Quem sou eu

Minha foto
São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

domingo, 26 de abril de 2020

O MAIOR MILAGRE



Então, aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro:

É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor,

cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar. (João 21:7)


Um grupo de sete amigos, todos cheios de frustrações   decidem pescar. São eles, Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João e mais dois cujos nomes não conhecemos.


A caminhada com Jesus não mais existia, e foram poucas vezes que o encontraram após a ressurreição. Então, decidem voltar à pescaria, e após uma longa noite no mar nada pescaram. Ao amanhecer, ao voltarem com as redes vazias, encontram um homem na praia, até então desconhecido de todos.


Eles tinham experiências pessoais com Jesus, que por certo marcaram suas vidas, mas esta, sem dúvida, lhes daria um novo ânimo. Em princípio não o reconheceram, ou por ser ainda escuro, ou por impedimento divino, o que os levou a pensar tratar-se de um estranho, porém hábil pescador pela maneira como mandou-os lançar a rede à direita do barco.


Sem quaisquer questionamentos, obedecem as ordens dadas. E ao lançarem a rede, o milagre surgiu diante dos seus olhos. E João descobre imediatamente tratar-se de Jesus. Bendita descoberta. Pedro ao ouvir a declaração de João, “é o Senhor”, lança-se ao mar e nada até a praia.


Quando os demais chegaram com os peixes, receberam um agradável convite: “Vinde e tomai vosso desjejum”, pois lhes preparara um peixe sobre as brasas e pão. Então, reconheceram tratar-se de Jesus, que os alimenta como aqueles cinco mil, aproximadamente, à beira do mesmo lago. 


Lições preciosas para os que desconhecem o poder de Cristo, e para os que um dia deixaram os seus caminhos, guardando boas recordações, experiências notáveis, mas que foram apagadas, e cheios de frustações estão remando na noite escura sem qualquer sucesso.


O primeiro passo é obedecer a voz de Jesus sem questionamentos, e os resultados virão em bênçãos incontáveis.


Este é o maravilhoso amor de Jesus, pois como o Bom Pastor prepara um banquete para todos os que o amam. Ele não precisa nossos recursos, assim como não precisou dos peixes pescados pelos discípulos. Jesus tem o melhor alimento para nossa alma.


Por último, o maior milagre não aconteceu numa praia do mar de Tiberíades, mas no monte do Calvário, onde o milagre da salvação se deu pela morte de Jesus.  Basta confessar em seu coração e reconhecer como João, exclamando :”É o Senhor”.  Sem dúvida o milagre de uma nova vida será uma realidade.


Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©




sábado, 18 de abril de 2020

CORONAVIRUS X DEPRESSÃO




Então, disse eu: isto é a minha aflição;
mudou-se a destra do Altíssimo.
Recordo os feitos do Senhor,
          pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.
         Considero também nas tuas obras 
e cogito dos teus prodígios”. (Salmos 77:10-12)


O coronavirus – covid19 – tão pequeno e imperceptível revela-se um verdadeiro gigante capaz de transtornar a vida de países, mudar suas rotinas, e espalhar o medo em toda a parte. As famílias, reclusas em suas casas lançam mão de todos os meios para se resguardarem, e usam as mais diversas fórmulas para sua prevenção.


Entretanto, sua grandiosa força, tem abatido muitas pessoas que são tomadas pelo desespero, e mergulham num estado depressivo, tal o medo que as assolam. Perdem o apetite, o sono, e nada de positivo e bom vem à mente. É nesta hora amarga que a Palavra de Deus é eficaz para restabelecer a calma e a paz tão desejadas.


Nada melhor é conhecer a vida de pessoas, dentre elas o rei Davi, tão conhecido nas páginas da Bíblia, que muitas vezes desceu ao fundo do poço, entrou  em profunda depressão tomado pelo medo, mas que em tempo oportuno olhou para o alto, e lá do fundo viu  uma   luz na escuridão, e agarrou-se a esse fio de esperança -- o seu Deus  -- como uma corda .


E essa luz abençoada encontramos na Bíblia, que por certo existe em cada casa. Talvez por muito tempo fechada, suas páginas emboloradas e amarelecidas. É tempo de procurá-la, espaná-la muito bem, sentar-se numa poltrona confortável e buscar nela a luz que existe na boca desse poço profundo onde muitos se encontram. Sem dúvida será um manancial de bênção, assim como foi na vida de Davi, o escritor destas palavras: “O temor do Senhor é puro, e dura para sempre. As ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro; são mais doces do que o mel, do que as gotas do favo. (Salmos 19:9,10).


Na Bíblia, entre muitas pessoas atacadas pelo desespero e que foram restauradas à esperança, encontra-se Asafe, membro de uma família de músicos nos tempos bíblicos. Na leitura do salmo 77, parece-nos que algum problema grave o perturbava. Em sua angústia, só conseguia pensar em si mesmo. Apesar de orar incessantemente, reclama que não recebia consolo.[1]  Depois de apresentar sua queixa a Deus é levado a meditar nos seus grandes feitos e em suas obras majestosas: “Então, pensei: “Apelarei para o que há muito realizou a mão direita do Altíssimo” (vers.10). Sem dúvida, saiu do seu estado de depressão ao recordar o que Deus fizera no passado em favor de seu povo.


Assim, Asafe leva-nos à colocar em prática seu aprendizado: recordar o quanto Deus é bom, e quanto ama o ser humano. É ele quem nos dá as bênçãos materiais, como as estações, o ar que respiramos, o sol que nos aquece, a noite, e bênçãos incontáveis que nem passam por nossa cabeça, portanto, esquecidas. É na Palavra de Deus, a Bíblia, onde encontramos todas essas bênçãos. 


Então, em tempo de coronavírus, mais do que nunca, devemos fugir da depressão, abandonar pensamentos pessimistas que nos afogam, e olhar para a misericórdia de Deus qual luz no vale escuro e profundo. Lembrar que suas bênçãos espirituais ultrapassam as materiais e são incontáveis.  Dentre elas, a maior de todas que vibram nas benditas páginas das Escrituras, é: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).


Por fim, guardemos as lições de Asafe. Deixemos de olhar para nós mesmos com nossos medos e aflições, ou olhar para outros com suas fórmulas milagrosas, mas, sim, olhar para Cristo que nos traz a paz que tanto precisamos.


Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©


Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento

William MacDonald


sábado, 11 de abril de 2020

A VERDADEIRA PÁSCOA



      
“Ele não está aqui! Ressuscitou”
Lucas 24: 2-6)
A ressurreição de Jesus fala-nos de um túmulo vazio, guardado com toda segurança pela guarda romana. Ao terceiro dia foi visitado por Deus que atravessou a grande pedra que servia de porta, e lá dentro realizou o maior milagre de todos os tempos. Chamou seu amado filho para fora, e quem sabe um diálogo teria sido travado, como aquele no passado quando disse “façamos o homem à nossa imagem”, e dentro do túmulo teria dito: “façamos de sua ressurreição a mais vibrante mensagem de que a morte foi tragada na vitória”. Claro que não passa de um pensamento, mas que traz alegria ao coração daquele que crê.

O Deus que virou seu rosto para Jesus na cruz, agora o chama para fora. Dois seres celestiais deram a notícia às mulheres: “De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou!” (Lucas 24: 2-6).

A mensagem dos seres celestes, como um eco, ressoa através dos séculos. “Ele não está aqui! Ressuscitou!” Tal a força desta mensagem que tem trazido esperança ao coração. Ela dá impulso à vida, estanca dos olhos toda lágrima, restitui a alegria perdida e cura nossas dores.

Felizes são os que creem na mensagem dos anjos: “Ele não está aqui. Ressuscitou!”. Ela ultrapassa a mensagem de homens religiosos, famosos por suas vidas de conquistas, por seus ensinos que se apagaram com o passar do tempo, e que levaram muitos a morrer sem esperança.

A mensagem da ressurreição – a verdadeira páscoa – tem a força de acalmar os corações mergulhados no medo, pois “Ele não está aqui”. Mas, onde está? Mais uma vez a resposta vem de seres celestiais: “Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma que o viram subir” (Atos 1:9-11). 

No túmulo os anjos disseram “Ele não está aqui! Ressuscitou!  no monte das Oliveiras, disseram: “Subiu ao céu e voltará do céu”. 

Aleluia, temos um Salvador no céu. Saiu do túmulo – lugar da morte - para a vida glorificada. E esta bênção ele deseja compartilhar com todas as pessoas: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida” (João 5:24). 

Eis a verdadeira páscoa.

Que assim seja.

Orlando Arraz Mas©

sábado, 4 de abril de 2020

CORONAVÍRUS - UM MAL OU UM BEM


“Por dois anos inteiros Paulo permaneceu 
na casa que havia alugado, 
e recebia a todos os que iam vê-lo” (Atos 28:30-31) 



“Há males que vem pra bem”.  Este dito popular pode ser bem usado nestes  dias que atravessamos:  O coronavírus veio e transformou a vida das pessoas, os negócios, o trabalho, a frequência nas escolas e faculdades, e sem dúvida tem sido um dos males mais terríveis que assolam o mundo.


Os governantes estabeleceram regras rígidas tão comentadas e difundidas por todos os órgãos de comunicação. Uma delas é a permanência de todos dentro de suas casas e o mínimo contato com outras pessoas. Tudo isso para evitar a contaminação do coronavírus e a morte de muitas pessoas infectadas.


Mas diante de tal panorama, onde está o bem? Então, o tempo que faltava a todos, agora sobra. Quantas vezes ouvíamos de alguém a expressão: “hoje foi um dia corrido, precisava ter vinte cinco ou vinte e seis horas”.  Agora cada um dentro de sua casa inventa como passar seu tempo. E quanta criatividade temos assistido.


Embora não seja errado ocupar nosso tempo em diversas atividades, uma coisa chama minha atenção: agora podemos pensar nas coisas de Deus.  Em tempos normais, quando algum amigo nos oferecia um livro sobre as maravilhas do amor de Deus, ou mesmo quando éramos orientados para ler as Escrituras Sagradas, a Bíblia, ou ainda convidados para ir à igreja, logo vinha a resposta: “não tenho tempo, ando muito ocupado! 


A Bíblia relata no livro de Atos uma das prisões do apóstolo Paulo, quando ficou cerca de dois anos preso em uma casa alugada: “Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado, e recebia a todos os que iam vê-lo” (Atos 28:30-31). Não mais circulava pelas ruas agitadas das grandes cidades, em meio ao burburinho entre as pessoas, mas se encontrava separado totalmente por ordem das autoridades de Roma. O tempo que dispunha na prisão poderia ser gasto na ociosidade, entretanto, o usava para a expansão do reino de Deus “Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum”.


Estamos, portanto, em melhores condições do que o apóstolo. Segregados em nossa casa, protegidos deste vírus tão assustador, sem algemas nas mãos, e com tempo de sobra para aprendermos mais da graça e do amor de Jesus. Quem sabe este aprendizado poderá levar-nos a descobrir que Deus tem uma mensagem para todos, pois embora a religiosidade em nosso país seja grande, muitos ainda não abriram a porta do seu coração para Jesus, não mudaram seus pensamentos, e não se converteram verdadeiramente.


Lamentamos, por fim, a tragédia que assola muitos lares enlutados. São como dois lados de uma mesma moeda: um, o mal, outro, o bem que nos dá a oportunidade de ouvirmos a voz de Deus dentro de nossas casas, e no mais profundo dos nossos corações.


Que assim seja


Orlando Arraz Maz©