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quinta-feira, 26 de maio de 2011

O PÃO DOS ANJOS



A caminhada pelo deserto trouxe ao povo de Israel variadas experiências e lições profundas. Uma delas é sobre o maná.

Mal começaram a viagem pelo deserto, a fome tomou conta de todos, com toda a sorte de murmurações e queixas contra Moisés e Arão.

Rapidamente se esqueceram das manifestações do poder de Deus na terra do Egito, com as pragas que Deus mandava sobre eles, livrando cada morador da cidade de Gozen. E por último, a travessia pelo mar Vermelho totalmente seco, deixando um rastro de egípcios mortos. Mas todas essas maravilhas foram esquecidas rapidamente, dando lugar à desconfiança da provisão de Deus.

Um comportamento tremendamente incoerente diante de tamanhas manifestações: se fora Deus quem os livrara com braço forte do poder de Faraó, como esse mesmo Deus agora os mataria de fome? “E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão”.(Êxodo 16:4)

Assim acontece com o ser humano, especialmente os que um dia provaram do poder de Deus e que foram libertos de uma escravidão maior. Que receberam o milagre do perdão e justificação e se tornaram filhos de Deus. Que antes marchavam a passos largos para a perdição e agora são cidadãos dos céus. Que antes não tinham a paz de Cristo, e que agora desfrutam do Deus da paz.

Quantos se esquecem rapidamente destas bênçãos ao passarem por provações que ocorrem no “deserto”. Passam a ter mais confiança em Satanás – o senhor de escravos – do que o Senhor dos seus corações. Lançam mão de recursos humanos, de tentativas inúteis, de projetos que já nascem com falhas, e mergulham de cabeça em experiências desastrosas.

Deus não trata seus filhos de modo vingativo. Assim se expressa o salmista:

“ Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniqüidades”. (Salmos 103:10)

Assim agiu com os filhos de Israel naquela ocasião: “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não”.

Deus queria o bem do povo. Queria que continuassem com vida, e providenciou-lhes um alimento celestial. O pão dos anjos (Salmo 78:25). A porção que os israelitas tinham no Egito vinha da terra, do suor do rosto, da plantação, das abundâncias do rio Nilo. A que Deus iria providenciar vinha dos céus. E esta jamais falharia. Cada manhã lá estaria para suprir as necessidades de cada família. E assim aconteceu pelo espaço de 40 anos, sem falhar um só dia.

Cristo é o pão que veio do céu para alimentar a vida espiritual de seus filhos. “Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” (Ev. João 6:33,35)

Quando pararmos de nos queixar diante das aflições e buscar com pressa o alimento para nossas almas, obedecer sua Palavra e andar nos seus caminhos, Ele nos tornará pessoas fortes, saudáveis, mesmo caminhando pelas “areias quentes do deserto”.

É necessário deixar as murmurações de lado. Elas devem ficar no “Egito”.

Que assim seja.