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sábado, 28 de dezembro de 2019

MEUS PROJETOS PARA 2020 OU OS PROJETOS DE DEUS?




"Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; 
planos de paz, e não de mal, 
para vos dar um futuro e uma esperança".(Jeremias 29:11)


Logo as luzes deste ano serão apagadas, e um novo ano se aproxima totalmente encoberto aos nossos olhos, cujas portas serão abertas aos poucos, impedindo nossa visão total. É Deus com suas mãos na maçaneta e só ele, mais ninguém, que vai abri-las para todos nós.

Talvez muitos projetos ficaram ao longo do caminho, e não conseguimos realizá-los, e chegamos ao final do ano totalmente frustrados. Pode ter sido uma corrida todos os dias, um curso bastante sugestivo, uma leitura bíblica diária, e assim, uma lista imensa poderíamos fazer, onde quase nada concluímos.

Deus, também, tem projetos para todos nós, e jamais deixou de executá-los. O profeta Jeremias recebeu de Deus uma profecia ao povo de Israel, para o final dos anos de cativeiro, demonstrando seu cuidado que se aplica a todos nós. Havia planos excelentes para eles, e os mesmos são concedidos a cada um de nós.

Os projetos de Deus não ficam pelo caminho ou são esquecidos, pois ele é fiel em executá-los. Estaríamos perdidos se Deus agisse como nós.

Quais são seus projetos? Notem o que Ele mesmo diz:  ”Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança”.(Jer. 29:11)

São planos de paz. Não a paz que tanto falam os governantes, que mal começa e logo acaba, ou que fica somente nas intenções. A paz de Deus é possível porque Ele enviou seu filho, o Príncipe da paz, que caminhou entre nós e declarou: “ Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se turbem os seus corações, nem tenham medo” (João 14:27).

Planos onde o mal não existe, pois Deus nos ama. E seu amado filho é a prova do seu amor para com todos, pois por amor morreu na cruz e apagou todos os nossos pecados.

Planos que nos garantem um futuro. Jesus prometeu preparar moradas no céu, e um dia buscar aqueles que o confessaram e creram nele como Senhor e Salvador. E esse projeto será cumprido, pois Ele é fiel.

Planos que nos transmitem esperança. Nada de tristeza, de desânimo, pois nossa fé está depositada num Deus de esperança. O apóstolo Paulo ao escrever sua carta aos cristãos romanos, assim se expressa: “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo” (Rom. 15:13)

Então, temos ou não temos razões para enfrentar o novo ano, confiando nesse Deus que tem planos perfeitos para todos os que o amam?  Nossos planos e projetos são fadados ao abandono e esquecimento, mas os planos de Deus são perfeitos e visam o nosso bem estar.

Que tal buscarmos agora mesmo a face de Deus, pois é ele quem nos aconselha: “Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei” (Jer. 29:12). E ainda nos garante: “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”(Jer. 29:13)

Só assim nosso ano novo será abençoado e feliz.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 21 de dezembro de 2019

O VERDADEIRO NATAL


 
 Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo.
Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria,
que são para todo o povo:
Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador,
que é Cristo o Senhor” (Lucas 2:10,11)

Natal é tempo de alegria. Mas que tipo de alegria? É euforia pelas festas, pela reunião com amigos festejando, pelo recebimento de presentes, pelo Papai Noel ou pelas comidas especiais?

Quando lemos sobre o nascimento de Jesus, descobrimos uma alegria totalmente diferente. A alegria do anjo escolhido para transmitir aos pastores  “novas de grande alegria”, dirigidas a todo o povo. Tratava-se do nascimento de um menino descrito como: Salvador, Cristo, Senhor.

Em seguida, com a mesma alegria, “de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (Lucas 2:14)

Ante a majestosa contemplação, os pastores não perderam tempo e encontraram o menino deitado na manjedoura, e os que ouviram a história da anunciação contada por eles, ficaram admirados. A alegria dos pastores foi tão grande que passaram a glorificar e louvar a Deus pela notícia abençoadora. (Lucas 2:20).

Assim, esta deveria ser a alegria do natal, mas lamentavelmente não é a mesma do anjo, da milícia celestial e dos pastores. Há muito se perdeu o verdadeiro sentido do natal, e o Cristo, Senhor e Salvador, relegado a um plano inferior. O Papai Noel e sua história ganha destaque entre as famílias, e muitas crianças se alegram com ele, e desconhecem o verdadeiro natal.

O Natal de Jesus Cristo deve ser comemorado com muita alegria, pois Ele veio para ser o Salvador, Cristo e Senhor. Não há nada de errado nas comemorações, desde que sejam voltadas para o verdadeiro sentido do Natal, pois Jesus veio para morrer e dar a sua vida na cruz, para tornar-se o Salvador de todos os que creem. E aí reside toda a nossa alegria.

Que este Natal seja diferente de todos os que já passaram, e que a alegria seja contagiante em todos os corações. Jesus nasceu!

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 14 de dezembro de 2019

MILAGRE? SORTE? COINCIDÊNCIA?




“Coragem.! Sou eu! Não tenham medo” (Marcos 6: 45-52)

A multiplicação dos pães e peixes foi um milagre extraordinário, e, entre tantos outros, vem provar o poder do Senhor Jesus. Os discípulos, presentes neste dia, apenas apresentaram suas desculpas, sugerindo que para alimentar a multidão deveriam gastar muito dinheiro. A solução que encontraram era despachar o povo  para que comprassem alimentos nos campos e povoados vizinhos. E Jesus, mostrando compaixão, realizou o milagre, e com cinco pães e dois peixes alimentou a multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e ainda sobraram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.

O evangelista Marcos relata que em seguida os discípulos foram para Betsaida, pelo mar, e Jesus permaneceu despedindo a multidão, e mais tarde subiu ao monte para orar. Ao descer, vendo a dificuldade dos discípulos em remar devido aos ventos contrários, foi ao encontro deles andando sobre as águas.   Pensaram que fosse um fantasma, ficaram aterrorizados e gritaram.  E Jesus lhes disse: “Coragem, sou eu, não tenham medo”. E o vento se acalmou.

Devemos notar que são relatados três milagres extraordinários: a multiplicação dos pães, Jesus andando sobre as águas e a calmaria dos ventos. E Jesus bem observou: não entenderam o milagre dos pães e seus corações estavam endurecidos.

O milagre dos pães seria a chave para os discípulos entenderem que não era um fantasma andando sobre as águas, mas sim, aquele que alimentou mais de cinco mil pessoas, com a pequena provisão. O Deus manifesto em carne entre eles.

Quantas vezes incorremos no mesmo erro dos discípulos. Somos abençoados com milagres todos os dias, ora nos afazeres domésticos, ora no trânsito, no trabalho, na escola ou na faculdade, e não descobrimos a presença de Jesus.  Daí, como eles, temos nossos corações endurecidos.

Que possamos nos apropriar das lições deixadas por Jesus, e aprender com os erros dos discípulos. Esqueceram-se do milagre dos pães  rapidamente, e que em outra ocasião acalmou a tempestade, e agora, andando sobre as águas.

Que não tenhamos corações endurecidos, mas, sim, receptivos para atribuir ao nosso Salvador todos os milagres. Não são meras coincidências ou sorte, mas  sim, manifestações reais do poder e do amor de Jesus.  

Que nossa oração seja igual ao pedido feito pelo pai do menino possesso, curado por Jesus: “Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade” (Marcos 9:22-24)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

JESUS É SEU PASTOR?


  O Senhor é o meu pastor;
                                                                de nada terei falta (Salmos 23:1)

Este é um salmo bem conhecido, aberto em muitas Bíblias e exposto nos mais diversos lugares. Serve mais como um talismã e não reflete ao seu possuidor um conhecimento real ou fruto da própria experiência.  Chega perto do salmo 91, também exposto, e com o mesmo objetivo.

O autor desta joia preciosa da literatura bíblica, Davi, que foi um pastor de ovelhas, conhecia bem o serviço de um pastor: ele governa, guia, alimenta e protege; as ovelhas o seguem, o obedecem, o amam e confiam nele.  

Não sabemos qual sua idade ao escrevê-lo. É bem provável que seja fruto de seus anos avançados, onde sob as lembranças dos pastos verdejantes e das águas tranquilas, pastoreava, ainda moço, as ovelhas de seu pai.

Davi, neste salmo, pensa em Deus, que é o seu Pastor. Ao longo dos anos desfrutou seus cuidados, muitas vezes foi liberto das garras do inimigo, e permitiu que seu Pastor o conduzisse às águas tranquilas, depois de noites tenebrosas. E com o coração transbordando de alegria, declara: “e nada me 
faltará”.

Seria maravilhoso que todos os que conhecem este salmo  conhecessem o Bom Pastor, que é Jesus Cristo. Ele mesmo afirmou quando aqui esteve: “Eu sou o Bom Pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10:14,15).

A experiência de Davi pode ser a mesma de todos nós: desfrutar dos cuidados do bom Pastor, crer que Ele supre todas as nossas necessidades, e não duvidar nunca do seu amor, e que sua morte na cruz nos garante a vida eterna.

Só assim podemos dizer: “Nada me faltará”. Pois ele vai segurar firme nossa mão, e sem medo atravessar conosco os vales sombrios e os rios profundos, e estancar nossas lágrimas de aflição.

O escritor da carta aos Hebreus dá brilho a esta vibrante realidade: “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das Ovelhas” (Hebreus 13:20)

Não basta deixar sua Bíblia aberta no Salmo 23. Guarde-o em seu coração, e seja você mesmo um livro aberto onde muitos possam ler em você o Salmo 23, e conhecer o Bom Pastor.

Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©

                                                                            

sábado, 30 de novembro de 2019

UM AMOR INSEPARÁVEL



                                                            “Quem nos separará do amor de Cristo?”
                                                                                                                (Rom.8:33-39)
Estamos vivendo uma época onde as acusações nos órgãos governamentais se multiplicam a cada dia. Pessoas são detidas e seus atos são devidamente examinados. Um grande constrangimento se acerca delas, que muitas cobrem seus rostos para não serem reconhecidas. Muitos se sentem envergonhados das autoridades humanas, do público, mas não têm vergonha perante Deus.


Quando medito neste texto penso em outro tipo de acusação, no plano espiritual. Deus vai julgar todos os que vivem no pecado, conforme o apóstolo Pedro escreve em sua carta para a comunidade cristã naqueles dias: “No passado vocês já gastaram tempo suficiente fazendo o que agrada aos pagãos. Naquele tempo vocês viviam em libertinagem na sensualidade, nas bebedeiras, orgias e farras, e na idolatria repugnante. Eles acham estranho que vocês não se lancem com eles na mesma torrente de imoralidade, e por isso os insultam. Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos” (I Pedro 4:3-5)

Mas há um grupo abençoado que não se enquadra nesta terrível descrição, pois já procuraram a presença de Deus, confessaram os seus pecados, reconheceram que a morte de Cristo os apagou para sempre, mudaram de vida, e não estão sujeitos ao julgamento divino. E o apóstolo Paulo nos conforta com sua exposição magnifica em sua carta aos crentes de Roma: “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. (Rom.8:33). Que desafio maravilhoso para o inimigo dos salvos! “Quem os condenará”? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus e também intercede por nós. E o apóstolo conclui com palavras de ânimo: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Nenhuma das dificuldades expostas é capaz de nos soltar das mãos de Cristo que nos seguram: “Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada”? E ele conclui: “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.  (Rom.8:33-39)

Por último, não pesa mais sobre os salvos qualquer condenação, pois na cruz Cristo saldou a nossa dívida, pois Ele levou nossos pecados sobre si. E sua vitória garante a nossa vitória: “Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.

Então,  corra com urgência e se lance aos pés de Cristo, pois só assim desaparece o temor de qualquer condenação. E uma vez amado por Cristo, para sempre amado. Quem poderá nos separar desse amor? Ninguém.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O APAGADOR DE DEUS



“Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor:
por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões.
Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado.
Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões,
e o meu pecado sempre me persegue”. (Salmos 51:1-3)

Quando lemos este salmo do rei Davi, logo vem à mente: em que condições foi escrito? Talvez com o rosto banhado em lágrimas ou expressão caída como falamos, pois vem à sua lembrança a tragédia em que foi envolvido. Seu pecado foi grande demais segundo sua avaliação. Pecou contra Deus e feriu muitos à sua volta. Matou um homem leal para encobrir seu adultério, e seu povo, por certo, ficou deveras decepcionado.

Davi clama a Deus e pede sua misericórdia, pois sabe que é amado por Ele. Ao mesmo tempo apela por sua grande compaixão, e pede que suas transgressões sejam apagadas.

Quando apagamos algo que foi escrito numa lousa, a sombra sempre permanece. O mesmo se dá ao usarmos uma borracha. Quando usamos o computador, se algo que escrevemos se apagar, basta acionar uma tecla que traz novamente a palavra ou o texto. Nada se perde.

Louvado seja Deus, pois seu apagador é inigualável. Quando Ele faz uso dele, nenhum resquício do que foi escrito contra nós pode ser lido. Não há quem possa ler. O profeta Isaias em seu livro, assim afirma: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.”. Isaias 43:25) .E o profeta Miquéias acrescenta: “Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar”. Miqueias 7:19)

O apagador de Deus entra em função tão somente quando reconhecemos o nosso pecado. Foi assim com Davi: “Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue”. (Salmos 51:1-3). O apóstolo João também escreve em sua primeira carta: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:8).

Davi tinha plena certeza de que seu pecado não mais o perseguiria. Que tranquilidade para o seu coração ferido de tanta tristeza. Aliviado de tamanho peso, podia seguir confiante no seu Deus, mergulhado em sua mais profunda misericórdia.

E o mesmo pode acontecer, ainda hoje, quando o nosso pecado nos esmagar e tirar completamente a nossa paz. Busquemos o apagador de Deus, confessemos os nossos pecados, e Ele fará o mesmo que fez com Davi. Ele foi totalmente purificado, a alegria voltou novamente, e ele se sentia tão leve na presença de Deus.

A morte de Jesus na cruz, onde o seu sangue foi derramado, nos dá plena garantia da funcionalidade do apagador de Deus: “E o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo o pecado” (I João 1:7).

Então, como está seu coração na presença de Deus: amargurado, sufocado de tanto chorar, seu pecado é verdadeira opressão? Que tal buscar os recursos de Deus, confessar a sua transgressão, e Ele apagará para sempre seus pecados, e a alegria da salvação será perene em sua vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 16 de novembro de 2019

CRISTO, A ROCHA INSUPERÁVEL



Põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu”
(Salmo 61:2)


Este é mais um salmo de Davi. Tanto a letra como a música é de sua autoria. Portanto, o compôs e cantou com instrumento de cordas que tanto amava. É interessante notar que o salmo em si é uma oração muito pessoal, e que serve como incentivo às nossas orações em tempos de tristeza.

Quantas vezes as circunstâncias amargas desta vida nos atingem, e não conseguimos estancar nossas lágrimas. Uma doença que nos surpreende, um litígio conjugal, uma demissão inesperada, e o mais triste, a morte de quem tanto amamos. Quantos buscam consolo em um ombro amigo, nas práticas religiosas, nas mais diversas crendices, ou na ajuda de remédios, e enfim, nos mais diversos caminhos  muitas vezes  ineficazes.

O salmista nos dá todos os meios para vencermos tais circunstâncias, pois deseja procurar a Deus através de sua oração. Ele sabe que Deus ouve seu clamor e o atende prontamente. Em outro salmo de sua autoria, escreve: “O Senhor está perto dos que tem o coração quebrantado e salva os de espírito abatido” (Salmo 34:8). O salmista confia sem reservas nos braços poderosos de seu Deus - “leva-me para a rocha que é mais alta do que eu”-. Há urgente necessidade de sentirmos nossa pequenez diante da grandiosidade de Deus.

Quando lemos sobre rocha nas Escrituras, somos levados a pensar no Senhor Jesus, que é a rocha da nossa fé. Nele há plena segurança para todos os momentos, até nas crises mais profundas. Pela fé nele precisamos descansar e permitir que nos leve bem seguros.  Devemos orar para que Deus aumente nossa fé, e nos revele o Senhor Jesus, que tem poder para nos levantar,  fazer aquilo que não podemos e nos sustentar sobre seus ombros.

Que tal buscar e confiar em Jesus, “pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará” (Salmo 27:5) E lá na frente “cantaremos louvores perpetuamente”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 9 de novembro de 2019

POR QUE A CRUZ DO MEIO?




“Ali o crucificaram, e com ele dois outros,
um de cada lado de Jesus” (João 19:18).

O tema da crucificação é um assunto inesgotável. Inúmeros e infindáveis comentários foram escritos, tais como livros, poesias, encenações, sem contar as mensagens proferidas nos púlpitos das igrejas. Como bem escreveu o apóstolo João em seu evangelho, “Jesus fez muitas outras coisas. Se cada uma delas fosse escrita, penso que nem mesmo no mundo inteiro haveria espaço suficiente para os livros que seriam escritos” (João 21:25).  O mesmo se aplica ao tema da crucificação, tão relevante e extraordinário, que a partir do “bom ladrão”, como ele, milhões creram na morte expiatória de Jesus ao longo dos anos e encontraram perdão.

Entretanto, surge a pergunta: por que Jesus foi crucificado entre dois malfeitores?  Os evangelhos relatam que foi assim: “Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus” (João 19:18). A morte por crucificação se transformava num grande espetáculo de horror, e sempre ocorria em lugares onde muitos passavam. Assim foi com Jesus, no alto do monte chamado “Calvário”, que traduzido é “Caveira”, devido ao seu formato. Lá a multidão passava e seus olhares se voltavam para a cruz do meio, sem muita preocupação com os outros dois.

 Entre os dois malfeitores, Jesus estava no meio, bem próximo a cada um, ouvindo suas blasfêmias e seus insultos, que ao mesmo tempo ouviam a oração de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).

Através dos anos Jesus tem estado no meio, sempre pronto para ouvir o clamor de cada um. Sua crucificação no meio sempre vai nos demonstrar sua acessibilidade com seus braços abertos e sua disposição em perdoar. Os dois malfeitores tiveram a mesma oportunidade. Um recusou e morreu em seus pecados, sem confessar a Cristo como seu Salvador; o outro reconheceu sua culpa e teve a convicção de que ao seu lado se encontrava  seu Salvador, sua única esperança, e a certeza de ir morar com ele no seu reino. Suas últimas palavras foram: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”.  (Lucas 23:42)

Hoje cada um está na mesma posição de escolha. Ou aceitam  sua oferta de perdão ou 
recusam ; ou atendem  seu convite ou viram  suas  costas.

Se as autoridades quiseram dar todo destaque ao Senhor Jesus como um criminoso, expondo-o ao escárnio público na cruz central, hoje entendemos como a mais preciosa lição de que Jesus estará sempre no centro da vida daqueles que nele confiam, e ouvem sua doce voz de perdão. Seus braços permanecem estendidos, prontos para abraçar o mais miserável dos pecadores.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A SOMBRA QUE PRECISAMOS



“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: 
De onde me vem o socorro? 
O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”
(Salmo 121:1-2)
 
Quem não deseja um socorro eficiente nas horas difíceis, diante de um acidente ou de uma enfermidade? E aí reside toda nossa esperança. Quantas vezes presenciamos helicópteros resgatando acidentados, pois a urgência é determinante para a preservação daquela vida.

Assim se dava com o salmista diante de momentos temerosos em sua vida. Como um acidentado na alma, buscava socorro, e diz no seu íntimo: “De onde me vem o socorro”? E ele mesmo responde olhando para os montes, para cima: “Meu socorro vem do Senhor”. Não vinha do seu exército, de sua fama, não vinha do céu, mas vinha do Senhor, e ele o identifica: “Que fez os céus e a terra”. Seu poder é tremendo e seu socorro não falha.  Assim escreve o profeta Isaias: “Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer! (Isaías 40:26)  

Além de ser todo poderoso, quando perdemos o equilíbrio em nosso andar, ele nos abraça e não nos deixa cair. Sua presença é permanente, pois ele se manterá alerta e jamais dorme.

Como somos confrontados com este precioso salmo, pois em nossas aflições deixamos de olhar para cima, e buscamos socorro ao nosso redor, ou nas pessoas que confiamos, e esgotamos todos os nossos recursos.

Portanto, quando o sol das provações nos queimar, busquemos seu socorro, pois Ele é a sombra que nos refresca, e é aquele que nos guarda de todo o mal, hoje e sempre.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 25 de outubro de 2019


CRISTO, A NUVEM QUE NOS COBRE


Então Ele estendeu uma nuvem para lhes dar sombra
 como um toldo, e um clarão de fogo para iluminar a noite.
Pediram, e Ele mandou codornizes,
e os saciou com pão do céu.  (Salmo 105:39,40)

A longa caminhada do povo de Israel pelo deserto é repleta de instruções, e serve para nos animar em dias difíceis. Por longos quarenta anos provaram as misericórdias de Deus, apesar de tantas queixas, revoltas e desânimos. Rapidamente se esqueciam das vitórias, dos milagres realizados pelas mãos de Moisés, e quando sentiam a pesada mão de Deus, se arrependiam e suplicavam sua intercessão  a Deus.

Davi, por certo o autor deste salmo, compôs os primeiros quinze versículos para serem cantados pelo povo, quando transportava a arca do Senhor. Assim lemos: “Foi naquele dia que pela primeira vez Davi encarregou Asafe e seus parentes, de louvar ao Senhor com salmos de gratidão: Deem graças ao Senhor, clamem pelo seu nome, divulguem entre as nações o que ele tem feito”(I Cron.16:7-9)

Apesar de recebermos bênçãos a cada dia, esquecemo-nos delas rapidamente. Como somos semelhantes aos israelitas, pois em nossa marcha por este mundo, somos atacados pelo desânimo e uma multidão de queixas. Basta o “sol” mais forte das provações, nos tornamos pessoas ingratas, insatisfeitas, apesar de desfrutarmos os cuidados de Deus.

No texto desta meditação descobrimos a ternura de Deus para com eles: “Ele estendeu uma nuvem como um toldo para lhes dar sombra”. Esta era a providência de Deus: guiar seu povo durante o dia. Uma nuvem escura para impedir o calor do sol. Quantas vezes a nuvem está sobre nós e nem sentimos. É Deus aliviando o calor das provações e nos levando pelo melhor caminho.

Chegando a noite, quando nos sentimos sós, e o medo bate à nossa porta, Deus manda uma nuvem brilhante para clarear o nosso caminho. É sua luz brilhando na noite escura. É sua luz mostrando sua Palavra onde encontramos alento e consolo para nossas vidas. Assim ele fez com o povo de Israel na marcha pelo deserto.

Precisamos abrir bem os nossos olhos, pois Deus é um Deus que não só nos protege sob o sol, ou em meio a escuridão, mas sacia nossa fome. O povo pediu carne e ele enviou codornizes suficientes para alimentar a todos. E saciou-os com pão do céu. Deus sempre dá mais do que pedimos ou pensamos. O apóstolo Paulo esclarece bem esta bondade de Deus: “Aquele que é poderoso de realizar infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou imaginamos, de acordo com o seu poder que age em nós”(Efes.3:20)

Deus é um Deus que dá. Ele foi infinitamente bondoso em dar seu único filho que veio a este mundo para nos salvar. E o apóstolo João é usado para mostrar o coração de Deus, ao escrever: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).

Por último, lancemos aos pés de Jesus todo o nosso medo, pois na noite tenebrosa ele é a nuvem que nos cobre como um toldo, e nos ilumina, e é o pão que desceu do céu e sacia nossa alma.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de outubro de 2019

POR QUE JESUS CHOROU?




E quando chegou perto e viu a cidade, 
chorou sobre ela, dizendo: 
Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, 
o que te poderia trazer a paz! mas agora isso 
está encoberto aos teus olhos. 
Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos 
te cercarão de trincheiras, 
e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados,
(Lucas 19:41-43)

Muito se fala que Jesus nunca sorriu, dando a entender que se tratava de pessoa triste. Quando nos lembramos da ocasião em que abençoou as criancinhas, tomando-as em seus braços, cremos que sorriu, pois seria impossível tal gesto com semblante carregado. Impossível não retribuir o sorriso recebido de uma criança. Portanto,  Jesus jamais foi uma pessoa triste, pois como Deus entre os homens, não conheceu o pecado, fonte de tristeza e dor.

Entretanto, se não está escrito que Jesus sorriu, duas vezes lemos que chorou. A primeira, quando chegou a Jerusalém e profetizou sua destruição, como resultado de sua rejeição. Contemplando a cidade de Jerusalém, conhecida como a cidade da paz, chorou diante dela porque rejeitou o Príncipe da Paz. Lá sua presença não foi bem vinda, onde sofreu a morte de cruz. E sentindo tamanha rejeição profetizou sua destruição, o que aconteceu cerca de quarenta anos depois.

A segunda, diante da sepultura de Lazaro, onde contemplou o resultado da tragédia provocada pelo pecado. E para demonstrar seu poder sobre a morte, ressuscitou seu amigo Lázaro.

Hoje, Jesus se alegra por pessoas que nele confiam e que o abraçam como seu único Senhor e Salvador de suas vidas. Entretanto, se entristece pelos que viram suas costas, e não entregam suas vidas para serem transformadas, para  desfrutarem da “ressurreição” para   vida eterna.

Que possamos viver vidas transformadas e que alegrem o coração de Jesus, para que Ele não venha a entristecer-se pela condenação daqueles que o rejeitam.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

sábado, 12 de outubro de 2019

VOCÊ TEM JURADO?


 “Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma:
nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
nem pela terra, porque é o estrado de seus pés”. (Mat.5:34)


Tornou-se bastante comum, em nossos dias, pessoas que juram por Deus ao afirmarem algo. É tão corriqueira tal expressão, que para muitos se tornou um vício. Desconhecem a proibição de Jesus ensinada no monte das Bem Aventuranças: “Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo” (Mat.5:34-36) E em seguida Jesus continua: “Seja o seu sim, sim e o seu não, não: o que passar disso vem do maligno”(Mat.5:37). Tiago, em sua carta, aborda este assunto, escrevendo: “Sobretudo, meus irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em tentação”. (Tiago 5:12)

Pior, ainda, quando ouvimos pessoas conhecedoras das Sagradas Escrituras pronunciarem juramentos. Querem dar conotação de veracidade do que falam, e invocam o nome de Deus em seus juramentos. Como filhos de Deus, nos tornamos homens e mulheres que passaram a falar a verdade e deixaram a mentira. ”Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.” (Efes.4:25).

Devemos ser conhecidos e distinguidos pelo nosso falar. E aqueles que nos ouvem devem estar certos de que somos novas criaturas. Nosso “sim” deve ser sim, pois toda a argumentação que passa destes limites, pode se transformar em assertivas mentirosas, onde o inimigo se aproveita desejoso de manchar nosso testemunho.

Que as Escrituras sejam mais e mais apreciadas em nossas vidas, e que não permitamos que nossas bocas invoquem o precioso nome de nosso Deus em juramentos, para que sejamos acreditados. O nosso falar deve refletir Cristo em nossas vidas. Basta nossa palavra sem quaisquer juramentos.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz


domingo, 6 de outubro de 2019

QUAIS SÃO SEUS LUCROS ESPIRITUAIS?



“Mas o que era para mim lucro,
passei a considerar perda por causa de Cristo” (Filipenses 3-1 a 9)

Este testemunho do apóstolo Paulo aos cristãos de Filipos, apontando para sua vida pessoal,  consiste em uma das páginas mais sublimes das Escrituras Sagradas. Aproximadamente trinta anos são passados desde que ficou prostrado na estrada de Damasco, quando descobriu o Senhor Jesus Cristo, o qual tornou-se seu Senhor. E foi mergulhado nesta experiência, sob a luz que excedia o esplendor do sol, que passou a ser contador espiritual. E assim temos seu balanço demonstrado.

Em todo o balanço obrigatoriamente deve conter duas contas para seu equilíbrio. De um lado os lucros adquiridos no exercício e do outro as saídas, como despesas, pagamentos, etc. Assim foi a vida do apóstolo. As perdas que foram ocasionadas pelo encontro com Cristo, resultando em sua salvação, foram enormes, mas ele as considerou como refugo, esterco,  ou lixo por amor a Cristo .” Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo”.

Paulo relaciona suas perdas: circuncidado ao oitavo dia; israelita legítimo; pertencente à tribo de Benjamim; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Como qualquer israelita poderia orgulhar-se de todas essas “qualidades”, tornar-se um mestre erudito e alcançar bons rendimentos. Entretanto, os lucros compensaram: “ganhou a suprema grandeza do conhecimento de Cristo o qual tornou-se seu Senhor” (Filip.3:8,9)

E no balanço de nossa conversão como estão as contas? Entre lucros e perdas quais foram os resultados? O que perdemos no dia de nossa conversão a Cristo? Ou não houve perdas? Vivemos dias onde as pessoas mudam de religião, mas não conhecem o poder salvador de Jesus. Continuam com seus costumes e vícios, e não abrem mão de tudo o que ocupa o lugar de Cristo. O apóstolo não titubeou, e quando levantou-se literalmente da estrada de Damasco, todo arcabouço que trazia consigo foi deixado lá, e viu que nada valia, era refugo, puro esterco.

E você que já recebeu a Cristo como seu Salvador, o que perdeu? Amigos, parentes queridos, uma boa posição em seu local de trabalho, perseguições, atentados físicos, insultos, ou nada perdeu? A promessa de Jesus é deveras preciosa: “E todos os que tiverem deixado casas, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna”. (Mat.19:29)

Que no seu balanço espiritual os bens reputados como "tesouros" sejam estercos, e que os lucros apurados sejam  incalculáveis, levando-o  a conhecer o poder de Cristo a cada dia em sua vida.

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

MEUS PASSOS OU OS PASSOS DE DEUS




Respondeu-lhe Jacó: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros,
e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forem obrigadas a caminhar demais por um só dia, todo o rebanho morrerá. Passe o meu senhor adiante de seu servo; e eu seguirei, conduzindo-os calmamente, conforme o passo do gado que está diante de mim, e conforme o passo dos meninos, até que chegue a meu senhor em Seir. Ao que disse Esaú: Permite ao menos que eu deixe contigo alguns da minha gente. Replicou Jacó: Para que? Basta que eu ache graça aos olhos de meu senhor. (Gen. 33:13-15)

O relato bíblico do encontro dos irmãos Jacó e Esaú é deveras emocionante e repleto de lições maravilhosas.

As marcas que ficaram no coração desses irmãos foram profundas: Esaú sendo enganado e Jacó, o irmão espertalhão. Aquele perdendo o direto à primogenitura e este ganhando-a de forma indevida. E ambos seguiram o seu caminho e pelo espaço de mais de vinte anos não se encontraram.

São bem conhecidas as peripécias de Jacó neste tempo todo, com seu trabalho na casa de Labão seu sogro. E para conseguir Raquel como esposa houve uma prestação de serviços por sete anos que ao final fora enganado por Labão, dando-lhe a filha Lia. Outros sete anos de trabalhos prestou para ter sua amada Raquel.

Agora, por ordem divina, regressa para ter um encontro com seus familiares, e logicamente com seu irmão Esaú, e no texto de nossa meditação revela ter um coração totalmente transformado. A luta no vale que resultou no toque de Deus sobre sua coxa, agora abre seus olhos e passa a viver na dependência de Deus.

Em seu regresso, quer reduzir seus passos – passos largos e apressados no passado – para levar seu gado e seus filhos até seu irmão. Daí suas palavras: “Meu senhor (Esaú) sabe que as crianças são frágeis e que estão sob meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo e eu sigo atrás devagar no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu cheque ao meu senhor em Seir”. (Gen.33:13,14).

A preocupação de Jacó com o gado e as crianças, embora pareça não ser verdadeira, me leva a pensar no cuidado de Deus que é sempre verdadeiro  para com seus filhos. Não podemos caminhar apressados na frente de Deus, com nossos problemas tão urgentes. Por certo não aguentaríamos, e a queda seria fatal. Deus quer nos mostrar sua graça, reduzindo seus passos e caminhando conosco. Sem o toque de Deus nos nossos corações é impossível andarmos passo a passo com Ele.

A graça de Deus que socorreu Jacó em seus momentos de rebeldia é a mesma que vem sobre nós.

Embora referindo-se  a Israel, Ele promete em sua Palavra: “Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita e lhe diz: Não tema, eu o ajudarei” (Isaias 41:13)

A calma travessia de Jacó pelos campos até encontrar-se com seu irmão foi bem sucedida, sem qualquer prejuízo ou tristezas pelo caminho. Embora Esaú preocupado com sua segurança, ofereceu  seus homens para guarda-lo, ao que  Jacó respondeu: “Para que? Basta que eu ache graça aos olhos do meu Senhor” (Gen. 33:15).

Que tal reduzirmos nossos passos e alinharmo-nos com os passos de Deus, pois pela obra de Cristo na cruz do Calvário, foi-nos outorgada esta graça maravilhosa. Andemos nos passos de Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

QUEM OCUPA SEU CORAÇÃO?



E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido
desde a minha adolescência".
Jesus olhou para ele e o amou.
"Falta-lhe uma coisa", disse ele.
"Vá, venda tudo o que você possui e dê
o dinheiro aos pobres, e você terá
um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me".

O Novo Testamento registra vários encontros de Jesus com  pessoas, onde muitas delas saíram curadas de suas doenças, e outras recebendo paz, curadas da alma. Em nenhum desses relatos lemos que saíram entristecidas. Zaqueu, por exemplo, foi um dos que recebeu a Jesus com alegria. (Lucas 19:7).  

Entretanto, das muitas pessoas abençoadas por Jesus, pouco sabemos o que aconteceu depois com elas, mas deduzimos que a alegria foi uma constante em suas vidas.

O homem que procurou a Jesus, conhecido nos evangelhos como um jovem, ou um príncipe, ou um homem importante, e muito rico, estava preocupado com sua existência após a morte, e desejava saber o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Ao ouvir a resposta de Jesus saiu triste de sua presença, pois no seu coração já existia um deus que dominava sua vida. Era o deus de suas riquezas. 

Havia abundância de bens em sua casa, mas miséria na sua alma. Daí o fato de sair entristecido, frustrado com o que Jesus lhe falou.

O evangelho de Marcos relata que Jesus o amou. “E Jesus, olhando para ele, o amou” (Marcos 10:21). Jesus leu o drama de sua alma, pois somente ele conhece todos os cantinhos do coração. E o do jovem, outro senhor o ocupava.

E Jesus, então, disse aos seus discípulos: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus” Difícil, mas não impossível, pois para Deus tudo é possível. (Mat. 19:26)

Ao longo da história muitos ricos foram salvos porque confessaram seus pecados, e receberam a Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas. Não ficaram na miséria, mas seus recursos foram utilizados em favor de muitos.

O coração do moço rico permaneceu lacrado, e abatido e triste se afastou de Jesus. As muralhas de suas riquezas não foram derrubadas, e ele entrou para o cenário bíblico como uma das pessoas que se retiraram entristecidas da presença de Jesus.

 E você, que lê este texto, já abriu seu coração para Jesus?  Ou ele permanece fechado para abrigar “riquezas”, e Jesus não pode entrar? 

O amor que Cristo sentiu pelo moço rico é o mesmo ainda hoje. É imutável. Convide-o para entrar e fazer sua morada, e só assim a alegria de Cristo em você será para sempre.  

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

AINDA NÃO CRÊ NO PODER DE JESUS?



“Quando Simão Pedro viu isso,
prostrou-se aos pés de Jesus e disse:
“Afasta-te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador”
(Lucas 5: 4-11)

Quem não se sente maravilhado ao ler o relato desta pesca bastante conhecida por aqueles que amam a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada? Por certo você é uma delas. E assim, com a ajuda de nosso Deus desejo extrair algumas verdades que foram úteis para mim, e vou repassá-las para todos, a fim de que sejam abençoados como eu.

Em todos os pormenores deste milagre vemos a grandeza de Jesus, que sem quaisquer conhecimentos humanos sobre pescaria, conhecia as águas profundadas do mar, pois foi ele quem as criou.

Neste dia Jesus chegou bem cedo e começou a pregar usando o barco de Simão de onde passou a ministrar a multidão. Ao terminar, pediu-lhe que lançasse sua rede em águas profundas. E sua resposta foi: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada”.

Quanta frustração e cansaço há na sua voz. Uma noite infrutífera, pois sem a presença de Jesus, no mar bravio, com suas ondas agitadas, impossível qualquer sucesso.

Em seguida, entretanto, emendou sua resposta: “Mas porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. Que palavras repletas de sabedoria, pois sabia quem era Jesus. Era seu Deus, aquele que tinha as palavras de vida eterna, pois em outra ocasião respondeu a Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus”. João 6:68,69).

Quantas vezes em nossas tentativas frustradas deixamos de crer nas palavras de Jesus. “Remamos” uma noite inteira na escuridão da nossa alma e só pescamos dor e tristezas. Precisamos agir como Pedro: “vou lançar as redes”. Não expôs seus conhecimentos de pescaria, o que provavelmente fazia desde seus primeiros dias. E o sucesso foi surpreendente.

Quantos hoje estão expondo seus conhecimentos, sua religiosidade e suas  táticas,   para saírem de crises, mas nada conseguem. Deixam de crer naquilo que Jesus conhece profundamente: o coração do homem, de onde procedem todos os males.

Por fim, a perplexidade. “Pois ele (Pedro) e seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito, como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão”.

Então, que tal ficarmos também perplexos com os resultados do socorro de Jesus, e obedecer as suas instruções que só produzem fartura e bênçãos? 

Que tal agora lançarmo-nos aos seus pés e reconhecer que somos pecadores?

 Só assim, teremos uma pescaria abençoada.

“Sobre tua palavra lançarei as redes”

Que assim seja

Orlando Arraz Maz