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sexta-feira, 6 de agosto de 2010


D.L.MOODY

1837 - 1899

"Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também"


SEXTA PARTE

Nos seus primeiros cultos nesse país, encontrou igrejas frias, com pouca assistência e o povo sem interesse nas suas mensagens. Mas a unção do Espírito que Moody recebera nas ruas de Nova Iorque, ainda permanecia na sua alma e Deus o usou como seu instrumento para um avivamento mundial.
Não desejava métodos sensacionais, mas usou os mesmos métodos humildes até o fim da vida: sermão dirigido direto aos ouvintes; aplicação prática da mensagem do Evangelho à necessidade individual; solos cantados sob a unção do Espírito; apelo para que o perdido se entregasse imediatamente; uma sala ao lado aonde levava os que se achavam em “dificuldades" em aceitar a Cristo; a obra que depois os salvos faziam entre os “interessados” e recém-convertidos; diariamente uma hora de oração ao meio-dia, e cultos que duravam dias inteiros.

Na Inglaterra, as cidades de York, Senderland, Bishop, Auckland, Carlisle e Newcastle foram vivificadas como nos dias de Whitefield e Wesley.
Na Escócia, em Edimburgh, os cultos se realizaram no maior edifício e “a cidade inteira ficou comovida”.

Em Glasgow, a obra começou com uma reunião de professores da Escola Dominical, a que assistiram mais de 3.000. O culto de noite foi anunciado para as 18:30 h, mas muito antes da hora marcada, o grande edifício ficou repleto e a multidão que não pôde entrar foi levado para as quatro igrejas mais próximas.

Essa série de cultos transformou radicalmente a vida diária do povo. Na última noite Sankey cantou para 7.000 pessoas que estavam dentro do edifício, e Moody, sem poder entrar no auditório, subiu numa carruagem e pregou a 20 mil pessoas que se achavam congregadas do lado de fora. O coral cantou os hinos de cima dum galpão.

Em um só dia mais de 2.000 pessoas responderam ao apelo para se entregarem definitivamente a Cristo.

Na Irlanda, Moody pregou nos maiores centros com os mesmos resultados, como na Inglaterra e Escócia. Os cultos em Belfast continuaram durante quarenta dias. O último culto foi reservado para os recém-convertidos, que só podiam ter ingresso por meio de bilhetes, concedidos gratuitamente. Assistiram 2.300 pessoas.

Belfast fora o centro de vários avivamentos, mas todos concordam em que nunca houvera um avivamento antes desse, de resultados tão permanentes.

Depois da campanha na Irlanda, Moody e Sankey voltaram à Inglaterra e dirigiram cultos inesquecíveis em Shefield, Manchester, Birgmingham e Liverpool.

Durante muitos meses, os maiores edifícios dessas cidades ficaram superlotados de multidões desejosas de ouvirem a apresentação clara e ousada do Evangelho por um homem livre de todo o interesse e ostentação.

O poder do Espírito se manifestou em todos os cultos produzindo resultados que permanecem até hoje.

O itinerário de Moody e Sankey na Europa findou-se após quatro meses de cultos em Londres.

Moody pregava alternadamente em quatro centros. Os seguintes algarismos nos servem para compreender algo da grandeza dessa obra durante os quatro meses: Realizaram-se 60 cultos em Agricultural Hall, aos quais um total de 720.000 pessoas assistiu; em Bow Road Hall, 60 cultos, aos quais 600.000 pessoas assistiram; em Camberwell Hall, 60 cultos, com assistência de 480.000; Haymarket Opera House, 60 cultos, 330.000; Vitória Hall, 45 cultos, 400.000 assistentes.

Quando Moody saiu dos Estados Unidos em 1873, era conhecido apenas em alguns Estados e tinha fama, apenas como obreiro da Escola Dominical e da Associação Cristã de Moços. Mas quando voltou da campanha na Inglaterra em 1875, era conhecido como o mais famoso pregador do mundo. Contudo continuou o mesmo humilde servo de Deus. Foi assim que uma pessoa que o conhecia intimamente descreveu sua personalidade: “Creio que era a pessoa mais humilde que jamais conheci... Ele não fingia humildade. No íntimo do seu coração rebaixava-se a si mesmo e superestimava os outros. Ele engrandecia outros homens, e, sempre que possível arranjava para que eles pregassem. Fazia tudo para não aparecer”.

Ao chegar novamente aos Estados Unidos, Moody recebeu convites, para pregar, de todas as partes do País. Sua primeira campanha (em Brooklyn) foi um modelo para todas as outras. As denominações cooperavam; alugaram um prédio que comportava 3.000 pessoas. O resultado foi uma grande e permanente obra.

Nas suas campanhas havia ocasiões que eram realmente dramáticas. Em Chicago, o Circo Forepaugh, com uma tenda de lona que tinha assentos para 10.000 pessoas e lugares para outras 10.000 em pé, anunciou representações para dois domingos. Moody alugou a tenda para os cultos de manhã, os donos resolveram não fazer sessão no segundo domingo. Entretanto, o culto realizou-se sob a lona no segundo domingo, o calor era tanto que dava a impressão de matar a todos, porém 18.000 pessoas ficaram em pé, banhados em suor e esquecidos do calor. No silêncio que reinava durante a pregação de Moody, o poder desceu e centenas foram salvos.

O doutor Dale disse: “Acerca do poder de Moody, acho difícil falar. É tão real e ao mesmo tempo tão diferente do poder dos demais pregadores, que não sei descrevê-lo. Sua realidade é inegável. Um homem que pode cativar o interesse de um auditório de três a seis mil pessoas, por meia hora, de manhã, por quarenta minutos, de novo, ao meio-dia e de um terceiro auditório, de 13 a 15 mil, durante quarenta minutos, à noite, deve ter um poder extraordinário”.

Acerca desse poder maravilhoso, Torrey testificou: “Várias vezes tenho ouvido diversas pessoas dizerem que viajaram grandes distancia para ver e ouvir D.L. Moody, e que ele, de fato, é um maravilhoso pregador. Sim, ele era em verdade o mais maravilhoso que eu jamais ouvi; era grande o privilégio de ouvi-lo pregar, como só ele sabia pregar.

Contudo, conhecendo-o intimamente, quero testificar que Moody era maior como intercessor do que como pregador. Enfrentando obstáculos aparentemente invencíveis, ele sabia vencer todas as dificuldades. Sabia, e cria no mais profundo de sua alma, que não havia nada demasiadamente difícil para Deus fazer, e que a oração podia conseguir tudo que Deus pudesse realizar”.








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