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quinta-feira, 22 de julho de 2010


SE ESSA LEI PEGAR...


Quando eu era criança, de meu pai nunca apanhei,
Mas de minha mãe, ah mãezinha querida,
Quanta surra não levei.

Beliscões, perdi a conta. Castigos em profusão.
Na escola, milho no joelho,
E reguadas doídas na mão.
Cresci, me tornei homem; estudei;
Casei, me tornei pai, que alegria.
E me esqueci das surras que levei.

Hoje vivo feliz, não ando machucado,
Sem rancor, sem traumas, sem grilos,
Esqueci as surras do passado.

Mas hoje querem mudar a lei:
Dizem: bater no filho é bem errado.
E quando se tornar adulto será um revoltado.

Tudo isso é engano, conversa de “entendido”,
Pois o castigo moderado é lição abençoada
Que corrige pra valer a meninada.

Se essa lei pegar, que reboliço. Fica tudo embaralhado.
E se bater no filhinho ele vai logo dizendo:
Vou te levar pro delegado. Cuidado!

E ele segue seu caminho de qualquer maneira,
Vira um bicho, manda e desmanda. Ameaça.
E o pai, pobre pai, não passa de uma figuraça.

Que tal esperar para ver? Será um caos.
Uma inversão de valores, não sei.
Mas não volto atrás e sou muito grato,
Pelas surras que eu levei.