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segunda-feira, 27 de julho de 2020

CANSAÇO OU DESCANSO


  
“Venham a mim todos vocês que estão cansados
e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.
Tomem sobre vocês o meu jugo. Deixem que eu lhes ensine,
pois sou manso e humilde de coração,
e encontrarão descanso para a alma.
Meu jugo é fácil de carregar,
e o fardo que lhes dou é leve” (Mateus 11:28-30- NVT)

O cansaço é algo bem desagradável e ninguém o aprecia. Após um dia de trabalho ou de qualquer atividade, muitas vezes nos deixa mau humorados, irritadiços. Já o descanso é bem-vindo e não há ninguém que o despreze, pois nos deixa relaxados e se há uma sombra e água fresquinha, tanto melhor.

Entretanto, o cansaço a que Jesus se refere em seu ensino, foge totalmente dos padrões humanos e não há como mensurá-lo. É o cansaço que nos vem pela carga do nosso pecado, como escreve o escritor da carta aos Hebreus: “Portanto, uma vez que estamos rodeados de tão grande multidão de testemunhas, livremo-nos de todo peso que nos torna vagarosos e do pecado que nos atrapalha, e corramos com perseverança a corrida que nos foi posta diante de nós” (Hebreus 12:1 -NVT). A carga que o pecado produz na vida de qualquer pessoa, além de oprimi-la traz cansaço, deixa os passos vagarosos e atrapalha a corrida nos caminhos traçados por Deus. Portanto, é algo desgastante, pois tal peso levará o homem à separação de Deus e a sua morte eterna.

Assim, o convite de Jesus se torna bastante claro e elucidativo. Ele convida todos que sentem este peso para que o busquem, pois ele dá o alívio que tanto satisfaz. Por mais esforço que faça a pessoa, por mais que busque nas religiões, nos livros de autoajuda os meios para se desvencilhar do peso que o pecado traz, são totalmente inúteis.

Outro detalhe de vital importância é que Jesus ao retirar o peso do nosso pecado, em seu lugar coloca sobre nós o seu jugo que nada pesa, e nos convida a aprender dele, pois é manso e humilde de coração. Daí, o total descanso, não o físico, mas o espiritual que nos fará seus filhos.

Na cruz, ao morrer, Jesus levou sobre si a carga gigantesca do nosso pecado, e ao expirar clamou ao Pai: “Está consumado”. O descanso, finalmente, veio, e nossa carga desapareceu. E o apóstolo Pedro nos ajuda a entender mais um pouco: “Ele mesmo carregou nossos pecados em seu corpo na cruz, a fim que morrêssemos para o pecado e vivêssemos para a justiça; por suas feridas somos curados. (I Pedro 2:24 – NVT).

Então, cansaço ou descanso? Que seja sábia sua escolha.

Uma boa semana a todos.

Orlando Arraz Maz©

terça-feira, 21 de julho de 2020

SONO DE CRIANÇA



                                                                      Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários!
São muitos os que se levantam contra mim.
Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá)
Mas tu, Senhor, és um escudo para mim,
a minha glória e o que exalta a minha cabeça.
Com a minha voz clamei ao Senhor;
ele ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá)
Eu me deitei e dormi; acordei,
porque o Senhor me sustentou. (Salmos 3:1 a 5)
 
Quantas vezes a tristeza nos abate e nos derruba de tal forma que rouba nosso sono e tira-nos a paz. São tantas as adversidades que se tornam verdadeiros adversários. Talvez uma doença que chegou de repente, uma dor insuportável, a morte de um parente ou amigo, um mal entendido no ambiente familiar, enfim, grandes e pequenas mazelas, enormes gigantes.

A meditação deste salmo nos apresenta Davi totalmente derrotado em vista da insurreição de seu filho Absalão. O segundo livro de Samuel descreve seu estado deplorável: “E subiu Davi pela subida das Oliveiras, subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e caminhava com os pés descalços; e todo o povo que ia com ele cobria cada um a sua cabeça, e subiam chorando sem cessar” (II Sam.15:30). A que ponto lastimável chegou o rei que no passado enfrentou o gigante Golias, que ganhou inúmeras batalhas, e agora foge apavorado pela revolta de seu filho, desejoso em tomar o reino de suas mãos.

Daí sua oração: “Senhor, como se tem multiplicado meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim” (vers.1). De fato, foi rejeitado pelo povo, e é alvo de zombaria e insinuações maldosas. Bem antes de ser constituído rei, um dia as mulheres cantavam sua vitória contra os filisteus: “E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares” (I Sam. 18:7). E durante quarenta anos reinou com sabedoria e retidão o povo de Israel, mas agora é totalmente rejeitado pelo mesmo povo, e se torna um fugitivo com medo de seu próprio filho Absalão. Além do mais, em seu desespero, é insultado sob a afirmação de que não há para si salvação em Deus.

Igual situação pode ocorrer a cada um de nós em meio às profundezas de uma crise, algo insuportável que nos deixa sem rumo. Aqueles que um dia nos serviam de estímulo e que muitas vezes vinham nos socorrer, hoje são inimigos e afrontam a nossa fé em Deus.

O que fazer, então? Olhemos para Davi e sigamos os seus passos. Ele busca a Deus em oração, sem pensar em recorrer a outros meios, ou buscar conselhos entre os seus comandantes. Reconhece que “O Senhor é um escudo para mim”. Uma arma defensiva e bastante usada por Davi em suas batalhas. Assim, é Deus para ele. Seu escudo, sua fonte de glória e aquele que exalta sua cabeça. Assim, Deus lhe concede dignidade e justiça. Anima e acalma seu coração.

Davi estava certo de que seria atendido em seu clamor: “Com a minha voz clamei ao Senhor, ele ouviu-me desde o seu santo monte”. Tal era sua convicção que ele pode dormir em perfeita paz: “Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou”. Assim escreve W. MacDonald em sua obra “Comentário Bíblico Popular do Antigo Testamento”: “O sono tranquilo é uma dádiva de Deus para aqueles que confiam nele em meios às circunstâncias mais desoladoras da vida”. E continua o ilustre comentarista: Depois de uma noite de repouso, Davi desperta consciente de que o Senhor acalmou seus nervos tensos de medo e maus pensamentos. Agora tem coragem para encarar os inimigos sem receio, mesmo que se encontre cercado por milhares deles”.

Depositemos, por fim, nossa fé em Deus no meio da tempestade, e nosso sono será inigualável.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 11 de julho de 2020

JAMES D. CRAWFORD - SERVO AMANTE DA OBRA DE CRISTO


27/10/1924 - 06/07/2020

Em homenagem à vida preciosa de nosso amado irmão Jaime, desejo neste blog, que é publicado semanalmente, prestar-lhe minha gratidão e respeito.

Um servo incansável na obra de Cristo até seus últimos dias. Não media esforços em se deslocar de sua cidade, São Joaquim da Barra - SP - , para os mais diversos lugares, muitas vezes distantes, para levar sua mensagem de edificação às igrejas.

Foi um incentivador e colaborador do periódico trimestral de "A Senda do Cristão", que circula entre os membros das Casas de Oração desde 1961, sempre cuidadoso na seleção dos artigos e, como tesoureiro, fiel provedor nas suas publicações.

Foi também um participante nos trabalhos concernentes ao Hinário Hinos e Cânticos, fazendo parte de sua diretoria desde a instituição da Associação Cristã Editora. Sempre atento à qualidade espiritual dos hinos, sendo auxiliado por sua esposa D. Jenny, excelente cooperadora juntamente com Luiz Soares e outros,

Os trabalhos prestados por nosso amado irmão se estendia nas mais diversas áreas, e todos sempre exercidos com muito carinho.

Sempre manifestou seu interesse na instrução dos jovens, quer em acampamentos, ou mesmo em sua casa, nestes últimos anos, onde os recebia às segundas-feiras para estudo bíblico utilizando os cursos bíblicos de Carangola-MG.

Por último, lembramos aos irmãos e amigos, que há uma publicação neste blog quando o nosso irmão completou sessenta anos de casamento, e em seguida nota de falecimento de D. Jenny. Basta inserir em “pesquisar neste blog” do lado direito, “Jenny Crawford” onde poderão ser lidos todos os detalhes.

Que sirva de bênçãos e edificação a publicação dos dados de nosso amado irmão Jaime.  

E que o Senhor Jesus Cristo seja glorificado pela sua vida e exemplos deixados.

Orlando Arraz Maz©






domingo, 5 de julho de 2020

UM MAL EVITADO NA PANDEMIA


“Portanto, “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor.

“Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei”,

“e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas”,

 diz o Senhor Todo-Poderoso.” (II Cor. 6:17,18)


Uma das consequências causadas pelo “novo corona vírus – covid 19”, além dos terríveis efeitos físicos que podem levar à morte, está a desorganização do orçamento familiar gerado pelo desemprego em massa. Famílias estão à beira da miséria, desesperadas pela falta de alimentos e recursos financeiros para o pagamento das mínimas necessidades.


A pandemia não escolheu nível social, muito menos pessoas de diversos segmentos religiosos, algumas conhecedoras das Sagradas Escrituras, outras sem qualquer entendimento nesta área bíblica.


Daí surge um dos males da pandemia: o desespero entre os cristãos que são convidados por amigos ou parentes para exploração de alguma atividade de rentabilidade urgente. Juntam seus parcos recursos e passam a serem sócios. A premente situação vedou-lhes total entendimento para tal empreendimento societário.


Quando o apóstolo Paulo escreveu sua segunda carta aos Coríntios, preveniu aqueles cristãos dos perigos de uma união desigual: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?” (II Cor. 6:14). Muitas vezes alguns aplicam essas palavras aos casamentos mistos, mas elas vão mais além, abrangendo as uniões em sociedade. E muitos cristãos que abraçam tal caminho se veem bem cedo envolvidos em situações pecaminosas.


O apóstolo usa a figura de um jugo desigual, um verdadeiro absurdo no trabalho do campo, quando na lei de Moisés era vedado o uso de um boi e de um jumento, um animal forte e um fraco, um imundo e outro limpo. Sem dúvida, quando um ia para um lado, o outro seguia em direção oposta. Da mesma forma, uma união do crente com o descrente se dá o mesmo: um é limpo e purificado pelo sangue do Senhor Jesus, o outro ainda convive com a prática de pecado em sua vida; um é luz e o outro trevas. E o apóstolo conclui: “... que comunhão da luz com as trevas”?


Uma união desigual jamais contará com a bênção de Deus, mesmo que haja sucesso em seu início, o que não aponta para a aprovação do Senhor. Muitas vezes o cristão acaba concordando com atos ilícitos do descrente, o que o leva a um enorme pesar e o entristecimento do Espírito Santo.


Portanto, esse mal oriundo da pandemia poderá ser evitado pelo cristão. Deus tem meios melhores e abençoados para seus filhos. Coloque seus temores na presença de Deus e ele, somente ele terá a solução ideal. “Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança” (Salmos 130:5) Que a esperança do salmista seja apropriada por todos. Por último, temos a promessa de Deus "e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo Poderoso.


Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©