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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 29 de junho de 2019

MAIOR QUE SALOMÃO



“Disse ela, então ao rei:
“Tudo o que ouvi em meu país acerca de
tuas realizações e de tua sabedoria era verdade.
Mas eu não acreditava no que diziam,
até ver com os meus próprios olhos”. (I Reis 10: 6,7)

Fico impressionado ao ler sobre a rainha de Sabá, e não me canso em fazê-lo várias vezes, pois seu relato me traz grandes e maravilhosas lições. Assim, gostaria de compartilha-las com vocês.

Entre as muitas informações que lhe chegaram a respeito da sabedoria e da riqueza de Salomão, também ficou sabendo que havia um Deus em Israel, fato que mais tarde declarou: “Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei para manter a justiça e a retidão” (I Reis 10:9). Por certo tais informações foram obtidas por viajantes e mercadores no comércio que realizavam. Assim, desejou matar sua curiosidade, e empreendeu a longa viagem até Jerusalém. Apesar de cultuar os deuses pagãos de sua terra, estava certa de que o rei Salomão adorava a um Deus que era Senhor, o qual lhe havia dado uma sabedoria extraordinária. Assim, munida de perguntas difíceis que trazia em sua mente, desejosa de testar a sabedoria de Salomão, partiu com uma caravana repleta de presentes.

Ao chegar à Jerusalém, ficou impressionada ao conhecer o palácio de Salomão, sua mesa farta, oficiais e copeiros uniformizados, e os holocaustos que fazia no templo do Senhor. E extasiada, exclamou: “Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de sua sabedoria era verdade. Mas eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza”

O que me encanta mais nesta história é pensar no Senhor Jesus Cristo, um tipo do rei Salomão, que dizia de si mesmo: “e eis, aqui quem é maior do que Salomão” (Lucas 11:31). Maior em sabedoria e poder, pronto a responder perguntas do coração que ainda não nos chegaram à boca.

Quando buscamos a Jesus, após “uma viagem longa e perigosa” carregados de pecados e tristezas, desilusões e desencantos, ficamos surpresos em conhecê-lo, não somente pelo que nos contaram, como seus milagres e poder, mas atraídos pelo seu amor. Fomos impactados por sua morte na cruz em nosso lugar e pela vitória que obteve em sua ressurreição. E como a rainha podemos parafraseá-la: "Tu, (Jesus) ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza".

Quando conhecemos a Jesus, e o recebemos como Senhor e Salvador, não como um rei de uma potência, mas como o Rei da Glória, aquele que os reis se ajoelham diante dele, “que livra o necessitado quando clama, como também ao aflito que não tem quem o ajude”(Salmo 73:11,12), somente nos resta adorá-lo caídos aos seus pés.

Um dia conheceremos os palácios de marfim, suas ruas de ouro e cristal e seu brilho semelhante a uma pedra preciosíssima, como se fosse jaspe cristalino, com seu grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e os nomes escritos sobre eles, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. E a cidade era de ouro puro semelhante a vidro límpido” (Apoc. 21).

Hoje enxergamos pelos olhos da fé, mas um dia veremos assentado num majestoso trono, não Salomão com a glória que um dia teve, mas nosso Salvador que nos amou e se deu por nós na cruz do calvário. E lá exclamaremos: os meus olhos veem o Rei da Glória e os meus pés pisam ruas de ouro e cristal.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©


sábado, 22 de junho de 2019

ITAI, O GUERREIRO FIEL



Itai, contudo, respondeu ao rei: "
Juro pelo nome do Senhor e por tua vida
que onde quer que o rei, meu senhor, esteja,
ali estará o seu servo, para viver ou para morrer! "(II Sam.15:21)

A história de Itai, chefe de um exército de seiscentos soldados, e fiel a Davi, é de grande destaque e significância nas páginas da Bíblia. Ele era um filisteu da mesma cidade onde Golias fora morto, e como consequência, resultou a vitória do exército de Israel. Pouco nos revelam as páginas da Bíblia sobre os motivos que levaram a Itai a abraçar Israel como seu povo. Alimento pensamentos próprios de que ficara impressionado com a morte do gigante por um jovem que o atacou e o feriu de morte em nome do Deus de Israel. Jamais alguém poderia matar um gigante com cinco pedras lisas de um riacho, não fosse a intervenção de um grande Deus. Quem sabe assim pensara Itai no dia da batalha.

Não teria sido este o motivo de Itai trocar sua terra pela terra de Israel e abrigar-se sob o comando de um Deus grandioso? Vira com seus olhos o poder de Deus operando e o pavor que causou nas tropas filistias. E nada melhor do que servir uma terra cujo Deus comanda seu povo.

Nos versículos que antecedem ao texto que serve de base para esta meditação, nos deparamos com a revolta de Absalão, filho do rei, tentando usurpar o trono de seu pai. O medo tomou conta de Davi,  resolvido a fugir de Jerusalém deixando o palácio guardado por suas concubinas. Na fuga, surge Itai com seiscentos soldados apresentando-se para juntar-se ao seu exército, desejoso para entrar em combate. Davi, entretanto, recusa e sugere que volte com seus irmãos, ao que Itai respondeu: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo para viver ou morrer”.

Magnifica declaração de lealdade por um estrangeiro, filisteu que reconheceu Deus como  Senhor  e Davi como seu rei.

Itai traz à minha lembrança todos os que estavam separados de Deus, e nas palavras do apóstolo Paulo, “e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês, mas agora Ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresenta-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.” (Colos. 1:21,22)

Somos livres pela obra majestosa de Jesus que na cruz venceu o inimigo de nossas almas. O diabo foi derrotado, o Golias da terra de Itai, despojado, humilhado e morto. Jesus, o grande vencedor ganhou nosso amor e admiração e na cruz venceu e derrotou Satanás.  Hoje servimos em suas fileiras e saímos da terra inimiga. Fomos reconciliados e recebidos por Ele.

