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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O ROSTO DE JESUS - Autor: Orlando Arraz Maz

COMO ERA O ROSTO DE JESUS

Muito se tem falado sobre o aspecto físico do Senhor Jesus. Livros em grande quantidade foram escritos, telas foram retratadas e milhares de pensamentos foram exteriorizados.

E você, de uma maneira especial, qual é sua idéia sobre sua pessoa? Alto, loiro, olhos azuis, cabelos compridos, olhar triste, semblante sombrio e por aí afora...?

Quantas vezes formamos a idéia de alguém qainda não conhecemos. Vamos ao encontro e começamos a formar uma imagem em nosso pensamento: “será gordo, magro, expansivo, calado” ? E ao nos encontrarmos, quantas surpresas.

A Bíblia nada fala quanto ao aspecto de Jesus. Todas as especulações ficam por conta do ser humano. E não é de hoje, pois os artistas desde os tempos mais remotos têm produzido verdadeiras obras primas, as quais tendem a nos incutir suas formas físicas.

A primeira indagação que nos vem à mente é “por que Deus escondeu do homem as belezas físicas de seu amado Filho?”

Quando a Bíblia se refere a Saul, encontramos o seguinte texto:

"Tinha este um filho, chamado Saul, jovem e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo de que ele; desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo”.(I Sam.9:2)

Com Davi :
Jessé mandou buscá-lo e o fez entrar. Ora, ele era ruivo, de belos olhos e de gentil aspecto... ( Sam. 16: 12)

Com Absalão:
Não havia em todo o Israel homem tão admirável pela sua beleza como Absalão; desde a planta do pé até o alto da cabeça não havia nele defeito algum. : (II Sam.14:25)

Mas de Cristo, Deus omite seus traços em toda a Escritura.
Recentemente alguém reproduziu como seria o rosto do Senhor Jesus, totalmente diferente daquilo que o mundo sempre concebeu: um judeu de média estatura, olhos e cabelos curtos, pretos, nariz aquilino, tal como conhecemos os homens daquelas terras.
Desde a minha infância sempre concebi Jesus tal qual retratado nos livros infantis. E sua figura sempre me atraiu. Mas hoje, na idade adulta, volto-me para a Palavra de Deus e tento descobrir o aspecto desta maravilhosa pessoa que tem atraído multidões através dos anos.

Quem sabe Deus omitiu seus traços a fim de que o ser humano se concentrasse nas belezas espirituais e por estas fossem atraídos?A beleza de uma pessoa está em seu caráter e reside no mais fundo do seu ser. Entretanto, o ser humano ainda não aprendeu esta lição.

Não foi assim que Deus ensinou a Samuel quando este viu a Eliabe? ( I Sam.16:7)

“...pois o homem vê o que está diante dos olhos,porém o Senhor olha para o coração”.

Encontramos na palavra de Deus muitas pessoas que desejavam ver a Jesus: Alguns gregos durante a festa :”Estes, pois, dirigiram-se a Felipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus”. João 12:21

O pequeno Zaqueu: “Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura”.Ev.Lucas cap.19

É interessante notar que o conhecimento de Zaqueu levou-o a seguir a Cristo; quanto aos gregos, somente na eternidade conheceremos os efeitos deste notável conhecimento, pois a mensagem de Jesus para eles foi de uma extraordinária sabedoria, que só o Deus-Homem seria capaz.

Mas a curiosidade ainda persiste: como era o rostode Jesus?

Se pudéssemos perguntar, qual repórter, a Zaqueu, por certo dele ouviríamos: “é o mais belo homem que já conheci”; e Pedro, enfaticamente, diria: “tem um carisma notável e dotado da mais intrigante persuasão”; André nos diria: “é um homem que quando conversa com alguém as horas não passam, mesmo se tarde da noite”... Nicodemos, então diria:” até mesmo alta madrugada é um homem impressionante”...e se algumas daquelas criancinhas que foram abençoadas por ele pudessem falar, diriam: “é um homem diferente que tem um toque mágico nas mãos...  e Mateus:   "é tão atraente que quando o vi, deixei minha mesa de trabalho, passei a segui-lo e nunca mais o deixei...e Judas, o que o traiu: “quando o vi naquela noite, entre as árvores do jardim, mesmo sob a luz bruxuleante das tochas, não resiste seu olhar ao beijá-lo, e esse olhar me acompanhou até a morte, tirando-me a coragem de, em vida, encará-lo , abraçá-lo e suplicar-lhe   seu perdão...

O retrato de Jesus durante o seu ministério, sem dúvida, embora não esboçado nas Escrituras, foi o do homem de beleza sem par. Um homem perfeito não só no físico, mas no espírito e na alma. Era um homem alegre a cada minuto do dia, sem mau humor. Um homem que podia chegar perto de crianças com um sorriso no rosto, diante da mulher pecadora com um olhar de carinho, diante de Pedro, após a negação, com um olhar de compaixão, e cada um por si só soube interpretar da melhor forma possível aquele olhar.

Sim, Jesus sempre foi uma pessoa alegre, porque o pecado é que entristece a alma, foi uma pessoa sadia, pois nunca lemos de qualquer enfermidade, nunca houve momentos de depressão, o que, sem dúvida, causava surpresa aos seus perseguidores.

Jesus sempre foi o Maravilhoso descrito por Isaias 9:6
Pelo salmista, "Tu és o mais formoso dos filhos dos homens: a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre... todas as tuas vestes cheiram a mirra a aloés e a cássia; desde os palácios de marfim de onde te alegram.”(Salmo 45:2,8)

Mas muitos vêem a Jesus como “homem de dores, que não tinha parecer nem formosura, e que olhando nós para ele nenhuma beleza víamos para que o desejássemos”, tão bem retratado pelo profeta Isaias.

Este retrato foi deixado por Deus, para todos os homens, a fim de que pudessem sentir a transformação que o pecado opera na vida.

É este retrato que Deus tem interesse que conheçamos. É um retrato sem retoques que nos mostra os efeitos maléficos do pecado.

Sim, o profeta Isaias, inspirado pelo Espírito Santo, quis retratar a desfiguração de Cristo na cruz.E de uma forma magnífica mostrar os efeitos do nosso pecado na transformação mais bela do rosto de um herói, cheio de graça e verdade. Aquele que sentiu profunda tristeza no jardim, sintoma até então desconhecido por ele, pois lá começava a trajetória para levar sobre si os nossos pecados.

Que jamais pensemos que o semblante de Jesus na cruz, um homem de dores, foi o mesmo durante o seu curto ministério.
Na cruz, sim,houve a cruel transformação, lá era o perfeito homem de dores, “era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos. E. como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado e não fizemos dele caso algum”(Isaias 53:3).

Quanto estrago o meu pecado fez no adorável rosto do meu Cristo. Quanta transformação operada naquele que era a simpatia das criancinhas, o novo amigo e depois o Salvador da mulher samaritana, o protetor e conselheiro da mulher adúltera, o restaurador da vida no lar da viúva, na casa dos amigos de Betânia...mas na cruz, aquele rosto, aquele olhar , aqueles pés e aquelas mãos foram transfiguradas e perderam todos os encantos, e o sangue que escorria pela sua fronte escondia toda a sua beleza.
Este é o retrato que Deus queria que contemplássemos. E nessa contemplação, fizéssemos um diagnóstico dos efeitos malignos do pecado. “Verdadeiramente Ele tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” A feiura do meu pecado dilacerou e desfigurou o rosto do meu querido Salvador naquela horrenda cruz. E o profeta completa : “e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”. Que engano mais tormentoso pensarmos que ele foi ferido de Deus pelo seu pecado...“Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades.

O meu pecado, o pecado do prezado leitor, foi como um raio que ao cair transformou o mundo e a vida num verdadeiro caos.

O homem e a mulher ao serem criados, sem o conhecimento do pecado, eram pessoas maravilhosas, assim como toda a criação.

Mas o pecado, qual vilão, tudo estragou.

E Jesus Cristo, o Maravilhoso, também foi atingido pelo meu pecado, e na cruz  transformou-se no mais indigno dos homens.
Eu e você fomos os responsáveis pela sua horrenda figura naquela cruz. Foi o nosso pecado que o desfigurou.

Hoje, após a obra consumada na cruz, Deus nos deixa outro retrato do seu amado filho. E este é revelado pelo apóstolo João na ilha de Patmos:
“E virei-me para ver quem falava comigo. E virando-me vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito, com um cinto de ouro.(Apoc.1:12-18).

Que a contemplação deste Salvador permaneça em cada coração. Naquele dia contemplaremos um Salvador glorificado sem o semblante da cruz, embora mostrando as marcas em seu corpo.

É este Salvador que Deus me apresentará naquele dia. É o Salvador maravilhoso das Escrituras, o Salvador sofredor na cruz, o Salvador triunfante nos céus. É este Salvador que eu quero ver.

Que Ele seja louvado para sempre, pois há de enxugar meu pranto, pois o fruto da obra daquela cruz, que transfigurou meu amado Senhor, perdoou para sempre o estrago que meus pecados fizeram no seu maravilhoso semblante.


E com satisfação hoje podemos cantar:: 
“Vamos ver o Rei ali, sua santa paz fruir, com Jesus morar, seu rosto contemplar, grande gozo desfrutar” (HC 208).











sexta-feira, 27 de agosto de 2010

UMA SIMPLES FEBRE - Autoria:Orlando Arraz Maz

UMA SIMPLES FEBRE

 
“Ora, a sogra de Simão Pedro achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela;e inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou.E ela levantando-se logo,servia-os” (Lucas 4:38,39)

Pedro já conhecia alguns milagres de Jesus.As notícias sempre chegavam de todas as partes.

Em Nazaré, sua cidade natal, fora expulso após pregar na sinagoga. Em Cafarnaum, libertara o endemoninhado, cidade onde morava Pedro. Mas o poder de Cristo agora iria atuar na sua casa, curando de uma febre alta sua sogra.

Quanta bondade tem o Messias há pouco conhecido por Pedro. Uma vez em sua casa, conta-nos o médico Lucas que Jesus se inclinou para ela, em sua cama, repreendendo a febre que a deixava prostrada. Logo, esta senhora começou a servir o Senhor Jesus e os demais presentes naquela casa.

E Pedro, sem dúvida, fora testemunha ocular da restauração da saúde de sua sogra.E mais uma vez, a admiração por Jesus cresce em seu coração.

O Mestre acabara de curar uma enfermidade aparentemente simples, uma febre, tão diferente das possessões demoníacas. Para ele não havia qualquer impedimento ou cansaço.

Nada sabemos dessa senhora. Mas a sua febre tem lições importantes para todos nós.

A febre sempre é prenúncio de uma enfermidade maior, algo escondido dentro do corpo, que uma vez descoberto e combatido, cessa de uma vez.

Este acontecimento na vida familiar de Pedro, sem dúvida, foi direcionado pelo Espírito Santo, a fim de que servisse de bênção em sua vida, e  tirasse lições que iriam ajudá-lo em seu ministério anos mais tarde.

Como este, todos os demais fatos narrados nas Escrituras são usados por Deus para o nosso ensino.

Pedro precisava saber que Jesus se importava com coisas simples e aparentemente triviais aos olhos humanos.

O ser humano não perde tempo com pequenas coisas, e muitas vezes, uma simples febre, não assusta ninguém.

Mas não foi assim com Jesus. A febre da sogra de Pedro foi tratada com muito interesse por parte de Jesus. E uma vez curada, logo se levantou, passando a servir todos os que estavam em sua casa. Plena disposição e boa vontade para fazer o melhor para Jesus.

A febre, olhando pelo prisma espiritual, denota um estado de prostração, desânimo, languidez. Ela tira toda a vontade espiritual, toda a alegria. Há abatimento total. E Jesus, ao entrar no coração do homem, como em uma casa, perdoa o pecado, a saúde espiritual é restaurada, a febre é banida de uma vez por todas, e a pessoa passa a ser útil.

E Pedro aprendeu esta grandiosa lição. Na igreja recém formada no Pentecostes, quantas vidas foram salvas, homens e mulheres vivendo no mais terrível estado febril, alcançaram o perdão dos pecados, crendo no sacrifício do Senhor Jesus.

Hoje Cristo deseja entrar em muitos lares, onde a febre tem separado corações de pais e filhos, maridos e esposas, pronto para dar saúde e disposição para serem úteis nos caminhos de Deus.

Fico imaginando a alegria desta mulher e a surpresa dos seus vizinhos, ao vê-la totalmente restabelecida pelo simples toque de Jesus. Por que? Porque Jesus se inclinou para ela. O Rei dos reis, o Senhor dos senhores, se inclinando para esta mulher. Foi exatamente para isto que Ele veio, descendo dos céus e tomando a nossa forma, “antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Filip.2:7).

Outra lição que Pedro aprendeu neste dia foi que sua sogra, uma vez restaurada, desejou servir aos que estavam em sua casa. Por certo, primeiramente serviu a Jesus. Assim se dá com os que foram salvos do pecado: nasce  uma nova disposição para servir a Cristo e cuidar dos seus interesses.

Que notável foi este dia para a sogra de Pedro. Mas muito mais, para todos os que foram curados da febre do pecado e sentiram o toque de Jesus se inclinando para salvar.

Para Pedro foi mais uma experiência notável, dentre as inúmeras que sentiria no decorrer do ministério de Jesus.

Que esta experiência na vida da sogra de Pedro sirva para todos os que passam por estados letárgicos, desanimados, abatidos, sem coragem.

Jesus, ainda hoje, deseja entrar em cada coração, estender a sua mão, reanimar e restaurar a fim de que tenham uma vida saudável e uma disposição santa para um serviço abençoado.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Deus das Maravilhas - Orlando Arraz Maz



“TU ÉS O DEUS QUE OPERAS MARAVILHAS”







Que verdade magnífica temos da parte do salmista. Depois de percorrer um caminho árduo de tristeza, queixas e desapontamentos, e  noites sem conciliar o sono, ele encontra saída para o seu sofrimento.
Ele está envolvido com pensamentos do passado, e na sua cama passa a questionar a bondade do Senhor, desconfiar da sua graça e duvidar das suas promessas.
Como Asafe,  autor deste salmo, fala ao nosso coração milhares de anos depois de tê-lo escrito. Quão semelhantes somos nas nossas queixas, e quão ingratos nos tornamos diante das obras do nosso Deus.
Vivemos dias difíceis, cercados de todas as angústias, pressões de todos os lados, atingindo em cheio nossos lares, nossos filhos, com reflexos inexoráveis na igreja.
Nunca se falou tanto em terapia de grupo, aconselhamentos, psicólogos, cujos consultórios sempre estão abarrotados de  pessoas abatidas, sofrendo intensamente, sem ânimo para as atividades do dia a dia, mergulhadas em depressão, prostradas, e nas igrejas muitos sem disposição espiritual.
Asafe descobriu a causa, e por si só resolveu o problema de toda sua angústia. “Isto é a minha aflição”. Na versão corrigida: “Isto é enfermidade minha”.
E a partir daí começa a pensar nas obras de Deus, seus milagres, seu caminho de santidade e toda a sua grandeza.
Se muitas vezes nos parecemos com o salmista, em relação a ele temos maiores recursos à nossa disposição. O Deus que ele conhecia era o Deus dos prodígios no Egito, das vitórias de Israel e da subjugação de muitos inimigos.
O Deus que conhecemos veio até nós, habitou entre os homens, onde armou a sua tenda, e onde sua glória resplandeceu.
Amou de tal maneira o ser humano demonstrando esse amor tão insondável, enviando seu único e amado Filho, onde o abandonou exposto à morte em uma cruz.
Asafe não desfrutava destas bênçãos, e em sua aflição pode dar um grito que saiu do lugar mais profundo do seu coração.
“Tu és o Deus que operas maravilhas”.
E todo aquele peso saiu de si como uma espiral de fumaça. Tudo foi dissipado.
E nós, tanto eu como você, temos maiores motivos para exclamar do fundo do coração: “Tu és o Deus que operas maravilhas”, porque fomos salvos para toda a eternidade e somos amados como filhos, embora adotados pela graça.
Quantos males deste século tão agitado seriam evitados, quantos gabinetes pastorais seriam esvaziados, quantos lares seriam mais felizes e quantas igrejas seriam mais atuantes, se cada um avaliasse as maravilhas de Deus na pessoa bendita de Jesus.
Que façamos desta expressão um lema para nossas vidas, e qual bandeira esteja  sempre hasteada: “Tu és o Deus que operas maravilhas”.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”


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Eu senti meu coração mui pesaroso,
Estava triste a minha alma com a dor,
Mas dos lírios tive ensino precioso,
E descanso no seu divinal amor.

sábado, 21 de agosto de 2010

D.L.MOODY

1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"

7ª e ÚLTIMA PARTE







Apesar de Moody não ter instrução acadêmica, reconhecia o grande valor da educação e sempre aconselhava a mocidade a se preparar para manejar bem a Palavra de Deus. Reconhecia a grande vantagem da instrução também para os que pregam no poder do Espírito Santo. Ainda existem três grandes monumentos às suas convicções nesse ponto - as três escolas que ele fundou: O Instituto Bíblico em Chicago, com 38 prédios e 16.000 matriculados nas aulas diurnas, noturnas e cursos por correspondências; o Northfield Seminário, com 490 alunos, e a Escola do Monte Hermon, com 500 alunos.

Entretanto, ninguém se engane como alguns desses alunos e como diversos crentes entre nós, pensando que o grande poder de Moody era mais intelectual do que espiritual.

Nesse ponto ele mesmo falava com ênfase: para maior clareza, citamos o seguinte de seus “Short Talks”:

“Não conheço coisa mais importante que a América precise do que de homens e mulheres inflamados como o fogo do Céu; nunca encontrei um homem ( ou mulher ) inflamado com o Espírito de Deus que fracassasse. Creio que isso seja impossível; tais pessoas nunca se sentem desanimadas. Avançam mais e mais e se animam mais e mais. Amados, se não tendes essa iluminação, resolvei adquiri-la, e orai:
‘Ó Deus ilumina-me com o teu Espírito Santo'!”

No que R. A. Torrey escreveu aparece o espírito dessas escolas que fundou:

“Moody costumava escrever-me antes de iniciar uma nova campanha, dizendo: “Pretendo dar início ao trabalho no lugar tal e em tal dia; peço-lhe que convoque os estudantes para um dia de jejum e oração”. Eu lia essas cartas aos estudantes e lhes dizia: ‘Moody deseja que tenhamos um dia de jejum e oração para pedir, primeiramente, as bênçãos divinas sobre nossas próprias almas e nosso trabalho'!

Muitas vezes ficávamos ali na sala das aulas até alta noite - ou mesmo até a madrugada - clamando a Deus, porque Moody nos exortava a esperar até que recebêssemos a bênção”.

“Até o dia da minha morte não poderei esquecer-me de 8 de julho de 1894.

Era o último dia da Assembléia dos Estudantes de Northfield. Às 15 horas reunimo-nos em frente à casa da progenitora de Moody... Havia 456 pessoas em nossa companhia... Depois de andarmos alguns minutos, Moody achou que podíamos parar. Nós nos sentamos nos troncos de árvores caídas, em pedras, ou no chão. Moody então franqueou a palavra, dando licença para qualquer estudante expressar-se. Uns 75 deles, um após outro, levantaram-se, dizendo: ‘Eu não pude esperar até às 15 horas, mas tenho estado sozinho com Deus desde o culto de manhã e creio que posso dizer que recebi o batismo com o Espírito Santo'.

Ouvindo o testemunho desses jovens, Moody sugeriu o seguinte: “Moços, por que não podemos ajoelhar-nos aqui, agora, e pedir que Deus manifeste em nós o poder do seu Espírito de um modo especial, como fez aos apóstolos no dia de Pentecostes?” E ali na montanha oramos”.

“Na subida, tínhamos notado como se iam acumulando nuvens pesadas; no momento em que começamos a orar, principiou a chuva a cair sobre os grandes pinheiros e sobre nós. Porém houve uma outra qualidade de nuvem que há dez dias estava se acumulando sobre a cidade de Northfield - uma nuvem cheia da misericórdia, da graça e do poder divino, de sorte que naquela hora parecia que nossas orações bombardeavam essas nuvens, fazendo descer sobre nós, em grande poder, a virtude do Espírito Santo”.

Que Moody mesmo era um estudante incansável, vê-se no seguinte:

“Todos os dias da sua vida, até o fim, segundo creio, ele se levantava muito cedo de manhã para meditar na Palavra de Deus. Costumava deixar sua cama às quatro horas da madrugada, mais ou menos, para estudar a Bíblia. Um dia ele me disse: “Para estudar, preciso me levantar antes que as outras pessoas acordem”. Ele se fechava num quarto afastado do resto da família, sozinho com a sua Bíblia e com o seu Deus”.

“Pode-se falar em poder, porém, ai do homem que negligenciar o único Livro dado por Deus, que serve de instrumento, por meio do qual Ele dá e exerce seu poder. Um homem pode ler inúmeros livros e assistir a grandes convenções; pode promover reuniões de oração que durem noites inteiras, suplicando o poder do Espírito Santo, mas se tal homem não permanecer em contato íntimo e constante com o único Livro, a Bíblia, não lhe será concedido o poder. Se já tem alguma força não conseguirá mantê-la, senão pelo estudo diário, sério e intenso desse Livro”.

16 de novembro de 1899

Tudo no mundo tem de findar; chegou o tempo também para D. L. Moody findar o seu ministério aqui na terra. Em 16 de novembro de 1899, no meio de sua campanha em Kansas City, com auditórios de 15.000 pessoas, pregou seu último sermão. É provável que soubesse que seria o último, certo é que seu apelo era ungido como poder vindo do Alto e centenas de almas foram ganhas para Cristo.

Para a nação, a sexta-feira, 22 de dezembro de 1899, foi o dia mais curto do ano, mas para D.L. Moody foi o dia que clareou, foi o começo do dia que nunca findará. Ás seis horas da manhã dormiu um ligeiro sono. Então os seus queridos ouviram-no dizer em voz clara: “Se isto é a morte, não há nenhum vale. Isto é glorioso. Entrei pelas portas e vi as crianças! (Dois de seus netos que já tinham falecidos). A terra recua; o céu se abre perante mim. Deus está me chamando!” Então se virou para a sua esposa, a quem ele queria mais do que a todas as pessoas, a não ser Cristo, e disse: “Tu tens sido para mim uma boa pessoa”.

No singelo culto fúnebre, Torrey, Scofield, Sankey e outros falaram à grande multidão comovida que assistiu. Depois o ataúde foi levado pelos alunos da Escola Bíblica de Monte Hermom a um lugar alto que ficava próximo, chamado "Round Top". Três anos depois, a fiel serva de Deus, Ema Moody, sua esposa, também dormiu em Cristo e foi enterrada ao lado do marido, no mesmo alto, onde permanecerão até o glorioso dia da ressurreição.

Contemplemos de novo, por um momento, a vida extraordinária desse grande ganhador de almas. Quando o jovem Moody chorava sob o poder do Alto na pregação do jovem Spurgeon, foi inspirado a exclamar: “Se Deus pode usar Spurgeon, Ele me pode usar também”.

A biografia de Moody é a história de como ele vivia completamente submisso a Deus, para esse fim. R.A. Torrey disse: “O primeiro fator por cujo motivo Moody foi instrumento tão útil nas mãos de Deus é que ele era um homem inteiramente submisso à vontade divina. Cada grama daquele corpo de 127 quilos pertencia ao Senhor; tudo que ele era e tudo que tinha pertencia inteiramente a Deus... Se nós, tu e eu, leitor, queremos ser usados por Deus, temos de nos submeter a Ele absolutamente e sem reservas”.


Leitor resolve agora, com a mesma determinação e pelo auxílio divino:
“Se Deus podia usar Dhight Lyman Moody, Ele me pode usar também!” Que assim seja! Amém!


Fonte: Heróis da Fé - Orlando Boyer - Editora CPAD - Páginas 231 à 252







segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Brinquedos do coração


Pai, quero conhecer-te, mas o meu covarde coração teme desistir dos seus brinquedos. Não consigo afastar-me deles sem sangrar por dentro e não tento ocultar de ti o terror dessa separação. Venho tremendo, mas venho.

Por favor, arranca do meu coração todas essas coisas às quais há tanto tempo venho me apegando e que se tornaram uma parte do meu “eu”, para que possas entrar e nele habitar sem qualquer rival. Depois farás glorioso o lugar em que teus pés pisam. Então meu coração não necessitará de sol para brilhar, pois tu serás a sua luz e nele não haverá noite.

Em nome de Jesus, Amém.

A.W.Tozzer, The pursuito of God

sábado, 7 de agosto de 2010

AMOR INCONDICIONAL



Meu Deus é um Deus que me ama tanto, tanto,
Que cuida de mim e me leva em seus braços
Que a cada dia enxuga todo o meu pranto
E bem de pertinho dirige os meus passos.

Por que me ama tanto? Tal amor não mereço,
O que em mim viu? Por certo, de bom, nada.
E quando menos espero mais o entristeço,
Ao prosseguir nesta minha curta jornada.

E porque me ama tanto, bem escondido,
Meu dia de amanhã guarda bem em segredo:
Uma dor que me deixaria entristecido,
Ele não me fala e posso viver sem medo.

Ele quer que eu sinta e viva a cada dia,
Avaliando seu socorro que não falha.
E quando a dor chegar resoluta e fria,
Seu coração de amor pronto me agasalha.


Esse é o Deus que garante meu futuro
O Deus que quero honrar mesmo sendo incapaz.
E se chegar o dia mau, o dia escuro,
Estarei bem seguro porque Ele é minha paz.

 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010


D.L.MOODY

1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"


SEXTA PARTE

Nos seus primeiros cultos nesse país, encontrou igrejas frias, com pouca assistência e o povo sem interesse nas suas mensagens. Mas a unção do Espírito que Moody recebera nas ruas de Nova Iorque, ainda permanecia na sua alma e Deus o usou como seu instrumento para um avivamento mundial.
Não desejava métodos sensacionais, mas usou os mesmos métodos humildes até o fim da vida: sermão dirigido direto aos ouvintes; aplicação prática da mensagem do Evangelho à necessidade individual; solos cantados sob a unção do Espírito; apelo para que o perdido se entregasse imediatamente; uma sala ao lado aonde levava os que se achavam em “dificuldades" em aceitar a Cristo; a obra que depois os salvos faziam entre os “interessados” e recém-convertidos; diariamente uma hora de oração ao meio-dia, e cultos que duravam dias inteiros.

Na Inglaterra, as cidades de York, Senderland, Bishop, Auckland, Carlisle e Newcastle foram vivificadas como nos dias de Whitefield e Wesley.
Na Escócia, em Edimburgh, os cultos se realizaram no maior edifício e “a cidade inteira ficou comovida”.

Em Glasgow, a obra começou com uma reunião de professores da Escola Dominical, a que assistiram mais de 3.000. O culto de noite foi anunciado para as 18:30 h, mas muito antes da hora marcada, o grande edifício ficou repleto e a multidão que não pôde entrar foi levado para as quatro igrejas mais próximas.

Essa série de cultos transformou radicalmente a vida diária do povo. Na última noite Sankey cantou para 7.000 pessoas que estavam dentro do edifício, e Moody, sem poder entrar no auditório, subiu numa carruagem e pregou a 20 mil pessoas que se achavam congregadas do lado de fora. O coral cantou os hinos de cima dum galpão.

Em um só dia mais de 2.000 pessoas responderam ao apelo para se entregarem definitivamente a Cristo.

Na Irlanda, Moody pregou nos maiores centros com os mesmos resultados, como na Inglaterra e Escócia. Os cultos em Belfast continuaram durante quarenta dias. O último culto foi reservado para os recém-convertidos, que só podiam ter ingresso por meio de bilhetes, concedidos gratuitamente. Assistiram 2.300 pessoas.

Belfast fora o centro de vários avivamentos, mas todos concordam em que nunca houvera um avivamento antes desse, de resultados tão permanentes.

Depois da campanha na Irlanda, Moody e Sankey voltaram à Inglaterra e dirigiram cultos inesquecíveis em Shefield, Manchester, Birgmingham e Liverpool.

Durante muitos meses, os maiores edifícios dessas cidades ficaram superlotados de multidões desejosas de ouvirem a apresentação clara e ousada do Evangelho por um homem livre de todo o interesse e ostentação.

O poder do Espírito se manifestou em todos os cultos produzindo resultados que permanecem até hoje.

O itinerário de Moody e Sankey na Europa findou-se após quatro meses de cultos em Londres.

Moody pregava alternadamente em quatro centros. Os seguintes algarismos nos servem para compreender algo da grandeza dessa obra durante os quatro meses: Realizaram-se 60 cultos em Agricultural Hall, aos quais um total de 720.000 pessoas assistiu; em Bow Road Hall, 60 cultos, aos quais 600.000 pessoas assistiram; em Camberwell Hall, 60 cultos, com assistência de 480.000; Haymarket Opera House, 60 cultos, 330.000; Vitória Hall, 45 cultos, 400.000 assistentes.

Quando Moody saiu dos Estados Unidos em 1873, era conhecido apenas em alguns Estados e tinha fama, apenas como obreiro da Escola Dominical e da Associação Cristã de Moços. Mas quando voltou da campanha na Inglaterra em 1875, era conhecido como o mais famoso pregador do mundo. Contudo continuou o mesmo humilde servo de Deus. Foi assim que uma pessoa que o conhecia intimamente descreveu sua personalidade: “Creio que era a pessoa mais humilde que jamais conheci... Ele não fingia humildade. No íntimo do seu coração rebaixava-se a si mesmo e superestimava os outros. Ele engrandecia outros homens, e, sempre que possível arranjava para que eles pregassem. Fazia tudo para não aparecer”.

Ao chegar novamente aos Estados Unidos, Moody recebeu convites, para pregar, de todas as partes do País. Sua primeira campanha (em Brooklyn) foi um modelo para todas as outras. As denominações cooperavam; alugaram um prédio que comportava 3.000 pessoas. O resultado foi uma grande e permanente obra.

Nas suas campanhas havia ocasiões que eram realmente dramáticas. Em Chicago, o Circo Forepaugh, com uma tenda de lona que tinha assentos para 10.000 pessoas e lugares para outras 10.000 em pé, anunciou representações para dois domingos. Moody alugou a tenda para os cultos de manhã, os donos resolveram não fazer sessão no segundo domingo. Entretanto, o culto realizou-se sob a lona no segundo domingo, o calor era tanto que dava a impressão de matar a todos, porém 18.000 pessoas ficaram em pé, banhados em suor e esquecidos do calor. No silêncio que reinava durante a pregação de Moody, o poder desceu e centenas foram salvos.

O doutor Dale disse: “Acerca do poder de Moody, acho difícil falar. É tão real e ao mesmo tempo tão diferente do poder dos demais pregadores, que não sei descrevê-lo. Sua realidade é inegável. Um homem que pode cativar o interesse de um auditório de três a seis mil pessoas, por meia hora, de manhã, por quarenta minutos, de novo, ao meio-dia e de um terceiro auditório, de 13 a 15 mil, durante quarenta minutos, à noite, deve ter um poder extraordinário”.

Acerca desse poder maravilhoso, Torrey testificou: “Várias vezes tenho ouvido diversas pessoas dizerem que viajaram grandes distancia para ver e ouvir D.L. Moody, e que ele, de fato, é um maravilhoso pregador. Sim, ele era em verdade o mais maravilhoso que eu jamais ouvi; era grande o privilégio de ouvi-lo pregar, como só ele sabia pregar.

Contudo, conhecendo-o intimamente, quero testificar que Moody era maior como intercessor do que como pregador. Enfrentando obstáculos aparentemente invencíveis, ele sabia vencer todas as dificuldades. Sabia, e cria no mais profundo de sua alma, que não havia nada demasiadamente difícil para Deus fazer, e que a oração podia conseguir tudo que Deus pudesse realizar”.








quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Esse é o meu Deus



Meu Deus é um Deus que se comove e chora,
Deus de verdade, Deus onipotente,
Com letra maiúscula, que se adora,
Bem oposto ao deus grego, prepotente.

Na Grécia antiga está em cada esquina,
Como em Atenas, deus desconhecido.
Por isso é deus com letra pequenina
Inútil e de forças desprovido.

Mas o meu Deus é poderoso e forte,
Que chorando, Lázaro ressuscita.
Que lá na cruz em presença da morte,
Dá ao ladrão a esperança bendita.

Esse é o meu Deus. Não o troco por nada
Ele me entende e como sabe quem sou!
Traz minha frágil mão bem apertada,
À sua mão pela estrada em que vou.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

ESPERANÇA

Durante a guerra civil americana, num determinado dia houve um momento de trégua, em que os dois exércitos inimigos se achavam em certo lugar, postados um diante do outro. Entre eles havia uma campina. De repente, um pequeno pássaro marrom saiu voando de uma moita, subindo para o céu. No alto, distante, mais parecendo um pontinho escuro no azul celeste, ele se pos a entoar uma linda melodia. Era um canto belíssimo, cujo segredo somente a cotovia conhece. E os olhos daqueles homens calejados se encheram de lágrimas. Os corações endurecidos se tornaram ternos e compassivos. Havia um Deus que cuidava deles.Ainda poderia haver esperança para a humanidade.

A esperança é como uma cotovia num campo de batalha. Se estiver presa numa gaiola, ainda que dourada, ela não canta. Se estiver cercada por uma atmosfera de luxo religioso, ela não ganha as alturas.

Todavia, as almas fortes, que destemidamente se expõe ao perigo no campo de batalha da vida, seja por causa de Deus ou do próximo, ouvem a música da esperança. E com isso elas se alegram e se fortalecem. (E.Hermann).
“Então a nossa boca se encheu de riso, ficamos como quem sonha”.

A maré pode mudar; o vento pode se tornar favorável. Sempre estamos ouvindo falar que as coisas mudam. Isso já aconteceu no passado.

“Esperando contra a esperança”, Senhor, aguardo. Mesmo diante de portões fortemente gradeados. A esperança nunca diz: “ É tarde demais”. Por isso, Senhor, em ti espero.

Espero, Senhor, embora a noite seja longa. Espero o raiar de um novo dia.

A manhã deve chegar com um cântico, pois “ na esperança fomos salvos”.

“Espera, pois, pelo Senhor”.

domingo, 1 de agosto de 2010

JARDIM BOTUCATU - IGREJA DO SENHOR

PARABÉNS IGREJA DO SENHOR EM JARDIM BOTUCATU


A foto colocada neste blog é do prédio da igreja localizada em Jardim Botucatu, Rua Geraldo Santos, 28, um bairro da periferia da zona sul de São Paulo, nas imediações de Vila Moraes, Parque Bristol,etc.

A foto foi tirada em agosto de 2009, por ocasião dos seus 36 anos de atividade, com uma boa parte de seus membros.

Este mês a igreja está comemorando seus 37 anos, e sem dúvida uma nova foto será tirada.

Logo, será colocada para todos vocês.