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segunda-feira, 28 de junho de 2021

O MILAGRE DA OBEDIÊNCIA

                                                                                                   

“Tendo acabado de falar, disse a Simão:

“Vá para onde as águas são mais fundas”,

e a todos: “Lancem as redes para a pesca”.

Simão respondeu: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira

e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está

dizendo isto, vou lançar as redes”. (Lucas 5:4) 


 
O relato desta pescaria é deveras fantástico, não somente sob o ponto de vista material, mas, sobretudo espiritual, com lições profundas para todo o verdadeiro cristão. Após uma noite no mar, sem qualquer sucesso na pescaria, ao amanhecer Pedro e seus companheiros aportam seus barcos na praia. Cansados, começam a limpeza das redes, e nisto se aproxima Jesus com muitos querendo ouvi-lo.

Jesus pede para Pedro afastar seu barco da praia, e inicia uma das mais impressionantes lições. Em seguida temos sua ordem destacada no texto. “Vá para onde as águas são mais fundas” Pedro imediatamente informa que lançaram as redes a noite inteira, e que nada encontraram.

Nada sabemos se Pedro teria pensado sobre a inabilidade de Jesus em pescaria, como muitos pescadores, já que era um carpinteiro. Lamentavelmente eu teria pensado assim.

Entretanto, a beleza de sua resposta salta aos nossos olhos. "Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. Tais palavras falam com força ao nosso coração, e nos fornecem um entendimento melhor da pessoa de Pedro. Costumamos ouvir suas respostas imediatas, com atitudes rápidas e decisões precipitadas. Mas aqui vemos sua humildade e fé inabalável na pessoa de Jesus. Não era um companheiro qualquer nas lides da pescaria que lançava a sugestão para um novo ingresso no mar. Era seu Mestre, aquele que mais tarde receberia sua declaração de fé: “A quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna”. E foi apoiado nesta palavra que voltou ao mar e lançou suas redes.

Hoje, mais do que nunca, precisamos deixar de lado nossas “habilidades”, diante dos fracassos que se acumulam em nossas decisões. Apresentamos nossas razões ao Senhor Jesus, e qual motorista que pensa saber tudo, deixamos Jesus no banco do carona, e não permitimos que Ele assuma o volante. E daí vem as colisões que nos machucam. E se Pedro continuasse com sua argumentação, expondo o seu cansaço, seu desapontamento, suas frustrações, e não obedecesse às ordens dadas por Jesus? O prejuízo seria imenso, por certo. Em termos de pescaria, o que eles trouxeram no barco foi uma verdadeira fortuna. Quantas vezes temos perdido imensas “fortunas” em apresentar nossas razões. Quer sejam elas no campo familiar, no trato com nossa família, esposa e filhos; em nosso trabalho na relação com colegas; em nosso convívio na igreja local. Em cada uma dessas áreas precisamos permitir que nosso Mestre dê sua abençoada sugestão, tão esclarecedora em sua Palavra, e imitemos Pedro em sua magnifica resposta: “Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”.

O esplendido milagre foi pequeno diante da reação de Pedro, pois o milagre maior foi ter seus olhos abertos para contemplar em si a tragédia do pecado em sua vida. Pedro era um miserável pecador diante daquele “que não conheceu pecado, mas se fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. (II Cor.5:21)

Ao deixarmos nossas “habilidades” de lado, e passarmos a ouvir e obedecer as instruções de Jesus, os resultados serão extraordinários não somente em nossa vida, mas também na vida de todos os que estão conosco no mesmo barco.

Que este milagre nos lance aos pés de Jesus.

Que assim seja

 Orlando Arraz Maz©

domingo, 20 de junho de 2021

MORTOS QUE PODEM VIVER

 

“Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse:

“Não chore”.  

Depois, aproximou-se e tocou no caixão,

e os que o carregavam pararam. Jesus disse:

“Jovem, eu lhe digo, levante-se” (Lucas 7:13,14)

 

Se um velório em si já é um acontecimento triste, o que dizer de mãe viúva que leva para o túmulo seu único filho? Realmente o sofrimento é indescritível.

Assim, a narrativa de nossa meditação reflete a dor da mãe por suas lágrimas derramadas. Seguia para o cemitério acompanhada de muitas pessoas que manifestavam solidariedade à sua dor. Entretanto tudo vai ser mudado pela presença do Senhor Jesus.

Jesus, aproximando-se da cidade de Cafarnaum, onde curou o servo do centurião, em seguida dirigiu-se à cidade de Naim, cerca de 62 km. Um trajeto longo, que sem dúvida exigiu muitas horas de caminhada. Quando Jesus estava entrando pela porta da cidade, deparou-se com uma multidão que saia em direção ao local de sepultamento. À frente, Jesus viu a mãe chorando e compadeceu-se dela.

Chegou no momento certo. Não foi coincidência deparar-se com o cortejo. Como Deus-Homem conhece as necessidades e as dores de cada um. Assim, não somente viu as lágrimas da mãe, mas viu sua dor no mais profundo do seu coração. Não seguiu indiferente, mas deteve-se diante da mulher: aproximou-se, tocou no caixão e ordenou ao jovem para levantar-se. Daí o espanto de todos e a perplexidade da mãe.

Nossa meditação nos leva a ponderar na compaixão de Jesus, que se aproxima do homem e vê toda sua dor causada pelo pecado, resultando em morte. Ainda hoje Jesus vê o cortejo de homens e mulheres todos mortos e deseja tocá-los para lhes dar vida abundante e eterna. Sua morte na cruz não foi casual, embora executada pelo poder romano, estava nos planos eternos, e ao vir ao mundo Jesus já sabia de sua missão. A Bíblia afirma: “Ele se compadece dos fracos e dos pobres, e os salva da morte” (Salmos 72:13).

Jesus deseja tocar em vidas mortas porque se compadece delas. Ele mesmo diz: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11)

Voltando ao nosso texto, o filho foi devolvido à sua mãe. “Ele se levantou, sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe”. (Lucas 7:15). “Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. “Um grande profeta se levantou entre nós”, diziam eles. “Deus interveio em favor do seu povo” (Lucas 7:16). Grandiosas verdades nestas palavras, pois Deus interveio em favor dos homens enviando seu Filho único para morrer na cruz, e dar nova vida aos que estão mortos em seus pecados.

Que esta meditação com suas lições possa levar alguém a confessar Jesus como Senhor e Salvador, recebendo o perdão de seus pecados, e sabendo que Jesus é a ressurreição e a vida. Assim, lemos nas Escrituras: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (João 11:25,26)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 13 de junho de 2021

A NOITE QUE VIROU DIA E O DIA QUE VIROU NOITE

 

“...De repente. um anjo do Senhor apareceu-lhes
 e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles,
e ficaram aterrorizados” (Lucas 2:9-11).

 

Há duas verdades que muitos se esquecem e outros tantos nem meditam nelas: a noite que ficou iluminada e o dia que ficou na escuridão. Dois acontecimentos narrados na Bíblia e que levam à nossa meditação com toda a reverência.

Era madrugada quando Jesus nasceu. Os pastores no campo cuidavam de suas ovelhas, e de repente “um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles, e ficaram aterrorizados” (Lucas 2:9-11). Sem dúvida o clarão que surgiu no céu foi o reflexo da glória do Senhor, algo jamais visto por olhos humanos. A noite escura se foi e os pastores em seguida foram visitados por uma grande multidão do exército celestial, que em meio a vasta iluminação louvavam a Deus, dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. (Lucas 2:13,14).

A noite escura que habita no coração do homem traz tristeza, dor e morte, mas Jesus veio ao mundo para dissipar tamanhas trevas. Ele é a luz do mundo, e a mensagem que deixou para nós nas suas santas palavras, é: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12)

Aquela noite memorável e abençoada, com seu clarão nos fala da grandiosidade de Jesus, que veio trazer a paz tão desejada para todos: “Paz na terra, boa vontade para com os homens “. A paz anunciada pelo anjo não é a paz entre os povos nas guerras entre si, mas, sim, a paz que ele concede pela obra na cruz do calvário, reconciliando o homem com Deus, nas palavras do apóstolo Paulo: “E que, havendo por ele feto a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”. (Colos. 1:20).

Mas há outra verdade que também toca nossos corações. Na sua morte, pendurado sobre a cruz, em plena luz do dia as trevas cobriram os céus. Do meio-dia às três da tarde, uma escuridão total. O evangelista Lucas assim descreve: “E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona. Escurecendo-se o sol, rasgou-se ao meio o véu do templo” (Lucas 23:44,45). Que contraste mais assombroso entre seu nascimento e sua morte. Não havia anjos cantando, não havia um céu iluminado, mas o total abandono do Pai escondendo seu rosto ao amado Filho. E na cruz, seu grito ecoa por todo o universo: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido, e não me auxilias? (Salmos 22:1)

Vale a pena meditar nestes dois acontecimentos, pois trouxeram incontáveis bênçãos ao coração do homem: Jesus nasceu, o céu ficou iluminado, e Ele trouxe salvação nas palavras do profeta Malaquias: “Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas, e saireis, e crescereis como os bezerros do cevadouro” (Mal. 4:2);  ao morrer, sob a negridão dos céus pagou as nossas transgressões sem  nunca ter pecado, e derramou sua luz no nosso coração quando caminhávamos para a morte.

Que Salvador maravilhoso! Sofreu a pena do nosso pecado, e nos salvou de modo assombroso. Crendo nele e o confessando como Senhor e Salvador, o veremos na glória onde se encontra exaltado à direita do Pai. enchendo o céu de luz.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 7 de junho de 2021

PROMESSAS INFALÍVEIS

   

“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo

se desfizer, temos de Deus um edifício,

uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus”. (II Cor.5:1)

 

A Bíblia está repleta de promessas. Muitas já foram cumpridas, outras estão aguardando o seu cumprimento.

Todos os dias ouvimos incontáveis promessas proferidas pelos religiosos, como riquezas, prosperidade nos negócios, na saúde, e todas elas visando o bem-estar para esta vida. E muitos são levados a acreditarem, e quando não as alcança, sentem-se frustrados. Daí o ensino de Jesus: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6:33)

Entretanto, crer na Bíblia para muitos é algo difícil, para outros sua leitura é enfadonha, maçante. O segredo consiste em lê-la com o olhar da fé e não da razão, uma vez que seu Autor é Deus-Espírito Santo. Se for lida como um livro qualquer, ou mesmo se for lida para cumprir um plano de leitura, ela não passará de um amontoado de letras e sentenças como nos livros escritos por homens. 

Quando a Bíblia for lida com reverência e fé, e acreditada em todo seu conteúdo, será o livro mais agradável, e Deus saltará em suas páginas, porque é Palavra Viva, e sem dúvida abençoará o seu leitor.

Leia mais uma vez a promessa que foi colocada acima desta meditação: “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”

Quer figura mais expressiva do que esta? Nosso corpo envelhece a cada dia, e ninguém poderá contestar tal afirmativa. Com a chegada da velhice as células morrem, as doenças aparecem rapidamente, gememos noite e dia, e nosso “tabernáculo”, que é o nosso corpo vai se desfazendo.

Deus, que é conhecedor de nosso frágil corpo, preparou um edifício, uma casa, algo sólido, não fruto da engenharia humana, mas celestial, com suas próprias mãos.  

Uma casa eterna, nos céus é sua promessa. Não sujeita às intempéries do tempo, às corrosões do solo, mas edificada no seu amor, não para durar 70 ou 80 anos, mas eterna.

Jesus quando aqui esteve confortou os seus discípulos com uma promessa semelhante a essa:  

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar”. (Ev.João 14:1,2)

Que tal confiar na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e lê-la com o coração – não com a razão - a partir de hoje? Atentar para o conselho do Senhor Jesus Cristo: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (João 5:39.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©