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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

DANIEL NA COVA DOS LEÕES







Uma historia da minha infância:

Meu olhar estava atento para o flanelógrafo da professora. As figuras eram revestidas por uma flanela que aderiam ao quadro, e iam formando a história. Hoje as histórias são contadas nos modernos “data show”, e basta um click para mudar as imagens. Entretanto, nos tempos de minha infância as figuras eram coloridas, de papel com fundo enflanelado.


Neste dia a história era de Daniel na cova dos leões. Ainda moço  foi levado preso de Jerusalém para a Babilônia, e entre os jovens cativos se destacou por seu temor a Deus, que lhe deu enorme sabedoria. E a professora colocou a figura do jovem Daniel com sua mala de viagem nas suas costas. Os anos se passaram e Daniel tornou-se um presidente respeitado de uma das províncias, cujo rei chamava-se Dario.   

As crianças, como eu, estavam curiosas pelo desfecho da história. E a professora, segurando a próxima figura, mostrou Daniel ajoelhado em seu quarto orando a Deus. Ele não se curvava aos deuses daquela terra, e nem observava os decretos do rei que proibiam tal prática. A outra figura mostrava um grupo de homens movidos pela inveja. Eram os conselheiros do rei informando que Daniel desobedecia deliberadamente suas leis, e pediam sua punição, que era ser jogado na cova dos leões. Logo em seguida, a professora colocou mais uma figura no quadro, mostrando Daniel andando no meio dos leões. Notei que seu semblante era calmo, e nós, crianças, estávamos mais assustadas do que ele. A professora, neste ponto da história parece ter lido meu pensamento, e contou-nos que Deus estava com ele, animando e confortando seu coração.

Quase no fim da história, mais uma figura: o rei no alto da cova, com as mãos em forma de funil, gritando: “Daniel, servo de Elah, o Deus Vivo! Será que o teu Deus, a quem tu serves diariamente, pôde livrá-lo dos leões?”. E a nova figura nos mostrava Daniel respondendo lá do fundo da cova: “Ó caro rei! Vive para sempre! Eis que o meu Deus enviou o seu anjo, e este fechou a boca dos leões para que não me ferissem. Pois Elah, Deus, considerou-me inocente aos seus olhos...” Em seguida, a próxima figura nos mostrava um Daniel sorridente ao lado do rei.

Os anos se passaram e as crianças desta história envelheceram. Porém, “Daniel na cova dos leões” é sempre nova e continua a encantar crianças e adultos de hoje. Ela nos deixa uma lição preciosa: que nossa obediência a Deus esteja sempre em primeiro lugar sob quaisquer circunstâncias, por mais adversas que estas sejam. E Deus fará sempre o melhor, pois seu cuidado não falha. O salmista em um dos salmos, afirma:

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Salmo 34:7-8)

Daniel provou a fidelidade de Deus, viu de perto a morte, mas saiu ileso daquela cova. O impossível acontece quando obedecemos e confiamos nas providências de Deus.

Daniel honrou a Deus, e Deus por sua vez honra aqueles que lhe são fiéis.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz

sábado, 17 de fevereiro de 2018

CAMINHO SEGURO




“Mostra-me o teu amor fiel já pela manhã, porque confio em ti.
Mostra-me o caminho por onde devo andar
porque minha oração é sincera” .
(Salmo 143:8 Bíblia Viva).


 É bastante difícil destacar um versículo dentre os doze deste salmo.
É como tentar separar fragrâncias de um perfume ou, ainda, tentar decifrá-las.

O salmista sabe que há um Deus pronto a ouvi-lo, e esta é a razão porque ele começa com a expressão: “Atende Senhor, a minha oração; dá ouvidos às minhas súplicas”.

Como é animador ter um Deus à disposição dos seus filhos. Um Deus que ouve e responde segundo a sua fidelidade e justiça.

O salmista deseja ouvir sua voz pela manhã, manifestação sublime da sua graça.

Desejamos ouvi-lo pela manhã? Então que tal convidá-lo a sentar-se ao nosso lado e deixar que Ele nos fale.

Quanto barulho há durante o dia, muitos afazeres e compromissos.
Mas pela manhã é o melhor tempo para nossa alma envolver-se com o clima celestial.

E o salmista queria ouvir sua voz pela manhã. Longe das correrias do palácio, dos problemas do reino. Queria estar a sós com seu Deus Maravilhoso.

“Mostra-me o caminho...” Somente o Deus da graça pode conduzir-nos por um caminho seguro.

No decorrer do dia podemos ficar assustados com os caminhos que aparecem. Quantas encruzilhadas difíceis!

Ele quer conduzir nossos pés de forma segura pelo caminho da paz, da proteção, do conforto, da bênção, da vitória.

Não deixemos para procurá-lo somente à noite, mas que à noite possamos agradecer-lhe pelos cuidados e proteção durante o dia, fruto da nossa oração pela manhã.

Que assim seja.

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

FICA, SENHOR, COMIGO.



“Fica conosco, pois é tarde, e o dia já está chegando ao fim!”
Então, Ele entrou para ficar com eles. (Lucas 24:29) 

Fica, Senhor, comigo. A noite se aproxima, já é tarde.
A escuridão é densa, não há estrelas no firmamento.
Tudo é sombrio à minha volta.

Fica, Senhor, comigo. Toma lugar à mesa e reparte o pão.
Abençoe a minha casa e faça parte dela.
Sua presença ilumina a mais medonha escuridão,
Pois és a própria luz que tudo e todos resplandece.

Fica, Senhor, comigo. A estrada é pedregosa,
É abrigo de bandidos que espreitam no caminho.
Tenho medo, Senhor.

 Fica, Senhor, comigo. Prossiga tua fala mansa, mas cheia de poder,
Que mantiveste ao longo da jornada,
E só assim, Senhor,  encontro a calma e a paz tão desejadas.

Fica, Senhor, comigo. Lá fora a noite é fria.
O vento grita bem alto, assusta, e eu perco toda paz.

Fica, Senhor, comigo.

Por certo, ao raiar de um novo dia,
O sol terá um brilho redobrado,
E a vida fluirá mais bela e radiante.


Fica, Senhor, comigo.

OAM

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

ISMÁLIA COM CRISTO




04/02/1952 - 30/01/2018


Então ouvi uma voz do céu, que dizia: 
Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. 
Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham”. (Apoc.14:13)

Este blog deseja homenagear com todo o carinho,

Ismália, que foi casada com meu irmão José, caçula dos cinco irmãos, já com Cristo desde 24 de outubro de 1991. Neste último trinta de janeiro nos deixou, para desfrutar do descanso que Cristo lhe conquistou na cruz do calvário.

Deixou o filho Estêvão, casado com Angélica, e os netos Victoria e José; Marília, casada com Anderson e o neto Gustavo, e a caminho a bisneta Lorena.

Na vida cristã desceu às águas do batismo em 28 de janeiro de 1979, confessando a Jesus Cristo como seu único Salvador e Senhor, até sua partida. Sempre animada, deu tudo de si para seus filhos e netos, e aos amigos nunca negou seus favores.

Ismália deixa uma lacuna no meio cristão e familiar, sem dúvida difícil de ser preenchida, mas deixa, ao mesmo tempo, um exemplo de guerreira destemida, e mãe devotada. Quando nestes dias há carência de pessoas com tais nobrezas,
quando famílias estão se esfacelando, o alento nos vem olhando para vidas como de Ismália.

Resta-nos agradecer a Deus pela sua vida, embora relativamente curta, mas com raízes profundas e fortes. Que seus filhos, herança do Senhor, e que foi admiravelmente administrada por ela, colham e valorizem seus frutos, desejando que seus descendentes os saboreiem com alegria.

E como nos escreveu o apóstolo do amor, “Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor”.


A Deus toda a honra e glória pela vida de Ismália.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©