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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SERVO FIEL - UM RETRATO



“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”  (Mateus 25 : 21)

Este blog presta sua homenagem ao amado irmão João Claudino, que no dia 17 de outubro por volta das seis horas da manhã, partiu para estar com Cristo.

Servo fiel e valoroso que testemunhou até o fim, de seu precioso Salvador  a quem sempre serviu com alegria.

Fica guardado em nosso coração seu sorriso, bem como suas palavras de ânimo e consolo que sempre nos tocavam. 
Que possamos imitar seu exemplo de vida, e honrar a “cristãos como este”, nas palavras do Apóstolo Paulo (Filip.2:29)

O poema abaixo foi escrito por sua filha Magda e lido por seu filho Maurici na cerimonia fúnebre. 

Corre João!

João Claudino da Silva, assim lavrou-se o registro no dia 01 de abril de 1933.
Um menino pobre, nascido na cidade de Pindorama, interior de S.P.

Corre João, corre. 
Corre atrás da mãe querida, buscando carinho que nesta vida, só mãe pode dar.
O menino crescia agora mais solitário, porém mais responsável;

Corre Joãozinho, corre. 
Corre atrás da casa, pegando lenha, andando na mata, atrás do sustento para se alimentar.

O tempo voava, o menino não parava de correr. 
Corre João! Corre atrás do estudo em tempo oportuno para dar-lhe condições de um futuro melhor para viver.
O menino mudou; agora jaz um rapaz. Do campo para a cidade; correndo sempre…
Corre Servilho, corre atrás da bola, quão linda ela rola o sonho da vitória que ele queria conhecer.
Bailes, encontros juvenis, clubes; o jovem João almejava sua cara metade.

Corre João! Corre atrás da linda morena com ar de sereia que conquistou-lhe o coração.

Os filhos vieram, que alegria para João, mas os tempos eram de escassez, o que fazer então?

Corre meu bem, corre; corre atrás do financiamento da casa, mesmo sendo difícil a marcha, liquidou sua dívida com a caixa.

Comecei a concluir que João havia parado de correr, mas de repente, vi seus pezinhos saltitantes. Ele não corria atrás de sua mãezinha, pois esta se foi. Não mais atrás da casa, pois esta se foi, não mais do estudo, não mais atrás da bola, ele não corria mais atrás da linda morena e nem do financiamento da casa. Ele agora corre atrás do ser que lhe proporcionou toda essa jornada.

Corre Sr João, corre!Corre atrás do Deus vivo; corre atrás de estudos bíblicos, corre atrás dos netos queridos, corre atrás de consagração!

Puxa esse Sr João é incansável. Ele não para de correr!
Corre João, corre! 

Corre atrás das mansões celestiais que Teu Pai eterno te prometeu e agora com certeza receberás a coroa da vida em recompensa da Tua vitória.

Corre João, corre.

Magda Claudino

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PLANTADOS NOS JARDINS DE DEUS




“Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus”  (Salmo 92:13)

Há pouco tempo eu e Fátima visitamos um comércio de venda de mudas de árvores e flores. Estávamos à procura de uma mexeriqueira, que além de enfeitar nosso  jardim, dá mexericas pequenas e cheirosas.

Vimos árvores pequenas de diversas espécies, que após alguns meses se tornariam grandes.Cada uma tinha as suas peculiaridades e lá estavam para serem escolhidas e bem cultivadas. E o vendedor nos apresentava cada uma  com  suas qualidades.                                                                                                                 

Certa vez comprei uma pequena árvore plantada em uma lata, que veio confortavelmente no carro. Anos mais tarde tornou-se um cipreste bem alto, com raízes profundas, obrigando-me a cortá-la por comprometer os alicerces de nossa casa.

Ao meditar neste salmo vejo como florescem os que são plantados na Casa do Senhor. As raízes neste caso são benéficas e não comprometem os alicerces. Quanto mais profundas, mais firmes se tornam.

Quantas vezes os vendavais da tristeza, da solidão, da enfermidade, da falta de recursos  tendem a nos derrubar. E,  se uma árvore arrancada pelo vento causa sérios transtornos, quanto mais nós, seres humanos frente à nossa fragilidade.Nos tornamos embaraços para nós mesmos e para os que estão por perto.

Deus deseja que seus justos floresçam como a palmeira. E sem dúvida, somos justos pela obra do Senhor Jesus.

Que sejamos plantados na Casa do Senhor com raízes profundas, a fim de que nenhum vendaval possa nos demover. Sejamos fortes como os carvalhos, que embora encurvados pelos ventos,após as tempestades  voltam às suas posições normais, fornecendo abrigo para os que passam e sombra para os cansados.

Como nós procurávamos uma árvore  para nosso jardim, Deus procura pessoas desejosas de serem cultivadas  em sua Casa. Ele aprecia “árvores” fortes e viçosas para quando vierem os vendavais, permaneçam firmes Nele.

Florescer para o nosso Deus deve ser nosso alvo.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TEMPO: PERDIDO OU GANHO





"Remindo o tempo; porquanto os dias são maus." (Efésios 5 : 16)
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo." 
(Colossenses 4:5)

Fiquei surpreso e ao mesmo tempo envergonhado ao ler a biografia de William Carey, conhecido como “Amigo da Índia e pai das missões modernas”.Selecionei o texto abaixo, onde consta as suas atividades durante um dia que começou às 5:45 da manhã e terminou  por volta das 23 horas!

Quantas vezes deixo passar um dia com resultados mesquinhos, com oportunidades perdidas. Corro de um lado para o outro, e ao fazer um balanço no final do dia, vejo que fiz tão pouco, quase nada. Que vergonha!

Penso que o apóstolo Paulo seria um homem como William Carey, com todo o seu tempo tomado. Caso não fosse assim, não teria escrito os versículos acima.  Ele sabia remir o tempo, o que significa um viver marcado pela santidade, ações de misericórdia e palavras de consolo. Em Atenas  não perdeu tempo consoante o relato de Atos 17:15-16: “E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.  E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria”.

Dê uma olhada num só dia de William Carey, e isso há mais de 250 anos, quando a modernidade de nossos dias estava bem distante. O que seria um homem desse em nossos dias!

Ainda há esperança para mim em melhorar um pouco, usar melhor o meu tempo, claro, bem longe do que foi William Carey.

E há esperança, também, para você.

Arregacemos as mangas para que cada minuto de nosso dia produza mais, e com qualidade.

Acompanhe o dia de William Carey:

William Carey (17/08/1761 – 1.821)  era um autodidata, apaixonado por linguística, botânica, história e geografia. Ele aprendeu latim, grego, hebraico italiano, francês, holandês bengali, sânscrito, marathi, outras línguas orientais. Uma página de seu diário dá a idéia de sua dedicação: Leu a Bíblia em hebraico às 5,45hs  para sua devoção particular, realizou o culto doméstico em bengali às 7hs, leu com um intérprete um escrito em marathi às 8hs, trabalhou na tradução de um poema em sânscrito para o inglês às 9hs, deu uma aula de bengali na Universidade às 10hs, leu as provas do livro de Jeremias em bengali às 15hs, traduziu o oitavo capítulo de Mateus para o sânscrito com o auxílio de um tradutor da Universidade às 17hs, estudou um pouco a língua telinga às 18hs, pregou em inglês para um grupo de oficiais britânicos e suas famílias às 19,30 hs, traduziu o nono capítulo de Ezequiel para o bengali às 21hs, escreveu cartas para a Inglaterra às 23hs, e antes de dormir, ainda leu um capítulo do Novo Testamento em grego. 

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ALEGRIA PERMANENTE

“Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; cantarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores” (Salmo 9:1 e 2)

Ao meditarmos neste salmo, notadamente nestes primeiros versículos, descobrimos a alegria do salmista. Podemos imaginar o salmista declamando este lindo poema: sua expressão seria serena,seu semblante o mais expressivo, seus olhos profundos voltados para o céu e seus lábios esboçando um sorriso, que sem dúvida cativaria seus ouvintes.Ele possuía motivos em abundância para louvar ao Senhor de todo o seu coração.

Quantas vezes falta-me esta expressão no meu semblante. Basta uma contrariedade, uma aflição, e uma nuvem escura parece descer. E como é fácil demonstrá-la por mais esforço que faça para encobri-la.

Outras vezes tento louvar ao Senhor juntamente com meus irmãos, esforço-me ao máximo, misturo minha voz à deles, mas há algo que me perturba. 

E no silêncio de minha casa quantas vezes ocorre o mesmo.Como me sinto pequeno diante da grandiosidade do salmista.

As bênçãos recebidas e as vitórias alcançadas muitas vezes são facilmente esquecidas.

Será que isto ocorre com você? Creio que é inerente ao ser humano. Todavia não deveria ser regra, mas exceção. Precisamos corrigir essa falha com urgência, pois Deus quer que nossa alegria seja permanente, mesmo em situações adversas.

Lembro-me de Paulo, preso, escrevendo aos cristãos de Filipos: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filip.4:11). Notaram?: “em toda e qualquer situação”.

Voltemos aos versículos: Davi neste salmo se considera um vencedor.Deus tinha dado vitória sobre seus inimigos e esta é a razão da sua alegria.

Será que nossa vitória é maior ou menor? Comparada à de Davi nossa vitória é colossal, pois somos “mais que vencedores por meio daquele que nos amou”. Davi venceu homens guerreiros, mas eu e você vencemos as hostes espirituais quando aceitamos o Senhor Jesus como Salvador.

Portanto, não permitamos que o cântico fuja de nossos lábios e que nossa expressão seja de derrotados. Quando a tristeza chegar, e sem dúvida ela virá, voltemos nossos pensamentos para as maravilhas de Deus, contemplemos quem éramos e o que somos, para onde íamos e agora para onde vamos, e louvemos com sinceridade em nosso coração. 

O Altíssimo é merecedor dos nossos louvores, pois no meio deles Ele habita.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz