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sábado, 26 de junho de 2010



A EUFORIA DA COPA





Estamos em pleno clima de copa. Não se fala em outra coisa que não seja
futebol. Em toda a parte há um clima de euforia, agitação, cada um dando o seu
palpite e criticando o técnico de sua seleção. Todos conhecem as regras do jogo
e são verdadeiros peritos no assunto. Só não sabem jogar bola.
Nessa hora o torcedor veste a camisa de seu país independente de
qualquer convicção religiosa, pois não há nada de errado que o proíba de torcer
pela vitória de sua seleção. É claro que os exageros não pegam bem e muito
menos discussões inflamadas com aqueles que não comungam com seus ideais
religiosos.
Entretanto, todo esse envolvimento de copa me leva a pensar seriamente
nos valores da fé e de meu comportamento perante outras situações que não
sejam essas. Vou ser mais claro. Sou eufórico no meu viver diante de situações
que me assustam? Fico abatido, resmungo de manhã à noite, e tudo o que vejo e
toco não tem qualquer valor para mim? Sinto-me contente e torço pela vitória
de Jesus no coração do meu vizinho, do meu colega? Grito e pulo de alegria
quando vejo alguém se voltando para Cristo? Quando o gol é marcado partindo-se
da trave que se chama cruz?
Ah! Se a mesma euforia da copa fosse vista nos ajuntamentos cristãos,
quando todos já alcançaram a maior vitória em Cristo, quando Ele entrou em
campo – diga-se o campo do adversário – e ganhou com pleno sucesso o jogo
contra Satanás, teríamos igrejas e vidas mais consagradas, mais animadas e
menos resmunguentas.
Entremos com alegria no clima da copa, mas não nos esqueçamos de
levantar a maior bandeira que nos cobre para toda a eternidade e que se chama
Jesus Cristo.
“São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá”(Apc.14:4)
No cristianismo, existem três classes de pessoas: as que têm asas, as do sofá e as que estão na estrada. O primeiro grupo é o daqueles que voam à frente dos outros: pioneiros do progresso. Acham-se adiante de seus contemporâneos.
O segundo é o dos que ficam parados, ou melhor, ficam deitados. São os "inválidos" da raça humana. Eles vêm para ser servidos, e não para servir.
O terceiro é o daqueles que seguem. São os “membros do grupo de salvamento e resgate" da humanidade. São os indivíduos que se sacrificam pelos outros e marcham na retaguarda.
Como João, acho que estes últimos são os mais belos de todos. Eles possuem um encanto próprio pelo fato de serem discretos. Não desejam comandar nada, preferindo antes ao final da fila. Só vão para a frente quando todos os outros são impelidos a ficar atrás. Não ambicionam as glórias da batalha, nem os louros da vitória, nem menções honrosas entre os famosos. Eles procuram os feridos, os moribundos e os mortos. Ungem os outros para o sepultamento da vida. Levam aromas para os crucificados. Dão a outros o copo de água fria. Lavam os pés empoeirados. Eles amortecem a queda de Adão e de Maria Madalena. Acolhem Saulo de Tarso quando este fica cego. Sentem-se atraídos para aqueles que apresentam defeitos, para todos os que apresentam alguma necessidade.
Eles vão ao encontro das sombras. Caminham na estrada, mas não na da cotovia, E sim na do rouxinol. Eles seguem o Cordeiro.
Senhor,quero as lutas sem as purpurinas.
Que outros liderem: eu me contento em seguir. Ajuda-me para que eu possa servir-te nos "bastidores”. Não está escrito que quem fica em casa reparte os despojos? Não posso travar tuas batalhas, mas posso cuidar dos teus feridos. Não posso rechaçar teus inimigos, mas posso consertar as brechas em tua fortaleza. Não posso marchar à frente do exército, mas posso socorrer os que desmaiam pelo caminho.
Escreve meu nome entre os daqueles que te seguem.
Ó Capitão da minha salvação, põe-me no grupo de "salvamento e resgate.
Que importa se teu lugar é na retaguarda,
E se és o último da fila?
Isso não deve causar-te peso ao coração,
Nem trazer lágrimas aos teus olhos.
O posto de dever é o lugar
Onde muitas vezes o Capitão aparece.
George Matheson