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sexta-feira, 29 de julho de 2016

LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR



Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e antes que se aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho satisfação neles".(Ecl.12:1)








Provavelmente, o escritor do livro de Eclesiastes, o sábio Salomão, já não era um jovem quando escreveu este capítulo. Tudo nos leva a crer que a sua juventude foi vivida no temor de Deus e que na sua velhice desejava instruir os jovens a se lembrarem do Criador.

Como um profundo conhecedor  da Ciência, principalmente da Botânica (1° Reis 4.29-34), penetrou nas suas minúcias indecifráveis, e, sem dúvida, também foi um conhecedor do ser humano, pesquisando e penetrando no mais profundo de sua vida. Embasado em tal conhecimento aliado à sua experiência, pôde deixar esculpidos na Palavra de Deus versículos tão abençoados, entre os quais estes do capítulo 12 de Eclesiastes.

Quem sabe se o resultado de suas pesquisas foi deveras assombroso contemplando a infinidade daqueles que um dia, sendo jovens, tinham se esquecido do Criador, e que, agora, com o peso dos anos, tinham o peso das feridas expostas na alma, surgidas pelo fato de terem colocado o Criador à margem de suas vidas.

A Palavra de Deus é sábia, pois o seu Autor é um Deus sábio e desta forma dá sabedoria àqueles que se colocam sob Sua mão, a fim de que, por eles, outros sejam instruídos. Salomão foi deveras usado neste sentido. Portanto, nisto vemos o amor de Deus, que não quer o ser humano, criado à Sua semelhança, com uma velhice de mágoas e sequelas pelo fato de "viverem" uma vida longe dEle e, consequentemente, dEle esquecidos.

Mas em que consiste tal lembrança do Criador?  Será simplesmente uma indelével lembrança, fugidia, fugaz, que se desvanece qual vapor ou qual nuvem no horizonte? Ou será uma lembrança tal que leve o ser humano a prostrar-se perante o Criador e, humilhado, reconheça sua limitação, pequenez e incapacidade? Ah! se esta última atitude fosse adotada, muitos, que hoje se lamentam, poderiam viver felizes, sem queixumes.

Lembrar-se do Criador é reconhecer a Sua grandeza, não só na Criação, mas, sobretudo, na restauração do homem.

Lembrar-se do Criador é reconhecer que Ele se fez homem e, que na  Sua grandeza, humilde, baixou  a este mundo para salvar o homem dos seus pecados.

Lembrar-se do Criador é sentir dentro do coração o Deus que salva, que liberta, que perdoa, que abençoa!

Lembrar-se do Criador é viver no temor deste Deus e, amando-o deixar que Ele domine todo o seu ser.

Somente assim será feliz o homem que em sua mocidade lembrou-se do Criador. E nada terá para lamentar-se, pois não conhecerá os dias maus, o tédio, a solidão, o descontentamento.

É bom saber que os crentes no Senhor Jesus Cristo já entenderam a mensagem de Eclesiastes 12.Abraçaram e aceitaram em suas vidas o Criador, certos de que nada terão para lamentar-se, pois, mesmo chegando os anos, neles terão todo o prazer.

E, com tal ânimo, se esforçam no trabalho do Senhor e de maneira específica nas reuniões de treinamento da Mocidade, procurando aprender e transmitir aos outros jovens aquilo que já sabem do Criador.

Colocam em prática o que o sábio pregador ensinou, sabendo que é melhor ter o gozo de Cristo no coração do que os prazeres deste mundo; que lembrar e amar ao Criador de todas as coisas, o Salvador Maravilhoso e Conselheiro, o Deus Forte e Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, resultará em bênçãos eternas e que ninguém, que assim crê de coração, virá dizer mais tarde: “...antes que venham os maus dias e cheguem os anos dos quais dirá: não tenho neles prazer”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

quinta-feira, 21 de julho de 2016

CUIDEMOS DAS FLORES, MAS EM PRIMEIRO LUGAR DAS ALMAS



Jardim de André e Priscila


"Maria escolheu a boa parte,
a qual não lhe será tirada”.(Lucas 10:40-42).



Outro dia durante minha caminhada numa grande praça, onde muitos se exercitam, entre jovens andando de “skates”, bicicletas, jogando futebol e vôlei, notei um grupo que se destacava por suas camisetas amarelas, com a seguinte frase estampada: “Jesus é a solução”. Estavam distribuindo literatura evangélica, enquanto outros pregavam para alguns jovens, atentos às palavras do Evangelho de João. Logo, também parei e fiquei ouvindo.

Mais adiante, vi um homem que é morador de uma casa que dá frente para a praça, e que espontaneamente cuida das flores, das pequenas árvores, mas que neste dia consertava as balanças das crianças, lubrificando e apertando os parafusos. Ele também recebeu uma porção da Palavra de Deus.

Ao recordar este acontecimento, me vem à memória a visita de Jesus à casa de Marta, Maria e Lázaro. Em meio aos preparativos daquela refeição, encontramos Marta reclamando de sua irmã Maria: “Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”.(Lucas 10:40-42).

Aqueles jovens escolheram a boa parte em cuidar de vidas, anunciando as novas do Evangelho, apontando para Jesus, sua vida e seu perdão, e a garantia de uma vida eterna. Foi exatamente o que fazia Maria aos pés de Jesus. E os que se dispõe a segui-lo levando a preciosa semente são abençoados, também, por tal escolha.

O trabalho de Marta era muito importante, pois desejava fazer o melhor para Jesus, e assim é todo o esforço das pessoas, inclusive daquele homem cuidando da praça. Entretanto, não resolve o problema da alma, não transmite alívio necessário, e muito menos garante uma eternidade com Jesus.

Buscar em primeiro lugar o reino de Deus é escolher a boa parte. Depois, com tranquilidade, cuidemos das flores, das árvores e das balanças das crianças.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 15 de julho de 2016

AS MÃOS DO PAI




“Nas tuas mãos entrego o meu espírito;  tu me remiste Senhor, Deus da verdade; nas tuas mãos estão os meus dias...;bendito seja o Senhor, que engrandeceu a sua misericórdia para comigo,
numa cidade sitiada” (Salmo 31: 5, 15 e 21)










Alegro-me em pensar que este salmo seria um dos prediletos do Senhor Jesus, talvez aprendido em sua juventude,  e que seria bastante  citado em  suas orações.


Quão bom seria se todos nós decorássemos textos das Escrituras, a fim de nos alimentarmos e consolar aqueles com os quais nos relacionamos.



Este salmo é da autoria do rei Davi e retrata momentos de aflição em suas fugas do rei Saul. E tanto Davi como o Senhor Jesus confiavam neste Deus maravilhoso, não só em tempos de crises, mas em todas as circunstâncias.



Jesus lembrou-se desse salmo na cruz, nos momentos de extrema dor e agonia: “nas tuas mãos entrego o meu espírito”, ou seja, as mãos do Pai que o trouxeram a este mundo na “plenitude dos tempos” cujos dias nelas estavam bem seguros. E após as trevas da cruz, o caminho para a sepultura, e o túmulo bem fechado qual “cidade sitiada”, foi invadido pelo poder do Pai no terceiro dia, removendo com sua mão a pedra gigantesca.



E nós, depositamos plena confiança em Deus ao passarmos por tempos de aflição? Ou será que muitas vezes nos encontramos em situações como dentro de cidades sitiadas, sem saída?



Que as palavras confortantes deste salmo nos animem em tempos sombrios, sem perspectivas de luz, e abram os nossos olhos para vermos que nossos dias, horas, minutos e segundos estão nas mãos daquele que nos remiu. Não há cidade sitiada que resista ao poder do Amado Salvador.



Davi alcançou muitas vitórias diante das situações mais adversas, mas nada comparadas à vitória conquistada por Jesus na cruz, a qual nos torna com ele mais que vencedores (Rom.8:37).



Os meus dias estão nas suas mãos. E os seus?



Que assim seja



Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 7 de julho de 2016

TONICO, MUITO ALÉM DO SOL


Antonio Arraz Maz
28/02/1934 - 06/07/2016
Escrevo este pensamento em pleno voo em direção à Curitiba, para dar meu "até logo" ao meu querido irmão que nesta quarta feira, dia 6 de julho, partiu para estar com Cristo.

Quando em poucos minutos o avião ultrapassou as nuvens, pensei "Tonico está bem mais alto do que eu". Que verdade gloriosa! E cantei em pensamento: "Muito além do sol, muito além do sol, eu tenho um lar onde está Jesus, muito além do sol".

Tonico, como era carinhosamente chamado, viveu a vida cristã procurando sempre agradar seu Senhor e Salvador. Era um excelente cooperador na igreja, quer elaborando projetos de construção ou executando trabalhos braçais; na parte espiritual sempre auxiliando no cuidado com o rebanho. Apreciava, cantava muitos hinos evangélicos e regia o coral da igreja.Em tudo que participava punha o seu coração.

O espaço é pequeno para descrever seu trabalho, e apesar de sua paralisia infantil, nunca esmoreceu e nem se deixou abater. Servirá de exemplo para todos os que gozam boa saúde, e que muitas vezes são desanimados na obra do Mestre.

Vou guardá-lo para sempre na memória e no coração, certo de que no combate cristão, nas fileiras de Jesus, "foi um príncipe e um grande" Faço minhas as palavras do rei Davi na morte de Abner: " Então disse o rei aos seus servos: Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?"( Ii Samuel 3:38)

Olá amado irmão, descanse em paz nos braços Daquele que é o Príncipe da Paz.

A Ele toda a glória.

Orlando Arraz Maz.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A MORTE DE JESUS




Uma das joias do cancioneiro cristão é este belo hino, que retrata os resultados da morte de Jesus na cruz do calvário.

Reconhecimento

Do pecado resgatado
Fui na cruz por Teu amor,
E da morte, triste sorte,
Me livraste Tu, Senhor.

Coro:

Ó Jesus, meu Bem-Amado,
Meu Amigo e Bom Pastor,
Por Teu sangue fui comprado
E pertenço a Ti, Senhor!

Se hesitante, vacilante,
Ouço a voz do tentador,
Tu me guias, me auxilias,
E me tornas vencedor.

Redimida, só tem vida
A minha alma em Teu amor!
Com apreço, reconheço
Quanto devo a Ti, Senhor.



O autor da letra deste lindo hino foi um Major do Exército de Portugal, convertido a Cristo pelo testemunho de um soldado de seu batalhão.

É interessante conhecer o poder transformador de Jesus:

Guilherme Luiz dos Santos Ferreira (1850-1934)

Pouco se conhecia sobre o Major Guilherme Luiz dos Santos Ferreira, militar e escritor português, responsável por uma contribuição muito significativa à nossa hinologia. Os dados que obtivemos foram publicados por Bill H. Ichter. E nos revelam um escritor que mereceu registro na "Grande Enciclopédia Luso-Brasileira" v. 27, p. 393. Nasceu em Mafra, cidade histórica onde D. João VI ia sempre para ouvir o melhor cantochão, em 1850. Já era sargento quando um soldado sob seu comando pediu licença para não assistir a missa, por ser crente. Devido a esse testemunho, veio a se converter e tornar-se um valoroso crente no período da monarquia. Passou a assistir cultos na Igreja Presbiteriana que se reunia no Convento dos Marianos. Faleceu em Lisboa em 1934
(Dados extraídos do blog “Semeando Vida”)

Diversos de seus hinos figuram no "Salmos e Hinos", no "Cantor Cristão" . Este hino está no hinário Hinos e Cânticos, e tem o nº 307.

Orlando Arraz Maz