“Louvar-te-ei, Senhor, de todo o
meu coração; cantarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em
ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores” (Salmo 9:1 e 2)
Ao meditarmos neste salmo,
notadamente nestes primeiros versículos, descobrimos a alegria do salmista.
Podemos imaginar o salmista declamando este lindo poema: sua expressão seria
serena,seu semblante o mais expressivo, seus olhos profundos voltados para o
céu e seus lábios esboçando um sorriso, que sem dúvida cativaria seus
ouvintes.Ele possuía motivos em abundância para louvar ao Senhor de todo o seu
coração.
Quantas vezes falta-me esta
expressão no meu semblante. Basta uma contrariedade, uma aflição, e uma nuvem
escura parece descer. E como é fácil demonstrá-la por mais esforço que faça
para encobri-la.
Outras vezes tento louvar ao
Senhor juntamente com meus irmãos, esforço-me ao máximo, misturo minha voz à
deles, mas há algo que me perturba.
E no silêncio de minha casa quantas vezes
ocorre o mesmo.Como me sinto pequeno diante da grandiosidade do salmista.
As bênçãos recebidas e as vitórias alcançadas muitas vezes são facilmente esquecidas.
Será que isto ocorre com você?
Creio que é inerente ao ser humano. Todavia não deveria ser regra, mas exceção.
Precisamos corrigir essa falha com urgência, pois Deus quer que nossa alegria
seja permanente, mesmo em situações adversas.
Lembro-me de Paulo, preso,
escrevendo aos cristãos de Filipos: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque
aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filip.4:11). Notaram?:
“em toda e qualquer situação”.
Voltemos aos versículos:
Davi neste salmo se considera um vencedor.Deus tinha dado vitória sobre seus
inimigos e esta é a razão da sua alegria.
Será que nossa vitória é maior ou
menor? Comparada à de Davi nossa vitória é colossal, pois somos “mais que
vencedores por meio daquele que nos amou”. Davi venceu homens guerreiros, mas
eu e você vencemos as hostes espirituais quando aceitamos o Senhor Jesus como
Salvador.
Portanto, não permitamos que o
cântico fuja de nossos lábios e que nossa expressão seja de derrotados. Quando
a tristeza chegar, e sem dúvida ela virá, voltemos nossos pensamentos para as
maravilhas de Deus, contemplemos quem éramos e o que somos, para onde íamos e
agora para onde vamos, e louvemos com sinceridade em nosso coração.
O Altíssimo
é merecedor dos nossos louvores, pois no meio deles Ele habita.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz