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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ALGEMAS QUEBRADAS



“Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”. (Salmo 79:11)

Ao ler este versículo me vem à mente o período triste da escravidão, fartamente relatado em nossa história, e bem realçado por Castro Alves em sua obra “O Navio Negreiro”.

Asafe, o escritor deste Salmo, também apresenta a situação trágica dos cativos. O  inimigo invadiu Israel, tomou posse da capital, corrompeu o templo sagrado, e reduziu a cidade em ruínas. Os que sobreviveram ao massacre se tornaram escravos e foram levados como cativos para outras terras. Daí o clamor do povo: “Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”.  

Clamar por socorro a Deus é a melhor e única solução. Foi exatamente o que fez o povo  de Israel outrora escravo no Egito. “Sob o açoite dos feitores de Faraó, também clamaram e Deus os atendeu: ”Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo... por isso desci a fim de livrá-los” (Êxodo 3:,8-9)

Entretanto, há uma escravidão que supera todas as demais, e que foi apontada por Jesus ao combater os fariseus: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado."  (João 8 : 34)

O pecado tem sido o algoz do ser humano, que o leva a  um viver fadado ao sofrimento e  à separação eterna  de Deus. Rouba-lhe a paz, tira-lhe o sono, e estabelece um clima de terror. O pecado esfria o amor e separa famílias. O pecado é uma fonte contínua de lágrimas a jorrar.

Jesus veio ao mundo, nasceu de uma virgem, e como Deus-Homem  levou sobre si as nossas transgressões, e como nosso substituto morreu em uma cruz.

Diante do quadro tenebroso do pecado, mais uma vez Jesus vem nos ensinar: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

Há uma poesia adaptada por José Ilídio Freire, em forma de canto que diz: “Os meus grilhões Jesus quebrou com sua poderosa mão; por seu poder me libertou, não vivo mais na escravidão” (HC 596). Na cruz Jesus Cristo com sua morte vicária, proclamou a libertação dos escravos,  e trouxe a paz ao coração do homem.

Quando o ser humano compreender e depositar sua fé na obra redentora de Jesus, crer que Ele padeceu na cruz por seus pecados, passa a ter total posse da libertação obtida por Ele. E tem a plena liberdade.

Você, ainda, carrega grilhões nos pés? Busque em Jesus a Verdade, e Ele te libertará. Só assim você poderá cantar: “Os meus grilhões Jesus quebrou...não vivo mais na escravidão”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FICHA LIMPA






Nunca se falou tanto em “ficha limpa” como nos últimos dias. Nas eleições ocorridas recentemente os candidatos a algum cargo precisavam apresentar uma ficha limpa, isenta de apontamentos ou ressalvas. Caso contrário seus nomes seriam vetados.

As fichas limpas também são aplicáveis às pessoas comuns, que se habilitam para um emprego nos órgãos públicos, ou para comprarem através de uma venda financiada. E caso apareçam ressalvas precisam quitar seus débitos para terem novamente uma ficha limpa.

As portas são abertas com mais facilidade e os entraves são bem menores, quando as “fichas” não nos acusam. Podemos respirar com alívio e conseguir nossos objetivos tão almejados.

E nossas fichas espirituais, aquelas que estão nas mãos de Deus, e que só ele pode apagá-las, como estão? Elas têm nos preocupado? Têm tirado o nosso sono? São extensas?

Olhando para as Escrituras onde há inúmeras referências às nossas transgressões que  nos afastam de Deus, destacamos as seguintes:

"Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades;" (Isaías 59 :12)

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom.3:23).

As nossas fichas estão manchadas, sim, com fortes anotações feitas por Deus, abrindo um enorme fosso entre nós e Ele. Portanto, mais do que lógico estarmos preocupados.

Então, o que fazer? Se fossem as “fichas” manipuladas por mãos humanas, saberíamos o caminho. Mas o que fazer com as “fichas” que estão sob o controle divino?

Deus, mais do que ninguém, nem mais do que nós mesmos tem interesse em torná-las limpas. Ele mesmo afirma seu desejo:

"Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã."  (Isaías 1 : 18)

“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro." (Isaías 43 :25).

