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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

SÓ CRISTO E MAIS NINGUÉM





Cristo é tudo para o meu coração:
Abrigo e paz, consolo e fortaleza.
Luz  que ilumina minha escuridão
Amigo que ao meu passo dá firmeza.

Cristo é remédio para o pensamento,
Que divaga por trilhas sinuosas,
E que se extravia a cada momento,
Longe do alvo e de  coisas grandiosas.

Cristo é colírio para o meu olhar
Que se perde por quaisquer asneiras
Que deseja prazer sem nunca achar,
E sensações estranhas, passageiras.

Preciso de Cristo qual suporte,
Para  andar sereno e sem sobressalto,
Meus olhos para uma visão mais forte,
Meu pensamento para os bens do alto.

Só Ele, o Cristo crucificado,
Morto e ressurreto ao terceiro dia,
Ao lado do Pai, glorificado,
Salvador, minha paz e alegria.

Só Ele e mais ninguém, ninguém, tão perto,
Para conceder um viver saudável,
Levar-me, sim, por um caminho certo,
E dar-me sua força inigualável.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

RECURSOS DE DEUS

Quando ainda era bem criança, algumas vezes ouvi meu pai citar o versículo que encabeça esta meditação. Nossa família possuía poucos recursos e condições bastante limitadas, embora nunca nos tenha faltado o básico em nossa mesa. Meu pai sempre confiou nesta citação bíblica.

Naqueles tempos não entendia a profundidade deste versículo, talvez por não ser um idoso, ainda. Os anos se passaram , tornei-me adulto, pai e avô, e novamente me confronto com este versículo. Desejo nele confiar , assim como confiavam meu pai e o rei Davi.

É bem provável que alguns tenham certa dificuldade em sua interpretação, principalmente nos dias de tanta religiosidade que atravessamos, confiando numa falsa pregação de abundância de bens materiais, sucesso financeiro, prosperidade neste mundo, transformando as “igrejas” em balcões de negócios, o verdadeiro “toma lá dá cá”.

A mensagem de Jesus a ninguém iludia com promessas de riquezas e bens materiais, pelo contrário ao vir ao mundo se fez pobre, e alertou a todos que no mundo teriam aflições. 

Deus promete suprir nossas necessidades, não restam dúvidas. E Davi, agora um idoso, tem plena certeza que Deus nunca desampara o justo nem sua descendência. É possível alguém passar por dificuldades, assim como Davi passou diversas vezes.

Lembro-me quando com seus moços esperavam a bondade de Nabal e foram decepcionados, uma vez que estavam famintos (ISam.25), ou quando foi ao Tabernáculo onde se encontrava o  sacerdote Aimeleque, à procura de pão. ( I Sam. 21).

Sim, o justo pode passar por privações, mas nunca sentir o desamparo de Deus.

Neste precioso salmo Davi é o homem que vive  sem ganância  (vers.21), que é abençoado (vers.22), que tem seus passos confirmados pelo Senhor(23),e que ao cair pelo caminho, contará com a sustentação da mão do Senhor (vers.24).Assim,  nunca sentirá o desamparo de seu Deus nem tampouco sua descendência.

Bendito seja o Deus de Davi e de meu pai, o qual não nos promete bens materiais, sucesso financeiro, mas nos abençoa e conforta com a sua presença.

Que ensinemos nossos filhos a fidelidade de Deus, que não desampara  aqueles que o temem, nem a sua descendência.

Ele não promete um tapete florido, mas uma mesa farta com sua presença constante e abençoada.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

PARABÉNS, ANDRÉ!




Hoje comemoramos mais um ano de vida do nosso filho André. Há exatos 36 anos chegou à nossa vida trazendo alegria, como prova evidente do poder de Deus em responder orações. E durante todos esses anos a mão de Deus dirigiu sua vida, operando milagres dos quais somos testemunhas.
Está prestes a ser pai, e o que mais desejamos para sua vida é que continue firme seguindo os passos de Cristo, fazendo por seu filho o que sempre fizemos por ele: "instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (Prov.22:6), e sempre com a ajuda de sua esposa Priscila.
Que nosso Deus, o mesmo Deus de seus pais, avós e bisavós, seja para você um imenso farol projetando sua iluminação pelos caminhos de sombras, e nunca perca de vista sua mão benfazeja e abençoadora.
Que este dia seja de muita felicidade, gratidão, alegria e paz, pois este nada mais é o "dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele".(Salmos 118:24)
Beijos de seus pais


sexta-feira, 15 de setembro de 2017

QUEBROU? NÃO FUNCIONA? HÁ CONSERTO!

















 Há algum tempo mandei um vídeo para ser consertado, e qual não foi minha surpresa em ouvir do técnico que o conserto não compensava. Seu destino deveria ser o lixo. Uma tristeza, pois estava bem conservado, sem riscos, e parecia ter saído da loja. Mas, para nada mais servia. 

E por falar em algo que se quebrou, vem à lembrança o vaso do oleiro descrito pelo profeta Jeremias. 

A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo: "Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer". (Jeremias 18:1-4) 

Um oleiro e sua obra – um vaso – possivelmente para ser usado como decoração, o que requeria muito cuidado e atenção. Mas mesmo assim, quebrou-se nas mãos do oleiro.

Deus fez uma obra perfeita na criação do homem e sua mulher. Como um vaso de barro, sem rachaduras, uma verdadeira obra prima. Mas não tardou, exposto às tentações de Satanás, ficou totalmente destruído, com riscos por toda parte. Perdeu sua utilidade principal: glorificar seu criador pela obediência. 

