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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 26 de setembro de 2020

SEU BARCO ESTÁ AFUNDANDO?

 

“Ora, levantou-se grande temporal de vento,

e as ondas se arremessavam contra o barco,

de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.

E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro;

eles o despertaram e lhe disseram:

Mestre, não te importa que pereçamos? (Marcos 4:37,38)

 

Quantas vezes o medo nos assombra de tal maneira que perdemos a paz.  Seja de um assalto, de uma doença, de um negócio, de planos e sonhos, com uma perspectiva de derrota. Entretanto, a morte é o pior de todos para muitos. A fé que deveríamos ter em Jesus fica distante, e assim nos tornamos impotentes. Não vislumbramos o que pode mudar a situação.

Nossa meditação nos leva a uma ocasião de extremo temor por parte dos discípulos. Quem sabe, como pescadores que eram, muitas vezes sofreram fortes temporais durante suas pescarias. Mas este sem dúvida ultrapassou a todos. Assim escreve o evangelista Marcos: “Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançaram sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água”. Quando os discípulos notaram que a água enchia o barco, ficaram mais aterrorizados certos de que iriam morrer afogados.

Quantas vezes agimos assim em iguais situações, e nossos pensamentos nos afastam de Jesus que deseja que confiemos nele. Os discípulos se esqueceram prontamente dos seus milagres, assim como ocorre conosco quando desviamos nossos olhos do seu poder revelado nas santas Escrituras. O medo, ainda, os levou a alertar Jesus de que estavam perecendo. Todos aflitos e ele dormindo sobre um travesseiro. E exclamam: “Mestre, não te importas que morramos?”. Quanta ousadia da parte dos discípulos! Devemos tomar muito cuidado em nossas queixas que denotam nossa total irreverência.

O mais sublime neste relato é a humanidade e a divindade de Jesus. Ele dormia. Talvez cansado em percorrer muitas cidades, muitas horas sem dormir, nos falam daquele que se fez homem e habitou entre nós, nas palavras do apóstolo João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Ev. João 1:14). E o escritor da carta aos Hebreus, escreve: “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Heb.2:18).Então, tanto os discípulos como nós deveríamos lembrar que Jesus está pronto para nos socorrer, pois conhece nossos medos e sofrimentos.

Em seguida descobrimos sua divindade: “Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: Aquiete-se! Acalme-se! O vento se aquietou, e fez-se completa bonança”. Somente Deus, aquele que criou os ventos e os mares pode repreendê-los e prontamente o obedecem. Os discípulos, então, foram advertidos por Jesus: “Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé”? E Marcos conclui: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem”?

Por fim, mais do que nunca, quando formos atingidos pelo pavor em quaisquer situações, lembremos que Jesus é o Deus-Homem que está nos céus, pronto para nos socorrer, e nele devemos colocar nossa fé. Somente assim o mar agitado se acalma e a bonança chega prontamente.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de setembro de 2020

ITAI, O GUERREIRO FIEL

Itai, contudo, respondeu ao rei: "
Juro pelo nome do Senhor e por tua vida
que onde quer que o rei, meu senhor, esteja,
ali estará o seu servo, para viver ou para morrer! "(II Sam.15:21)

A história de Itai, chefe de um exército de seiscentos soldados, e fiel a Davi, é de grande destaque e significância nas páginas da Bíblia. Ele era um filisteu da mesma cidade onde Golias fora morto, e como consequência, resultou a vitória do exército de Israel. Pouco nos revelam as páginas da Bíblia sobre os motivos que levaram a Itai a abraçar Israel como seu povo. Alimento pensamentos próprios de que ficara impressionado com a morte do gigante por um jovem que o atacou e o feriu de morte em nome do Deus de Israel. Jamais alguém poderia matar um gigante com cinco pedras lisas de um riacho, não fosse a intervenção de um grande Deus. Quem sabe assim pensara Itai no dia da batalha.

Não teria sido este o motivo de Itai trocar sua terra pela terra de Israel e abrigar-se sob o comando de um Deus grandioso? Vira com seus olhos o poder de Deus operando e o pavor que causou nas tropas filistias. E nada melhor do que servir uma terra cujo Deus comanda seu povo.

Nos versículos que antecedem ao texto que serve de base para esta meditação, nos deparamos com a revolta de Absalão, filho do rei, tentando usurpar o trono de seu pai. O medo tomou conta de Davi,  resolvido a fugir de Jerusalém deixando o palácio guardado por suas concubinas. Na fuga, surge Itai com seiscentos soldados apresentando-se para juntar-se ao seu exército, desejoso para entrar em combate. Davi, entretanto, recusa e sugere que volte com seus irmãos, ao que Itai respondeu: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo para viver ou morrer”.

Magnifica declaração de lealdade por um estrangeiro, filisteu que reconheceu Deus como  Senhor  e Davi como seu rei.

Itai traz à minha lembrança todos os que estavam separados de Deus, e nas palavras do apóstolo Paulo, “e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês, mas agora Ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresenta-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.” (Colos. 1:21,22)

Somos livres pela obra majestosa de Jesus que na cruz venceu o inimigo de nossas almas. O diabo foi derrotado, o Golias da terra de Itai, despojado, humilhado e morto. Jesus, o grande vencedor ganhou nosso amor e admiração e na cruz venceu e derrotou Satanás.  Hoje servimos em suas fileiras e saímos da terra inimiga. Fomos reconciliados e recebidos por Ele.

Será que nossa fidelidade é a mesma de Itai? Somos testemunhas de Jesus em qualquer situação, prontos a defendê-lo e declarar que Ele é nosso Senhor, Salvador e Rei? E assim, dizer para Jesus “... onde quer que o Rei, meu Senhor, esteja, ali estará o seu servo, para viver ou para morrer”!           

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

domingo, 13 de setembro de 2020

SOLIDARIEDADE QUE VEM DE DEUS

 

“E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro. E não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico:

Filho, perdoados estão os teus pecados.

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E levantou-se e, tomando o leito, saiu da presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos”

(Marcos 2:3,5,12)

 

Uma palavra bem conhecida nestes dias é “solidariedade”. Em virtude dos estragos causados pela pandemia, onde muitos perderam suas vidas e outros seus ganhos para sobrevivência, pessoas e entidades se unem para ajudar, aquelas com poucos recursos e estas com vultuosas quantidades de valores e gêneros de primeira necessidade. Outras se prontificam ajudar idosos, fazer suas compras, buscar remédios que necessitam, levá-los às consultas médicas, enfim, uma verdadeira corrente do bem tem surgido nestes últimos meses. A solidariedade é sempre bem vista e muito elogiada.

No texto de nossa meditação lemos sobre uma ocasião quando Jesus se encontrava em uma casa em Cafarnaum, e uma multidão a rodeava, sem condições de qualquer um adentrar à mesma. E um paralítico desejoso de ser curado, foi ajudado por quatro pessoas que o levaram até Jesus, abrindo um buraco no telhado.  Cada uma pegou num lado da cama e sem medir esforços, o desceram até os pés de Jesus. Além de ter seus pecados perdoados, foi curado de sua paralisia e saiu andando. Sem a solidariedade das quatro pessoas seria impossível obter a cura de Jesus. Portanto, em todos os sentidos a solidariedade é benéfica não só aos que a praticam como os beneficiados por ela.

Mas há uma outra solidariedade que nos passa muitas vezes despercebida, e é a que vem dos céus ao encontro de homens e mulheres. A Bíblia nos informa que a entrada do pecado trouxe uma pandemia universal e a morte veio para afastar o homem de Deus. Então, a Trindade se uniu para socorrer o ser humano e trazer salvação dessa mortal enfermidade. Deus, o Pai, enviou seu filho ao mundo – aquele que planejou; Jesus, o filho, quem executou dando sua vida na cruz para salvar aqueles que nele creem; e o Espírito Santo para vir morar em caráter permanente dentro de cada um. Bendita e maravilhosa solidariedade, que além de curar o ser humano trouxe vida eterna, nas palavras de Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão”. (João 10:27,28).

Continuemos a aprovar a solidariedade humana, exaltar suas qualidades, mas sabendo que ela é passageira, e abrange uma existência curta frente à eternidade.

A que vem de Deus dura para sempre. Não exige formalidades, cadastros, contas bancárias, e muito menos filas extensas. Ela socorre a todos indistintamente, sem quaisquer esforços. Basta confessar ao Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e pela fé entrar para o grupo dos que foram alcançados pela solidariedade dos céus.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 6 de setembro de 2020

ORAÇÃO TRANSFORMADORA

 

 

 

Eli respondeu: "Vá em paz, e que o Deus de Israel

lhe conceda o que você pediu".
Ela disse: "Espero que sejas benevolente para com tua serva! "

Então ela seguiu seu caminho, comeu,

e seu rosto já não estava mais abatido.
(I Samuel 1:17)

 

“Bendita é sempre a oração, que nos dá paz ao coração, e sobrepuja toda dor, trazendo auxílio do Senhor”, é um hino bem conhecido no meio evangélico, e expressa uma realidade indiscutível de que a oração dá paz ao coração. A vida de Ana nos ensina esta verdade, pois em meio à tanta tristeza, buscou a face do Senhor e expos o seu problema. Quando entrou no tabernáculo seu rosto estava banhado pelas lágrimas, e ao concluir sua oração, seu rosto já não estava abatido.

Quantas vezes, amargurados, buscamos o consolo de Deus em face de problemas que nos afligem, e ao terminar nossa oração saímos de sua presença bem tristes. O pesar permanece, e parece que nem sequer oramos.

Com Ana não foi assim, pois quando terminou sua oração, mesmo sem qualquer vestígio de resposta, saiu com o rosto modificado, e na manhã seguinte ela e seu marido adoraram ao Senhor, depois, seguiram viagem. (I Sam. 1:19)

Seria ideal se em nossas orações imitássemos Ana, deixando a paz transbordar dentro de nós, e aguardar a resposta de Deus. A causa de seu problema já não a perturbava mais, agora tudo estava sob o controle de Deus.

A oração deve transformar nosso rosto e nos revestir de paz, e prostrados aos pés de Cristo, o Deus encarnado, adorá-lo de todo o coração.

A súplica de Ana foi atendida, e no tempo certo deu à luz um filho que ofereceu ao Senhor desde seu nascimento. Depois de desmamá-lo viajou para Siló, e o dedicou ao Senhor: “Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor. (I Sam.1:28)

Muitas vezes a resposta não virá da forma como desejamos, mas nossa oração sempre deverá alegrar nosso coração e nos levar a adorá-lo por sua grandiosidade em ouvir homens e mulheres pecadores, salvos pela obra de Jesus Cristo. 

A oração deve cessar a amargura que levamos a Deus, e ao sairmos de sua presença devemos dar vasão à esperança que alegrará o nosso rosto. Assim escreve o salmista: “De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança.” (Salmos 5:3).

Então, como está seu rosto após sua oração?

Deus permita que esteja alegre e cheio de esperança.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©