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sexta-feira, 27 de abril de 2012

O paradoxo da vergonha




"Mas o injusto não se 
envergonha da sua injustiça"
Sofonias 3:5


O título deste pensamento não é de minha autoria. Foi dado pelo Pr. Carlos Oswaldo Cardoso Pinto, a sua brilhante palestra, fundamentada no livro do profeta Sofonias 3: 1 a 5, na formatura dos alunos do "O Nutra - Núcleo de Treinamento, Recursos e Aconselhamento Bíblico",turma de 2005.

 Assim, pensando neste texto, vejo uma sociedade que se encontra em um estado deplorável, igual ou pior do que foi relatado pelo profeta Sofonias há quase três mil anos. E com a postura de um profeta de Deus, afirma: "o injusto, pois, não conhece a vergonha".

 Os meios de comunicações são ávidos para o ganho de seus lucros, e nesta ânsia desenfreada não medem recursos para promovê-los. Basta ligar o aparelho de televisão, e em meio a um programa sério, em seus intervá-los vêm cenas deprimentes de sexo quase explícito, onde não há tempo para acionar o controle remoto, a fim de poupar crianças e idosos, ou amigos, que nos visitam.Assim, o vexame é total.

As crianças não são mais inocentes na área sexual, e a grande incidência de meninas-mães é prova evidente. Antigamente assuntos pertinentes ao sexo se falavam de forma reservada, longe das crianças, mas hoje elas sabem mais do que os adultos e comentam sem qualquer pudor. O assunto sexo a que me refiro não é aquele sadio, instrutivo, que deve ser ensinado no lar e na escola, mas sim o que descamba para a imoralidade, o vício e que deturpa o caráter da criança e do jovem.

Grande parte de nossa sociedade perdeu a vergonha. Não há mais respeito dentro do lar, na escola, no trabalho. Há por toda a parte um linguajar obsceno, chulo, palavrões ditos com a maior naturalidade em qualquer recinto. Mas o cúmulo da falta de vergonha se deu há poucos dias, como foi noticiado amplamente na imprensa:

"As câmeras de segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, mais conhecida como CPTM, em São Paulo, registraram o ato sexual de um casal dentro de um trem da linha 12- Safira. As imagens foram gravadas no início desta semana (17), por volta das 23h. A mulher chegou a ficar totalmente pelada na ação que durou cerca de dez minutos em um vagão completamente vazio".

O que fazer diante de um quadro sórdido como este? Como reagirão nossas crianças ao ouvirem tais notícias ou assistirem tais cenas vergonhosas? O que ensinarão seus pais e mestres?

Ensinar com exemplo é o primeiro passo. Buscar sabedoria em Deus que é a fonte inesgotável. E nada melhor do que o lar, a escola por excelência, onde o diálogo deve ser incentivado, o respeito cultivado e a decência estabelecida em primeiro lugar. Só assim teremos uma geração modificada, com princípios solidamente estruturados.

O profeta Sofonias tinha diante de si um panorama sombrio onde a sociedade estava enterrada até o pescoço. A razão de todo este afastamento é apontada nos seguintes versículos:

“Não escuta a voz, não aceita a correção, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus”.

“Os seus oficiais são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que nada deixam para o dia seguinte”.

“O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniquidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; o injusto, porém, não conhece a vergonha”.

Enquanto a voz de Deus, que no silêncio dó coração fala alto e amorosamente, não for ouvida, o caos permanecerá e a falta de vergonha crescerá como erva daninha no coração do povo.

Além do mais, a falta de vergonha se instalou em muitos setores da sociedade porque houve um afastamento de Deus, e consequentemente de seus ensinos. Mais do que nunca muitos se esqueceram das palavras de Jesus proferidas no Monte das Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus”

Nos tempos do Apóstolo Paulo, muitos moradores da cidade de Corinto, um antro de prostituição, descobriram em Cristo os rumos para uma vida decente, e foram “lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (I Cor.6:11).

Ainda há remédio para nossa sociedade, quando cada família, de mãos dadas, buscar os ensinos de Jesus e com fé se voltar para Ele.

Só assim o paradoxo da vergonha terá seu final.

 Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Moços ontem, avós hoje.






O tempo passou tão depressa, e hoje, ainda, nos assustamos em sermos chamados de vovô ou vovó. Mas não deixa de ser prazeroso.

Naqueles tempos não se cogitava de redes sociais como o facebook,o orkut, o twitter.  Tínhamos a máquina de escrever e o correio à espera de nossas cartas de amor, e o telefone, privilégio de poucos.

