amamos, outros em hospitais ou confinados em suas casas. E assim, a aflição tira toda a tranquilidade.

 A aflição ainda pode ser mental que leva muitos à depressão, definhando-se a cada dia, sem ânimo para as mínimas coisas.

Entretanto, para os que confiam na Palavra de Deus, há lenitivo para as aflições, pois Deus tem suas misericórdias, e estas não têm fim, pois a cada manhã se renovam. (Lam. 3:22) Basta confiarmos de todo o coração e por certo Deus cuidará de cada aflição que pesa sobre seus filhos.

Atentando para a vida do apóstolo Paulo descobrimos suas aflições, conforme lemos na sua segunda carta aos Coríntios capítulo 11: abundantes trabalhos que não poupavam seu corpo cansado; crueldade e perseguições; perigos marítimos e terrestres; cansaço e necessidades; ansiedade pelas igrejas; humilhação ao ser baixado num cesto, e ainda pelo espinho na carne que o incomodava, e por fim sua morte bárbara ainda oculta aos seus olhos.

Em face de tantas dificuldades, ele escreve aos cristãos de Corinto e dá seu testemunho: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”. Ele sabia que suas tribulações eram como gotas no oceano da glória de Deus e assim se tornavam em algo momentâneo, passageiro. E em sua carta aos irmãos de Roma, escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Rom.8:18). A perspectiva da glória enchia seus olhos e coração.

Suas palavras deveriam transbordar de ânimo todos os que passam por aflições, sabendo que o socorro vem da parte de Deus, e elas se tornam tão insignificantes diante do seu grande amor.

Que possamos voltar nossos olhos para Jesus nestes tempos tão difíceis, pois da mesma forma que um dia chorou em frente ao sepulcro de Lázaro, ele compreende perfeitamente as aflições e lágrimas de seus filhos.

Nas aflições do apóstolo João na ilha de Patmos, a revelação de Cristo trouxe paz ao seu coração:” E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. (Apoc. 21:4)

As aflições são passageiras, a glória reservada aos seus filhos é eterna.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

MUDOU O ANO E DEUS NÃO MUDOU

 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.(Hebreus 13:8) 

Mudamos o calendário – 2020 para 2021, e muita coisa vai mudar: planos modificados, sonhos reestruturados, novas conquistas, novos compromissos. Mudanças e mais mudanças.

 Nosso humor muda a cada instante, nossa alegria um dia está lá no alto, outro dia lá embaixo.

 Enfim, mudamos bastante.

 Entretanto, só há um que não muda: “Eu, o Senhor, não mudo” (Mal.3:1)

Jesus Cristo não muda:  Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8)

 O amor de Deus não muda: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

 A sua compaixão não muda: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”. (Hebreus 4:15)

 O seu cuidado não muda:  “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (I Pedro 5:7)

 O seu poder não muda: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Efésios 3:20)

 Então, queridos amigos, que possamos enfrentar este novo ano com mais ânimo e fervor, sabendo que podemos contar com o amor de Deus que não muda.

 Feliz e abençoado 2021.

Orlando Arraz Maz©