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sábado, 23 de maio de 2020

O DIA QUE A PRAGA CESSOU



 

“E a praga cessou no meio de Israel”


II Samuel 24:25

 
Ao longo destes dez anos, aproximadamente, temos meditado em muitos salmos do rei Davi e extraído lições abençoadoras. Sua vida é pontuada de altos e baixos, mas nunca deixou de ser um homem humilde ao reconhecer suas falhas. Sempre buscou a face do Senhor confessando sua culpa e alcançando bendita misericórdia.
Gostaria de considerar no dia quando o orgulho subiu à cabeça do rei Davi, querendo saber a quantidade do povo que estava sob seu governo, e sem titubear, ordenou ao seu comandante Joabe que fizesse a contagem, o que foi por ele alertado que não o fizesse, pois Deus não se agradaria. Mesmo assim, seguiu avante, o que resultou na reprovação de Deus enviando uma praga sobre seu povo.

O censo levou cerca de nove meses e vinte dias, por certo, tempo assas suficiente para Davi perceber o grau do erro cometido. Quem sabe recordou as inúmeras vezes que ganhou suas guerras, auxiliado por Deus intervindo de maneira milagrosa, mas ao contar o povo pensou na força de seus homens de guerra. Um exército para lançar o medo nos povos ao redor de Jerusalém. Quem sabe, caindo em si, “sentiu remorso e disse ao Senhor: Pequei gravemente com o que fiz! Agora, Senhor, eu imploro que perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande loucura!” (II Sam.24:10)

Vários homens na Bíblia usaram a mesma expressão “pequei”, somo Saul, Judas, Faraó, Balaão, e não mudaram de comportamento. Não se arrependeram e morreram em seus pecados. Entretanto, Davi foi diferente e aí vai toda admiração – um homem segundo o coração de Deus. Ao vidente que foi enviado por Deus, Davi respondeu: “É grande a minha angústia! Prefiro cair nas mãos do Senhor, pois grande é a sua misericórdia, e não nas mãos dos homens” (II   Sam.24:14)

Embora a punição do seu pecado recaiu sobre o seu povo, o que lhe trouxe um grande pesar, pois admitia que o castigo deveria recair sobre si e sobre a casa de seu pai. Então, adquiriu o campo de Araúna, e “Edificou ali ao Senhor um altar e apresentou holocaustos e ofertas pacíficas. Assim, o Senhor se tornou favorável para com a terra, e a praga cessou de sobre Israel” (II Samuel 24:25)

Anos mais tarde num daqueles montes foi levantada uma cruz e o corpo de Cristo, não de animais, foi oferecido para Deus pelos nossos pecados.

Este triste acontecimento nos leva à refletir que o pecado, a transgressão que separa o homem de Deus, é como uma terrível praga cujo fim é a morte. E nosso amado Salvador sofreu a justa punição pelo nosso pecado. E a espada que pendia sobre nossa cabeça não foi retirada como no monte de Araúna, mas caiu sobre Jesus no monte do Calvário.

Assim como em Israel cessou a morte naquele dia, o mesmo acontece com todos que reconhecem e confessam o seu pecado: passam da morte para a vida. E tal certeza vem dos lábios do Senhor Jesus no Evangelho de João: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).

Faça como Davi e seja abençoado com a vida eterna.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©