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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

sábado, 26 de janeiro de 2019

DESPEDIDAS: COM OU SEM ESPERANÇA?

 E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, 
e vos tomarei para mim mesmo, 
para que onde eu estiver estejais vós também.(João 14:3)


As despedidas sempre são tristes e muitas vezes acompanhadas de lágrimas. É comum vê-las nos aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias. Mais tristes ainda, aquelas que vemos em cemitérios, ou de pessoas que se despedem à beira da morte, muitas sem esperanças de uma vida eterna. Daí o choro e o desespero dos que aqui ficam.

Entretanto, a despedida de Jesus de seus discípulos foi totalmente diferente. Embora entristecidos, ouviram palavras de ânimo e de conforto, e se sentiram amados, ouvindo que Ele os amou até o fim. Entre eles havia esperança de uma vida eterna, de um lugar que seria preparado. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar”.(João 14:1,2)

O evangelista João nos apresenta sua despedida, uma das partes mais queridas de todo o Novo Testamento, os capítulos 13 a 17.

Um dia antes de sua morte, Jesus reúne seus discípulos e conta-lhes que sua hora de morrer, ressuscitar e voltar para o céu havia chegado. Quase três anos se passaram desde aquele dia quando os convidou para serem pescadores de homens, deixando tudo para o seguirem. Neste período tão abençoado conheceram de perto o Senhor Jesus, e muitas instruções foram recebidas. E agora ele lhes declara “que os amou até o fim”.

Claro que Jesus se referia à vida humana que seria interrompida pela morte na cruz, mas que ao ressuscitar ao terceiro dia, esse amor se estenderia  por toda a eternidade.  

Mais de dois mil anos se passaram e ainda podemos sentir o amor de Jesus Cristo, um amor eterno e sem limites de tempo. É um amor que nos torna vencedores, e nas palavras do Apóstolo Paulo: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.(Rom.8:38,39)

Dentre suas últimas palavras reafirma seu amor pelos seus discípulos: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15:13). Você é amigo de Jesus? Então leia o que Ele falou: Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando”. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.(João 15:14,15).


Então, sinta-se amado por Jesus se você é seu amigo, e saiba que esse amor te acompanhará até o fim desta vida, e prosseguira imutável na eternidade.


Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 19 de janeiro de 2019

COMO É SUA ORAÇÃO ?


  
Jesus, pois, compadecido dele, estendendo a mão,
tocou-o e disse-lhe: Quero; sê limpo”.(Marcos 1:41)



O crescimento religioso nestes últimos tempos trouxe em seu bojo um comportamento antibíblico lamentável, qual seja, pregadores ou pastores como são chamados, nas suas orações exigem ou determinam a realização de milagres, e chegam a exagerar nas suas petições. Transformam Deus num servo obrigado em realizar os seus desejos.

Por certo tais pregadores desconhecem as Escrituras, assim como seus ouvintes, e essa forma de oração é praticada por todos. Esquecem a oração modelar de Jesus, “seja feita a tua vontade assim na terra como nos céus” (Mat.7:21).

No texto desta meditação há um homem leproso, que sabendo da presença de Jesus em sua aldeia, foi ao seu encontro. Seu desespero era tão grande que rompeu as barreiras impostas na lei de Moisés para que vivesse de forma isolada, e prostrou-se aos pés de Jesus.

O ato de prostrar-se denota humildade, submissão, dependência total. Esta é uma lição dada pelo leproso, um adorador, que muitas vezes é esquecida, quando em nossas orações buscamos a intervenção divina.

O leproso nada exigiu de Jesus. Apenas e tão somente o reconhece como Senhor, e deixa em suas mãos a terrível doença. “Senhor, se quiseres bem podes tornar-me limpo”. Bendita sua petição. Grandiosa sua fé.

Esta deveria ser nossa oração, reconhecendo Jesus como “Senhor”, e prostrados aos seus pés, apresentar-lhe nossa enfermidade para que Ele venha com sua cura, segundo sua vontade.

Quem somos nós para exigir algo de Deus?  Somos como o leproso, cobertos de lepra, que nas Escrituras é comparada ao pecado que nos deforma e mata.

“Jesus, pois, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. No mesmo instante desapareceu dele a lepra”.

Muitas vezes nossa oração não é respondida prontamente, mas sem dúvida não é esquecida por Jesus. Somos impacientes, pois no tempo Dele, não no nosso, virá sua resposta. Jesus não nos dará uma serpente em lugar de peixe, conforme sua palavra. (Lucas 11:11). Seus verdadeiros filhos sempre ganham o melhor de suas mãos.

Que as lições do leproso sejam imitadas por todos nós, reconhecendo sempre Jesus como Senhor de nossas vidas, sem Dele exigir ou determinar coisa alguma.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

SOU EU, NÃO TEMAIS

  
" eles, porém, ao vê-lo andando sobre o mar,
 pensaram que era um fantasma e gritaram;
porque todos o viram e se assustaram;
 mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: 
Tende ânimo; sou eu; não temais" (Marcos  6:49-50)



A leitura do capítulo seis do evangelho de Marcos nos dá um panorama das atividades de Jesus. Ele mesmo dizia “Meu pai trabalha até agora e eu trabalho também”(João 5:17). Portanto, era algo que ele apreciava, pois para isso veio ao mundo.

Ao findar desse dia despediu a multidão e foi ao monte orar. E quando desceu viu a dificuldade dos discípulos que remavam contra o vento na quarta vigília da noite (entre três e seis da manhã). Por certo estavam exaustos.

É notável pensar na atitude de Jesus, pois de longe viu o cansaço dos discípulos, e foi ao encontro deles. Há neste relato lições para todos, dentre as quais destacamos: 

Jesus nos vê de longe: Ele sabia que eram seus discípulos em plena escuridão. Jesus não mudou e hoje ele conhece aqueles que lhes pertencem.

Jesus conhece nossas lutas: Lutamos contra as dificuldades dentro de um mar bravio e na escuridão. O vento sopra ao contrário e não saímos do lugar.  Sua presença, portanto, acalma o vendaval e traz alívio ao coração.

Jesus vence o impossível. Ele caminha sobre o mar como em terreno sólido e a fúria do vento logo termina. Assim, ainda se manifesta e vem nos salvar no meio do vendaval e na escuridão do mar. Quantas vezes nos cansamos dentro do nosso “barco”, que gira com velocidade, mas não sai do lugar. Precisamos levantar nosso olhar e descobrir que é Jesus, não um fantasma, mas real e deseja nos socorrer.

Jesus se apresenta: “Sou eu”. É o “Eu sou” revelado a Moisés, que traduzido é o nome de Deus. Moisés encontrou a paz e a segurança na longa travessia do deserto, pois o “Eu Sou” caminhava à frente guiando o povo. Com os discípulos se dá o mesmo, ouvindo a voz do Mestre “Tende ânimo; sou eu; não temais”.

Jesus entra no barco: Assim, no mesmo instante, o vento cessou causando espanto nos discípulos. A mansidão das águas era algo impressionante, e o mar  um lindo lago.

Jesus navega conosco: Agora, os discípulos podem sorrir na certeza que estão seguros. “E, terminada a travessia, chegaram à terra em Genezaré, e ali atracaram”.

Assim será com aqueles que o conhecem e são seus filhos, porque creram nele. Ele entra em nossas vidas, assume o comando e nos vendavais caminha conosco, e a paz descansa nosso coração.

Um dia nossa travessia será concluída, nosso “barco” será atracado, e então receberemos as boas vindas de Jesus que nos salvou.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

UMA TRAVESSIA SEGURA




Então disse o Senhor a Moisés:
Por que clamas a mim?
dize aos filhos de Israel que marchem”.(Êxodo 14:15)


Estamos no começo de um novo ano. Tudo está encoberto aos nossos olhos. Alegrias, tristezas, decepções, perdas, e uma lista infindável de surpresas. Embora o cenário seja escuro, não devemos desanimar, mas confiar em Deus que vai à nossa frente.

À mente vem a velha história dos israelitas quando deixaram o Egito sob a liderança de Moisés. Caminharam até chegar ao mar, tendo os egípcios sob seu encalço. O medo tomou conta do povo, certos de que o exército de Faraó os destruiria. E aí vem a ordem de Deus:Então disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? dize aos filhos de Israel que marchem”. Mas como seguir tendo o mar à frente?  Uma impossibilidade humanamente falando. Precisavam tão somente confiar na providencia divina.

Deus entrou em ação. As águas foram separadas e o povo passou em seco. O salmista descreve, assim, este milagre extraordinário: “Pois repreendeu o Mar Vermelho e este se secou; e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto” (Salmos 106:9).

Quando todo o povo passou sem molhar suas vestes e seus pés, havia uma canção em seus lábios:  “O Senhor é a minha força, e o meu cântico; ele se tem tornado a minha salvação; é ele o meu Deus, portanto o louvarei; é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei”. (Êxodo 15:2)

Que entremos com confiança neste novo ano, na certeza que Deus caminhará à nossa frente e nos guardará. Ele não nos promete dias floridos ou ausência de tempestades, mas promete que estará conosco. E ao concluirmos a travessia, que tenhamos um cântico em nossa boca como os israelitas.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©