Hoje nossos netos nos dão aulas de internet, nos ensinam a mexer com o celular, ganham nos jogos eletrônicos e se riem de nossa ignorância.

Nós envelhecemos, sim, mas eles não se dão conta de que envelhecem como nós. Na cabeça deles  o tempo não passa. Logo serão pais, mais tarde avós, e toda  a tecnologia terá sido mudada. Como nós, estarão ultrapassados e serão objetos de riso de seus filhos e netos.

Assim é a vida, uma roda gigante que gira sem parar.Os que estão no alto contemplam o vulto dos pequenos lá em baixo, mas num instante a situação se inverte e tudo muda. E a roda gigante não para.

Então, que tal curtirmos nossos netos, amá-los o melhor possível, e deixá-los na sensação de que nunca serão velhos como nós. Afinal, os espertos não são eles?

Orlando Arraz Maz



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jenny Crawford - Uma vida a serviço do Mestre





No dia 9 de março estávamos reunidos na Casa de Oração  de São Joaquim da Barra, SP,  para um culto de gratidão e louvor a Deus pela precisa vida da irmã Jenny Crawford.

Ela foi chamada ao Lar que pela fé tanto amava no dia 8 de março de 2012, quando se aproximava de seus 85 anos.

O Bom Pastor que conduziu sua vida por pastagens verdejantes, segurou suas mãos e a levou às moradas que um dia lhe prometeu. Ela descansa de suas obras aguardando a transformação de seu corpo.

Seu ministério foi abençoado e profícuo. Cumpriu seu papel como a mulher virtuosa de Provérbios, aquecendo seu lar com suas  mãos que nunca largaram o " fuso e a roca". Ultrapassou as fronteiras de sua casa,e seu ministério alcançou muitas mulheres nas igrejas e fora delas.Quantas lindas histórias teríamos para contar de vidas que foram tocadas por sua vida.

D.Jenny não escondeu seus talentos, os quais foram usados no serviço do Senhor. Um deles era seu senso de organização, e como eficiente secretária, cuidava da nossa tão querida "A Senda do Cristão". Expedia correspondência de gratidão por ofertas recebidas, mantinha os endereços totalmente em dia, e traduzia bons artigos que edificaram muitas vidas.

Mas não parava por aí. O "Hinário Hinos e Cânticos com Música"  foi composto por ela, manualmente, tornando-se excelente cooperadora de outros irmãos usados pelo Senhor em favor desta obra tão abençoada. Algumas músicas de hinos que cantamos nas reuniões foram  escritas por ela, daí seu talento musical.

D. Jenny viveu para servir, e servir ao Senhor com alegria. Companheira fiel de seu esposo nas viagens missionárias, quer longas ou curtas, sendo levados por sua filha tão abnegada.

Realmente uma vida à serviço do mestre, que aguarda o majestoso dia que será levada à sala do banquete, hasteando a bandeira do amor que dedicou ao Senhor Jesus. E na sua presença dirá: "O meu amado é meu e eu sou dele"

Amou a Cristo enquanto viveu,
Amou a Cristo enquanto serviu,
Amou a Cristo enquanto chorou,
Amou a Cristo enquanto sofreu,
E agora continua amando a Cristo descansando em seus braços.

Que nosso adorável Salvador seja engrandecido por esta tão preciosa vida.

Orlando Arraz Maz

domingo, 8 de abril de 2012

RESSURREIÇÃO E NADA MAIS



O nascimento de Cristo mudou o curso da história,
Seu viver mudou os planos do coração,
Sua morte na Cruz trouxe aparente derrota
E sua ressurreição esperança de vida eterna.

O cético não pode ver tal realidade,
O religioso tenta encontrar razão para a fé,
O crente aceita tudo por fé e exclui a razão,
E assim aceita a ressurreição.

Sem fé é impossível agradar a Deus,
Assim nos diz as Escrituras,
Foi exatamente como creu o patriarca Abraão,
E ganhou um filho a mamãe Sara.

Foi uma simples fé a da virgem Maria,
Ao receber a noticia que seria mãe do Salvador,
E no tempo de Deus, ainda virgem,
Deu à luz o Redentor do mundo.

Eu creio na ressurreição de Cristo,
E na esperança da vida eterna.
Ele ressurgiu e trouxe esperança a todos que crêem,
Pois prometeu , não vai e nem pode falhar:

"Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê 
em mim, ainda que morra viverá."