Deus nos apresenta um escrivão competente – Jesus Cristo, seu filho -que conhece todos os procedimentos, e vai usar o seu sangue precioso como tinta para apagar a nossa transgressão.
Basta chegarmos à sua presença, humilhados aos seus pés, e confessarmos nossos pecados e o desejo de termos "fichas limpas":


“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
...e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (I João:1:7,8,9).

 Se as “fichas limpas” abrem portas para as tarefas mais diversas e nos trazem tranquilidade, muito mais as que são limpas por Deus, pois elas abrem as portas do céu e nos dão a paz de Cristo aos nossos corações.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz













domingo, 18 de novembro de 2012

UMA DATA PARA SER LEMBRADA E AMADA




“Celebrai com júbilo a Deus, todas as terras.
Cantai a glória do seu nome; dai glória ao seu louvor.
Dizei a Deus: Quão tremendo és tu nas tuas obras
Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma.
A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua”.
Salmo 66


A bondade de Deus mais uma vez se manifesta nesta data tão especial. Mais um ano de vida foi acrescentado aos teus anos.

Agradeço a Deus de todo o coração pela companheira que você é. Apesar dos cabelos embranquecidos, sua juventude permanece inalterável, seu entusiasmo em nada mudou e o seu sorriso permanece o mesmo de sempre. E sua postura de mulher de oração e fé cresce com os anos, e assim me sinto totalmente grato e  dependente.

Que tal nós dois usarmos as palavras do salmista: “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?” O salmista tinha seus benefícios e assim louvava ao Senhor. Por certo você tem uma grande quantidade de benefícios presenteados por Deus. E  eu tenho  benefícios, também,  vindos através de sua vida, e por eles sou grato e abençoado.Resta-nos a Deus, assim,  rendermos toda a nossa gratidão.

Parabéns e que nosso Deus conserve sua vida por longos e saborosos anos.

Com muito amor, eu. Quem mais poderia ser?






sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CABELOS BRANCOS


"Por ti tenho sido sustentado desde o ventre...tu és minha confiança desde a mocidade... agora,também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração,e o teu poder a todos os vindouros”
(Salmo 71)
                                                                                                                         
Meditar neste Salmo é algo notável. Cada versículo apresenta de forma nítida o traçado de uma vida  dirigida pela  mão de Deus que é uma realidade notada desde a fecundação do embrião no ventre,  uma confiança inabalável na mocidade e uma companhia certa na velhice.

Quantas vezes surgem desculpas na mocidade e lamúrias na velhice. Coisas assim: “Sou relativamente novo para estas coisas. Ou “já fiz muito e agora preciso descansar, que façam os mais novos".

O salmista ensina que nossa atitude deve ser totalmente diferente.Ele se apresenta  como uma pessoa cheio de vigor, repleto de esperança, embora com  cabelos brancos.   

“Mas eu esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais” (vers.14). A vida para ele era feita de pedaços de alegria, de ânimo e de coragem. Embora conhecesse suas limitações, depositava total confiança na força do Senhor seu Deus.                                                                                                                                   

 Como tenho encarado meu dia-a-dia? Envergonhado, confesso que muitas vezes  não  agi  como o salmista ensina neste salmo. O aparecimento de cabelos brancos tem sido suficiente para pensar em descanso das tarefas dadas por Deus.                                                                                                                                 

Deus deseja um comportamento totalmente diferente. Ele nos alimenta  desde a infância     e nos equipa  na mocidade, para quando os cabelos brancos chegarem  possamos transmitir um cântico de esperança às novas gerações.                                                                                                                                    

Que os nossos olhos estejam abertos para  contemplação e aprendizado deste salmo. Deus é uma realidade desde antes da nossa formação no ventre materno, e deseja ser o  Deus durante a mocidade, e tê-lo como companheiro inseparável na velhice.

O desejo do salmista na sua velhice era prestar um  trabalho anunciando a força de Deus aos seus amigos e o Seu poder às gerações futuras.

Não deveria ser este o nosso desejo?  Quer privilégio maior do que anunciar o poder e a força de Deus revelados na pessoa de Jesus Cristo?  “A minha língua falará da tua justiça todo o dia...os meus lábios  exultarão quando eu te cantar,assim como a minha alma que tu remiste...também eu te louvarei com o saltério, bem como a tua verdade, ó meu Deus;cantarei com a harpa, ó Santo de Israel”.

Ao concluir, que nossa oração seja dirigida a Deus neste sentido:  ”Muda, Senhor, o meu coração; corrija os meus pensamentos; feche os meus olhos para os meus “cabelos brancos” e abra o meu coração para o vigor da Tua força e que eu cante e conte todas as tuas maravilhas.

Que assim seja 
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

PRAIA OU MAR







‘Que mar imensurável é teu profundo amor,
Ó como és deleitável insigne Salvador.
Em ti nós descansamos, na tua perfeição,
E a ti apresentamos a nossa adoração.”
(HC 519)

Passear pela praia e observar o mar que parece juntar-se no horizonte, ou entrar no mar profundo e mergulhar em suas águas, o que é melhor?

As duas colocações são interessantes, mas a segunda é bastante arriscada, mesmo para os que estão habituados em mergulhos. O mar é traiçoeiro e nele muitos já perderam suas vidas.

Nas cenas do naufrágio do Titanic, vimos como as pessoas lutaram para não morrer nas águas profundas e geladas daquele mar bravio.

Enfim, na praia os riscos são pequenos, no mar estão presentes.

Entretanto, pensando na poesia inserida neste texto, um hino cantado nas igrejas evangélicas, o amor de Cristo é retratado como um mar imensurável. Ao mergulhar em suas águas profundas encontro vida em abundância.

Não pretendo passear pela praia e observar o seu amor, pensar nele como fuga para os meus males, como um talismã para curar minhas feridas, mas quero mergulhar e sentir o envolvimento de suas águas da cabeça aos pés. Banhar-me em suas águas refrigera minha alma, e assim sou muito feliz.

Entremos neste mar. Fujamos da praia onde há desilusões e mágoas, e confortados no  amor de Cristo, juntos descansemos.

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15 : 13)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ESTOU COM PRESSA





“Espera no Senhor; anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, pelo Senhor”. Salmo 27:14

Devo confessar que a paciência não é meu ponto forte. Ao executar alguma tarefa quero terminá-la logo; no trânsito em meio a um congestionamento sou impaciente, e no consultório médico nem se fala.  E as situações seriam intermináveis.

A ausência de paciência é crônica, notadamente em dias onde nos acostumamos com a rapidez. A internet, por exemplo, deve ser rápida.

As ocorrências do dia-a-dia, essa pressa desenfreada, são prejudiciais, também, quando direcionadas nas atividades  espirituais.

Quero pressa nos meus pedidos de bênçãos, proteção, sabedoria, e sendo assim, deixo a paciência de lado e quero resolver os problemas num piscar de olhos, ou num simples toque de botão.

Lembro-me de Moisés quando viu um egípcio espancar um hebreu, e resolveu matá-lo imediatamente. Teve pressa e não esperou a providência divina.

E Saul, que depois de sete dias à espera pela chegada de Samuel, resolveu oferecer o holocausto ao Senhor, serviço privativo do sacerdote. Perdeu a paciência, e levado pela pressão das circunstâncias, cometeu pecado e foi reprovado por Deus.

Quando tratamos assuntos espirituais e perdemos a paciência, os prejuízos são inevitáveis.

Necessitamos exercitar uma boa disciplina para corrigir essa falha que só nos causam prejuízos.

Devo habituar-me a esperar nas providências do Senhor como  Davi me ensina neste salmo. Ele sabe o que é paciência, pois soube esperar pela morte de Saul para subir ao trono. Teve muitas oportunidades para ver-se livre , mas não lançou mão delas. Deixou esta parte para Deus.


O que hoje me faz querendo soluções apressadas de Deus? Um carro novo, uma casa confortável? Um casamento? Ou a cura de alguma enfermidade que me perturba?Será que posso correr na frente de Deus? Impossível.

Devemos fazer a nossa parte, correr atrás do nosso sonho e copiar a receita de Davi: Espera!   E o ingrediente é ter bom ânimo e um coração fortificado. É certeira e não falha. Davi provou-a em muitas circunstâncias de sua vida e teve pleno sucesso.

Há um ditado bem conhecido: a pressa quando não mata, pode levar alguém a ser paciente no hospital. E no hospital de Deus é o melhor lugar para sermos curados.

Deixemos nossas impaciências nas mãos de Deus, descansemos Nele, e Ele fará sempre o melhor.

As conquistas vindas de Deus são garantidas, não falham nem nos  decepcionam.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz