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sexta-feira, 25 de maio de 2012

SOBRECARREGADO, MAS SUSTENTADO



  
                                               

                “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá;
                                          nunca permitirá que o justo seja abalado”. (Salmo 55:22)

Um homem perplexo e sobrecarregado, mas sustentado por Deus. E o rei Davi era este homem, passando por um momento bastante tumultuado.

Depois de expor vários pensamentos alinhados neste salmo, todos carregados de ressentimentos, ele chega à última parte nos versículos 16 a 23, mostrando a sua fé para com Deus. “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará” (16).

Como está o seu coração neste dia? Sobrecarregado, aflito, amargurado? Talvez tantas coisas têm acontecido que cooperaram para afugentar o riso dos seus lábios.

Todos nós passamos por momentos assim, não é? Quem se atreve a atirar a primeira pedra?

Precisamos estar a sós com Deus, e fazer o mesmo que Davi: “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará”.

“Lança o teu cuidado”  Com  estas palavras  Deus falou ao coração de Davi: Onde lançar? Sobre o Senhor, e como resultado, sua sustentação virá sem qualquer abalo.

Esta lição foi dada por Jesus no sermão do monte (Mateus 6:25). Ele conhecia a personalidade de cada um dos seus discípulos, e como receberiam mais tarde as fortes provações, os vendavais do inimigo, e, portanto, desejava instruí-los neste sentido.

Pedro aprendeu a lição, pois já envelhecido, ao escrever aos crentes da Dispersão, ensinou-lhes a importância de lançar sobre Ele toda ansiedade: “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”(I Pedro 5:7).

Que tal absorvermos a mesma lição? Deus a ensinou a Davi e este se apropriou dela. Jesus ensinou aos discípulos e Pedro em especial guardou-a em seu coração; os estrangeiros da Dispersão, por sua vez aprenderam a grandiosa lição dos lábios de Pedro, e assim por diante.

Estamos dispostos a aprendê-la? Deixar que nosso coração se aproprie dela? Só assim encontraremos a paz desejada e com entusiasmo poderemos ensiná-la. A quantos? Sem dúvida será uma quantidade muito expressiva de pessoas.

Deixemos com o Senhor nossas ansiedades. Seu ombro é forte e seu coração é sensível e amoroso às nossas apreensões.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 18 de maio de 2012

QUANDO É IMPOSSÍVEL CANTAR


“Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?
Salmo 137:5

Quando leio este salmo uma imagem triste vem à minha mente. Sugere um fim de tarde, o sol se pondo, e de mansinho as nuvens brancas se retirando dos céus. Homens, mulheres e crianças estão sentados à margem do rio, calados, pensativos. Facilmente se descobre que são judeus, longe dos campos de trigo, das terras outrora fartas, dominados por um povo estranho. 

Mais além há um outro grupo de pessoas sorrindo e despreocupadas, longe de problemas. São os que oprimem os judeus e que pedem para que cantem os salmos de Davi, de Asafe,compositores judeus.

Mas a voz não lhes sai da garganta e as harpas estão sem uso, suspensas nos salgueiros que cobrem o rio. Que quadro mais sombrio e triste.

É difícil cantar as canções do Senhor em terra estranha, inimiga, na presença de um povo cruel e sanguinário como os babilônios. Um povo que desconhecia a grandiosidade do Deus de Israel.

Quantas vezes podemos nos encontrar à “beira de um rio”, ao cair de uma tarde com nossos pensamentos longe de Deus, distante das nossas origens. E cercado de “amigos” que nos pedem uma canção, nossa voz não sai.

Naquela noite fria, Pedro, o discípulo impulsivo estava sentado entre os inimigos de Jesus. Estava numa “terra estranha”, sem poder contar as maravilhas de seu Mestre e seus grandes feitos. Outra não foi a saída, senão dizer bem alto que não conhecia o Galileu recentemente preso, na sala do julgamento.

O que fazer então em uma terra estranha? Primeiramente, jamais deveríamos  estar  lá. Mas a nossa fraqueza e distância do Senhor permitiu que o inimigo nos tornasse cativos. Então devemos fazer o que Pedro fez: chorar amargamente, e arrependidos, buscar refúgio nos braços de Jesus. Confessar nossa fraqueza, nossa derrota e nunca mais sairmos da sua presença.

O cântico do Senhor jamais será entoado em terra estranha, pois seus ocupantes não conhecem os acordes dos céus.

Que o Senhor nos guarde preservando nossas vidas e testemunho dentro de seus limites, onde podemos entoar o cântico dos remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.


Que assim seja

Orlando Arraz Maz

domingo, 13 de maio de 2012

SER MÃE



         
Meu carinhoso abraço na mãe dos meus filhos 
e em todas as mães, leitoras deste blog. 
Um dia como este não é para ser festejado com presentes 
caros ou baratos, 
mas com amor, respeito e consideração. 
E tais dádivas nada custam. Beijo no coração de vocês.




       SER MÃE

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga, o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
 
Ser mãe é ser um anjo que se libra
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
 
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
 
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso! 
Coelho Neto

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CACOS,O QUE FAZER COM ELES?


 

 Lembra-se daquela xícara de porcelana que escapou da sua mão e se espatifou no chão? De repente a beleza que encantava as visitas foi transformada em cacos, e só restou um aí profundo e um prejuízo enorme. Os cacos foram recolhidos com uma pazinha, pois nada mais se podia fazer.


O homem por mais inteligente que seja não pode juntar os cacos e refazer a xícara quebrada.

O grande restaurador de cacos é Deus.

Um dia o homem escapou das mãos de Deus, se embrenhou no caminho do pecado, caiu e se transformou num monte de cacos. 

E Deus enviou seu Filho Jesus ao mundo para buscar e salvar o homem entregou-o a uma morte de Cruz, e a partir daí tornou-se o maravilhoso restaurador de cacos.

Basta crer e confiar no seu poder, e a vida que foi quebrada e transformada em cacos é totalmente restaurada. E aos olhos de Jesus é mais preciosa do que a porcelana ou ouro refinado. Dai, a poesia do hino: "De Jesus a beleza se veja em mim, seu amor e pureza revele assim, ó que todo o meu ser possa se converter na beleza de Cristo Jesus em mim".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O SUICÍDIO DE JUDAS



"Ora, o traidor tinha-lhes
dado esta senha:
Aquele a quem eu beijar,
é esse; prendei-o
e levai-o com segurança"
(Marcos 14:44).



Judas nunca conseguiu derramar lagrimas. Atravessou a vida totalmente insensível, e nem as cenas mais comoventes vividas pelos personagens bíblicos nos Evangelhos tocaram seu coração.

Quando em Betânia, Maria, agradecida pela ressurreição do seu irmão Lázaro, ungiu os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos, foi por ele duramente censurada: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?”.

Aquela cena tocou profundamente o coração de Jesus, pois falava de sua morte. Judas, ao contrário, foi ter com os principais dos sacerdotes e lhes propôs um grande negocio: um plano para entregar seu Mestre pela soma de trinta moedas de prata, dez por cento do valor atribuído ao perfume de Maria.

E diante de muitas curas e ressurreições, seu coração permanecia qual pedra de mármore.

Um coração seco jamais fará brotar lágrimas dos olhos.

Na escura noite da traição, frente à frente com Jesus, aproxima-se do seu rosto para beijá-lo. Provavelmente a única vez que o beijou. E mesmo assim, para dar um sinal aos soldados. Aquele era um beijo enganoso: “... porém, os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6).

O olhar de Jesus jamais lhe comoveu: "com um beijo trais o Filho do Homem?”.

Que diferença do seu colega de apostolado, Pedro, que ao presenciar a prisão de Jesus, passou a segui-lo de longe. O amor fez com que Pedro tivesse vergonha de fugir; o medo fez com que ele tivesse vergonha de se aproximar. Mas, ao presenciar a cena do julgamento de Jesus, foi profundamente tocado pelo seu olhar e chorou amargamente.  

Judas, tocado pelo remorso, foi enforcar-se. Nada mudou seu coração desde o primeiro contato com Jesus até aquela última noite. Uma vida cheia de contrastes: viveu e caminhou ao lado da luz, mas nunca abandonou as trevas. Depois da ceia memorável, saiu na escuridão. O evangelista João destaca: “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite”. Como viveu, morreu na escuridão do pecado e sem derramar lagrimas.

Pedro, tocado pelo arrependimento, foi restaurado por Jesus. Judas, tocado pelo remorso, seguiu seu próprio caminho para longe de Jesus e foi enforcar-se.

Que nossas vidas tirem lições destas duas vidas: sigamos o caminho de Pedro levando sempre no coração o olhar de Jesus, e jamais permitamos que uma pequena faísca da vida de Judas incendeie nossa vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz