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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

JÓ À PROCURA DE DEUS. E VOCÊ?


Ah! Se eu soubesse que o poderia achar!
Então me chegaria ao seu tribunal.
Com boa ordem exporia ante ele a minha causa
e a minha boca encheria de argumentos. ( 23:3-4)


Jó está no auge do seu sofrimento. Sua dor é indescritível, e quem somos nós para censurar suas palavras! Por muito menos, nos queixamos.

Jó lamenta o fato de desconhecer onde encontrar o seu Juiz e o lugar onde se assenta em seu tribunal. Ele desejava expor perante Ele sua queixa e descobrir a razão de tanto sofrimento.

Entretanto, somos mais privilegiados do que Jó, pois temos à nossa disposição recursos em abundância para encontrar o nosso Salvador, e abrir o nosso coração perante Ele. Embora não padecemos do mesmo sofrimento, a gravidade de nossa doença é incomparavelmente maior, pois sem dúvida nos levará à morte eterna.

Jesus nos abriu um novo e vivo caminho que inicia exatamente na Cruz onde morreu. A entrada está franqueada a todos que desejam encontrá-lo pela fé. Lá não precisamos apresentar nossos argumentos, tampouco nossas queixas, mas simplesmente confessar toda nossa incapacidade e o nosso pecado. Ele deixou bem claro para Tomé quando este lhe perguntou como descobrir o caminho: "Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim".(João 14:5,6).

Hoje não precisamos comparecer perante um Juiz em seu tribunal como pensava Jó. Jesus já se apresentou por nós neste tribunal e foi julgado pelo Pai, mesmo sem cometer pecado. Ele pagou um alto preço dando sua vida, morrendo na cruz. "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos".(Marcos 10:45).

Então, não há mais desculpas em afirmar que não conseguimos encontrá-lo, pois Deus garante nossa busca: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.  E serei achado de vós, diz o Senhor...”(Jeremias 29:13,14).     

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sábado, 24 de setembro de 2016

A INTEGRIDADE DE JÓ



“Mas ele conhece o caminho por onde ando; se me puser à prova, aparecerei como o ouro. Meus pés seguiram de perto as suas pegadas; mantive-me no seu caminho, sem desviar-me. Não me afastei dos mandamentos dos seus lábios; dei mais valor às palavras de sua boca, do que ao meu pão de cada dia”.(Jó 23:10 a 12) 

Nas Escrituras Jó se tornou um homem bem conhecido devido à sua paciência, frente à perda de seus bens, de seus filhos e de sua saúde. Mas muitos se esquecem da sua integridade.

É bom ter sua paciência, mas melhor ainda é ter sua integridade. E Deus o conhecia muito bem, pois ao referir-se a ele afirma a Satanás: “Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, integro, homem que teme a Deus e evita o mal”.

Elifaz, um de seus amigos, julga Jó sem conhecer seu coração, pois somente Deus vê o interior. Entre muitas alegações, tenta convencer Jó ao arrependimento, abandonar a injustiça e voltar-se para Deus.  E Jó, então, responde com estas palavras: “Mas ele conhece o caminho por onde ando; se me puser à prova, aparecerei como o ouro. Meus pés seguiram de perto as suas pegadas; mantive-me no seu caminho, sem desviar-me. Não me afastei dos mandamentos dos seus lábios; dei mais valor às palavras de sua boca, do que ao meu pão de cada dia. (Jó 23:10-12).

É assim que Deus vê a Jó. E de fato é um homem íntegro, que deveria ser imitado por todos. Ao chegarmos ao fim da narrativa bíblica sobre seu sofrimento, ele encontra plena libertação após perceber sua insignificância em contraste com a grandeza de Deus (Jó 42:1 a 6).

Entretanto, a integridade por si só não nos leva à presença de Deus, nem tão pouco apaga os nossos pecados. Somente após reconhecer a Jesus Cristo como Salvador, avaliarmos nossa mediocridade, e buscar socorro em seus braços, encontraremos alívio para os nossos corações.

As Escrituras Sagradas descrevem um homem chamado Cornélio, que possuía as mesmas qualidades de Jó. Era piedoso, temente a Deus, ofertava esmolas e de continuo orava a Deus. (Atos 10). Foi necessária a mensagem pregada pelo apóstolo Pedro, mostrando-lhe a salvação através de Cristo. E o apóstolo conclui com estas palavras: “A ele todos os profetas dão testemunho de que todo o que nele crê receberá a remissão dos pecados pelo seu nome”.(Atos 10:43).

Jó foi completamente restaurado por Deus, e hoje Jesus faz o mesmo, dando-nos uma salvação preciosa e restaurando a paz que foi roubada pelo inimigo das nossas almas.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©








sexta-feira, 16 de setembro de 2016

AMAR SEMPRE




“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”. (I João 4:7)

O apóstolo João conhece profundamente tais palavras, por isso escreve  aos seus “filhinhos” com bastante convicção.

Durante o ministério do Senhor Jesus aprendeu a exercitar o amor em sua vida, pois de “filho do trovão” passou a ser “filho do coração”. Dos discípulos foi o único que sentiu o pulsar do coração do Mestre, ao reclinar-se sobre seu peito nas horas que antecederam sua morte. (João 13:23): “Ora, achava-se reclinado sobre o peito de Jesus um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava”.

O apóstolo provou deste amor, pois bebeu de sua fonte e jamais se fartou dela. Viu na morte de Jesus, seu amigo verdadeiro, a expressão maior do amor de Deus. E quando escreve suas cartas é bem conhecido de seus leitores, não precisando identificar-se. Suas palavras carinhosas expressam facilmente seu amor e seu cuidado pelos “filhinhos”.

Até o fim de seus dias viveu amando seus irmãos, assim como foi amado por seu Mestre, e praticou aquilo que sempre ensinou. O apóstolo sabe que o amor procede de Deus, que Deus é amor, e que todo o que ama conhece a Deus.

Vivemos tempos difíceis, onde a tendência de isolarmo-nos é bem frequente, e onde os nossos interesses maiores são dirigidos a nossa família. Muitas vezes encontramos nossos irmãos em Cristo uma vez por semana, e mal trocamos palavras. Pouco sabemos de suas aflições e  temores, e como consequência deixamos de  expressar nosso amor.

É tempo de agirmos como brasas vivas que mostram suas chamas, por estarem colocadas bem juntas; separadas se apagam e esfriam rapidamente. A igreja dos primeiros dias refletia o amor de Cristo, pois seus membros estavam unidos: “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum”. (Atos 2:44)

Que o amor de Cristo que tanto nos amou, possa incendiar o nosso coração, impactar aqueles que não conhecem a Jesus como Salvador, e aquecer o coração de nossos irmãos.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

CASAS ABERTAS




No Novo Testamento há o relato de pessoas que colocaram à disposição suas casas, para receberem os servos de Deus. Sem dúvida, tanto os hóspedes como os hospedeiros foram ricamente abençoados. Vejamos algumas delas:


A casa de Jesus:

Em seu evangelho o apóstolo João nos conta como conheceu a casa de Jesus:

Respondeu ele: "Venham e verão". Então foram, por volta das quatro horas da tarde, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido a Jesus”.(João 1;39,40)

Embora o nome de João não apareça neste texto, há fortes indícios de que era ele, juntamente com André, os privilegiados em conhecer a casa de Jesus.  


Que ocasião maravilhosa. Naquele lar humilde morava o Salvador dos homens, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Não sabemos o que conversaram, mas uma coisa é certa: as Escrituras foram lidas e seus  corações foram ensinados pelo Senhor Jesus. Este primeiro contato na casa de Jesus marca a entrada de Pedro no cenário bíblico, pois André, seu irmão foi à sua procura.

E esta visita serviu para prepará-los como discípulos e depois como apóstolos, com forte influência pelo resto de suas vidas.

A casa de Maria, mãe de João Marcos:

A segunda casa encontramos em Atos 12:12: “E, considerando ele (Pedro) nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam”.

É bem provável que a igreja em Jerusalém teve o seu início nesta casa. A Bíblia nada nos informa sobre Maria, mas podemos depreender que se tratava de uma mulher notável. Abria as portas de sua casa, sem discriminação, e recebia escravos ou livres, judeus ou gentios, que agora eram seus irmãos em Cristo.