Será que nossa fidelidade é a mesma de Itai? Somos testemunhas de Jesus em qualquer situação, prontos a defendê-lo e declarar que Ele é nosso Senhor, Salvador e Rei? E assim, dizer para Jesus “... onde quer que o Rei, meu Senhor, esteja, ali estará o seu servo, para viver ou para morrer”!           

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sábado, 15 de junho de 2019

CASA DE PALHA OU DE ROCHA


  
Desde os confins da terra eu clamo a ti;
com o coração abatido;
põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu”(Salmos 61:2)


Quando as dificuldades surgem e invadem o nosso coração, se transformam em verdadeiras muralhas que roubam a nossa paz. Basta uma enfermidade repentina, um desapontamento cruel, uma infeliz desavença e tudo desaba sobre nós de uma só vez.

Davi, o autor deste precioso salmo, é quem o compôs e ao mesmo tempo o entoa com seu  instrumento de cordas que tanto amava. Expressa o sentimento do seu coração, e na sua tristeza pede ao Senhor Deus que prolongue os seus dias. Sente profundamente seu afastamento da casa de Deus, o tabernáculo, em virtude do exílio forçado pela revolta de Absalão. Diante deste quadro, clama por socorro ao Senhor para que atenda sua oração. E o seu desejo é ser levado para a rocha mais alta do que ele. Cria que Deus era sua Rocha, pois conhecia as palavras de Moisés: “Ele é a Rocha, suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é.” (Deut.32:4).

Davi conhecia bem o seu Deus, seu Pastor, e a ele dirige sua oração e sabe que ele é Rocha verdadeira e inabalável. 

Quantas vezes em nossas aflições buscamos meios impróprios e sem condições para trazer a paz ao nosso coração. Muitos repetem a oração do “Pai nosso” decorada desde criança, e nem sequer pensam em suas palavras, que não expressam os sentimentos do coração.

Davi colocava para fora tudo o que sentia: “clamo com o coração abatido, põe-me à salvo na Rocha mais alta do que eu”. A Rocha é lugar seguro e traz conforto. Nas palavras proféticas de Moises, Cristo é a nossa Rocha. É ele que sustenta a “casa” que foi construída sobre a rocha. Um refúgio da chuva de dificuldades que evita o desabamento, da tempestade, da perseguição, das enchentes de tentação satânica, do calor da ira divina. Enfim, uma torre forte, duradoura, inabalável, segura para todo o aflito de coração. “Pois tu tens sido o meu refúgio, uma torre forte conta o inimigo.” (Salmos 61:3)

Que esta seja sua sábia decisão, a mesma do rei Davi, que mantinha a certeza em seu coração de “habitar na tenda de Deus e refugiar-se no abrigo de suas asas” (Salmos 61:4),onde “cantaria para sempre louvores cumprindo seus votos cada dia”.(Salmos 61:8).

Deseja um lugar seguro? Busque refúgio na Rocha de nossa Salvação, Jesus Cristo. “Mas o Senhor é a minha torre segura; o meu Deus é a rocha em que encontro refúgio” (Salmos 94:22)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 7 de junho de 2019

"QUE HOMEM É ESTE"?




E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
E eis que se levantou no mar tão grande tempestade
que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo:
Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo.
Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé?
Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.
E aqueles homens se maravilharam, dizendo:
Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
Ev. de Mateus 8:23 a 27)

“Que homem é este?” – A pergunta dos discípulos maravilhados tem sido feita através dos anos por homens e mulheres, tentando descobrir quem é Jesus. Milhares de livros foram escritos, debates intensos realizados, pesquisas sem conta, sugestões as mais diversas,  tentando achar   resposta, mas nada conseguiram. A frustração foi total, e não alcançaram a paz ao coração, porque deixaram de pesquisar a origem deste homem. Partiram do seu nascimento em Belém, mas se esqueceram de que Ele sempre existiu. O evangelista João abre a cortina da eternidade e nos revela que “No princípio era o verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1:1 a 3).

E o evangelista prossegue: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória como a glória do Unigênito do Pai” (João 1: 14).

Portanto, facilmente podemos descobrir que “este homem é Deus”, que se fez carne e nasceu de uma virgem, mas jamais deixou de ser Deus. Era, sim, aquele que no barco em vias de soçobrar, com sua voz cessou a fúria da tempestade e o mar revoltoso. 

Quão bom seria se hoje as pessoas assim conhecessem a Jesus, e depositassem nele sua confiança, pois seu poder em nada mudou, pois “Ele (Jesus Cristo) é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8) Ainda hoje acalma a tempestade do coração e estabelece sua paz, pois para isto veio a este mundo.

Assim, enquanto o ser humano não mudar seu coração, jamais alcançará a bênção de sua salvação. Sem perda de tempo deve admitir que “o homem que dormia no barco”, é o Deus encarnado (não reencarnado), que morreu em uma cruz e ressuscitou no terceiro dia, e como Homem está no céu.

“Que homem é este?” – É o Deus que deixou a glória do céu, “os palácios de marfim” (Salmos 45:8) e desceu a este mundo miserável e perdido, para restaurar e salvar o homem.  

Por último, em quem você crê? Naquele que nasceu como criança em Belém e se tornou homem, ou no Deus de Moisés, que assim se referiu a Jesus profeticamente: “Antes de nascerem  os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus” (Salmos 90: 2).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©