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segunda-feira, 26 de julho de 2021

QUAL O TAMANHO DO SEU SOFRIMENTO?

 

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos

a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia,
pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão

produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.
Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê,

mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório,

mas o que não se vê é eterno. (II Coríntios 4:16-18)

 

Quem aprecia o sofrimento? Sem dúvida nenhum de nós, pois nos tira a tranquilidade, nos causa tristeza, e nos deixa prostrados.

O apóstolo Paulo neste capítulo escreve que somos vasos de barro, os quais são tão frágeis que um leve descuido pode transformá-los em cacos. Entretanto, a luz do evangelho brilhou em nosso coração, e foi colocada dentro de nós, verdadeiros vasos de barro. Assim, a força que nos vem procede de Deus e nada existe de extraordinário em nós.

 Portanto, os sofrimentos do apóstolo Paulo, que não foram poucos, são vistos como “leves e momentâneos”. Entretanto, quando lemos o relato descrito em II Coríntios 11:23 e seguintes, ele menciona pelo menos vinte e duas situações de sofrimentos: encarcerado, açoitado cinco vezes, exposto à morte, três vezes golpeado, uma vez apedrejado, três vezes naufragou, uma noite e um dia no mar, perigos nos rios, de assaltantes, compatriotas, gentios, na cidade, no deserto, no mar, falsos irmãos, sem dormir, passando fome e sede, jejum, frio e nudez. Cada uma delas nos deixam perplexos: como uma pessoa pode suportar tanto sofrimento? Mas para Paulo eram leves e momentâneos, pois naquele corpo frágil de barro, residia o poder de Cristo.

Quanta lição para todos nós frente a sofrimentos, quer intensos ou moderados que nos tiram o sossego e que nem sequer podem ser comparados ao do apóstolo, que provavelmente foram suportados desde sua conversão até seu martírio, um período de vinte ou trinta anos aproximadamente.

Por certo o apóstolo Paulo recebeu a coroa da vida, nas palavras de Tiago: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tiago 1:12)

Paulo nos dá a chave para abrir nosso entendimento: seus sofrimentos produziriam uma glória eterna superior a todos eles, e seu olhar que vem pela fé seria dirigido não para seus efeitos, mas para aquilo que é eterno, e que aponta para as bênçãos futuras. Assim, as aflições do presente não podem nos desanimar, tendo em vista a glória em nós a ser revelada.

F.B.Marsh, um comentarista bíblico, assim demonstrou o texto bíblico aqui comentado, como uma pirâmide:

Glória

Peso de glória

Eterno peso de glória

Excelente e eterno peso de glória

Mais excelente e eterno peso de glória

Cada vez mais excelente e eterno peso de glória

 

Que tenhamos a mesma lucidez de Paulo e sua firme convicção em admitir que nossos sofrimentos são leves e momentâneos e que produzem para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.

Que oremos ao Senhor a cada dia para que nossa fé seja fortalecida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©


segunda-feira, 5 de julho de 2021

O SANGUE QUE ME PURIFICA

                 

  
 “sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”


1 Pedro 1:18,19

Há alguns anos circulava um jornal muito lido por suas notícias de crimes hediondos, assustadores. Daí ser conhecido com a seguinte expressão popular “se espremer sai sangue”.

Infelizmente muitos usam este pensamento referindo-se à Bíblia por seus relatos de guerras, mortandades de adultos e crianças, sem contar a morte de inúmeros animais sacrificados. Por certo, Satanás, o inimigo da Palavra de Deus se aproveita de tal pensamento para afastar as pessoas deste maravilhoso livro.

De fato, o sangue corre pelas páginas da Bíblia, desde o primeiro até seu último livro, e aponta para o sangue que foi derramado por Jesus ao morrer na cruz do calvário.

Quando o povo de Israel estava saindo do Egito, Deus instituiu a Páscoa. Aquela seria uma noite especial, pois seria a última na terra da escravidão. Um cordeiro deveria ser morto e seu sangue aspergido na porta de entrada da tenda: “Passem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal” (Êxodo 12:7). E em seguida Deus esclarece tal ordenança: “O sangue será por sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito” (Êxodo 12:13).

O sangue do cordeiro sem defeito tipificava o sangue de Jesus, e deveria ser aspergido nas laterais e vigas superiores. Não na soleira da porta, mas longe dos pés dos que entravam por ela para não ser pisado, pois era o sangue da nova aliança. (Hebreus 10:29). Outro detalhe precioso neste relato é que o sangue deveria ser visto por Deus e por mais ninguém. “Quando eu vir o sangue passarei adiante”. Deus na cruz viu o sangue derramado de seu Filho, e passa adiante, isto é, sem condenação sobre os que creem no seu valor.

Assim, escreve o apóstolo Pedro:” sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, (I Pedro 1:18-20)

Portanto, se espremermos as páginas da Bíblia elas vertem sangue, não de animais, mas do Senhor Jesus, o “Cordeiro que tira o pecado mundo”. E todos os que entram pela porta da salvação aspergida de sangue, passam por baixo dela e são abraçados pelo sangue de suas laterais. O apóstolo João, o discípulo amado pelo “Cordeiro de Deus”, assim escreve: “Se, porém, andamos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I João 1:7). E ainda, o mesmo apóstolo ao escrever seu último livro, quando perguntado por um dos anciãos quem eram as pessoas vestidas de branco, respondeu: “Senhor, tu o sabes”. E ele disse: “Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apoc. 7:14).

Então, que tal se juntar com os que amam e confiam no sangue de Jesus que tem poder para purificar e perdoar pecados? E passe a cantar de todo o coração este hino: “Oh que precioso sangue meu Senhor verteu quando, para resgatar-nos padeceu! Oh que precioso sangue, sangue de Jesus, que por nós foi derramado sobre a cruz! Oh que precioso sangue! Por ele entrarei, sem receio na presença do meu Rei.” (HC 529)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©