Através dos tempos o ser humano, qual vaso de barro, tentou cobrir as rachaduras e ocultar os defeitos. Tarefa impossível, cansativa, desgastante. Aparentava uma coisa, mas era realmente outra. Como bem diz o ditado: “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. O que fazer, então?

O conserto vem pelas hábeis mãos de Jesus, que nos molda de acordo com seu caráter. Nos dá uma nova vida, nos salva perfeitamente, e nos apresenta ao Pai como uma obra prima. Basta não fazer vistas grossas para as rachaduras, e suplicar seu perdão e pedir que nos restaure. 

Para os aparelhos eletrônicos e todos os demais que apresentam defeitos, como o meu, embora conservados, nada se pode fazer. Mas para o ser humano há esperança de ser plenamente reciclado pelas mãos do nosso Amado Oleiro, o Senhor Jesus. 

Que assim seja. 

Orlando Arraz Maz














































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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

EVANGELHO, A VERDADEIRA LUZ




“E ninguém, acendendo uma candeia,
a põe em oculto, nem debaixo do alqueire,
mas no velador, para que os que entram vejam a luz”(Lucas 11:33) -

As palavras deste versículo são desconhecidas tanto às pessoas que vivem nas cidades, como às que desconhecem os costumes bíblicos. Candeia era um castiçal usado nas casas para espalhar sua luz. Geralmente era colocada no alto. Alqueire, por sua vez, era um móvel utilizado para medir coisas secas; sua capacidade era de 8,8 litros.

Jesus bem conhecia tais utensílios, e por certo muitas vezes, como filho mais velho, foi responsável de abastecer com óleo os candeeiros de sua casa em Cafarnaum.

A utilização de tais figuras transmite-nos uma das mais profundas lições.

Ninguém deseja instalar uma iluminação sem ser visível, mas num lugar bem alto, onde toda a casa seja iluminada.

Os que já possuem em seus corações a luz de Cristo devem mantê-la bem alto em suas vidas, a fim de iluminar o caminho daqueles que como cegos vivem tateando, e conduzi-los a Jesus, a luz do mundo.

As religiões tão disseminadas em nossos dias, não possuem a luz de Cristo, e são incapazes de livrar da escuridão seus seguidores. Como alguém disse, a religião cansa, o Evangelho descansa; religião é aquilo que o homem faz para alcançar Deus, o Evangelho é o que Deus faz para alcançar o homem; religião cobra, o Evangelho dá; religião pesa, o Evangelho alivia; religião é uma escada construída para alcançar Deus, o Evangelho é um elevador em que Cristo desce e nos apanha no porão de nossa vida e nos acolhe com seu amor incondicional.

Portanto, o Evangelho é o transmissor da verdadeira luz que é Cristo, e seus verdadeiros seguidores devem colocá-la bem alto em suas vidas. Vivemos dias de trevas espirituais, e estamos cansados de ouvir “religiosos” sem possuírem esta bendita luz.  

 Em seu sermão do monte, assim ensinou Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16).

Que possamos valorizar a cada dia a luz que agora resplandece em nosso coração, e que nossa vida e palavras reflitam a glória de Cristo. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”. (II Coríntios 4:6).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz.


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

NELE ESPERAREI




 
“Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15)

Este versículo é como uma rolha dentro de uma bacia com água. Por mais que eu queira que ela permaneça no fundo, ela sobe à tona.

Quando Deus não responde a minha oração, quando os meus planos de repente ficam frustrados, como reage meu coração? Eu que esperava a cura que não veio da pessoa que tanto amo. O emprego tão sonhado que vinha suprir todas as minhas necessidades. O dinheiro tão esperado, mas que me foi negado com um simples "não posso emprestar".

Nessas ocasiões, me vem à mente o versículo mencionado por Jó. Fico imaginando Jó sentado na presença dos seus amigos, com um caco em sua mão para limpar as feridas, os tumores importunando aquele corpo frágil, em outros tempos tão hígido, expressando tais palavras para espanto de todos: “Ainda que ele me mate, nele esperarei".

Por certo teria clamado por sua saúde, pela recuperação dos bens que se perderam, pelo consolo da perda dos filhos, mas o que se via era uma forte e inabalável esperança.

"Ainda que ele me mate, nele esperarei". Vejo nesta expressão a fé sublime deste homem que não se encontra na galeria dos homens de fé, embora seja um daqueles que foram "desamparados, aflitos e maltratados" (Heb.11:37), e que foi citado por Tiago como um "bem-aventurado": (Tiago 5:11). “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”.

Que lição posso tirar desta notável declaração de Jó? Continuar o meu lamento, ou crescer na minha fé? Sem dúvida, confiar naquele que é Soberano e que conhece todas as minhas necessidades, e que não está ausente da minha dor.

Jó entregou-se nas mãos daquele que julga retamente “O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.”(I Pedro 2:23)

Jó continuou esperando. "Ainda que ele me mate, nele esperarei". Se a cura da sua dor não chegasse a tempo, a esperança era qual chama viva em seu coração, afirmando que mesmo morto, Deus seria o seu redentor. “E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior”. (Jó 19:26, 27).

Embora não tenhamos a mesma paciência e fé deste homem valoroso, nem tampouco tenhamos a coragem de imitá-lo na expressão “ainda que ele me mate”, façamos nossa oração incluindo a expressão: “ainda que a cura não chegue, que o emprego sonhado não venha...ainda...ainda...nele esperarei”.

Que em face das circunstâncias sombrias que crescem à minha volta, das provações que tendem a me sufocar, todas querendo me desviar dos céus, que este versículo seja um estímulo à minha fé, e que eu, como uma rolha na bacia das provações, possa flutuar bem próximo do coração de Deus, pois nada conseguirá me deixar no fundo. “Ainda... nele esperarei”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz  ©