Sem dúvida este lar exerceu influência em muitas vidas. João Marcos, seu filho, por certo guardava boas lembranças dos irmãos acolhidos em casa de sua mãe, como Pedro, Tiago, João, e apesar de seu fracasso na carreira cristã, mais tarde tornou-se uma bênção no ministério do Apóstolo Paulo.

A casa de Simão, o curtidor:

Em Atos 9:43 lemos o seguinte: “E ficou muitos dias em Jope, com um certo Simão, curtidor”. E mais adiante : “Este (Pedro)está com um certo Simão, curtidor, que tem a sua casa junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer” (10:6).

Pedro está em plena atividade. Resolve visitar os “santos” que habitavam em Lida. Uma vez na cidade, Enéas, paralítico, é curado. E como resultado deste milagre, muitos creram no Senhor Jesus. Neste mesmo lugar morava uma jovem por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual, após uma enfermidade, veio a falecer. E Pedro, para lá se dirigiu, onde a ressuscitou. E este milagre foi notório a toda a cidade onde muitos creram no Senhor.

Foi em  casa de Simão, o curtidor,  que Pedro teve uma visão da parte do Senhor, onde viu num grande lençol atado pelas quatro pontas, animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu, mandando que ele os matasse e em seguida os comesse(Atos 10:12/14). Nada sabemos sobre este homem, mas é bem fácil descobrir que era um servo de Deus, cujo lar estava aberto para os seus irmãos em Cristo. Um lar repleto de amor, uma mesa farta para os hóspedes, como lemos em Atos 10:10.

Que lar abençoado, hospedando um dos pioneiros pregadores no início da igreja.

A casa de Lídia:

Finalmente, temos a casa de Lídia. Uma nova convertida nas terras europeias. Após ser batizada, ela e sua casa, convidou Paulo e Silas, a fim de que se dirigissem para sua casa (Atos 16:15). Foi a primeira família cristã na Europa a exercitar a hospitalidade.

E través dos anos quantos lares foram hospedeiros dos servos do Senhor! Quantas bênçãos foram alcançadas neste precioso ministério.

A minha casa:

Lembro-me de minha casa, ainda jovem,  onde muitos crentes foram hospedados e outros que ali paravam para uma refeição, a fim de continuarem sua viagem. Homens de Deus que nosso lar teve a honra de acolhê-los.

E quantos lares através dos anos tem servido e lavado os “pés dos santos”, ...se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos (I Tim.5:10).

Que o Senhor faça crescer em nós a hospitalidade, como nos ensina o escritor da carta aos Hebreus: “
Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos”.(Hebreus 13:2).

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

AMIGO VERDADEIRO







“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”. (João 15:13-15)





Creio que muitos gostariam de ouvir tal palavra nesta ocasião, três vezes repetida nestes versículos: Amigos!

Ciente do que logo aconteceria, e mesmo com a tristeza que já tomava conta do seu coração, Jesus  tinha uma palavra doce  para seus discípulos. Quanta diferença dos arrogantes fariseus que mantinham certa distância do povo. Jamais usaram  palavras bondosas.

Somente Jesus tinha palavras agradáveis, e usava seus lábios para atrair pessoas e instrui-las nos caminhos de Deus. Ele cumpriu exatamente a profecia de  Isaías

"O Senhor Deus me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está cansado..."(Isaías 50:4).

Amigos!  Não sei o efeito que esta palavra teve no coração dos discípulos, ou quanto foi consoladora nos anos que chegaram trazendo muita dor, fruto das intensas perseguições. Por certo foi lembrada com grata recordação e serviu de alento para suas vidas.

Ainda hoje essa voz que ecoa através das Sagradas Escrituras, convida  a todos para fazerem parte dos seus laços de amizade.

Jesus deixa claro que seremos seus amigos quando fizermos o que Ele nos manda: É muito pouco o que Ele requer de cada um:  “Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos  meus caminhos” (Provérbios 23:26). 

Quando o nosso coração for tocado pelo Seu coração, e transformado pelo seu poder, ganharemos um amigo verdadeiro, tão amigo, que não hesitou em ir à cruz e morrer em nosso lugar
para nos dar vida eterna.

“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”.

Ele será um amigo eterno.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©