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São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

AOS PÉS DE CRISTO, O MELHOR LUGAR

 

  

Convidado por um dos fariseus para jantar,

Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa.
Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu,

certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’,

trouxe um frasco de alabastro com perfume,
e se colocou atrás de Jesus, a seus pés.

Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas.

Depois os enxugou com seus cabelos,

beijou-os e os ungiu com o perfume.(Lucas 7:36-38)

 

A Bíblia está repleta de narrativas envolvendo a bendita pessoa de Jesus, muitas das quais nos emocionam. Esta, de nossa meditação, é uma delas.

Descobrimos ao ler o texto um fariseu que convidou Jesus para jantar, e podemos deduzir que seu convite era meramente formal, talvez investigativo para acusá-lo perante as autoridades. Sua atitude como anfitrião denota um coração frio e desprovido de qualquer necessidade espiritual. Pelo julgamento que fez à mulher, ele se colocou num pedestal ao afirmar que se tratava de uma pecadora.

Não basta um convite para recepcionar a Jesus em nossas vidas, quando nos colocamos num lugar elevado, ou nos aborrecemos quando somos tratados como pecadores, e o convite se torna apenas uma formalidade espiritual.

Entretanto, a iniciativa da mulher é deveras instrutiva, pois sentiu necessidade em seu coração de ter um encontro com Jesus. Analisou sua vida e descobriu que a melhor solução estava em Jesus. E não perdeu tempo. Munida de um frasco de alabastro, postou-se beijando os pés de Jesus, e com seus cabelos secando as lágrimas neles derramadas. Uma atitude de profunda necessidade, pois era impossível carregar o fardo dos seus pecados, e a melhor solução era depositá-lo aos pés de Jesus. Em seguida, suas mãos carinhosas derramaram em seus pés o perfume precioso.

Nada escapou do atento olhar de Simão, que em seu pensamento censurou o Senhor Jesus, duvidando de sua missão, como profeta e Salvador do mundo. E Jesus em sua onisciência leu o pensamento de Simão, e em seguida contou-lhe a parábola dos dois devedores mostrando ao fariseu a sua frieza em contraste com a devoção da mulher.

Hoje não mais podemos beijar os pés de Jesus e regá-los com nossas lágrimas, mas podemos e devemos trazer em nosso coração o alabastro do nosso louvor e gratidão pelo amor demonstrado na cruz. Fomos abençoados com um amor infinito que cobriu a multidão de nossos pecados, e nos deu a sua paz.

Lamentamos o procedimento de Simão, pois sua história poderia ter sido diferente. Nada tocou seu coração. Saiu da presença de Jesus levando sua arrogância. A mulher, por sua vez, saiu salva e levando sua paz no coração.

Que imitemos esta mulher conhecida como “a mulher pecadora”, e tal como ela, sejamos conhecidos por todos como “pecadores”, salvos por Cristo e possuidores de sua paz.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 21 de novembro de 2020

CORAÇÃO DE PEDRA OU DE CARNE?

 “Darei a vocês um coração novo e porei 
um espírito novo em vocês; 
tirarei de vocês o coração de pedra 
e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

Estamos atravessando um período de nossa história marcado por violência e morte. As notícias e imagens chegam até nós, e ficamos perplexos com cenas de horror. Basta uma pequena discussão, que normalmente acaba em morte. Nesta semana foi a vez de João Alberto morrer vítima de espancamento, cuja notícia se espalhou imediatamente por todos os lugares.

A Bíblia relata o primeiro homicídio que também nos causa certa perplexidade. Um irmão mais velho, Caim, matou seu irmão menor, Abel. Desconhecemos como o matou, mas os motivos que o levaram à tamanha crueldade, estes, sim, são conhecidos. A inveja de seu irmão foi a causa, uma vez que teve sua oferta rejeitada por Deus.

Certamente, dentro do jardim, a morte não era cogitada e muito menos entendida. Não bastasse a expulsão motivada pela desobediência, agora sentem os efeitos do pecado. Primeiramente, a morte espiritual, o afastamento de Deus, agora, a morte física de seu filho Abel. Fico imaginando a tristeza de seus pais, e o lamento dessa morte brutal.

E a partir daí, como uma estrada sinuosa, através dos anos temos visto a mesma história: sangue derramado, lágrimas sem conta, famílias esfaceladas, filhos sem pais, e tudo porque o pecado entrou por todos os poros do ser humano.

Tais mortes acontecem porque falta o amor de Cristo no coração daqueles que as praticam, pois “o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”. (Gál. 5:22,23).

Embora o panorama seja sombrio, há esperança em meio a tanto caos. É conhecer o transformador amor de Cristo que muda os impulsos do coração. A nova vida dada por Cristo vem com novos desejos, todos produzidos pelo fruto do espírito.

Assim, quando o Evangelho de Cristo penetrar no coração de pedra do ser humano, e for trocado por um coração de carne, muitas vidas serão poupadas e lágrimas não mais serão derramadas. Ezequiel, o profeta, assim escreve: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. (Ezequiel 36:26).

O pecado trouxe lágrimas e mortes. Cristo trouxe vida e vida em abundância. E ele mesmo enxugará dos olhos toda lágrima. “Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apoc. 21:4)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

domingo, 15 de novembro de 2020

QUEBROU! E AGORA?

 Mas o vaso de barro que ele estava formando se estragou-se em suas mãos; 

e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade.Jeremias 18:4



Certa vez mandei um vídeo para ser consertado, e qual não foi minha surpresa em ouvir do técnico que o conserto não compensava. Seu destino deveria ser o lixo. Uma tristeza, pois estava bem conservado, sem riscos, e parecia ter saído da loja. Mas, para nada mais servia.

E por falar em algo que se quebrou, vem à lembrança o vaso do oleiro descrito pelo profeta Jeremias.
A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo:
Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. (Jeremias 18:1-4)

Um oleiro e sua obra - um vaso - possivelmente para ser usado como decoração, o que requer muito cuidado e atenção. Mas mesmo assim, quebrou-se nas mãos do oleiro.

Deus fez uma obra perfeita na criação do homem e sua mulher. Como um vaso de barro, sem rachaduras, uma verdadeira obra prima. Mas não tardou, exposto às tentações de Satanás, ficou totalmente destruído, com riscos por toda parte. Perdeu sua utilidade principal: glorificar seu criador através da obediência.

Através dos tempos o ser humano, qual vaso de barro, tentou cobrir as rachaduras e ocultar os defeitos. Tarefa impossível, cansativa, desgastante. Aparentava uma coisa, mas era realmente outra. Como bem diz o ditado:  "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

O que fazer, então? O conserto vem pelas hábeis mãos de Jesus, que nos molda de acordo com seu caráter. Nos dá uma nova vida, nos salva perfeitamente, e nos apresenta ao Pai como uma obra prima. Basta não fazer vistas grossas para as rachaduras, e suplicar seu perdão e pedir que nos restaure.

Para os aparelhos eletrônicos e todos os demais que apresentam defeitos, como o meu, embora conservados, nada se pode fazer. Mas para o ser humano há esperança de ser plenamente reciclado pelas mãos do nosso Amado Oleiro, o Senhor Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sábado, 7 de novembro de 2020

A FONTE INESGOTÁVEL

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  “Se alguém tem sede, venha a mim e beba"

 Nunca se falou tanto em falta d’água como nestes últimos dias. As reservas estão se esgotando, os rios estão secando e o povo vive afligido e temeroso diante de tal situação.

De fato, o cenário se descortina profundamente triste, na visão de campos outrora verdejantes agora carregados de um amarelo vivo, sem contar inúmeros animais mortos, sedentos e famintos.

 Nosso planeta em sua superfície é composto de 70% de água, sendo apenas 4% de água doce, própria para o consumo. Diante de uma população mundial aproximando-se de 7 bilhões de pessoas, realmente é para se pensar nas formas econômicas de usar o pouco que resta em nossos mananciais.

Todos por certo já provaram um copo d’água bem fresquinha depois de uma caminhada sob o sol inclemente, uma verdadeira delícia. Mas quando nos falta e a garganta começa a dar sinais, ficamos preocupados em encontrá-la o mais rápido possível.

Certa vez o rei Davi em meio às suas batalhas contra os filisteus, sentiu sede e desejou beber a água saborosa tirada do poço de Belém: “E Davi, com saudade, exclamou: Quem me dera beber da água da cisterna que está junto à porta de Belém!” (II Sam.23:15)

A história da mulher samaritana registrada pelo evangelista João, conta-nos da sua necessidade em buscá-la na fonte de Jacó, quando se encontrou com o Senhor Jesus que lhe pediu água para saciar a sua sede. E deste diálogo tão maravilhoso, descobriu que Jesus tinha uma água cuja nascente era divina, uma água viva que mata a sede espiritual do ser humano. E alegre pela descoberta, deixou seu cântaro junto ao poço e foi contar as novas para seus conhecidos.

A água que mata a nossa sede é vital, sim, para o corpo. Mas há uma água, a mesma provada pela mulher de Samaria, que sacia todo aquele sedento de Deus e que vai bebê-la na fonte do Calvário.

Uma das últimas mensagens de Jesus no pórtico do Templo de Jerusalém ressaltava a importância da água espiritual:  "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” (Ev. de João 7:37,38)

É bastante sensato o ser humano preocupar-se com a falta d’água no planeta, entretanto, poucos se importam com a “água viva” oferecida por Jesus, que não corre o risco de faltar, pois a fonte é inesgotável. Entretanto, há necessidade de sentir sede, incomodar-se, preocupar-se, e correr para os braços de Jesus, crer no seu sacrifício na cruz do calvário e confessá-lo como Senhor e Salvador. Somente assim a sede será saciada.

 Que assim seja

 ©Orlando Arraz Maz

domingo, 1 de novembro de 2020

A BÍBLIA - O LIVRO IMUTÁVEL

 

 

A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos

 e luz que clareia o meu caminho. (Salmos 119:105)

 

Estamos atravessando tempos difíceis, onde o ser humano cada vez mais se distancia da Palavra de Deus, dando liberdade às suas tendências pecaminosas. Especialmente na área sexual temos assistido cenas que no passado mal se viam, mas que atualmente são vistas à luz do dia. Lamentavelmente, como escreve o apóstolo Paulo, “O deus deste século cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (II Cor.4:4).

Entretanto, no meio desse caos espiritual, surgem “ensinadores”, que para ganharem a simpatia de seus ouvintes, alegam que a Bíblia se tornou arcaica e não mais se aplica aos dias de hoje e que os ensinos deixados pelos apóstolos perderam sua validade. E o pior, seus ouvintes se alegram com suas mensagens porque não querem mudar de comportamento, e assim prosseguem com o erro em seus corações. Tais ensinadores são cegos que procuram guiar outros cegos, e a queda é fatal nas palavras do Senhor Jesus: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco? "(Lucas 6:39).

Vale a pena recordar as palavras do apóstolo Pedro referindo-se às Escrituras: “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:20,21). Portanto, Deus falou aos homens que Ele escolheu para escreverem sua palavra a qual serve para todos os tempos. E na oração sacerdotal de Jesus lemos:” Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17).

A palavra de Deus, a Bíblia não pode ser mudada nem ajustada para determinadas situações. Sua eficácia é a mesma, ontem, hoje e eternamente como é o próprio Senhor Jesus (Heb. 13:8). A verdade de Deus é imutável. Nela Deus condena o pecado, e não rejeita o mais vil pecador, pois recebe em seus braços todos que se arrependem.

 Portanto, todo comportamento pecaminoso Deus abomina. O que era pecado continua sendo pecado, e nada pode ser mudado. O primeiro casal pecou contra Deus ao desobedecê-lo, e tal atitude os colocou para fora do jardim.

Tais pregadores, muitos ostentando os títulos de pastor, apóstolo ou profeta, deveriam voltar à Palavra de Deus e modificar suas pregações, levando seus ouvintes ao arrependimento verdadeiro, a fim de que a luz do evangelho resplandeça em seus corações, “pois aquele que está em Cristo é nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas”. (II Cor.5:17)

Paulo, o apóstolo escrevendo aos cristãos de Corinto, depois de elencar as mais diversas paixões pecaminosas, conclui esclarecendo: “Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (I Cor. 6: 9 a 11).O apóstolo não mudou sua mensagem e nem adaptou-a às práticas pecaminosas da cidade de Corinto, mas aplicou-lhes a Palavra de Deus e aqueles cristãos foram transformados.

Que as misericórdias de Deus que não têm fim e que são novas a cada manhã (Lam.3:22,23) alcancem aqueles que querem modificar a Bíblia, abrindo-lhes os olhos para que vejam de Gênesis à Apocalipse  o Senhor Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida.

 Que assim seja

Orlando Arraz Maz©