Ressurreição e nada mais.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 6 de abril de 2012

MEDITAÇÃO AO PÉ DA CRUZ


 

Ao meditar Jesus Senhor
Na Tua amarga cruz por mim,
Com gratidão e com louvor
Celebro a quem me amou assim.

Mas como o Salvador, contar
O amor que foi a cruz por mim?
Não poderá ninguém sondar
A dor de quem sofreu assim.

Pecado meu Te fez sofrer
De Deus o desamparo ali;
Mas mesmo pelo teu morrer
Pudeste vida dar me em Ti.

Té  que contigo vá gozar
O fruto dessa cruz, Senhor
Que aqui Tu possas sempre achar
Em mim agrado e ver o amor.


Letra: Issac Watts - Nasceu no dia 17 de julho de 1674 em South­amp­ton, Inglaterra. Faleceu no dia 25 de novembro de 1748 em Stoke New­ing­ton, Inglaterra. Descansa no cemitério  Bun­hill Fields, Londres, Inglaterra.
Música: Edward Miller.

O autor deste hino é considerado o mais importante da hinologia inglesa, tanto pela quantidade de hinos que escreveu (cerca de seiscentos), como também pela alta qualidade espiritual dos mesmos. De físico franzino  como o apóstolo Paulo, e muito doentio, era, contudo, dotado de irresistível fibra. Muito precoce,  revelou os seus extraordinários talentos. Para se ter uma ideia, Issac Watts começou a estudar latim aos quatro anos de idade; grego aos nove; francês aos onze; e hebraico aos treze! Grande amante da poesia.

Logo começou a versejar e tudo quanto falava, fazia-o em versos.
Seu pai, um comerciante em Southampton, Inglaterra, cansado de ouvi-lo falar em rimas, ameaçou até espancá-lo para que parasse com aquilo, mas o garoto, entre lagrimas e soluços, exclamava: “Pai meu, tem piedade de mim / nunca mais rimarei assim!”.

Logo aos quinze anos de idade o jovem Issac dedicou seus talentos também ao trabalho da igreja, No seu tempo, na Inglaterra, os cânticos na igreja eram limitados à repetição dos Salmos do Velho Testamento, cantados, linha por linha, por um dirigente e repetidos pela congregação. Issac achava aquilo muito monótono e dizia:

“Os cânticos em louvor ao nosso Deus devem ser a parte mais sublime da nossa adoração, mas o que estamos fazendo é o pior que se  pode fazer na terra”. A isto, seu pai respondeu:

“Jovem, dê alguma coisa melhor”! Issac aceitou o desafio e logo desenvolveu o seu trabalho com eficiência tal, que veio a ser considerado “O pai da hinódia inglesa”.
Watts é um dois mais antigos autores de hinos sacros.
Seus últimos 36 anos foram de enfermidade e fraqueza física, mas isso de modo nenhum o impediu da realização de sua obra, antes contribuiu para que ele se empenhasse com mais afinco em suas tarefas. Ele pôde dizer como disse o apóstolo Paulo: “Quando estou fraco, então sou forte”.

 Smith, um dos membros da cruzada Billy Graham, escreveu o seguinte a respeito deste hino:
“Tenho a impressão de que Issac Watts, quando escreveu este hino, parecia estar ao pé da cruz de Cristo, juntamente com o apóstolo João, a mãe de Jesus e a multidão estarrecida. Quando canto este hino procuro fazer minhas as palavras de Isaac Watts. Com ele posso compartilhar o inacreditável assombro daquela cena – o Rei dos reis pregado na cruz. E a minha voz foi uma daquelas que gritaram perante Pilatos: ‘Crucifica-O, crucifica-O. Minhas mãos, tal como as mãos dos soldados romanos, foram as que pegaram o martelo e cravaram os pregos nas mãos e nos pés do meu Jesus. Então, ainda na minha contemplação, vejo o sangue das Suas feridas mostrando-me, como o hino sugere, os Seus sofrimentos e, também, por causa do Seu grande amor por mim!. Como pode alguém  permanecer insensível diante das palavras do apóstolo Paulo: 'Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo?'”
É exatamente isso o que dizem  a segunda e terceira estrofes do nosso hino.
É realmente  emocionante pensar nisto. A letra que aqui temos, é uma adaptação feita, em português, pelo saudoso irmão José  Ilídio  Freire, por sinal, muito linda e merecedora de que façamos nossas as suas palavras  todas  vezes que as cantamos. A música “Rockingham” é de Edward Miller (1731-1807).

 Transcrito do site:http://www.verdade-viva.net