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sábado, 31 de julho de 2010

D.L.MOODY



1837 - 1899



"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"



QUINTA PARTE



No meio desses grandes esforços, Moody resolveu, inesperadamente, fazer uma visita à Inglaterra. Em Londres, antes de tudo, foi ouvir Spurgeon pregar no Metropolitan Tabernacle. Já tinha lido muito do que "o príncipe dos pregadores" escrevera, mas ali pode verificar que a grande obra não era de Spurgeon, mas de Deus, e saiu de lá com uma outra visão.

Visitou Jorge Müller e o orfanato em Bristol. Desde aquele tempo a Autobiografia de Müller exerceu tanta influência sobre ele como já o tinha feito "O Peregrino" de Bunyan.

Entretanto, nessa viagem, o que levou Moody a buscar definitivamente uma experiência mais profunda com Cristo, foram estas palavras proferidas por um grande ganhador de almas de Dubim, Henrique Varley:

"O mundo ainda não viu o que Deus fará com, para, e pelo homem inteiramente a Ele entregue”.

Moody disse consigo mesmo: “Ele não disse por um grande homem, nem por um sábio, nem por um rico, nem por um eloquente, nem por um inteligente, mas simplesmente por um homem. Eu sou um homem, e cabe ao homem mesmo resolver se deseja ou não se consagrar assim. Estou resolvido a fazer todo o possível para ser esse homem”.

Apesar de tudo isso, Moody, depois de voltar à América, continuava a se esforçar e a empregar métodos naturais. Foi nessa época que a cidade de Chicago foi reduzida a cinzas no pavoroso incêndio de 1871.

Na noite do início do pavoroso incêndio, Moody pregou sobre este tema: "Que farei, então de Jesus, chamado Cristo?” Ao concluir ser sermão, ele disse ao auditório, o maior a que pregara em Chicago: “Quero que leveis esse texto para casa e nele mediteis bem durante a semana e no domingo vindouro iremos ao Calvário e à cruz e resolveremos o que faremos de Jesus de Nazaré”.

"Como errei!” Disse, Moody, depois:

“Não me atrevo mais a conceder uma semana de prazo ao perdido para decidir sobre a salvação. Se, se perderem, serão capazes de se levantar contra mim no juízo. Lembro-me bem de como Sankey cantou e como sua voz soou quando chegou a estrofe de apelo: “O Salvador chama para o refúgio, rompe a tempestade e breve vem a morte”.

 
Nunca mais vi aquele auditório. Ainda hoje desejo chorar. Prefiro ter a mão direita decepada, a conceder ao auditório uma semana para decidir o que fará de Jesus. Muitos me censuram dizendo: “Moody, o senhor quer que o povo se decida imediatamente, por que não lhe dá tempo para consultar?"

Tenho pedido a Deus muitas vezes que me perdoe por ter dito naquela noite que podiam passar oito dias para considerar, e se Ele poupar minha vida não farei de novo”.

O grande incêndio rugiu e ameaçou durante quatro dias, consumindo Farwell Hall, o templo de Moody e a sua própria residência. Os membros da igreja foram todos dispersos.

Moody reconheceu que a mão de Deus o castigara para ensiná-lo, e isso se tornou para ele motivo de grande regozijo.
Foi à Nova Iorque, a fim de granjear dinheiro para os flagelados do grande incêndio. Acerca do que se passou, ele mesmo escreveu:

“Não sentia o desejo no coração de solicitar dinheiro. Todo o tempo eu clamava a Deus pedindo que me enchesse do seu Espírito. Então, certo dia, na cidade de Nova Iorque - Ah! Que dia! Não posso descrevê-lo, nem quero falar no assunto; é experiência quase sagrada demais para ser mencionada.

O apóstolo Paulo teve uma experiência acerca da qual não falou por catorze anos. Posso apenas dizer que Deus se revelou a mim e tive uma experiência tão grande do seu amor que tive de rogar-lhe que retirasse de mim sua mão. Não quero voltar para viver de novo como vivi outrora nem que eu pudesse possuir o mundo inteiro”.

Acerca dessa experiência, um de seus biógrafos acrescentou: “O Moody que andava na rua parecia outro. Nunca jamais bebera mosto, mas então conhecia a diferença entre o júbilo que Deus dá e o falso júbilo de Satanás. Enquanto andava, parecia-lhe que um pé dizia a cada passo, ‘Glória!' E o outro respondia, ‘Aleluia!'. O pregador rompeu em soluços, balbuciando: “Ó Deus, constrange-nos andar perto de ti para todo o sempre”.

O Senhor supriu dinheiro para Moody construir um edifício provisório para realizar os cultos em Chicago. Era de madeira rústica, forrada de papel grosso para evitar o frio; o teto era sustentado por fileiras de estacas colocadas no centro. Nesse templo provisório realizaram-se os cultos durante três anos, no meio dum deserto de cinzas. A maior parte do trabalho de construção fora feita pelos membros que moravam em ranchos ou mesmos em lugares escavados por debaixo das calçadas das ruas. Ao primeiro culto assistiram mais de mil crianças com seus respectivos pais!

Esse templo provisório serviu de morada para Moody e seu evangelista-cantor, Sankey. Eram tão pobres como os outros em redor, mas tão cheios de esperança e gozo que conseguiram levar muitos a Cristo e se tornaram ricos, apesar de nada possuírem. Onda após onda de avivamento passou sobre o povo. Os cultos continuavam dia e noite, quase sem cessar, durante alguns meses. Multidões choravam seus pecados, às vezes dias inteiros e no dia seguinte perdoados, clamavam e louvavam em gratidão a Deus. Homens e mulheres até então desanimados participavam do gozo transbordante de Moody, transformado pelo batismo com o Espírito Santo.

Não muito depois de haver construído o templo permanente (com assentos para 2.000 pessoas - e sem endividar-se), Moody fez a sua segunda viagem à Inglaterra.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

D.L.MOODY

1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"

Quarta Parte





Certo dia, um dos professores da Escola Dominical entrou na sapataria onde Moody negociava. Informou-o de que estava tuberculoso e que, desenganado pelos médicos, resolvera voltar para Nova Iorque e aguardar a morte.

Confessou-se muito perturbado, não porque tinha de morrer, mas porque até então não conseguira levar ao Salvador nenhuma das moças da sua classe da Escola Dominical.

Moody, profundamente comovido, sugeriu que visitassem juntos as moças em suas casas, uma por uma. Visitaram uma, o professor falou-lhe seriamente acerca da salvação da sua alma. A moça deixou seu espírito leviano e começou a chorar, entregando-se ao seu Salvador. Todas as outras moças que foram visitadas naquele dia fizeram o mesmo.
Passados dez dias, o professor foi novamente à sapataria. Com grande gozo informou a Moody que todas as moças aceitaram a Cristo. Resolveram então convidar todas para um culto de oração e despedida na véspera da partida do professor para Nova Iorque. Todos se ajoelharam e Moody, depois de fazer uma oração, estava para se levantar quando uma das moças começou também a orar. Todos oraram suplicando a Deus em favor do professor. Ao sair Moody suplicou: “Ó Deus, permite-me morrer antes de perder a bênção que recebi hoje aqui!”



Moody, mais tarde, confessou: “Eu não sabia o preço que tinha de pagar, como resultado de haver participado na evangelização individual das moças. Perdi todo o jeito de negociar; não tinha mais interesse no comércio. Experimentara um outro mundo e não mais queria ganhar dinheiro... Oh! Delícia, a de levar uma alma das trevas desde mundo à gloriosa luz e liberdade do Evangelho!”

Então, não muito depois de casar-se, com a idade de vinte e quatro anos, Moody deixou um bom emprego com salário de cinco mil dólares por ano, um salário fabuloso naquele tempo, para trabalhar todos os dias no serviço de Cristo, sem ter promessa de receber um único centavo.

Depois de tomar essa resolução, apressou-se em ir à firma B. F. Jacobs & Cia., onde, muito comovido, anunciou: “Já resolvi empregar todo o meu tempo no serviço de Deus!” Como vai manter-se? “Ora, Deus me suprirá de tudo se Ele quiser que eu continue; e continuarei até ser obrigado a desistir”.



A parte da biografia de D. L. Moody que trata dos primeiros anos do seu ministério está repleta de proezas feitas na carne. Mencionamos aqui apenas uma, isto é, o fato de Moody fazer 200 visitas em um só dia. Ele mesmo mais tarde se referia àqueles anos como uma manifestação do “zelo de Deus, mas sem entendimento”, acrescentando: “Há, contudo muito mais esperança para o homem com zelo e sem entendimento do que para o homem de entendimento sem zelo”.

Rompeu a tremenda Guerra Civil e Moody chegou com os primeiros soldados ao acampamento militar onde armou uma grande tenda para os cultos. Depois ajuntou dinheiro e levantou um templo onde dirigiu 1.500 cultos durante a guerra.

Uma pessoa que o conhecia assim comentou sua ação: “Moody precisava estar constantemente em todos os lugares, dia e noite, nos domingos e todos os dias da semana; orando, exortando, tratando com os soldados acerca das suas almas, regozijando-se nas oportunidades abundantes de trabalhar no grande fruto ao seu alcance por causa da guerra”.



Depois de findar a guerra, dirigiu uma campanha para levantar em Chicago um prédio para os cultos, com capacidade para três mil pessoas. Quando, mais tarde esse edifício foi destruído por um incêndio, ele e dois outros iniciaram outra campanha, antes de os escombros haverem esfriado, para levantar novo edifício.



Trata-se do Farwell Hall II, que se tornou um grande centro religioso em Chicago. O segredo desse êxito foi os cultos de oração que se realizavam diariamente, ao meio-dia, precedidos por uma hora de oração de Moody escondido no vão debaixo da escada.

domingo, 25 de julho de 2010

O CEGO BARTIMEU




Junto à curva do caminho, triste, sentado,
Esmola Bartimeu, tão sozinho, tão só,
Esperando ganhar o óbolo desejado
Dos que caminham pela velha Jericó.


Mas eis que surge um falatório inusitado,
E em suas narinas sente o levantar do pó,
E descobre através do ouvido refinado
O som de vozes, passos; não está mais só.

E escuta sem demora e descobre sem custo
Que pela estrada passa enorme multidão,
Que é Jesus Nazareno, o poderoso e justo
Que a todos leva sua mais doce compaixão.

E começa a clamar: Jesus eu quero ver,
Ó Filho de Davi tem compaixão de mim,
Ò dá-me outra visão e faça o teu querer,
E livra-me Jesus dessas trevas sem fim.


E Jesus vendo o cego ordena sem demora,
Trazeio-o junto a mim, pois clama sem parar.
“Que queres que eu te faça?” E o cego, então implora:
“Que eu tenha nova vista e a todos possa olhar.


E vendo Jesus a fé do cego confiante,
Fé que dentro de sua alma imediatamente aflora,
Exclama: “A tua fé te salvou”. E, radiante,
Vendo a Jesus passa a segui-lo estrada fora.

Evangelho de Lucas cap. 18:35-43


3/8/1986



O MOÇO RICO

Um dia um moço rico procurou Jesus
Chamando-lhe bom mestre, forma amiga e terna,
E perguntou àquele que é Deus e é luz
Que farei, então, para herdar a vida eterna?

E Jesus, com sua voz mansa, compreensiva,
Chegando bem pertinho, olhando o seu olhar
Descobriu no moço uma esperança viva,
Qual seja, sem demora, a vida eterna achar.

E o Mestre lhe pergunta no mais suave tom,
Qual piloto que infunde à nau sua firmeza:
Por que me chamas bom, somente Deus e bom;
Sabes os mandamentos todos com certeza.

E enquanto respondia envolto em seu saber,
Silencioso Jesus o ouvia atentamente.
No entanto mal podia o moço perceber
O mais profundo amor ali à sua frente.

E vendo o Salvador a miséria tão atroz
Que na alma do moço tão forte se retrata,
Alçando com amor tão meiga e mansa a voz,
“Meu jovem” lhe diz: “quão pouca coisa te falta .

Vende tudo o que tens e aos pobres sem demora
Reparte sem pesar, sem mágoa, sem rancor,
E lá dos altos céus, por certo mesmo agora,
Um tesouro terás de abençoado valor".

E triste, olhar vazio, deixou Jesus sozinho,
Sem forças pra largar toda a sua riqueza,
Fechou para Jesus seu coração mesquinho
E partiu sem Jesus na mais cruel pobreza.

Evangelho de Mateus cap 19,vers.16 a 22

11/08/1986




sábado, 24 de julho de 2010

D.L.MOODY
1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"
TERCEIRA PARTE

Todos os filhos da viúva Moody assistiam aos cultos nos domingos; levavam merenda para passar o dia inteiro na igreja. Tinham de ouvir dois prolongados sermões e, no intervalo, assistir à Escola Dominical.
Dwight, depois de trabalhar a semana inteira, achava que sua mãe exigia demais o obrigando a assistir aos sermões, os quais não compreendia, mas, por fim, chegou a ser agradecido a essa boa mãe pela dedicação nesse sentido.
Com a idade de dezessete anos, Moody saiu de casa para trabalhar na cidade de Boston, onde achou emprego na sapataria de um tio seu. Continuou a assistir aos cultos, mas ainda não era salvo.Notai bem, os que vos dedicais à obra de ganhar almas. Não foi num culto que Dwight Moody foi levado ao Salvador. Seu professor da Escola Dominical, Eduardo Kimball, conta:
“Resolvi falar-lhe acerca de Cristo e de sua alma. Vacilei um pouco em entrar na sapataria, não queria embaraçar o moço durante as horas de serviço. Por fim, entrei, resolvido a falar sem mais demora. Achei Moody nos fundos da loja, embrulhando calçados. Aproximei-me logo dele e, colocando a mão sobre seu ombro, fiz o que depois parecia ser um apelo fraco, um convite para aceitar a Cristo. Não me lembro do que eu disse, nem mesmo Moody podia lembrar-se alguns anos depois. Simplesmente falei do amor de Cristo para com ele, e o amor que Cristo esperava dele, de volta. Parecia-me que o moço estava pronto para receber a luz que o iluminou naquele momento e, lá nos fundos da sapataria, entregou-se a Cristo”.
Era costume das igrejas daquela época alugarem os assentos. Moody, logo depois da sua conversão, transbordando de amor para com o seu Salvador, pagou aluguel de um banco, percorrendo as ruas, hotéis e casas de pensão solicitando homens e meninos para enchê-lo em todos os cultos.
Depois alugou mais um, depois outro, até conseguir encher quatro bancos, todos os domingos. Mas isso não era suficiente para satisfazer o amor que sentia para com os perdidos.
Certo domingo visitou uma Escola Dominical em outra rua. Pediu permissão para ensinar também uma classe. O dirigente respondeu: "Há doze professores e dezesseis alunos, porém o senhor pode ensinar todos os alunos que conseguir trazer à escola”. Foi grande a surpresa de todos quando Moody, no domingo seguinte, entrou com dezoito meninos da rua, sem chapéus, descalços e de roupas sujas e esfarrapadas, mas, como ele disse: “Todos com uma alma para ser salva”.
Continuou a levar cada vez mais alunos à Escola até que, alguns domingos depois, no prédio não cabiam mais; então resolveu abrir outra escola em outra parte da cidade. Moody não ensinava, mas arranjava professores, providenciava o pagamento do aluguel e de outras despesas. Em poucos meses essa escola veio a ser a maior da cidade de Chicago.
Não julgando conveniente pagar outros para trabalhar no domingo, Moody, cedo pela manhã, tirava as pipas de cerveja (outros ocupavam o prédio durante a semana), varria e preparava tudo para o funcionamento da escola. Depois, então, saía par convidar alunos. Às duas horas, quando voltava de fazer os convites, achava o prédio repleto de alunos.
Depois de findar a escola, ele visitava os ausentes e convidava todos para estarem na pregação, à noite. No apelo, após o sermão, todos os interessados eram convidados a ficar para um culto especial, no qual tratava individualmente com todos. Moody também participava nessa colheita de almas.
Antes de findar o ano 600 alunos em média assistiam à Escola Dominical, divididos em 80 classes. A seguir a assistência subia a 1.000 e, as às vezes, a 1.500.
Ao mesmo tempo em que Moody se aplicava à Escola Dominical com tais resultados, esforçava-se, também, no comércio todo o dia. O grande alvo da sua vida era vir a ser um dos principais comerciantes do mundo - um multimilionário. Não tinha ele mais de 23 anos e já tinha ajuntado 7.000 dólares!
Mas seu Salvador tinha um plano ainda mais nobre para seu servo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010


SE ESSA LEI PEGAR...


Quando eu era criança, de meu pai nunca apanhei,
Mas de minha mãe, ah mãezinha querida,
Quanta surra não levei.

Beliscões, perdi a conta. Castigos em profusão.
Na escola, milho no joelho,
E reguadas doídas na mão.
Cresci, me tornei homem; estudei;
Casei, me tornei pai, que alegria.
E me esqueci das surras que levei.

Hoje vivo feliz, não ando machucado,
Sem rancor, sem traumas, sem grilos,
Esqueci as surras do passado.

Mas hoje querem mudar a lei:
Dizem: bater no filho é bem errado.
E quando se tornar adulto será um revoltado.

Tudo isso é engano, conversa de “entendido”,
Pois o castigo moderado é lição abençoada
Que corrige pra valer a meninada.

Se essa lei pegar, que reboliço. Fica tudo embaralhado.
E se bater no filhinho ele vai logo dizendo:
Vou te levar pro delegado. Cuidado!

E ele segue seu caminho de qualquer maneira,
Vira um bicho, manda e desmanda. Ameaça.
E o pai, pobre pai, não passa de uma figuraça.

Que tal esperar para ver? Será um caos.
Uma inversão de valores, não sei.
Mas não volto atrás e sou muito grato,
Pelas surras que eu levei.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

D.L.MOODY

1837 – 1899

“Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também”


Um total de quinhentas mil preciosas almas ganhas para Cristo, é o cálculo da colheita que Deus fez por intermédio de seu humilde servo, Dwight Lyman Moody.

R. A. Torrey, que o conheceu intimamente, considerava-o, com razão, o maior homem do século XIX. Isto é, o homem mais usado por Deus para ganhar almas.
Que ninguém julgue, contudo, que D. L. Moody era grande em si mesmo ou que tinha oportunidades que os demais não têm. Seus antepassados eram apenas lavradores que viveram por sete gerações, ou duzentos anos, no vale do Connecticut, nos Estados Unidos.

Dwight nasceu a 05 de fevereiro de 1837, de pais pobres, o sexto entre nove filhos. Quando era ainda pequeno, seu pai faleceu e os credores tomaram conta do que ficou, deixando a família destituída de tudo, até da lenha para aquecer a casa em tempo de intenso frio.
Não há história que comova e inspire tanto quanto a daqueles anos de luta da viúva, mãe de Dwight. Poucos meses depois da morte de seu marido, nasceram-lhe gêmeos e o filho mais velho tinha apenas doze anos. O conselho de todos os parentes foi que ela entregasse os filhos para outros criarem. Mas com invencível coragem e santa dedicação a seus filhos, ela conseguiu criar todos os nove filhos no próprio lar.

Guarda-se ainda, como tesouro precioso, sua Bíblia com as palavras de Jeremias 49: 11 sublinhadas:
"Deixa os teus órfãos, eu os conservarei em vida; e confiem em mim tuas viúvas".
“Pode-se esperar outra coisa a não ser que os filhos ficassem ligados à mãe e que crescessem para se tornarem homens e mulheres que conhecessem o mesmo Deus que ela conhecia?”
Assim se expressou Dwight, ao lado do ataúde quando ela faleceu com a idade de noventa anos:
“Se posso conter-me, quero dizer algumas palavras. É grande honra ser filho de uma mãe como ela. Já viajei muito, mas nunca encontrei alguém como ela. Ligava a si seus filhos de tal maneira que representava um grande sacrifício para qualquer deles afastar-se do lar.

Durante o primeiro ano depois que o meu pai faleceu, ela adormecia todas as noites chorando. Contudo, estava sempre alegre e animada na presença dos filhos. As saudades serviam para chegá-la mais perto de Deus. Muitas vezes eu acordava e ela estava orando, às vezes, chorando.

Não posso expressar a metade do que desejo dizer. Aquele rosto, como é querido! Durante cinqüenta anos não senti gozo maior do que o gozo de voltar a casa.

Quando estava ainda a setenta e cinco quilômetros de distância, já me sentia tão inquieto e desejoso de chegar que me levantava do assento para passear pelo carro até o trem chegar à estação.

Se, chegava depois de anoitecer, sempre olhava para ver a luz na janela da minha mãe. Sentia-me tão feliz esta vez por chegar a tempo de ela ainda me reconhecer! Perguntei-lhe: - Mãe, me reconhece? Ela respondeu: - Ora, se eu te reconheço!

Aqui está a sua Bíblia, assim gasta, porque é a Bíblia do lar; tudo que ela tinha de bom veio deste Livro e foi dele que nos ensinou. Se minha mãe foi uma bênção para o mundo é porque bebia desta fonte. A luz da viúva brilhou do outeiro durante cinqüenta anos. Que Deus a abençoe, mãe; ainda a amamos! Adeus, por um pouco, mãe!”.

domingo, 18 de julho de 2010

D. L. MOODY


1837 - 1899

“Se Deus pode usar Spurgeon, Ele me pode usar também”.

PRIMEIRA PARTE

Tudo aconteceu durante uma das famosas campanhas de Moody e Sankey para salvar almas. A noite de uma segunda-feira tinha sido reservada para um discurso dirigido aos materialistas. Carlos Bradlaugh, campeão do ceticismo, então no zênite da fama, ordenou que todos os membros dos clubes que fundara assistissem a reunião. Assim, cerca de 5.000 homens, resolvidos a dominar o culto, entraram e ocuparam todos os bancos.Moody pregou sobre o texto: "A rocha deles não é como a nossa Rocha, sendo os nossos próprios inimigos os juízes" (Deuteronômio 32: 31).
Com uma rajada de incidentes pertinentes e comoventes das suas experiências com pessoas presas ao leito de morte, Moody deixou que os homens julgassem por si mesmos quem tinha melhor alicerce sobre o qual deviam basear sua fé e esperança. Sem querer, muitos dos assistentes tinham lágrimas nos olhos. A grande massa de homens demonstrando o mais negro e determinado desafio a Deus estampado nos seus rostos, encarou o contínuo ataque de Moody aos pontos mais vulneráveis, isto é, o coração e o lar.
Ao findar, Moody disse: “Levantemo-nos para cantar: Oh! Vinde vós aflitos! E, enquanto o fazemos, os porteiros abram todas as portas para que possam sair todos os que quiserem. Depois faremos o culto, como de costume, para aqueles que desejam aceitar o Salvador”.
Uma das pessoas que assistiu a esse culto, disse: “Eu esperava que todos saíssem imediatamente, deixando o prédio vazio. Mas a grande massa de cinco mil homens se levantou, cantou e assentou-se de novo; nenhum deles deixou seu assento!”
Moody, então disse: “Quero explicar quatro palavras: Recebei, crede, confiai, aceitai”. Um grande sorriso passou de um a outro em todo aquele mar de rostos. Depois de falar um pouco sobre a palavra recebei, fez um apelo: “Quem quer recebê-lo? É somente dizer: Quero”.

Cerca de cinqüenta dos que estavam em pé e encostado às paredes, responderam quero, mas nenhum dos que estavam sentados.

Um homem exclamou: “Não posso”. Moody então replicou: “Falou bem e com razão, amigo, foi bom ter falado. Escute e depois poderá dizer: Eu posso”.

Moody então explicou o sentido da palavra crer e fez o segundo apelo: “Quem dirá: Quero crer nele?”

De novo alguns dos homens que estavam em pé responderam, aceitando, mas um dos chefes dirigente dum clube, bradou: Eu não quero!

Moody, vencido pela ternura e compaixão, respondeu com voz quebrantada: “Todos os homens que estão aqui esta noite têm de dizer: Eu quero ou Eu não quero”.Então, levou a todos a considerarem a história do Filho Pródigo, dizendo: “A batalha é sobre o querer - só sobre o querer. Quando o Filho Pródigo disse, levantar-me-ei, a luta foi ganha, porque alcançara o domínio sobre a sua própria vontade.

É com referência a este ponto que depende de tudo hoje.

Senhores, tendes aí em vosso meio o vosso campeão, o amigo que disse: Eu não quero.

“Desejo que todos aqui, que acreditam que esse campeão tem razão, levantem-se e sigam o seu exemplo dizendo: Eu não quero”.

Todos ficaram quietos e houve silêncio até que, por fim, Moody interrompeu, dizendo:

“Graças a Deus! Ninguém disse: Eu não quero. Agora quem dirá: Eu quero?”

Instantaneamente parece que o Espírito Santo tomou conta do grande auditório de inimigos de Jesus Cristo, e cerca de quinhentos homens puseram-se de pé, as lágrimas rolando pelas faces e gritando: “Eu quero! Eu quero!” Clamando até que todo o ambiente se transformou. A batalha foi ganha!O culto terminou sem demora, para que se começasse a obra entre aqueles que estavam desejosos de salvação. Em oito dias, cerca de dois mil foram transferidos das fileiras do inimigo para o exército do Senhor, pela rendição da vontade.

Os anos que se seguiram provaram a firmeza da obra, pois os clubes nunca mais se ergueram. Deus na sua misericórdia e poder os aniquilaram por seu Evangelho.

a continuar

sábado, 17 de julho de 2010

OS HOMENS
Cora Coralina
Em água e vinho se definem os homens.
Homem água. È aquele fácil e comunicativo.
Corrente, abordável, servidor e humano.
Aberto a um pedido, a um favor,
ajuda em hora difícil de um amigo, mesmo estranho.
Dá o que tem
- boa vontade constante, mesmo dinheiro, se o tem.
Não espera restituição nem recompensa.
É como água corrente e ofertante,
encontradiça nos descampados de uma viagem.
Despoluída, límpida e mansa.
Serve a animais e vegetais.
Vai levada a engenhos domésticos em regueiras,
represas e açudes.
Aproveitada, não diminui seu valor, nem cobra preço.
Conspurcada seja, se alimpa pela graça de Deus
que assim a fez, servindo sempre
e à sua semelhança fez certos homens que
encontramos na vida
- os Bons da Terra - Mansos de Coração.
Água pura da humanidade.
Há também, lado-a-lado, o homem vinho.
Fechado nos seus valores inegáveis e nobreza
reconhecida.
Arrolhado seu espírito de conteúdo excelente em
todos os sentidos.
Resguardados seus méritos indiscutíveis.
Oferecido em pequenos cálices de cristal a amigos
e visitantes excelsos, privilegiados.
Não abordável, nem fácil sua confiança.
Correto. Lacrado.
Tem lugar marcado na sociedade humana.
Rigoroso.
Não se deixa conduzir - conduz.
Não improvisa - estuda, comprova.
Não aceita que o golpeiam,
defende-se antecipadamente.
Metódico, estudioso, ciente.
Há de permeio o homem vinagre,
uma réstia deles,
mas com esses não vamos perder espaço.
Há lugar na vida para todos.
Em qual dos grupos se julga situado você, leitor amigo?

sexta-feira, 16 de julho de 2010





CRISTO, MEU FAROL

Orlando Arraz Maz

Senhor, o mar revolto, como me assusta,
Em plena madrugada tão gelada.
A escuridão , a onda feroz e astuta,
O céu sem estrelas e a lua apagada.

Senhor, à minha volta nada vejo,
Tudo é triste, sombrio, tão assustador.
Estar bem longe é meu maior desejo,
Fugir deste mar imenso, ameaçador.

Mas eis que de repente, ao longe avisto,
Em meio aos vagalhões do mar da morte,
Bem alto, sobranceiro, tão benquisto,
Ali postado, incólume bem forte,

Que meus olhos, pelas lágrimas molhados,
Embaçados, vermelhos qual crisol,
Veem alegres, ainda assustados,
Imenso e lindo, um salvador-farol.

Lá estava ele em meio à escuridão,
A indicar o rumo a todos navegantes
Dando alento ao combalido coração,
E de medrosos, torná-los confiantes

Obrigado, meu Deus, estou contente,
Porque na noite escura e tenebrosa,
Te vejo qual farol na minha frente,
Tirando-me a aflição angustiosa.

É Cristo meu farol, na noite escura,
É Cristo meu piloto em alto mar.
É Cristo que me guarda e dá doçura,
E cada dia me leva a triunfar.

SBC
23/3/2009

quinta-feira, 1 de julho de 2010

“Aqui até a tristeza pula de alegria”

Um dia desses li essa frase em algum lugar, e logo enviei uma mensagem celular para minha mulher: “veja que linda”. E a transcrevi.

Por certo quem a criou estava de bem com a vida. Ou estava nos seus melhores dias.

Mas o que fazer para transformar a tristeza em alegria? Mudar o estado de espírito, muitas vezes lá pra baixo para as alturas do céu? Quanto esforço se faz necessário, não é?

De fato, embora a frase seja bem inteligente, não espelha o estado real de alguém 24 horas por dia. Em algum momento, eu e você nos sentimos tristes. Ora pelas contingências da vida como a dor, a doença, a perda de alguém querido, e uma série de mazelas que a vida nos prepara .

Claro que tais eventos não são constantes, um dia atrás do outro, e é bom que seja assim. Digamos em números: de 10 apenas 1. Então, 9 são bons momentos e nestes podemos afixar uma placa em nosso peito: “Aqui a tristeza pula de alegria”. E prontamente alguém também a lerá em nossos olhos, pois nossas atitudes, nossos gestos, nossas conversas serão prazerosas. E como é bom ser assim. De bem com a vida, de mãos dadas com a alegria.

E a alegria será bem mais contagiante quando temos Jesus dirigindo nossas vidas. Uma vida assim, a tristeza pula de alegria.

O Apóstolo São Paulo manifestava essa alegria em sua vida quando escreveu uma Carta aos cristãos da cidade de Filipos: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”.

Que sua lição nos ajude a transformar os eventos maus, aquele do número 1, para vivermos contentes continuamente.

Desejo-lhe de coração um dia cheio de alegria. Que ao levantar-se pela manhã, seja esta a sua frase favorita: “aqui a tristeza pula de alegria”.