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sábado, 31 de dezembro de 2011

ESPERANÇA QUE NÃO FALHA

Aos bons amigos que caminharam comigo durante o ano neste blog, meus sinceros agradecimentos.
Que Deus ilumine o caminho de todos fazendo despontar aquele que é a Luz da Vida, o Senhor Jesus,
E que cada manhã traga esperanças que nunca falhem, à luz da esperança do autor deste belo Salmo:

LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.
Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.
O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.
(Salmo 121)

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano velho - desejos que se foram

Os anos velhos me trazem saudades de
caminhar descalço pelas ruas após a chuva,
e mergulhar o pé nas poças de água,

De subir nas mangueiras e chupar mangas até sujar a boca,
De correr atrás das pipas e dos balões,
E de se esconder atrás de um muro qualquer e assustar outros meninos...

Correr atrás do caminhão do circo,
E fazer amizade com o palhaço de cara pintada,
E não ter pressa para nada.

E quando chegar a hora de ir para a escola, fingir uma forte dor de cabeça.

Saudades de ficar em casa na janela do quarto vendo a chuva cair,
Fazer cabana no mato pulando o muro de casa,
E só voltar pelos gritos da mãe chamando.
Juntar um monte de madeira velha e fazer um automóvel,
com banco, freio e acelerador,
E fazer de conta que está em alta velocidade.

E quando cansar, partir para o carrinho de rolimãs, descer pela rua sem calçamento, aos solavancos, e só parar firmando o pé no chão.

E no sábado, após a pelada,com bola de pano de meia velha e furada,
Voltar para casa e tomar banho de chuveiro de balde com furinhos, levantado por uma corda,
Lambuzar o cabelo de brilhantina, sentar no muro de casa esperando a menina de vestido azul.

Mas os anos que passaram velozes,
Trouxeram cabelos brancos e escassos,
As ruas foram asfaltadas,
Os pés de mangas sumiram,
Os muros deram lugar aos altos edifícios,
E os palhaços todos morreram.
As cabanas construídas de matos e galhos perderam seus espaços,
E o chuveiro improvisado perdeu a graça.
A brilhantina ficou de lado,pois os cabelos se foram,
E a menina de vestido azul desapareceu.

Que o ano novo segure no colo a criança que existe em cada um,
E que a cada novo dia essa criança ressuscite
Mais verdadeira, mais honesta, mais alegre,
Sem se importar com os cabelos brancos.

Feliz ano novo
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal – Tempo de Reflexão


O Natal assinala um período totalmente diferente na vida das pessoas. Há uma mudança acentuada no comportamento delas, que se preocupam em trocar presentes, comparecer às festas, abraçar os amigos, fazer surpresa para os filhos vestindo a roupa do Papai Noel, e tantas outras conotações com a festa magna da cristandade.

Creio que usando o bom senso, não há nada de errado neste comportamento.

Mas o Natal deveria ser um tempo de reflexão, com vistas ao retorno da família em volta da mesa conversando e trocando experiências, o que há muito se perdeu em nossa cultura.

Durante o ano quase findo, o pai foi um visitante noturno; a mãe, ocupada com seu serviço muitas vezes distante de casa, e os filhos num corre – corre indo e vindo dos estudos. E nas pouquíssimas horas de folga, o televisor tomando conta da sala.

Que tal darmos uma oportunidade de diálogo como presente à família e férias para o televisor?

Vamos transformar este Natal em um tempo de reflexão, avaliar como gastamos as horas do ano que quase está findando, tirar lições expressivas a fim de que elas venham a mudar nosso comportamento.

O diálogo na família tornou-se peça de museu, tão raro, tão escasso. Quando existem, são monossilábicos. Ou é o pai dirigindo-se ao filho e este respondendo sucintamente, ou a esposa conversando com seu marido. Mas o televisor na sala toma conta do ambiente e cada detalhe tem seu rico comentário.

Este comportamento tem um reflexo direto na vida da juventude. Muitos não sabem conduzir um assunto, discutir um tema, analisar um livro, e quando conversam entre si, há um palavreado sofrível que só eles entendem. Sem dúvida há exceções honrosas entre jovens que manejam bem a língua, com idéias lúcidas e raciocínios sadios. Sobre estes, entretanto, a família exerce grande influência.

 Está distante o tempo em que o chefe da família, após o jantar, reunia os filhos, abria a Palavra de Deus, lia e comentava um texto, estimulando idéias e pensamentos. Aos poucos insuflava a Palavra abençoada nos corações dos filhos, preparando-os para as atividades do dia seguinte. Há relatos de pessoas que muitos anos depois, adultos com suas famílias constituídas, que se lembravam daqueles tempos e das bênçãos que alcançaram.

Hoje, os meios de comunicações, o esforço para conquistar um lugar melhor na sociedade, a busca de recursos para suprir as necessidades da família, retiraram a hora da comunhão e da reflexão ao lado do fogão. Lamentavelmente não se usam mais as mesas para o jantar, mas o prato em uma mão, o talher na outra, e os olhos fixos no televisor. A família dispersou-se pelos cantos da casa, cada filho em seu quarto. O mesmo ritual se repete a cada dia e assim passam-se os meses, os anos, a família envelhece e os valores espirituais não mais existem.

Que este Natal seja um tempo de reflexão, a fim de avaliarmos as oportunidades perdidas, os diálogos interrompidos e a oração feita na base do sufoco. Deus não pode se agradar da família que assim procede. Ele deseja que suas leis estejam nos corações como nos tempos antigos. “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Deut.6:6 - 9).

Há muito assunto para ser falado na família. Nos tempos bíblicos era demonstrada a fidelidade de Deus no meio de Israel e sua libertação da opressão do Egito. Os pais transformavam este assunto nos diálogos mais vibrantes.

Hoje podemos falar da fidelidade de Deus, do amor de Jesus Cristo, sua obra poderosa na cruz, a transformação do pecador em nova criatura. Há muito assunto para falarmos após o jantar, com a família reunida. Podemos orar pelos temores e necessidades de nossos filhos, leva-los à presença de Deus, enfim, criar um ambiente espiritual no seio de nossa família.

Que tal começarmos neste Natal? Falarmos aos nossos filhos o que muitos já se esqueceram, que Deus Homem veio habitar entre nós, armar a sua tenda por um pequeno período, morrer na cruz justificando o ser humano e ressuscitar demonstrando o poder de Deus. Mostrar aos nossos filhos, com palavras sábias, que o nosso Salvador é muito mais que o presépio montado nas lojas e em muitas casas – é Jesus Cristo que ama, salva e abençoa.

Este pode ser o início de um diálogo que deve se prolongar todos os dias do ano que está por vir. Outros virão com temas atuais, como uma matéria na escola não entendida, ou um artigo para ser interpretado, um livro para ser analisado, uma decepção com algum colega de escola, enfim, cabe a nós, pais e mães, criarmos um ambiente saudável em nosso lar

Mas para tudo isso o televisor deve ser assistido com sabedoria , sem roubar a comunhão da família, criando hábitos, gestos e palavras que deturpem o caráter de nossos filhos.

Que haja um empenho maior no diálogo sadio entre nossa família, e que pais e mães sejam pastores nas mãos de Deus, a fim de levar seus filhos à um conhecimento real de Jesus Cristo, o Salvador dos homens. Por certo,um dia lembrarão desse tempo e das influências que receberam na sua juventude.

Que este Natal seja um tempo abençoado e de sincera reflexão.
Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CASAS PRIVILEGIADAS

Encontramos no Novo Testamento o relato de pessoas que colocaram à disposição suas casas, para receberem os servos de Deus. Sem dúvida, tanto os hóspedes como os hospedeiros foram ricamente abençoados.

Gostaria de meditar em várias casas.

A casa de Jesus:

Em João 1:39 a 42 lemos: “Ele (Jesus) lhes disse: Vinde e vede.Foram, e viram onde morava e ficaram com Ele aquele dia: e era já quase a hora décima. Era André, irmão de Simão Pedro, um dos que ouviram aquilo de João e o haviam seguido”.

Embora o nome de João não apareça, há fortes indícios de que era ele, juntamente com André, os privilegiados em conhecer a casa de Jesus. “E ficaram com Ele aquele dia; e era já quase a hora décima”.Provavelmente às dez horas da manhã.

Que ocasião maravilhosa. Naquele lar humilde morava o Salvador dos homens, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O que conversaram não sabemos, mas uma coisa é certa: as Escrituras foram lidas e aqueles corações foram ensinados pelo Senhor Jesus. Este primeiro contato na casa de Jesus marca a entrada de Pedro no cenário bíblico, pois André,seu irmão foi à sua procura.

E esta visita serviu para prepará-los como discípulos e depois como apóstolos, com forte influência pelo resto de suas vidas.

A casa de Maria, mãe de João Marcos:

A segunda casa encontramos em Atos 12:12: “E, considerando ele (Pedro) nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam”.

É bem provável que a igreja em Jerusalém teve o seu início nesta casa. A Bíblia nada nos informa sobre Maria, mas podemos depreender que se tratava de uma mulher notável. Abria as portas de sua casa, sem discriminação, e recebia escravos ou livres, judeus ou gentios, que agora eram seus irmãos em Cristo.

Sem dúvida este lar exerceu influência em muitas vidas. João Marcos, seu filho, por certo guardava boas lembranças dos irmãos acolhidos em casa de sua mãe, como Pedro, Tiago, João, e apesar de sua biografia, mais tarde foi uma bênção no ministério do Apóstolo Paulo.

A casa de Simão, o curtidor:

Em Atos 9:43 lemos o seguinte: “E ficou muitos dias em Jope, com um certo Simão, curtidor”. E mais adiante : “Este (Pedro)está com um certo Simão, curtidor, que tem a sua casa junto do mar.Ele te dirá o que deves fazer” (10:6).

Pedro está em plena atividade. Resolve visitar os “santos” que habitavam em Lida. Uma vez na cidade, Enéas, paralítico, é curado. E como resultado deste milagre, muitos creram no Senhor Jesus. Neste mesmo lugar morava uma jovem por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual, após uma enfermidade, veio a falecer. E Pedro, que estava em Jope, cidade próxima à Lida, uma vez chamado à casa de Dorcas, para lá se dirigiu, onde a ressuscitou. E este milagre foi notório a toda a cidade de Jope, onde muitos creram no Senhor.

Pedro estava hospedado em casa de Simão, curtidor. Foi nesta casa que teve uma visão da parte do Senhor, onde viu num grande lençol atado pelas quatro pontas, animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu, mandando que ele os matasse e em seguida os comesse(Atos 10:12/14).

Esta experiência ocorreu numa casa à beira mar de propriedade de Simão, curtidor. Nada sabemos deste homem, mas é bem fácil descobrir que se tratava de um servo de Deus, cujo lar estava aberto para os seus irmãos em Cristo. Um lar repleto de amor, uma mesa farta para os hóspedes, como lemos em Atos 10:10, onde lhe preparavam uma refeição.

Que lar abençoado, hospedando um dos pioneiros pregadores no início da igreja.

A casa de Lídia:

Finalmente, temos a casa de Lídia. Uma nova convertida nas terras européias. Após ser batizada, ela e sua casa,convidou os pregadores Paulo e Silas, a fim de que se dirigissem para sua casa (Atos 16:15). Foi a primeira família cristã na Europa a exercitar a hospitalidade.

E través dos anos quantos lares foram hospedeiros dos servos do Senhor!Quantas bênçãos foram alcançadas neste precioso ministério.

A minha casa:

Lembro-me de minha casa onde muitos crentes foram hospedados e outros que ali paravam para uma refeição, a fim de continuarem sua viagem. Homens de Deus que nosso lar teve a honra de acolhê-los.

E quantos lares através dos anos tem servido e lavado os “pés dos santos”, ...se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos (I Tim.5:10).

Que o Senhor faça crescer em nós a hospitalidade, pois como lemos na carta aos Hebreus, alguns sem o saberem, hospedaram anjos. (Hebreus 13:2).

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BODAS DE DIAMANTE - UM CASAMENTO ABENÇOADO

13 DE DEZEMBRO DE 1951  -  13 DE DEZEMBRO DE 2011

Tenho imensa alegria em publicar neste blog a história do casal de missionários Sr. James e D.Jenny Crawford, nesta data em que completam 60 anos de um casamento feliz e abençoado.

O povo cristão brasileiro deve muito a este nobre casal, que devem ser imitados como verdadeiros servos do Senhor Jesus Cristo.
     
    Sr. Jaime e D. Jenny:

Os caminhos de Deus, como são maravilhosos.São traçados por Ele, e não admitem falhas. São perfeitos.
Há sessenta anos ele abriu uma estrada, mas não tirou dela curvas longas, subidas ou descidas.E vocês começaram a viagem, sem paradas, muitas vezes sem descanso, mas Sua presença nunca se afastou de vocês.

As curvas, quando apareciam, eram suaves, as subidas e descidas eram amenizadas, pois Sua presença era constante.

Hoje, ao olharem essa estrada, vocês percebem que ela ficou repletas de pisadas, algumas de filhos e de netos, outras de filhos gerados por um ministério abençoado e de vidas transformadas.

O Deus que vocês abraçaram um dia é o mesmo Deus que trabalhou as vestes dos israelitas:

"E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se envelheceram sobre vós as vossas vestes, e nem se envelheceu o vosso sapato no vosso pé".  Deuteronômio 29:5

E é o mesmo Deus que segura vossa mão por essa estrada ao longo dos anos, e será a mesma mão que vos acolherá no Grande Dia.

Parabéns amados irmãos. Vocês falam ao nosso coração

Para entendermos melhor a nossa história, abrangeremos 3 séculos – do século 19 ao século 21.

No fim do século 19 – na Escócia, os pais dos nossos protagonistas nasceram.

O nosso casal nasceu no século 20, mas foram criados à moda do século 19 e agora estão celebrando suas bodas de diamante no século 21.

Em 27 de outubro de 1924, nasceu em Glendaruel, na Escócia, um menino que recebeu o nome de James e que não poderia levar nenhum apelido. Não poderia ser chamado de Jim ou Jimmy, ou qualquer outro apelido, teria de ser James, conforme a lei de uma de suas tias, que vale até o dia de hoje. Mesmo na Escócia hoje em dia, os que tentam chamá-lo de Jim, querendo mostrar mais intimidade, mostram que não são da família, pois sabem que ele sempre foi e será James ou Uncle James, e após vir ao Brasil foi nomeado como Sr. Jaime, e ainda assim mantém a regra da tia.

Sr. Jaime era o caçula, tendo 2 irmãs e 1 irmão mais velhos. D. Mary, a mais velha, nasceu em 28 de abril de 1906 e casou-se com Sr. Craig. Vieram ao Brasil para celebrar suas bodas de ouro em 1982. D. Leila, a segunda filha, nasceu em 23 de dezembro de 1909, e quando moça quis fazer enfermagem e parece que fez com que seus pais mudassem para Glasgow para que estudasse, casou-se com Sr. Guilherme Maxwell e montaram casa na Escócia e vieram para o Brasil em 1938; Sr. Ewing, seu irmão, nasceu em 1918 casou-se com D. Jean.

D. Jenny, nasceu em 29 de maio de 1927, em Newton Mearns. Ela tem um irmão bem mais novo, Sr Alastair, que nasceu em 16 de julho de 1936. Ele e sua esposa D. Esther vieram ao Brasil pela primeira vez para celebrar suas bodas de prata em 1984, e gostaram tanto que voltaram em 1989, quando D. Esther passou mal. Voltaram ainda em 1990 e depois em 1994, não voltando mais devido à saúde de D. Esther.

Sr. Jaime e D. Jenny foram criados em Newton Mearns, frequentando a mesma escola e também a mesma Casa de Oração, onde foram batizados, recebidos em comunhão, casados e de lá foram recomendados à obra missionária aqui no Brasil.

Eles não eram diferentes dos outros. Sr. Jaime gostava de brincar na escola, como subir no pau de sebo, tentando ver quem seria o vencedor. Também gostava de correr, jogar futebol e queria ser jogador profissional, mas o pai dele não permitiu, pois estaria jogando tanto que perderia as reuniões nos fins de semana.

Começaram a namorar, e após a 2ª guerra foram a uma reunião missionária, mas o local estava superlotado, e assim foram para outro local onde havia outro pregador, Sr. Naismith, que era missionário na Índia cuja mensagem os desafiou a servirem o Senhor em tempo integral.

D. Jenny trabalhava em uma empresa como secretária e pediu as contas para fazer enfermagem para se preparar melhor para vir ao Brasil. Por isso que o Sr. Jaime não se preocupa tanto com a correspondência, pois casou-se com uma verdadeira secretária e que ainda não aposentou.

Casaram em 13 de dezembro de 1951, após completar o curso de enfermagem. Como já vinham ao Brasil, não fizeram um casamento caro, cortaram ao máximo as despesas, pensando que o que gastariam em um casamento por um dia poderia ser melhor empregado no Brasil. D. Jenny até abriu mão de se vestir com vestido de noiva pensando em vocês, queridos brasileiros.

Em 4 de abril de 1952 deixaram sua terra natal, seus pais Robert e Agnes Crawford, Dugald e Margaret Allan; seus irmãos Mary, Ewing e Alastair, pois D. Leila já estava no Brasil, e vieram rumo a uma terra estranha. Partiram de Glasgow de trem, indo a Londres e depois até Southampton, onde pegaram um navio, chegando a Santos em 22 de abril de 1952.

Em Santos foram recepcionados pelos Sr. Guilherme, Sr. George Orr e Sr. Harry Ruston, que os ajudaram a retirar sua bagagem na alfândega.

Chegaram a Uberaba, e olha que gracinha, pois quem os esperava, além de Ana e Janeta que já conheciam, também encontraram pela primeira vez com Leilinha...

Ao chegar a Uberaba, começaram as aulas de português com Sr. Guilherme.

Em janeiro de 1953 mudaram-se para São Joaquim da Barra, pois havia algumas senhoras que estavam tentando se infiltrar no meio do povo de Deus, e acharam melhor Sr. Jaime e D. Jenny mudarem-se para cá.

Os filhos dos missionários nasciam nas mãos das parteiras missionárias. Às vezes era mais fácil a parteira estar presente, outras vezes era mais fácil a gestante ir até a parteira.

Assim, em 1953, voltaram a Uberaba e lá nascia o primogênito, paparicado pelas primas por ser um menino, festejado até na Escócia, pois era o primeiro neto menino de ambos os lados. Do lado paterno não era o primeiro neto, pois já tinham 3 netas brasileiras.

O tempo passa, já no seu primeiro aniversário.

Em 12 de fevereiro de 1956, já a parteira vem a São Joaquim e nasce Allan, um menino forte e branquinho.

O casal morou em várias casas alugadas, compraram um terreno e tinham planos de construir depois de voltarem da Escócia, mas não era para ser assim. O dono pediu um aumento de 50% no aluguel, Sr. Jaime achou demais, foi para casa, desanimado, fez cálculos e uma proposta. Dê-me um prazo de 3 meses com o aluguel como está e desocupou a casa, e o dono concordou, e com isso construiu a casa na Rua Acre 694.

Em 14 de dezembro de 1957, agora a gestante vai a Uberaba, pois no dia 13 era a formatura de Janeta Maxwell, e logo após a formatura, a Margaret nasceu.

Em 1958 voltaram à Escócia. Nesse período houve algumas mudanças. Sr. Jaime não mais encontrou seu pai, pois falecera em 1956, e também D. Jenny conseguiu assistir ao casamento de seu melhor irmão, o único.

Em 1960 D. Christina McSorley veio ao Brasil, pois ouvira um relatório de D. Jenny dizendo que havia necessidade de parteiras e enfermeiras aqui no Brasil e veio para trabalhar como parteira; chegou em boa hora, pois em 18 de agosto de 1960, seus serviços foram necessários, pois nasceu um outro menino forte e branquinho.

Nem sempre era só alegria, havia momentos difíceis na vida do jovem casal.

Muitas vezes a vida era dividida em períodos entre Brasil (6 anos) e Escócia (1 ano) para que os filhos pudessem estudar nas escolas e também pelo fato de a viagem de ida durar mais ou menos 21 dias, então não podia fazer uma viagem de pouco tempo. Agora a mesma distância se faz não em 21 dias, mas em 24 horas, então há uma adaptação: menos tempo lá e às vezes mais viagens a miúdo.

Num desses períodos de tempo no Brasil houve várias mortes de familiares. Chega notícia da terra natal de que o irmão do Sr. Jaime falecera, jovem, e de repente... a distância fica ainda mais longe; em 1961, Robert faleceu, por fim a mãe do Sr. Jaime também faleceu.

Em 22 de maio de 1963 em São Joaquim da Barra, nasce um outro joaquinense, forte e branquinho, mimado por todos, mas que veio a falecer em outubro do mesmo ano.

Em 1965, Sr. Jaime pretendia visitar Brasília com Sr. Guilherme. A família toda foi à Uberaba e, na volta, D. Jenny dirigindo a Kombi, sofreu um acidente, pois um pneu furou e a Kombi capotou. Houve a ajuda de pessoas que trouxeram a família à São Joaquim, e Ordelina levou um susto ao abrir a porta e dar de cara com a família Crawford toda suja e descabelada e com sangue pelo rosto... Sr. Jaime acabou não indo à Brasília, voltou, passou e viu a Kombi e a D. Leila disse: estão mentindo, pois ninguém saiu vivo dessa Kombi, mas todos estavam vivos, uns com arranhões, outros, cortes, e o Willie com braço engessado, e depois ainda com o gesso pegou catapora... e como coçava o braço engessado...

Em 1966, na Escócia, passaram um ano morando com os pais de D. Jenny, e foi um período em que os netos foram mimados pelos avós,que já conheciam Allan e Meg mas que não mais se lembravam deles.

O casal muitas vezes levava duas moças, ora uma ora outra, Ordelina e Aguinalda e, muitas vezes, ao saberem que tinham dois filhos e uma filha, o comentário surgia: “Olha que casal estrangeiro legal, adotaram uma menina de cor... tão diferente dos outros três filhos ”. Ordelina e Aguinalda passavam mais como filhas do que a Meg, mas não sabiam a razão. Lembram-se da formatura da Janeta? Pois é, naquela madrugada a Meg nasceu, e Uberaba ficou tão boquiaberta diante de tanta beleza que apagou a luz e ela nasceu à luz de vela, por isso ficou moreninha...

Sr. Jaime viajava muito para um lugar e outro levando a palavra de Deus e D. Jenny ficava em casa cuidando dos filhos, muitas vezes tendo de fazer decisões sem poder ligar para pedir opinião, sem poder enviar email nem torpedo para saber a opinião do Sr. Jaime.

Ela foi responsável por escrever cada hino a mão para que depois Sr. Luiz Soares e Jairo Roberto escrevessem as palavras abaixo das notas antes de ir para a gráfica. Mesmo com gripe não parou.

Aqueles que possuem o “Cânticos de Sião” com música podem notar que é uma verdadeira obra de arte – legado de D. Jenny para o povo brasileiro. Sr. Ramón preparou os fotolitos retratando fielmente o serviço e sacrifício que ela teve. Não é à toa que agora sofre de bursite.

Muitas vezes Sr. Jaime ia a Uberlândia com Euseli Dantas para fazer compras na sua DKW. E ao chegar a São José da Bela Vista era conhecido como seu sogro.

Tem dois netos de sangue, mas tem muitos netos e até bisnetos espirituais

Sr. Jaime não gosta de hospital.Passou somente uma noite em 1987, e só ficou mesmo no hospital depois de comemorar seu aniversário de 80 anos na Escócia, em seguida veio ao Brasil e passou por uma cirurgia. Nas horas difíceis sempre contou com um abraço amigo e, não ficou sozinho no hospital. Na recuperação – foi paparicado...

Sr. Jaime sempre se interessou por gráfica, editoras, livros e, esse interesse fez com que se envolvesse na revisão de Hinos e Cânticos, junto com a equipe inicial e até a equipe atual. Depois, como tesoureiro de A Senda do Cristão, e também na distribuição de 5.000 exemplares a cada 3 meses.

Finalmente, recordando Wilma Strachn e Alex John da Escócia, que se pudessem estar aqui e dizer algo, seria:

Sr. Jaime e D. Jenny, lembre-se que o Deus dos Montes é o Deus dos Vales. E também se passar no vale: Vá e diga tudo ao SENHOR.

Minha gratidão à Margaret, sua filha, que forneceu os dados acima.

Orlando Arraz Maz

domingo, 11 de dezembro de 2011

Evangelho segundo Jesus Cristo

Homenagem ao Dia da Bíblia comemorado neste domingo. 

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:15-16


O Evangelho segundo Jesus Cristo é o Evangelho que transforma, que é poder.
É diferente de todos os outros evangelhos.
Ensina uma nova vida em Jesus Cristo e dá plena esperança de uma Vida Eterna.
Este é o Evangelho que interessa.
Não é produzido pela inteligência humana ou por conceitos totalmente falíveis e  medíocres
É o Evangelho que nasceu no coração de Deus, e que se manifestou em carne na vida de seu filho Jesus Cristo.
Este Evangelho alimenta a alma e apresenta um Salvador que tem poder para ressuscitar  os mortos no Grande Dia.
É o Evangelho que abriu as portas do paraíso ao ladrão na Cruz,
Que transformou a mulher pecadora,
E que há mais de 2000 anos vêm transformando e dando esperança a milhões de vidas.
Este Evangelho é o Evangelho da Cruz.
É o Evangelho do Homem que ressuscita,
Que volta ao céu, lugar de onde veio.
E do lugar que virá buscar todo aquele que nele crê.
Eu creio neste Evangelho e não preciso de nenhum outro.
É o Evangelho pregado pelo Apóstolo Paulo, que assim se expressa:
"Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema."
Gálatas  1:1-9
Este Evangelho é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê.
Creia nele.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

UMA RESPOSTA INFELIZ

Não faz muito tempo deparei-me com um artigo que veio às minhas mãos, casualmente, respondendo a seguinte pergunta:

“Como interpretar o verso bíblico: “as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar, mas estejam submissas como também ordena a lei” (I Cor.14:34). Será que a Bíblia ensina que as mulheres não podem falar na Igreja ? Como explicar isto” ?

A argumentação contida na resposta, à medida de sua leitura, tornava-se enfadonha, pois não havia qualquer conteúdo espiritual. Mesmo enfadado, consegui chegar ao final do artigo, cuja conclusão peço a licença ao amado leitor para sua transcrição:

“Conclusão: Paulo não sabia nem imaginava o potencial das mulheres, sua época não permitia pensar corretamente neste particular. Hoje, porém, a maior igreja do mundo, de Paul Yang Choo, é um sucesso devido aos grupos familiares, que os homens não conseguiram liderar com êxito, mas sim as mulheres que fizeram com sua dedicação a Igreja de Paul Yang Choo na Coréia, a maior igreja do mundo”.

E conclui: “Portanto, quase 100% das igrejas cristãs, aceitam o fato de as mulheres participarem em suas atividades, ainda que, em muitos casos, os homens ocupem os cargos de maior responsabilidade”.

Embora abismado com esta colocação absurda, confesso que tirei boas lições para minha vida espiritual, as quais, de maneira simples, desejo compartilhar com o leitor deste artigo.

1) A inspiração divina da Palavra de Deus:

Como usarmos uma Bíblia cujas partes são inspiradas, outras não? É como se adquiríssemos um veículo cuja garantia estaria condicionada somente a algumas partes do mesmo. Como estaria o seu possuidor ao dirigi-lo: “bem, se fundir o motor, a garantia da fábrica não cobre; mas a garantia do sistema de arrefecimento está coberta; não tenho a garantia de câmbio.” Já imaginaram a intranquilidade deste proprietário ?

Bem, podemos transportar este pálido exemplo para o terreno espiritual:

“Esta passagem das Escrituras que fala da minha salvação é verdadeira; esta, que fala do inferno,não é; esta que fala do pecado tem somente 50% de verdade; esta que fala da divindade de Jesus é duvidosa.”

Que seria da tranquilidade espiritual do ser humano ! Um vale de dúvidas, incertezas e desilusões.

Pois bem, a conclusão a que chegou o subscritor daquela resposta, nos leva a pensar que ele não confia na autenticidade total das escrituras.

E para ter certeza desta minha afirmação, em minha teimosia, consultei um seguidor da mesma seita do autor do artigo, indagando-o se aceitava a total inspiração da Palavra de Deus. E sua resposta veio imediatamente:“algumas partes, sim; outras, não, pois os homens mudaram os originais.”

Louvado seja Deus porque seus verdadeiros filhos não pensam assim.

Quando Paulo escreveu para seu filho Timoteo: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2ªTim. 3:16,17) , ele quis dizer “TODA ESCRITURA”. Não apenas uma parte, ou algumas passagens.

O autor das Sagradas Escrituras é o Espírito Santo.

O apóstolo Pedro em sua carta afirma: “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”(II Pedro 1:21). Ele afirma que os apóstolos “pelo Espírito Santo enviado do céu pregaram o Evangelho (I Pedro 1:12). E coloca os escritos de Paulo no mesmo plano elevado das “outras Escrituras” ao dizer: “...o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada...em todas as suas epístolas...que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras...(II Pedro 3:15,16 ).

É surpreendente e aterradora a conclusão daquele artigo, no qual Paulo “não sabia nem imaginava o potencial das mulheres, sua época não permitia pensar corretamente neste particular...”.

Então, a conclusão a que chegou o subscritor daquela resposta é que Paulo não escreveu pelo Espírito Santo esta parte das Escrituras, ou, caso contrário, que o Espírito Santo seria incapaz de revelar a Paulo o potencial da mulher.

2) As seitas ao nosso redor não aceitam a Palavra de Deus, as Sagradas Letras, na sua totalidade e divinamente inspiradas. Preferem interpretações de pessoas profanas que são seguidas e obedecidas por elas. Chegam a citá-las sempre em primeiro lugar em seus escritos e em suas prédicas, relegando a Palavra de Deus para um segundo lugar. É lamentável como o inimigo tem cegado a tais pessoas, a fim de que não vejam as belezas de Cristo em TODA A ESCRITURA - de Gênesis à Apocalipse.

Algumas seitas não aceitam a divindade de Jesus Cristo, outras não têm a segurança da salvação; outras entendem que o sofrimento no inferno não é eterno, que não existe pecado no homem, que a morte de Cristo de nada serviu, que a ressurreição foi um embuste, e assim por diante. Por que? Porque não aceitam a total e plena inspiração das Escrituras.

Quando o verdadeiro filho de Deus, aquele que recebe a Cristo como Deus - Salvador (João 1:12), entende o plano de salvação, o Espírito Santo vem fazer nele morada permanente, levando-o a convicções espirituais internas e tornando as Escrituras como mananciais de bênçãos.

“ Sua fé não depende de provas externas, mas de experiência íntima. O crente vive pelas Escrituras e deleita-se na sua luz. Tem uma segurança consciente e íntima de que é filho de Deus, e de que as Escrituras são a Palavra de Deus. As provas externas servem para classificar e fortalecer a sua fé, mas a prova absoluta e infalível de que o sistema Cristão é, sem dúvida, o verdadeiro sistema, encontra-se no testemunho do Espírito Santo no seu coração, quando lê, e na sua experiência como crente. Mesmo que não possua o conhecimento de todas as evidências escolásticas e científicas, que lhe permitem defrontar os críticos destrutivos no seu próprio terreno, o crente repele as suas dúvidas da mesma maneira como fez o cego curado pelo Salvador, que replicava a todos os argumentos dos fariseus, com a sua convicção inabalável: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo” (Citação de A Inspiração das Escrituras de Boethner e Warfield - pgs 73/74).

3) Por último, aprendi com esta falsa interpretação que aqueles que não têm o Espírito Santo, não podem entender as coisas do Espírito. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.(I Cor. 2:14).

Que a convicção de cada filho de Deus, no tocante à veracidade das Escrituras, aumente sempre.

O inimigo através dos tempos sempre procurou colocar em dúvida a Palavra de Deus. Começou no Éden e nunca mais parou. Hoje ele se infiltra em homens religiosos, agrupamentos que crescem a cada dia, porque seus seguidores não deixam a luz de Cristo raiar em seus corações.

Que possamos combater as falsas doutrinas estudando e amando sempre as Escrituras, tal como fazia Timoteo desde sua infância: “ E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”.

Orlando Arraz Maz

sábado, 3 de dezembro de 2011

GRANDES COISAS

GRANDES COISAS FEZ O SENHOR POR

MIM E PORISSO ESTOU ALEGRE


Hoje para mim é um dia especial. Emplaco 69 anos.


É dia de gratidão a Deus, pelo milagre do nascimento físico:

60 trilhões de células, 160 mil quilômetros de fibras nervosas, quase 100 mil quilômetros de vasos responsáveis por fazer o sangue circular pelo corpo, 250 ossos, isso sem falar nas juntas, nos ligamentos e nos músculos.

E este corpo formado pelo poder de Deus é descrito pelo rei Davi neste belíssimo salmo:


“Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
“Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra”.
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia”.  Salmos 139:13-17

Hoje, não somente conheço um Deus Criador, mas um Deus que se fez homem, que nasceu de forma milagrosa de uma virgem chamada Maria e que ao morrer em uma cruz tornou-se um Deus Salvador – o meu Salvador e Senhor.

Sou grato a Deus porque pais piedosos me levaram ao conhecimento de Cristo, e esse foi o maior milagre; ganhei uma esposa amorosa e paciente, dois filhos e um genro, todos dedicados, e uma neta preciosa. Ganhei bons amigos, familiares e uma grande família de laços espirituais.

Com propriedade faço minhas as palavras do Salmista:

“Grandes coisas fez o Senhor por mim e por isso estou alegre”

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

UM CAMINHO SEGURO


“Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar” (Salmo 143:8)

“Mostra-me o teu amor fiel já pela manhã, porque confio em ti. Mostra-me o caminho por onde devo andar porque minha oração é sincera”(Bíblia Viva).

É bastante difícil destacar um versículo dentre os doze deste salmo.
É como tentar separar fragrâncias de um perfume ou, ainda, tentar decifrá-las.

O salmista sabe que há um Deus pronto a ouvi-lo, e esta é a razão porque ele começa com a expressão: “Atende Senhor, a minha oração; dá ouvidos às minhas súplicas”.

Como é animador ter um Deus à disposição dos seus filhos. Um Deus que ouve e responde segundo a sua fidelidade e justiça.

O salmista deseja ouvir sua voz pela manhã, manifestação sublime da sua graça.

Desejamos ouvi-lo pela manhã? Então que tal convidá-lo a sentar-se ao nosso lado e deixar que Ele nos fale.

Quanto barulho há durante o dia, quantos afazeres, quantos compromissos.
Mas pela manhã é o melhor tempo para nossa alma envolver-se com o clima celestial.
E o salmista queria ouvir sua voz pela manhã. Longe das correrias do palácio, dos problemas do reino. Queria estar a sós com seu Deus Maravilhoso.

“Mostra-me o caminho...” Somente o Deus da graça pode conduzir-nos por um caminho seguro.
No decorrer do dia podemos ficar assustados com os caminhos que aparecem. Quantas encruzilhadas difíceis!

Ele quer conduzir nossos pés de forma segura pelo caminho da paz, da proteção, do conforto, da bênção, da vitória.

Não deixemos para procurá-lo somente à noite, mas que à noite possamos agradecer-lhe pelos cuidados e proteção durante o dia, fruto da nossa oração pela manhã.

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz