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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

domingo, 27 de dezembro de 2020

NATAL, TEMPO DE ALEGRIA

 

 

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,

de ti me sairá o que será Senhor em Israel,

e cujas saídas são desde os tempos antigos,

desde os dias da eternidade. (Miqueias 5:2).

E entrando o anjo onde ela estava, disse:

Salve, agraciada; o Senhor é contigo:

bendita tu entre as mulheres. (Lucas 1:26-28)

 

Pensando, ainda, no Natal, e meditando no texto de Miqueias 5:2, descobrimos que Deus escolheu a cidade e escolheu quem seria a mãe do Salvador. A cidade seria Belém Efrata, ou Belém de Judá, que quer dizer casa do pão, onde muitos acontecimentos históricos se sucederam: lá, Raquel, esposa de Jacó, foi sepultada; Noemi e seu marido Elimeleque, por causa da fome, mudaram-se de Belém, escolhendo Moabe, onde mais tarde morreram os filhos de Noemi e seu marido. Rute, sua nora, mais tarde casou-se com Boaz, de onde nasceu Davi. São estes os diversos acontecimentos que se deram na pequena Belém, culminando com o maior de todos, o nascimento do Senhor Jesus.

Deus escolheu a mãe. Em uma cidade obscura, para lá se dirigiu o anjo Gabriel. Quanta honra para este ser angelical, cuja missão é relatada no evangelho de Lucas: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui envido a falar-te e dar-te estas alegres novas” (Lucas 1:19). Em outras ocasiões o anjo Gabriel foi enviado a Daniel para ajudá-lo a entender suas visões, e muito tempo depois foi enviado para anunciar o nascimento de João Batista, que em princípio duvidou da grata notícia, resultando daí sua mudez. Mas, desta vez coube a ele levar novas de grande alegria ao coração de uma jovem chamada Maria. Tão diferente do velho Zacarias, que após ouvir as explicações do anjo Gabriel, disse: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38).

Quanta verdade nas palavras do anjo, declarando que seriam novas de grande alegria. Naquela noite inesquecível para os pastores, a mensagem do anjo foi singular: “O anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10,11). A mesma alegria foi sentida pelos magos ao contemplarem no céu a estrela que os guiou até o humilde lugar: “E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:10,11).

A alegria que vem do nascimento de Jesus é a mesma que vem ao coração de todos os que creem nele, pois esta é sua promessa: “Tenho lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”. (João 15:11).

Quando Zaqueu quis conhecer a Jesus do alto de uma árvore, aceitou o seu convite para descer e o recebeu com alegria. (Lucas 19:6).

E quando Jesus subiu ao céu, os discípulos “adorando-o, voltaram para Jerusalém cheios de alegria” (Lucas 24:52)

O Natal é tempo de alegria, não alegria nas reuniões familiares, nas festividades, nas trocas de presentes, pois esta é passageira e termina assim que termina o dia de Natal. A alegria real deve ser a mesma dos pastores, dos magos, de Zaqueu e de todos os que encontram Jesus, não mais na manjedoura, mas vivo no coração, como Salvador, Cristo e Senhor.

Caso tenha sido assim este o seu Natal, parabéns. Sua alegria permanecerá para sempre. Se não, peça a Cristo para nascer em seu coração e seu Natal será todos os dias, e sua alegria não terá fim.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 20 de dezembro de 2020

NATAL, TEMPO DE ESPERANÇA

 

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,
de ti me sairá o que será Senhor em Israel,
e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade. (Miquéias 5:2)

Quem não gosta de palavras boas e esperançosas quando vem passando por períodos intensos de abandono, isolado dos amigos em tristeza profunda? Assim se encontrava o povo de Israel nos tempos do profeta Miquéias. Os ricos prevaleciam desprezando os pobres, e se aliavam às nações vizinhas, todas pagãs, e praticavam seus cultos. E nesse ambiente sombrio surge o profeta Miqueias com sua mensagem recebida de Deus, anunciando o castigo dos opressores, e deixando uma mensagem de esperança para os que se sentiam abandonados.

O texto desta meditação é como uma luz no fundo de um túnel, que aponta para um tempo que será mudado pela vinda do Messias que virá de um lugar obscuro, sem qualquer relevância histórica. Virá de Belém Efrata, distinta de outra cidade com o mesmo nome. Cidade pequena para receber o “Senhor em Israel”.

Uma profecia cumprida exatamente, sem qualquer mudança, pois Deus é fiel em todas as suas promessas. Assim escreve o apóstolo Paulo: “Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”.  Por isso, por meio dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus”. (II Cor.1:20)

 E foi exatamente o lugar onde o Senhor Jesus nasceu, conforme relata Mateus: “E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel”. (Mateus 2:5,6)

Quanta alegria e esperança trouxe a mensagem de Miquéias para as pessoas que a ouviram. Embora tenha levado aproximadamente setecentos anos para o seu cumprimento, tornou-se realidade na pequena cidade de Belém no tempo determinado por Deus.

Para nós que conhecemos a vinda do Senhor Jesus em todos os detalhes do seu nascimento, também temos alegria e esperança, pois ele é divino e eterno. Não tem princípio e nem fim. Temos alegria porque ele veio para nos salvar e nos garantir a vida eterna, porque ele é eterno – desde os dias da eternidade desde os tempos antigos.

Que a mensagem de Natal nos renove a alegria e nos leve a crer em Jesus como Salvador de nossas vidas, pois Ele “desceu do esplendor lá da glória e, humilde, entre nós caminhou; e, enfim, derramando o Seu sangue, aos homens na cruz resgatou” (HC 54)

O pecado oprimiu o ser humano, tirou sua alegria e o escravizou nos laços de satanás, mas a vinda de Jesus ao mundo para ser o Salvador, mudou a sorte de todos os que nele creem.

 Que nossos olhos sejam abertos tal como Simeão que tomou a criança nos braços e louvou a Deus, dizendo: “Soberano Deus, agora podes levar em paz o teu servo, como prometeste. Vi a tua salvação” (Lucas 2:28,30).

Natal é ter os olhos abertos para ver a salvação de Deus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 13 de dezembro de 2020

A BÍBLIA, O LIVRO SEM IGUAL

  

 

Uma iluminação tem sua utilidade sempre à noite, embora muitos lugares usem-na durante o dia. Mas é na escuridão que a luz se propaga, e quanto mais escuro o lugar, mais predomina a iluminação.

 Nos mares os grandes faróis orientam as embarcações, mostrando-lhes rotas seguras sem os perigos de acidentes.

Entretanto, a meditação deste versículo nos apresenta outra utilidade da luz, uma lâmpada para iluminar o caminho. A “noite escura” da maldade do coração do ser humano e do pecado, nos distancia de Deus e dificulta nossos passos para agradá-lo.

A lâmpada que o salmista se refere é a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Hoje é comemorado o seu dia, pois ela tem sido o verdadeiro farol que ilumina os passos dos homens, apontando-lhes para o Senhor Jesus, que transforma os corações.

Napoleão Bonaparte, o imperador francês, assim falou sobre ela: “A Bíblia não é um simples livro, senão uma Criatura Vivente, dotada de uma força que vence aos que se lhe opõem”.

 Segundo dados do “Guiness Book” a Bíblia já foi traduzida para 349 idiomas e é o livro mais vendido do mundo. Os números absolutos, porém, são incertos, mas há estimativas de que mais de cinco bilhões de cópias foram distribuídas desde o século XIX.

Embora a Bíblia seja o livro mais vendido do mundo, é pouco lida, pois ainda há muitas pessoas que a ostentam em suas bibliotecas, ou em um móvel de sua sala, tão somente aberta em um salmo de sua predileção para trazer sorte, ou bons “fluidos” para o dia.

Quando a Bíblia for lida com o coração sedento de Cristo, ele será achado por todos, e fará morada permanente nos corações endurecidos. O apóstolo Paulo conhecia perfeitamente o valor da Palavra de Deus, e deixou claras instruções ao seu filho na fé, Timóteo:

 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”.

Que os dias tão escuros em que vivemos, onde muitos são arrastados para os caminhos de destruição e morte, sejam iluminados com a luz da Bíblia, e tenham perfeita orientação, deixando que sua luz penetre seus corações e mude suas vidas.

 “Andas tu na escuridão sem nada ver? Abre o coração e deixa Cristo entrar, sua luz em ti raiar. Deixa a luz do céu entrar; deixa o sol em ti raiar. Abre bem a porta do teu coração: Deixa agora Cristo entrar” (HC 699)

Jesus é o centro das Escrituras, e como ele é a luz do mundo, creia de coração em sua Palavra, e só assim a Bíblia será “lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 6 de dezembro de 2020

A VACINA CONFIÁVEL

 "E eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra 
e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna 
e não será condenado, 
mas já passou da morte para a vida." (João 5:24)

Em meio a uma pandemia que ameaça a todos de morte, há esperança para os que aguardam a vacina tão comentada. Muitos fazem seus planos para saírem de suas casas, fazerem viagens, visitar e abraçar familiares e amigos. Imaginam uma nova vida que foi interrompida de forma bastante trágica.

Entretanto, há uma pandemia de proporções gigantescas que existe há muitos anos, mas que pouco incomoda a muitos. Ela separa o homem de Deus, que segue seu próprio caminho pensando ser reto, mas que no final conduz à morte. (Prov. 16:25).

A pandemia que nos assola tem deixado marcas profundas de tristezas e muitas lágrimas pela perda de vidas queridas, assim como a pandemia espiritual que também tem afetado toda a humanidade. E o pior, aquela leva à morte física, esta, a morte espiritual e a separação eterna de Deus

A vacina contra o coronavírus pode falhar e a contaminação persistir, mas na “vacina” que Deus providenciou, a cura jamais falhará. Para resolver de uma vez por todas, deu seu único filho para nos salvar, morrendo na cruz por nós. Ali a pandemia espiritual cessou completamente e não deixa sequelas para os que creem em Cristo, pois nele alcançam nova vida e passam a respirar os ares celestiais.

A vacina de Deus não é aplicada escolhendo idade das pessoas, não faz nenhuma restrição e não provoca efeitos indesejáveis. Também não se formam filas intermináveis sob o sol ou chuva, mas está sempre disponível para todas as idades e seu estoque é inesgotável, como é o amor de Deus.

Então, como precisamos fazer a nossa parte para não sermos atacados pelo coronavírus, usando máscaras, higienizando nossas mãos, com a vacina de Deus nossa participação é ineficaz, nossos esforços desnecessários, pois só Deus, através do sangue de seu filho, pode nos livrar da morte eterna.

Que tal buscarmos a vacina de Deus olhando e crendo em seu filho, pois só nele temos cura e vida eterna. E Jesus atesta esta preciosa verdade: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. (João 6:40).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

AOS PÉS DE CRISTO, O MELHOR LUGAR

 

  

Convidado por um dos fariseus para jantar,

Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa.
Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu,

certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’,

trouxe um frasco de alabastro com perfume,
e se colocou atrás de Jesus, a seus pés.

Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas.

Depois os enxugou com seus cabelos,

beijou-os e os ungiu com o perfume.(Lucas 7:36-38)

 

A Bíblia está repleta de narrativas envolvendo a bendita pessoa de Jesus, muitas das quais nos emocionam. Esta, de nossa meditação, é uma delas.

Descobrimos ao ler o texto um fariseu que convidou Jesus para jantar, e podemos deduzir que seu convite era meramente formal, talvez investigativo para acusá-lo perante as autoridades. Sua atitude como anfitrião denota um coração frio e desprovido de qualquer necessidade espiritual. Pelo julgamento que fez à mulher, ele se colocou num pedestal ao afirmar que se tratava de uma pecadora.

Não basta um convite para recepcionar a Jesus em nossas vidas, quando nos colocamos num lugar elevado, ou nos aborrecemos quando somos tratados como pecadores, e o convite se torna apenas uma formalidade espiritual.

Entretanto, a iniciativa da mulher é deveras instrutiva, pois sentiu necessidade em seu coração de ter um encontro com Jesus. Analisou sua vida e descobriu que a melhor solução estava em Jesus. E não perdeu tempo. Munida de um frasco de alabastro, postou-se beijando os pés de Jesus, e com seus cabelos secando as lágrimas neles derramadas. Uma atitude de profunda necessidade, pois era impossível carregar o fardo dos seus pecados, e a melhor solução era depositá-lo aos pés de Jesus. Em seguida, suas mãos carinhosas derramaram em seus pés o perfume precioso.

Nada escapou do atento olhar de Simão, que em seu pensamento censurou o Senhor Jesus, duvidando de sua missão, como profeta e Salvador do mundo. E Jesus em sua onisciência leu o pensamento de Simão, e em seguida contou-lhe a parábola dos dois devedores mostrando ao fariseu a sua frieza em contraste com a devoção da mulher.

Hoje não mais podemos beijar os pés de Jesus e regá-los com nossas lágrimas, mas podemos e devemos trazer em nosso coração o alabastro do nosso louvor e gratidão pelo amor demonstrado na cruz. Fomos abençoados com um amor infinito que cobriu a multidão de nossos pecados, e nos deu a sua paz.

Lamentamos o procedimento de Simão, pois sua história poderia ter sido diferente. Nada tocou seu coração. Saiu da presença de Jesus levando sua arrogância. A mulher, por sua vez, saiu salva e levando sua paz no coração.

Que imitemos esta mulher conhecida como “a mulher pecadora”, e tal como ela, sejamos conhecidos por todos como “pecadores”, salvos por Cristo e possuidores de sua paz.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 21 de novembro de 2020

CORAÇÃO DE PEDRA OU DE CARNE?

 “Darei a vocês um coração novo e porei 
um espírito novo em vocês; 
tirarei de vocês o coração de pedra 
e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

Estamos atravessando um período de nossa história marcado por violência e morte. As notícias e imagens chegam até nós, e ficamos perplexos com cenas de horror. Basta uma pequena discussão, que normalmente acaba em morte. Nesta semana foi a vez de João Alberto morrer vítima de espancamento, cuja notícia se espalhou imediatamente por todos os lugares.

A Bíblia relata o primeiro homicídio que também nos causa certa perplexidade. Um irmão mais velho, Caim, matou seu irmão menor, Abel. Desconhecemos como o matou, mas os motivos que o levaram à tamanha crueldade, estes, sim, são conhecidos. A inveja de seu irmão foi a causa, uma vez que teve sua oferta rejeitada por Deus.

Certamente, dentro do jardim, a morte não era cogitada e muito menos entendida. Não bastasse a expulsão motivada pela desobediência, agora sentem os efeitos do pecado. Primeiramente, a morte espiritual, o afastamento de Deus, agora, a morte física de seu filho Abel. Fico imaginando a tristeza de seus pais, e o lamento dessa morte brutal.

E a partir daí, como uma estrada sinuosa, através dos anos temos visto a mesma história: sangue derramado, lágrimas sem conta, famílias esfaceladas, filhos sem pais, e tudo porque o pecado entrou por todos os poros do ser humano.

Tais mortes acontecem porque falta o amor de Cristo no coração daqueles que as praticam, pois “o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”. (Gál. 5:22,23).

Embora o panorama seja sombrio, há esperança em meio a tanto caos. É conhecer o transformador amor de Cristo que muda os impulsos do coração. A nova vida dada por Cristo vem com novos desejos, todos produzidos pelo fruto do espírito.

Assim, quando o Evangelho de Cristo penetrar no coração de pedra do ser humano, e for trocado por um coração de carne, muitas vidas serão poupadas e lágrimas não mais serão derramadas. Ezequiel, o profeta, assim escreve: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

O pecado trouxe lágrimas e mortes. Cristo trouxe vida e vida em abundância. E ele mesmo enxugará dos olhos toda lágrima. “Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apoc. 21:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 15 de novembro de 2020

QUEBROU! E AGORA?

 Mas o vaso de barro que ele estava formando se estragou-se em suas mãos; 

e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade.Jeremias 18:4



Certa vez mandei um vídeo para ser consertado, e qual não foi minha surpresa em ouvir do técnico que o conserto não compensava. Seu destino deveria ser o lixo. Uma tristeza, pois estava bem conservado, sem riscos, e parecia ter saído da loja. Mas, para nada mais servia.

E por falar em algo que se quebrou, vem à lembrança o vaso do oleiro descrito pelo profeta Jeremias.
A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo:
Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. (Jeremias 18:1-4)

Um oleiro e sua obra - um vaso - possivelmente para ser usado como decoração, o que requer muito cuidado e atenção. Mas mesmo assim, quebrou-se nas mãos do oleiro.

Deus fez uma obra perfeita na criação do homem e sua mulher. Como um vaso de barro, sem rachaduras, uma verdadeira obra prima. Mas não tardou, exposto às tentações de Satanás, ficou totalmente destruído, com riscos por toda parte. Perdeu sua utilidade principal: glorificar seu criador através da obediência.

Através dos tempos o ser humano, qual vaso de barro, tentou cobrir as rachaduras e ocultar os defeitos. Tarefa impossível, cansativa, desgastante. Aparentava uma coisa, mas era realmente outra. Como bem diz o ditado:  "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

O que fazer, então? O conserto vem pelas hábeis mãos de Jesus, que nos molda de acordo com seu caráter. Nos dá uma nova vida, nos salva perfeitamente, e nos apresenta ao Pai como uma obra prima. Basta não fazer vistas grossas para as rachaduras, e suplicar seu perdão e pedir que nos restaure.

Para os aparelhos eletrônicos e todos os demais que apresentam defeitos, como o meu, embora conservados, nada se pode fazer. Mas para o ser humano há esperança de ser plenamente reciclado pelas mãos do nosso Amado Oleiro, o Senhor Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sábado, 7 de novembro de 2020

A FONTE INESGOTÁVEL

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  “Se alguém tem sede, venha a mim e beba"

 Nunca se falou tanto em falta d’água como nestes últimos dias. As reservas estão se esgotando, os rios estão secando e o povo vive afligido e temeroso diante de tal situação.

De fato, o cenário se descortina profundamente triste, na visão de campos outrora verdejantes agora carregados de um amarelo vivo, sem contar inúmeros animais mortos, sedentos e famintos.

 Nosso planeta em sua superfície é composto de 70% de água, sendo apenas 4% de água doce, própria para o consumo. Diante de uma população mundial aproximando-se de 7 bilhões de pessoas, realmente é para se pensar nas formas econômicas de usar o pouco que resta em nossos mananciais.

Todos por certo já provaram um copo d’água bem fresquinha depois de uma caminhada sob o sol inclemente, uma verdadeira delícia. Mas quando nos falta e a garganta começa a dar sinais, ficamos preocupados em encontrá-la o mais rápido possível.

Certa vez o rei Davi em meio às suas batalhas contra os filisteus, sentiu sede e desejou beber a água saborosa tirada do poço de Belém: “E Davi, com saudade, exclamou: Quem me dera beber da água da cisterna que está junto à porta de Belém!” (II Sam.23:15)

A história da mulher samaritana registrada pelo evangelista João, conta-nos da sua necessidade em buscá-la na fonte de Jacó, quando se encontrou com o Senhor Jesus que lhe pediu água para saciar a sua sede. E deste diálogo tão maravilhoso, descobriu que Jesus tinha uma água cuja nascente era divina, uma água viva que mata a sede espiritual do ser humano. E alegre pela descoberta, deixou seu cântaro junto ao poço e foi contar as novas para seus conhecidos.

A água que mata a nossa sede é vital, sim, para o corpo. Mas há uma água, a mesma provada pela mulher de Samaria, que sacia todo aquele sedento de Deus e que vai bebê-la na fonte do Calvário.

Uma das últimas mensagens de Jesus no pórtico do Templo de Jerusalém ressaltava a importância da água espiritual:  "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” (Ev. de João 7:37,38)

É bastante sensato o ser humano preocupar-se com a falta d’água no planeta, entretanto, poucos se importam com a “água viva” oferecida por Jesus, que não corre o risco de faltar, pois a fonte é inesgotável. Entretanto, há necessidade de sentir sede, incomodar-se, preocupar-se, e correr para os braços de Jesus, crer no seu sacrifício na cruz do calvário e confessá-lo como Senhor e Salvador. Somente assim a sede será saciada.

 Que assim seja

 ©Orlando Arraz Maz

domingo, 1 de novembro de 2020

A BÍBLIA - O LIVRO IMUTÁVEL

 

 

A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos

 e luz que clareia o meu caminho. (Salmos 119:105)

 

Estamos atravessando tempos difíceis, onde o ser humano cada vez mais se distancia da Palavra de Deus, dando liberdade às suas tendências pecaminosas. Especialmente na área sexual temos assistido cenas que no passado mal se viam, mas que atualmente são vistas à luz do dia. Lamentavelmente, como escreve o apóstolo Paulo, “O deus deste século cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (II Cor.4:4).

Entretanto, no meio desse caos espiritual, surgem “ensinadores”, que para ganharem a simpatia de seus ouvintes, alegam que a Bíblia se tornou arcaica e não mais se aplica aos dias de hoje e que os ensinos deixados pelos apóstolos perderam sua validade. E o pior, seus ouvintes se alegram com suas mensagens porque não querem mudar de comportamento, e assim prosseguem com o erro em seus corações. Tais ensinadores são cegos que procuram guiar outros cegos, e a queda é fatal nas palavras do Senhor Jesus: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? "(Lucas 6:39).

Vale a pena recordar as palavras do apóstolo Pedro referindo-se às Escrituras: “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:20,21). Portanto, Deus falou aos homens que Ele escolheu para escreverem sua palavra a qual serve para todos os tempos. E na oração sacerdotal de Jesus lemos:” Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17).

A palavra de Deus, a Bíblia não pode ser mudada nem ajustada para determinadas situações. Sua eficácia é a mesma, ontem, hoje e eternamente como é o próprio Senhor Jesus (Heb. 13:8). A verdade de Deus é imutável. Nela Deus condena o pecado, e não rejeita o mais vil pecador, pois recebe em seus braços todos que se arrependem.

 Portanto, todo comportamento pecaminoso Deus abomina. O que era pecado continua sendo pecado, e nada pode ser mudado. O primeiro casal pecou contra Deus ao desobedecê-lo, e tal atitude os colocou para fora do jardim.

Tais pregadores, muitos ostentando os títulos de pastor, apóstolo ou profeta, deveriam voltar à Palavra de Deus e modificar suas pregações, levando seus ouvintes ao arrependimento verdadeiro, a fim de que a luz do evangelho resplandeça em seus corações, “pois aquele que está em Cristo é nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas”. (II Cor.5:17)

Paulo, o apóstolo escrevendo aos cristãos de Corinto, depois de elencar as mais diversas paixões pecaminosas, conclui esclarecendo: “Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (I Cor. 6: 9 a 11).O apóstolo não mudou sua mensagem e nem adaptou-a às práticas pecaminosas da cidade de Corinto, mas aplicou-lhes a Palavra de Deus e aqueles cristãos foram transformados.

Que as misericórdias de Deus que não têm fim e que são novas a cada manhã (Lam.3:22,23) alcancem aqueles que querem modificar a Bíblia, abrindo-lhes os olhos para que vejam de Gênesis à Apocalipse  o Senhor Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida.

 Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 24 de outubro de 2020

VOCÊ SABE ESPERAR?


Espera pelo Senhor, tem bom ânimo,

e fortifique-se o teu coração;

espera, pois, pelo Senhor (Salmo 27:14)  


Há alguns dias recebi no meu WhatsApp o versículo desta meditação, e não mais saiu de minha cabeça. Muitos pensamentos me ocorreram, e alguns deles desejo compartilhar com vocês.

Esperar, quanta dificuldade! O que muitos, inclusive eu, não gostamos. Queremos tudo o mais rápido possível, e a demora nos inquieta.

O salmista, entretanto, não tem pressa em face das circunstâncias. Vivendo uma situação incomum a todos nós: perseguido por inimigos (vers.2 e 3); impedido de entrar na casa do Senhor (vers.4), separado de seu pai e de sua mãe (vers.10); sofrendo difamação(vers.12). Portanto, sendo incapaz de mudar este quadro tão desanimador, procura “esperar pelo Senhor”.

Outra lição nos ensina o salmista: “Tem bom ânimo”. Ele não se deixa abater por tantas aflições, nem sai queixando-se para os outros, mas recomenda bom ânimo. Foi o conselho que deu ao seu filho Salomão: “E disse Davi a Salomão seu filho: Esforça-te e tem bom ânimo...” (I Cron.28:20). Jesus, também, em várias ocasiões, ensinou aos seus discípulos a terem ânimo. Em meio a tempestade em alto mar, por exemplo: “Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais” (Mateus 14:27).

Há algo mais em nossa curta meditação: “Fortifique-se o teu coração”. Quando as aflições nos abatem, quando as águas quase nos cobrem, devemos buscar forças na palavra de Deus. Foi o que muitas vezes fez Davi: “Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho” (Salmos 18:32). Quanto mais nos distanciarmos de Cristo, mais difícil ouvir sua voz. Sua palavra deve estar em nós, e devemos amá-la de todo coração, o que o salmista também fazia: “Oh! Quanto amo a tua lei é a minha meditação em todo o dia” (Salmos 119:97). Somente assim teremos um coração fortificado.

Por fim, o salmista reforça seu pensamento como se dissesse: “Não há outro jeito, espera pelo Senhor”

 Então, como vai nossa paciência nestes dias tão carregados? Se já perdemos o controle, é tempo de puxar o freio de mão, e seguir os conselhos do salmista, pois os resultados serão os mais abençoados. Que a nossa convicção nos leve a dizer: “Pois no dia da adversidade ele me ocultará no seu abrigo; no interior do seu tabernáculo me acolherá; ele me porá no alto de uma rocha”. (Salmos 27:5)


Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 17 de outubro de 2020

PURIFICAÇÃO PERFEITA

 

Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram.
Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse:

"Senhor, se quiseres, podes purificar-me!

"Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse:

"Quero. Seja purificado! " Imediatamente ele foi purificado da lepra.
(Mateus 8:1-3)

 

A presença de um leproso em público era algo proibido pela lei de Moisés. Era bastante assustador, conforme relata o texto bíblico “Quem ficar leproso, apresentando qualquer desses sintomas, usará roupas rasgadas, andará descabelado, cobrirá a parte inferior do rosto e gritará: “Impuro! Impuro! Enquanto tiver a doença, estará impuro. Viverá separado fora do acampamento” (Lev.13:45,46)

De que jeito este homem leproso se infiltrou no meio da multidão, ou se lá permaneceu escondido, ouvindo o longo sermão de Jesus, nada sabemos. Sem dúvida foi atraído pelo magnetismo de Jesus e pelo poder de suas palavras. E assim, ao descer do monte, entre a multidão, o leproso se aproxima de Jesus, o adora de joelhos e apresenta seu pedido.

Há grandiosas lições em sua atitude. Coragem em primeiro lugar pela sua aparência repugnante, vencendo, assim, a repulsa das pessoas. Quantas vezes escondemos nossos defeitos, embora não sejam externos, mas no profundo de nossos corações. E muitas vezes nos acomodamos e seguimos em frente. Corajoso, o leproso viu em Jesus o que jamais vira em outra pessoa: o Deus encarnado digno de toda adoração, razão porque se ajoelhou e em seguida expos sua necessidade. Quão felizes seríamos se imitássemos o leproso.

Além da coragem, humildade em seu pedido. Notem que falou: “Se quiseres” e não “se puderes”. Tinha plena certeza do poder de Jesus, sem quaisquer sombras de dúvidas. Deixou nas mãos de Jesus sua bendita decisão. O evangelista Marcos em seu evangelho, salienta: “Jesus, movido por compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse: Quero; fica purificado”.

Ainda hoje a compaixão de Jesus é a mesma, quando olha para o ser humano e vê o estrago que o pecado causou em sua vida. E seu desejo também é o mesmo: curar prontamente a alma contaminada e deformada pela lepra do pecado. Diz-nos o texto que “imediatamente a lepra desapareceu, e ele ficou purificado”.

Assim se dá com todo aquele que reconhece em Jesus seu poder restaurador, diante da deformidade causada pelo pecado. Ajoelhar aos seus pés e confessar seu pecado, nas palavras do apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda nossa injustiça”. (I João 1:9)

Embora o texto nada fale, fácil é imaginar a alegria do leproso vendo-se sem qualquer mancha em seu corpo, pronto para reintegrar-se na sociedade. Assim ocorre com aqueles que foram purificados de sua lepra espiritual, passam a viver sem quaisquer manchas, e se tornam contentes pelo milagre alcançado. E melhor ainda, preparados para entrarem no reino celestial.

Não pergunte a Jesus se ele quer curá-lo do seu pecado. Creia que esse é o seu desejo, pois “Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a visa eterna”. (João 3:15)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 11 de outubro de 2020

VERDADEIRO OU FALSO

 No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, 

como também surgirão entre vocês falsos mestres. 

Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, 

chegando a negar o Soberano que os resgatou, 

trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 

(II Pedro 2:1)

 

 

O chamado “meio evangélico” tem sido palco de verdadeiros escândalos causados por elementos que nele se infiltram para tirarem proveito. E assim, verdadeiros e falsos são colocados em um só pacote. Para os que confessam uma fé verdadeira tais fatos não os surpreendem, pois a Palavra de Deus, que para os tais tem sua eficácia, colocou sinais de alerta em suas páginas. São os lobos vestidos de ovelhas, ensino dado pelo Senhor Jesus e tão atual para os nossos dias.


Quando o estrago é produzido longe de nossos olhos é uma coisa, mas quando chega bem perto somos fartamente questionados: “fulano era de tal igreja”. E a colocação fica como uma exclamação.

Em todos os segmentos religiosos têm e sempre terá os verdadeiros e os falsos. Nos tempos dos apóstolos eles se infiltravam sorrateiramente, conquistavam a confiança dos demais, e logo davam o bote quais serpentes venenosas. Então, passados quase 21 séculos, a prática persiste e não é nenhuma novidade.

Ainda há os que exploram a boa fé com demonstrações de certa piedade, usam frases de efeitos, jargões usados nos meios evangélicos, e chegam a confundir os verdadeiramente piedosos. E muitos que não professam a mesma religiosidade ficam encantados e depositam neles total confiança, e não tarda, são pegos de surpresa.

O coração ocupado por Jesus é cenário de vidas corretas, que se exteriorizam de formas convincentes. Esforçam-se por produzir frutos saborosos a todos os paladares, palavras ponderadas, gestos cautelosos, pensamentos puros, fazendo total diferença, custe o que custar, e isto independe de qualquer bandeira religiosa.

Quando Jesus se torna o verdadeiro pastor da ovelha, esta lhe obedece, ouve sua voz e o permite que Jesus caminhe à sua frente. O passo da ovelha deve ser sempre menor do que o passo do Pastor, e quando o cansaço chegar Jesus prontamente a coloca sobre seus ombros.

Por mais que se esforce, o falso jamais será ovelha, pois esta não surge de um passe de mágica, e sim de uma vida depositada aos pés de Cristo, fruto de um verdadeiro arrependimento, bem distante dos arraiais da religião. É obra da graça de Cristo.

Nosso dever é interceder em favor deles, suplicar ao Todo Poderoso que lhes abram os olhos para que vejam o caminho da cruz, entrem por ele, se convertam e voltem a andar com honestidade diante de Deus e dos homens.

E para os que nos confrontam, mostremos o nosso viver, e deixemos que descubram as diferenças entre o falso e o verdadeiro, entre a imitação barata e a imitação de Cristo.

 Que assim seja.


Orlando Arraz Maz

sábado, 3 de outubro de 2020

A PRAÇA CELESTIAL

 

 

E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.
Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão,
e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.
E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos. (Apocalipse 22:1 a 5)
 
A praça celestial
 
Sentar-me-ei na praça celestial,
Extasiado por seu esplendor,
Longe das mágoas, do sofrer, do mal,
E com Jesus, meu terno Salvador.
Bem perto, toda formosa e florida,
Vem encantar-me a árvore da vida,
Que dá seus frutos no devido tempo,
Sem falhas e sem qualquer contratempo.
 
Sentar-me-ei na praça celestial,
Por onde passa o rio cristalino,
É manso e doce, e claro qual cristal,
E tem um som perfeito como um hino.
E lá no alto, belo e sobranceiro,
Avisto majestoso, reluzente,
O trono de Deus e do Cordeiro,
Jesus, que vive e reina eternamente.
 
Sentar-me-ei na praça celestial,
Com um corpo de luz, já transformado,
Lá terei novo canto triunfal,
Ao Rei, meu Salvador glorificado.
Neste país eu servirei contente,
Aquele que por mim morreu na cruz.
E viverei cantando alegremente,
Hinos de triunfo ao meu Rei Jesus,
 
Sentar-me ei na praça celestial
Banhado pela luz do Salvador,
Que ilumina com força sem igual,
Mais forte do que o sol em seu fulgor.
Lâmpadas jamais e nem do sol a luz,
Brilharão na praça onde está Jesus,
E lá eu estarei o tempo inteiro
Adorando a beleza do Cordeiro.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
 

sábado, 26 de setembro de 2020

SEU BARCO ESTÁ AFUNDANDO?

 

“Ora, levantou-se grande temporal de vento,

e as ondas se arremessavam contra o barco,

de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.

E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro;

eles o despertaram e lhe disseram:

Mestre, não te importa que pereçamos? (Marcos 4:37,38)

 

Quantas vezes o medo nos assombra de tal maneira que perdemos a paz.  Seja de um assalto, de uma doença, de um negócio, de planos e sonhos, com uma perspectiva de derrota. Entretanto, a morte é o pior de todos para muitos. A fé que deveríamos ter em Jesus fica distante, e assim nos tornamos impotentes. Não vislumbramos o que pode mudar a situação.

Nossa meditação nos leva a uma ocasião de extremo temor por parte dos discípulos. Quem sabe, como pescadores que eram, muitas vezes sofreram fortes temporais durante suas pescarias. Mas este sem dúvida ultrapassou a todos. Assim escreve o evangelista Marcos: “Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançaram sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água”. Quando os discípulos notaram que a água enchia o barco, ficaram mais aterrorizados certos de que iriam morrer afogados.

Quantas vezes agimos assim em iguais situações, e nossos pensamentos nos afastam de Jesus que deseja que confiemos nele. Os discípulos se esqueceram prontamente dos seus milagres, assim como ocorre conosco quando desviamos nossos olhos do seu poder revelado nas santas Escrituras. O medo, ainda, os levou a alertar Jesus de que estavam perecendo. Todos aflitos e ele dormindo sobre um travesseiro. E exclamam: “Mestre, não te importas que morramos?”. Quanta ousadia da parte dos discípulos! Devemos tomar muito cuidado em nossas queixas que denotam nossa total irreverência.

O mais sublime neste relato é a humanidade e a divindade de Jesus. Ele dormia. Talvez cansado em percorrer muitas cidades, muitas horas sem dormir, nos falam daquele que se fez homem e habitou entre nós, nas palavras do apóstolo João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Ev. João 1:14). E o escritor da carta aos Hebreus, escreve: “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Heb.2:18).Então, tanto os discípulos como nós deveríamos lembrar que Jesus está pronto para nos socorrer, pois conhece nossos medos e sofrimentos.

Em seguida descobrimos sua divindade: “Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: Aquiete-se! Acalme-se! O vento se aquietou, e fez-se completa bonança”. Somente Deus, aquele que criou os ventos e os mares pode repreendê-los e prontamente o obedecem. Os discípulos, então, foram advertidos por Jesus: “Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé”? E Marcos conclui: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem”?

Por fim, mais do que nunca, quando formos atingidos pelo pavor em quaisquer situações, lembremos que Jesus é o Deus-Homem que está nos céus, pronto para nos socorrer, e nele devemos colocar nossa fé. Somente assim o mar agitado se acalma e a bonança chega prontamente.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de setembro de 2020

ITAI, O GUERREIRO FIEL

Itai, contudo, respondeu ao rei: "
Juro pelo nome do Senhor e por tua vida
que onde quer que o rei, meu senhor, esteja,
ali estará o seu servo, para viver ou para morrer! "(II Sam.15:21)

A história de Itai, chefe de um exército de seiscentos soldados, e fiel a Davi, é de grande destaque e significância nas páginas da Bíblia. Ele era um filisteu da mesma cidade onde Golias fora morto, e como consequência, resultou a vitória do exército de Israel. Pouco nos revelam as páginas da Bíblia sobre os motivos que levaram a Itai a abraçar Israel como seu povo. Alimento pensamentos próprios de que ficara impressionado com a morte do gigante por um jovem que o atacou e o feriu de morte em nome do Deus de Israel. Jamais alguém poderia matar um gigante com cinco pedras lisas de um riacho, não fosse a intervenção de um grande Deus. Quem sabe assim pensara Itai no dia da batalha.

Não teria sido este o motivo de Itai trocar sua terra pela terra de Israel e abrigar-se sob o comando de um Deus grandioso? Vira com seus olhos o poder de Deus operando e o pavor que causou nas tropas filistias. E nada melhor do que servir uma terra cujo Deus comanda seu povo.

Nos versículos que antecedem ao texto que serve de base para esta meditação, nos deparamos com a revolta de Absalão, filho do rei, tentando usurpar o trono de seu pai. O medo tomou conta de Davi,  resolvido a fugir de Jerusalém deixando o palácio guardado por suas concubinas. Na fuga, surge Itai com seiscentos soldados apresentando-se para juntar-se ao seu exército, desejoso para entrar em combate. Davi, entretanto, recusa e sugere que volte com seus irmãos, ao que Itai respondeu: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo para viver ou morrer”.

Magnifica declaração de lealdade por um estrangeiro, filisteu que reconheceu Deus como  Senhor  e Davi como seu rei.

Itai traz à minha lembrança todos os que estavam separados de Deus, e nas palavras do apóstolo Paulo, “e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês, mas agora Ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresenta-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.” (Colos. 1:21,22)

Somos livres pela obra majestosa de Jesus que na cruz venceu o inimigo de nossas almas. O diabo foi derrotado, o Golias da terra de Itai, despojado, humilhado e morto. Jesus, o grande vencedor ganhou nosso amor e admiração e na cruz venceu e derrotou Satanás.  Hoje servimos em suas fileiras e saímos da terra inimiga. Fomos reconciliados e recebidos por Ele.

Será que nossa fidelidade é a mesma de Itai? Somos testemunhas de Jesus em qualquer situação, prontos a defendê-lo e declarar que Ele é nosso Senhor, Salvador e Rei? E assim, dizer para Jesus “... onde quer que o Rei, meu Senhor, esteja, ali estará o seu servo, para viver ou para morrer”!           

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©