Quem sou eu

Minha foto
São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ALGEMAS QUEBRADAS








“Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”. (Salmo 79:11)

Ao ler este versículo me vem à mente o período triste da escravidão, fartamente relatado em nossa história, e bem realçado por Castro Alves em sua obra “O Navio Negreiro”.

Asafe, o escritor deste Salmo, também apresenta a situação trágica dos cativos. O  inimigo invadiu Israel, tomou posse da capital, corrompeu o templo sagrado, e reduziu a cidade em ruínas. Os que sobreviveram ao massacre se tornaram escravos e foram levados como cativos para outras terras. Daí o clamor do povo: “Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”.  

Clamar por socorro a Deus é a melhor e única solução. Foi exatamente o que fez o povo  de Israel outrora escravo no Egito. “Sob o açoite dos feitores de Faraó, também clamaram e Deus os atendeu: ”Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo... por isso desci a fim de livrá-los” (Êxodo 3:,8-9)

Entretanto, há uma escravidão que supera todas as demais, e que foi apontada por Jesus ao combater os fariseus: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado."  (João 8 : 34)

O pecado tem sido o algoz do ser humano, que o leva a  um viver fadado ao sofrimento e  à separação eterna  de Deus. Rouba-lhe a paz, tira-lhe o sono, e estabelece um clima de terror. O pecado esfria o amor e separa famílias. O pecado é uma fonte contínua de lágrimas a jorrar.

Jesus veio ao mundo, nasceu de uma virgem, e como Deus-Homem  levou sobre si as nossas transgressões, e como nosso substituto morreu em uma cruz.

Diante do quadro tenebroso do pecado, mais uma vez Jesus vem nos ensinar: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

Há uma poesia adaptada por José Ilídio Freire, em forma de canto que diz: “Os meus grilhões Jesus quebrou com sua poderosa mão; por seu poder me libertou, não vivo mais na escravidão” (HC 596). Na cruz Jesus Cristo com sua morte vicária, proclamou a libertação dos escravos,  e trouxe a paz ao coração do homem.

Quando o ser humano compreender e depositar sua fé na obra redentora de Jesus, crer que Ele padeceu na cruz por seus pecados, ganha total   libertação que é concedida por Ele.


Você, ainda, carrega algemas nas mãos e grilhões nos pés? Busque em Jesus a Verdade, e Ele te libertará. Só assim você poderá cantar: “Os meus grilhões Jesus quebrou, não vivo mais na escravidão”.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 18 de novembro de 2017

OS QUE FICARAM SEM NOME


 “Enviou, pois, dois dos seus discípulos, e disse-lhes:
Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem levando um cântaro de água;
seguí-o; e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa:
O Mestre manda perguntar:
Onde está o meu aposento em que hei de
comer a páscoa com os meus discípulos?” (Marcos 14:13,14)


Há muitos relatos registrados na Bíblia de pessoas que conviveram com Jesus, cujos nomes desconhecemos.

Seus feitos foram notados por Jesus, mas seus nomes não nos foram revelados.
Entre vários registros, lembro-me do menino com seus cinco pães de cevada, e seus dois peixinhos. Com eles Jesus alimentou cerca de cinco mil; e a oferta da viúva pobre, a mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus, todos sem seus nomes registrados, mas que se tornaram célebres em todo o mundo e em todas as épocas.

Quero destacar, dentre os que ficaram sem o nome registrado, o homem que cedeu sua casa para ser usada por Jesus por ocasião da ceia da pascoa.

Nada sabemos sobre ele. Pedro e João ficaram responsáveis de preparar a páscoa, e foram buscar de Jesus as instruções necessárias.

Eles encontrariam um homem levando em seus ombros um cântaro com água, serviço que normalmente era feito por mulheres. Assim, seria mais fácil identificá-lo na cidade de Jerusalém. Eles deveriam segui-lo até à casa para onde ia, e lá chegando, perguntariam: “onde está o salão de hóspedes para o Mestre comer a Páscoa com seus discípulos”?

Este homem não se importou em ser seguido pelos discípulos, o que me faz pensar na obra realizada pelo Espírito Santo que nos leva até à casa do Pai.

Lá chegando, os discípulos pediram o salão de hóspedes, um aposento pequeno para ser usado por visitantes inesperados. Mas o homem mostrou-lhes uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta.  Ofereceu o melhor.

Quando o Espírito Santo nos leva à Casa do Pai, recebemos mais do que esperávamos: além de uma salvação gloriosa, o perdão de nossos pecados, a presença real de Jesus em nossas vidas, a vida eterna e promessas incontáveis e preciosas.

Que possamos apreciar em nossas vidas a lição deste homem cujo nome desconhecemos, em meio a uma sociedade onde os nomes com seus grandes feitos têm seus destaques, seus aplausos e suas glórias.

Tais pessoas ficaram eternizadas nas páginas da Bíblia como aquelas que serviram a Jesus simplesmente por amá-lo.

Que esta seja a qualidade do meu amor para com Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

AS FORNALHAS DE DEUS

Quantas vezes nossas aflições são como que verdadeiras fornalhas. Há fornalhas da dor causadas pela doença, pela separação, pela desilusão, pelo medo, e tantas outra que são aquecidas não sete vezes, mas muitas vezes sete.

O problema é que nossa fé no socorro de Deus é deveras pequena, que no meio do fogo nos impede de ver um Homem vestido de branco. Na sala da cirurgia ele se mistura com os médicos e circula com tamanha desenvoltura. E em outros compartimentos da nossa vida Ele está sempre circulando. 

Ele está presente para impedir que as chamas permaneçam distantes e não nos atinjam. Ele quer nos livrar das chamas das angústias, dos temores, da sensação de abandono. Por isso o Homem de branco, o médico dos médicos, está presente.

Que neste dia Deus abra nossos olhos para que o vejamos. Muitas vezes Ele não vai nos retirar da fornalha, mas vai se acampar bem pertinho, tão pertinho que podemos escutar bater seu coração de amor, e ouvir sua voz nos falando: “No mundo (de fornalhas) tereis aflições. (Labaredas bem altas), mas eu venci o mundo”. “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou”.

Que assim seja.


Orlando Arraz Maz

sábado, 11 de novembro de 2017

MATRICULADO NA ESCOLA DE DEUS



Sou matriculado na escola de Deus, e posso dizer que não há outra  igual.
 É incomparável.

Na escola de Deus não pago matrícula,  nem qualquer taxa. Pelo contrário, ganhei o
curso de forma gratuita, e foi Ele quem pagou em troca de seu único filho chamado Jesus
Cristo, que morreu na cruz para garantir minha frequência às aulas.

Nessa escola não sou perseguido pela cor da minha pele, ou por ser pobre.

Não há hora determinada para assistir as aulas, e isso não quer dizer que posso
relaxar. Pelo contrário, quanto mais permaneço aos seus pés de Cristo aprendendo, menos vontade tenho de parar.

Não tenho medo de ser reprovado, pois nessa escola o Professor tem muita
paciência comigo, e não se queixa em voltar às primeiras lições.

Há laços profundos entre aluno e professor. Cada tempo passado em aula além de
aumentar meu conhecimento cresce o meu amor e minha admiração pelo Professor.

Quando chego à aula trazendo alguma preocupação, logo nos primeiros minutos
desaparece, pois o Professor conhece tudo e começa a me ensinar como resolve-la.
E por dentro, sorrio e digo: “que professor maravilhoso que conhece tão bem
meus pensamentos”. E ao final da aula, saio cantando e bastante entusiasmado.

Ah, outro traço marcante nessa escola: não há um tempo para a conclusão do curso.

Quando iniciei, o professor me disse que pelo método ser à distância, haverá somente
uma pequena interrupção, que ao final ele se fará presente para continuar minhas
aulas.
Então elas serão presenciais e ele estará para sempre me ensinando.

E eu, alegre, estarei para sempre agradecendo sua paciência e louvando seu amor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©



sábado, 4 de novembro de 2017

MARIA DE BETÂNIA - A MULHER SÁBIA

  

Os muitos acontecimentos relatados na Bíblia têm ocupado páginas e mais páginas de livros, em comentários, reflexões, meditações, etc. No entanto, a história das duas irmãs – Maria e Marta de Betânia, provavelmente ganhem essa corrida. E para não escapar de tal conclusão, aqui estou para mais um comentário.

Jesus esclareceu a Marta diante de sua pergunta: “Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” Por certo, escolheu a graça de Jesus, que a acompanhou e  acompanhará todo o salvo neste mundo e pela eternidade afora.

Desejo compartilhar com meus amigos, não a preocupação de Marta (que poderá ficar para outra ocasião), mas a sabedoria de Maria tão necessária para mim e para todos os que vivem sob o peso destes dias tão difíceis.

Há três ocasiões que Maria aparece nos relatos bíblicos. Espero que sirvam para levantar nosso ânimo e aumentar nossa fé na graça de Jesus.

A primeira vez que a encontramos é esta: “assentando-se aos pés de Jesus, ouvia sua palavra”.

A correria que enfrentamos, os avanços da tecnologia, os cuidados com os filhos e a família, têm roubado nosso tempo, e deixamos de aprender aos pés de Jesus. Há lições valiosas que precisamos com urgência, e para isso devemos puxar o freio de mão, dar uma parada, e deixar que Jesus nos ensine. Sem dúvida, a lição deste dia memorável no coração de Maria, serviu para o acontecimento mais triste de sua vida.

E este foi por ocasião da morte de seu querido irmão. No relato de João encontramos o seguinte:
Tendo, pois, Maria chegado ao lugar onde Jesus estava, e vendo a, lançou-se-lhe aos pés e disse: Senhor, se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”.(Ev. de João 11:32)

O melhor lugar encontrado por Maria foi “aos pés de Jesus”. O lugar onde encontrou conforto na aflição, pois quando levantou seus olhos para Jesus, viu seu rosto molhado por lágrimas de compaixão. As lições armazenadas em seu coração neste dia abriram seus olhos para descansar naquele que é a “ressurreição e a vida”.

A terceira vez que a encontramos, Maria está adorando. É João que a descreve:
Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo”.(Ev. João 12:3)

Maria derrama toda sua gratidão aos pés de Jesus ofertando-lhe o bálsamo de nardo puro. Seu irmão estava presente. Jesus devolveu-lhe a vida.

Adorador é aquele que recebe a bênção de Jesus após aprender assentado; é aquele que na aflição lança-se aos seus pés e contempla suas lágrimas de compaixão.

Resta-nos agradecer as lições de Maria e deixá-las que elas modifiquem a nossa vida, e nos façam alunos dedicados de Jesus. Quando o dia triste chegar, que nossos olhos contemplem os olhos de lágrimas de Jesus, e descansemos nos seus braços de misericórdia, e nossa adoração será muito mais refinada.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©