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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

QUER VER A JESUS?


            “Senhor, queremos ver a Jesus”. (Ev. João 12:21).

            Que pedido cheio de significado !  Homens de origem grega convertidos ao judaísmo  desejavam ver a Jesus.Não escondiam desejos maldosos nem vinham para buscar vantagens pessoais. Queriam simplesmente  ver, olhar, contemplar, apreciar a Jesus. Por certo estavam impressionados com as informações recebidas sobre sua pessoa íntegra, dos milagres extraordinários e da autoridade exercida nos discursos proferidos. “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. (Mateus 7:29).

Ainda circulava a notícia da ressurreição de Lázaro – que fato surpreendente devolver à vida um homem morto há quatro dias! Depois, as notícias da ceia farta  numa demonstração de gratidão oferecida pelas irmãs do ressuscitado; e finalmente a entrada na cidade de Jerusalém montado em um jumentinho, sendo recepcionado com ramos de árvores e aclamado pelo povo “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
           
E os gregos estavam encantados com o magnetismo do homem chamado “Jesus” e desejavam vê-lo. 
Ate que ponto a pessoa de Jesus tem fascinado cada um de nos? Sua personalidade, seus milagres, seus discursos, seu poder, sua vida santa? Como chegamos, hoje, à sua presença? Queremos vê-lo pelos olhos da fé, ou apenas queremos explorar seu rico c bondoso coração com algum pedido para o nosso bem?
             
Claro que devemos apreciar todos os seus poderosos feitos, mas chega uma hora em que devemos fazer como os gregos de outrora.
           
“Senta ao meu lado querido Jesus, pois eu quero só contemplar-te”. E no silêncio da alma, ficar horas contemplando só a Jesus.
           
Vivemos numa época onde as pessoas se tornaram pedintes das graças para o seu bem estar, onde o egoísmo alcançou dimensão sem medida, e nada se faz sem desejar algo em troca. Pretendem ofertar cada vez mais para ter sucesso em seus negócios, numa barganha vergonhosa com Deus.

Quando o ser humano se tornar menos ganancioso para com Deus, menos mesquinho, e anular-se por inteiro desejando no seu coração “ver” a Jesus, tudo por certo vai mudar.
           
Aqueles gregos viram em Jesus o “Deus dos impossíveis”, e por certo seguiram para suas casas com vidas e corações repletos de alegria.
           
Que tal olharmos para a ressurreição de Lázaro e descobrirmos que “Jesus é a ressurreição e a vida”? E na ceia em casa de Lázaro saber que quando ele está presente tudo muda e ele deve ser adorado? E cavalgando no jumentinho, podemos descobrir que é o “Bendito que veio em nome do Senhor”, e que entra triunfante em nosso coração?
                       
Que nossos olhos sejam abertos, e que com toda a reverência possamos viver a cada dia “querendo ver a Jesus”.    

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz                   
           
           
   
           
            
           
           

            
            

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE SÁBIA ESCOLHA (3)


No último estudo abordamos aspectos de uma decisão irrefletida com seus tristes reflexos. Neste abordaremos uma decisão sábia e uma escolha sensata tomada por Rute, a moabita.

Após a morte de seu marido Malom e de seu cunhado Quiliom, esposo de Orfa, Noemi, a sogra dessas duas mulheres, resolveu voltar para terra de Belém, uma vez que lá os campos se tornaram férteis.

Ao iniciar sua viagem, notou que suas duas noras a seguiam. A partir daí, trava-se entre elas um diálogo interessante. Noemi, então, faz um apelo para que ambas permanecessem em Moabe, não se vislumbrando, em princípio, qualquer meio de convencê-las (vers. 8,9).  E como resultado,choraram, dispondo-se a acompanhá-la (vers.10). Noemi tenta convencê-las uma segunda vez (vers. 11) e, finalmente, uma terceira vez (vers.12), mostrando-lhes que teriam pela frente um futuro incerto. Orfa, mesmo em meio às lagrimas, não resiste, e prefere permanecer em Moabe.

Por que Orfã teria resolvido permanecer em Moabe, sua terra ? Medo de enfrentar um futuro numa terra estranha? Incerteza? Desconfiança? Falta de fé no Deus de Noemi? Ou os deuses e prazeres de Moabe teriam maior atração sobre ela? Embora seja difícil responder a tais perguntas, por certo sabemos que não foi a melhor escolha.

A escolha por Moabe leva-me a pensar naquela gravura tão familiar retratando os dois caminhos - um largo, com seus atrativos, e o outro estreito com suas dificuldades (Mat. 7:13,14).Quantos hoje  estão resolvidos a permanecer em "Moabe" , acomodados com seu "povo", seus "deuses",seus costumes etc. Esta foi a infeliz decisão tomada por Orfa.

Entretanto Rute, após ouvir mais um apelo de Noemi decide acompanhá-la, mesmo sabendo das consequências de sua mudança para Belém, deixando para trás seu povo, seus deuses, sua pátria. Os vers. 16,17 constituem-se numa das mais belas páginas da Bíblia, espelhando uma decisão apoiada na fé e num amor sem interesse. E mais, Rute revela dependência e submissão total. E tudo isto, aos pés de Noemi. Uma decisão sábia e abençoada.

Será que temos demonstrado em nosso viver rompimento total da "Moabe" em que vivemos, ou ainda há amarras que não foram cortadas? Será que ainda há coisas     que nos impedem de contemplar a fartura de "Belém"? Uma avaliação urgente se faz necessária: ou fugimos de "Moabe" e a bênção do Senhor nos acompanhará, ou permanecemos  e a mão do Senhor não será conosco.
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Que tal procurarmos sinais  de Moabe em    nossas vidas,   livrar-mo-nos deles e caminhar confiantes pelo caminho  estreito  sempre  aos pés do  Salvador?

Leitura: Rute 1: 6 a 22

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os que ficaram sem nomes O menino dos cinco pães e dois peixes

Este é um milagre extraordinário. Todos os milagres são extraordinários, mas os realizados por Jesus têm algo para nos ensinar e são revestidos de extrema beleza e simpatia.

Sempre notamos em seus milagres sua compaixão: quer pela dor causada pela enfermidade, quer pela aflição dos familiares, notadamente dos pais, quer pela tristeza dos amigos incapacitados. Ele via o sofrimento de todos e se condoía profundamente.

Neste milagre ele viu uma multidão faminta. Em pleno deserto, ao findar do dia, quase noite, talvez sob o vento forte, sem as mínimas condições para comprarem algo para comer. João em seu Evangelho nos diz que Jesus disse a Filipe: “Onde compraremos pão para esse povo comer?”. Certamente Ele conhecia todos os detalhes para o suprimento da multidão, pois assim nos revela a conclusão do versículo: “Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer” (João 6:5,6).

Como é bom crer num Salvador que conhece nossas necessidades, nossas aflições e temores. Sabe perfeitamente que muitas vezes palmilhamos pelo deserto, batidos por ventos fortes das nossas culpas, sofrendo e lamentando, famintos por sua Palavra que pode mudar nossos rumos.

Filipe logo se dispôs a fazer cálculos: “Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço!” Os demais sugeriram que fossem aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer e ainda disseram: “Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?”

Não podemos criticar esse comportamento dos discípulos, pois no fundo somos todos iguais. Mas Jesus é diferente. Ele vê necessidades e necessitados, e tem todo o poder para as soluções.

Ele veio para saciar os famintos. Assim lemos nos Salmos: “Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados” (132: 15), ou no sermão da montanha: “Bem aventurados vós os que agora tendes fome, porque sereis fartos”(Lucas 6:21).

Nesta altura, André, irmão de Simão Pedro, tomou a palavra. “Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?” Raciocínio e não fé.

Sempre me perguntei: “Como André descobriu esse rapaz?” E eu mesmo respondo pensando naquele dia que ele correu em busca de seu irmão para contar que achara o Messias. Vejo em André uma pessoa falante, comunicativa, expansiva. Sem dúvida ele já teria conversado com o rapaz,e falado de seu Amado Mestre, e nessa conversa tomou conhecimento de sua escassa provisão.

Nada sabemos do menino: sua idade, seu nome, sua família, seus recursos, embora os pães que levava eram de cevada, alimento dos pobres. Se nada disso sabemos, uma coisa é certa: com alegria entregou sua provisão barata para que nas mãos de Jesus fosse enriquecida.

E foi o que aconteceu naquele findar de dia. Jesus acomodou o povo em grupos de cinquenta, deu graças pelos pães e pelos peixinhos, mandou os discípulos distribuírem e todos se fartaram.

A Bíblia omite o nome do menino, assim como de muitos outros que serviram a Jesus. Assim quis o seu Autor, o Espírito Santo, e nada há de errado nessa omissão, pois nosso Deus é inerrante.

Seu nome está omitido, mas sua ação está registrada e milhões e milhões já a leram e foram beneficiados por ela através dos anos, e outros tantos ainda a lerão.

Vivemos tempos onde as ações de muitos são registradas, beneméritos por toda a parte com ostentação de seus nomes em lugares de destaques, arrancando o aplauso das multidões.

O rapaz dos pães e peixinhos, um benemérito autêntico, anônimo, abriu mão de sua frugal provisão que serviu para alimentar a multidão, deixando-nos lições preciosas e profundas:

Deu do que mais precisava;
Não ficou com uma pequena parte para si;
Não pensou que ofertando voltaria para casa com fome;
E entregou tudo nas mãos de André que os repassou a Jesus.

Quantas vezes nos assustamos com o amanhã, duvidamos do poder de Jesus, queremos fazer “reservas” de ideologias, de crenças, de pensamentos positivos, e não abrimos mão daquilo que Jesus nos pede.

O rapaz sem nome ganhou muito mais do que deu. Talvez tenha saboreado mais pãezinhos e peixinhos, e estes tinham o sabor do poder de Jesus.

Que tal imitarmos esse rapaz sem nome, entregar tudo a Jesus, para que ele multiplique bênçãos sem medida.

Hoje Ele quer corações, vidas, ações, gestos, compromissos, e ainda nos fala: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos”. (Provérbios 23:26)

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE
LONGE DE BELÉM   (2)
 Rute 1:1 a 5

Assinala o Livro de Rute em sua introdução, um fato bem triste: mudança de cidade, fome e finalmente, mortes. Elimeleque, com sua mulher e seus dois filhos, resolve mudar de Belém para Moabe, a fim de fugir da fome e da miséria. Assim, empreendem uma longa viagem, deixando para trás a pequena Belém, seu povo, seus costumes, e o pior, um lugar onde Deus era cultuado como único e verdadeiro.

Esta família trocou Belém por Moabe, a terra do Senhor por uma terra pagã e inimiga; trocou a cidade de Davi e mais tarde do Senhor Jesus, pela terra de Balaque, o adivinho. Quantos contrastes. Sem dúvida, uma decisão irrefletida, dos que não querem ver tais diferenças e seguem seu próprio caminho. Tal foi a decisão de Elimeleque com tristes consequências para toda sua família.

Quantas vezes decisões desse caráter trazem prejuízos, sem conta entre os filhos de Deus, muitos dos quais tomam decisões apressadas sem permitir que Deus se revele favorável ou não. Mudam da cidade onde residem, do emprego, de atividade, e partem para um novo negocio. Um caminho desconhecido à espera de que o Senhor os abençoe. E quando vêm as decepções, culpam tudo e todos, menos a si próprios.

O texto à nossa frente revela as lições de uma decisão contrária à vontade do Senhor. Querendo Elimeleque escapar da fome, encontrou a morte, destino igual o de seus filhos. Ao invés de fartura e sucesso em Moabe, encontraram a dor e a tristeza. Os filhos, talvez jovens ainda, amaram prontamente os costumes de Moabe. E o pai sem a força necessária para instruí-los nos caminhos do Deus de Israel. E quando adultos, casaram-se com mulheres moabitas, resultando um jugo desigual.

Quais as lições que o texto nos fornece, sobretudo quando temos uma família para cuidar? Ou quando nos decidimos em mudanças apressadas ? Ou quando partimos para o desconhecido sem a direção do Senhor, envolvendo nossos entes queridos ?

A vontade de Deus deve ser consultada antes de qualquer mudança e dele receber plena aprovação. Seria conveniente formularmos as seguintes perguntas antes de tomarmos quaisquer iniciativas: "Estou seguro de que esta é a vontade do Senhor ?". "Para onde vou com minha família há discípulos do Senhor Jesus, onde posso me alegrar com eles?". "Continuarei naquela cidade servindo ao Senhor?", honrando o seu Nome ?" ,"Estarei com minha mulher e filhos e com eles vigiando em oração ?". "Deixarei uma lacuna na igreja onde congrego, acarretando algum prejuízo ?".  "Esse prejuízo espiritual não me fará sofrer ?". E tantas outras perguntas poderiam ser formuladas antes de qualquer mudança com influência direta na vida espiritual.

Quantas vezes ouvimos queixas de irmãos queridos no tocante à sua família, ora porque não são convertidos os seus filhos, ora porque não andam nos caminhos do Senhor. Talvez tenham se esquecido que um dia partiram para outra “terra" (negócios, ambições, dinheiro, fama ) e o fruto que colheram foi amargoso e trágico. Ganharam bens terrenos, mas perderam o mais precioso e rico bem - a família.

Praza o Senhor guardar-nos de decisões apressadas, e que busquemos sempre o sinal verde de sua vontade. Que haja em cada um de nós sabedoria em nossas escolhas, resultando em bênçãos maravilhosas. Caso contrario, estaremos longe de “Belém”, a terra do pão, e entristecidos em “Moabe”.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ANO NOVO SEM SOBRESSALTOS


"Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu a conheces inteiramente, Senhor.
Tu me cercas por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.
Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir"
Salmos 139: 4 a 6 -NVI

2012 ainda é uma criança. Está em seus primeiros dias. Muitas novidades virão, quer sejam elas boas ou más Precisamos estar bem preparados para recebê-las, e nossa serenidade deve repousar na confiança que temos em Deus.
O salmo em apreço vem em nosso socorro preparando-nos para tais eventualidades.
Não faz muito, ouvi a invocação de uma bênção datada do século V, e que gostaria de deixar aqui transcrita para todos os nossos queridos leitores:


Que o Senhor esteja à tua frente para te mostrar o caminho certo;
Que o Senhor esteja ao teu lado para te abraçar e te proteger;
Que o Senhor esteja atrás de ti para impedir que homens maus e perversos te armem ciladas;
Que o Senhor esteja dentro de ti para te consolar quando estiveres triste;
Que o Senhor esteja acima de ti para te abençoar;
Que assim te abençoe, que assim te proteja o Deus Pai,
O Deus Filho e o Deus Espírito Santo que te envia ao mundo para viveres uma nova vida e fazer a diferença até  Jesus Cristo voltar.


Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE

             INTRODUÇÃO (I)

Com esta publicação daremos início a uma série de estudos extraídos do Livro de Rute.Os leitores deste blog podem emitir suas opiniões, que por certo serão benvindas.
Pensamos publicar tais estudos todas as quartas-feiras.
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Há apenas dois livros com nome de mulher na Bíblia - Rute e Ester. Em Rute conhecemos a estrangeira que se casou com um judeu e em Ester a judia que se casou com um estrangeiro.

O livro de Rute vem logo após o livro dos Juízes, onde, a partir do Cap. 17 até o fim,passamos a conhecer um clima bastante conturbado : rebelião e idolatria (17,18), imoralidade (19), guerra civil (20 e 21), terminando com uma nota bem triste:" ...porem cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos..."

Assim, quando tudo parecia estar perdido,um verdadeiro caos, Deus entra em cena e nos apre¬senta um quadro maravilhoso, desenrolado na vi¬da de Rute e de sua sogra Noemi, com vistas a abençoar, salvar e dar um descanso merecido.

O Livro de Rute tem o seu inicio relatando várias mortes - uma cena de tristeza -, mas o seu fim é repleto de alegria - um casamento e em seguida um nascimento '. Não mais a morte,mas a vida, não mais a tristeza, mas a alegria. Poderíamos fazer uma comparação com o livro de Gênesis - inicia com morte, tristeza e expulsão, quando em Apocalipse um ambiente feliz, de ale¬gria, com o homem restaurado novamente e gozando as delícias da Arvore da Vida.

O Livro de Rute é uma verdadeira jóia literária. Certa vez, por volta do século XVIII, um famoso escritor por nome de Dr. Samuel Johnson, numa reunião com outros escritores famosos, leu o Livro de Rute. Ao findar a leitura foi aplaudido, supondo seus amigos que se tratava de um escrito de sua autoria. Mas qual não foi a surpresa daqueles homens, ao descobrirem que se tratava de um livro da Bíblia - o livro que eles
tanto desprezavam.

A autoria do livro ê desconhecida. Ha muitos que admitem ser o profeta Samuel seu escritor, entretanto, nenhuma base existe para tal afirmação. Contente-mo-nos com o rico e precioso conteúdo do livro de Rute.

Seu propósito é traçar uma linha genealógica entre Davi e o Senhor Jesus Cristo. Portanto, nas veias de Jesus corria o sangue de Rute. Também descobrimos um tipo do Senhor Jesus em Boaz, o remidor, e em Rute a figura dos gentios alcançados por maravilhosa graça. Rute faz-nos lembrar de que também éramos estrangeiros e fomos recebidos na Igreja pela graça do Senhor Jesus, éramos pobres, viemos de longe e pelo Seu sangue chega¬mos perto e fomos enriquecidos !

O tema central do livro ê o descanso através da remissão e união. Rute não encontrou descanso em Moabe, sobretudo quando de sua viuvez. Encon¬trou-o mais tarde em Belém - terra do pão - quando foi remida por Boaz e unida a ele.

Como salvos, gozamos descanso em Cristo, pois por Ele fomos alcançados. Não importa quem somos, de onde viemos, o que fazíamos, nem raça, cultuara, riqueza, ou pátria. Assim como foi com Rute; "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Vós, que em ou¬tro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia".(1Pedro 2-9,10)

Longe de Cristo nosso descanso é impossível. Somente aconchegados nele e cobertos por Ele, encontramos descanso seguro e verdadeiro.

Por último, apresentamos uma divisão que poderá nos ajudar no estudo deste precioso livro: 1)O descanso deixado (1: 1 a 5); 2) O descanso desejado (1: 6 a 22); 3) O descanso procurado (2 e 3); 4) O descanso alcançado (4).

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A MENTIRA NA INTERNET



A mentira não é coisa nova. Ela foi usada por Satanás em seus argumentos contrários às ordens de Deus aos nossos antigos pais, bem nos primeiros dias da humanidade.

Por tal razão tornou-se o pai da mentira nas palavras do Senhor Jesus:

“... Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." (João 8 : 44)

A partir daí a mentira se expandiu, tomou diversas formas, entrou na vida das pessoas, passou a fazer parte do seu dia a dia, entrou no lar, na escola, na igreja, na família, como um rio caudaloso com inúmeros afluentes.

E o ser humano criou uma classificação para a mentira: mentira social, infantil, inocente, boba, ingênua e daí uma lista infindável dos seus tipos diversos.

E ainda há os que são viciados em mentiras. Um vício pior que o álcool, fumo e outras drogas, pois estes atacam o corpo, quando a mentira ataca, deforma e contamina o caráter.

A mentira se espalhou como um rastilho de pólvora e vem causando estragos por toda a parte. As redes sociais são um testemunho eloquente, onde crianças alteram suas idades para sua admissão nelas, com a aprovação dos pais; os adultos alteram informações como escolaridade, estado civil, e tantas outras. E daí abre-se um leque para outras inúmeras mentiras.

Assim escreveu Rui Barbosa em 1919:

“Mentira de tudo, em tudo e por tudo; Mentira na terra, no ar, no céu.
Mentira nos protestos. Mentira nas promessas. Mentira nos progressos.
Mentira nos projetos. Mentira nas reformas.
Mentira nas convicções. Mentira nas soluções.
Mentira nos homens, nos atos e nas coisas.
Mentira no rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita.
Mentira nos partidos, nas coligações e nos blocos. (…) Mentira nas instituições, mentira nas eleições.
Mentira nas apurações. Mentira nas mensagens. Mentira nos relatórios.
Mentira nos inquéritos. Mentira nos concursos.
Mentira nas embaixadas. Mentira nas candidaturas.
Mentira nas garantias.
Mentira nas responsabilidades. Mentira nos desmentidos.
A mentira geral. O monopólio da mentira.”

A conivência dos pais é algo triste e lamentável, pois hes tira a força para uma correção efetiva em outras mentiras. A criança poderá mentir desbragadamente, e ao ser arguida por seus pais, lançar-lhes em rosto sua aprovação em mentir sua idade nas redes sociais.

Certa vez li um relato vivido por um pastor evangélico que mentiu na presença dos seus filhos, ao ser procurado por um vizinho que alegava ser seu o cachorro em seu poder. Este, para alegrar seus filhos, insistiu que o cão sempre fora seu, apesar das evidências de ser mentira. E este pastor conclui: “por ter mentido na presença de meus filhos, ganhei um cachorro e perdi meus filhos para Cristo”.

A mentira já destruiu um casal no jardim do Éden, e jamais deixou de exercer sua pérfida influência através dos anos.

Não permita que ela entre dentro de seu lar e estrague por completo o caráter de seus filhos. Basta o estrago que ela vem produzindo em nossa sociedade.

Deus abomina a mentira, e na Cidade Celestial onde ele receberá seus filhos, os que praticam a mentira serão barrados:

"Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.(Apocalipse 22 : 15)

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz