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sexta-feira, 29 de julho de 2011

D.BELINHA - A MISSIONÁRIA DO LAR


Cantinho da Biografia


Nascida em 28.08.1906 - Xique-Xique /Bahia
Falecida em São Paulo - SP em 18.02.1982.
Foi sepultada no Cemitério de Vila Formosa


Sou grato ao meu Deus por ter conhecido pessoas como D.Belinha, como era carinhosamente chamada. Com ela aprendi preciosas lições de vida, de gratas recordações.
D. Belinha era tão pequena quanto seu apelido, mas grande na sua fé, vida e testemunho.
Algumas vezes a visitei, e ouvi histórias de sua vida de oração. Orava sem cessar pelos seus filhos, por sua família e pelo seu marido.
E a resposta a estas orações resultou  na conversão de alguns membros desta grande família.
Que tal conhecer um pouco dessa vida tão preciosa?


Suas origens:


Era filha de Joaquim Gomes de Miranda e Hermínia Miranda Bessa, católicos praticantes.
 Casou-se em 1919 com Olímpio Pereira Bastos, e dessa união nasceram 13 filhos: Rami, Eunice, Dulcinéia, Maron, Rosito, Joel, Florisa, Zelindo,Afrânio, Noel, Regina , Noelina e Adonai.


Sua religião:


Na cidade onde nasceu e se casou era conhecida como uma católica fervorosa, assídua às reuniões, onde participava do coral da igreja como filha de Maria. Todos os filhos foram batizados e ensinados nos princípios do catolicismo, onde possuía e adorava várias imagens de esculturas.


Seu marido:


Respeitado por todos na cidade, pois era dono de uma livraria e redator do jornal “O Progresso” .
Seguia o espiritismo, cuja  sede  ficava ao lado de sua casa.


Sua conversão:


No ano de 1944 Deus se lembrou da cidade de Xique-Xique, e enviou para lá um casal de missionários, Dª Ana e Sr João que eram da Escócia, conhecidos do Sr Henrique e Dª Lili.




Começaram a fazer evangelismo de porta em porta. Ao chegarem à casa de Dª Bela conversaram bastante com ela, e a convidaram para assistir ao culto do domingo. Sem que seu marido soubesse, ela foi, e neste dia entendeu o plano da salvação, e aceitou o Senhor Jesus como seu único Senhor e Salvador.
Chegando em casa recolheu todas as imagens e fez uma grande fogueira no fundo do quintal. Seu esposo ficou irritado e a proibiu de ir à igreja.Entretanto, ia escondida e levava os filhos que apanhavam do pai na volta para casa.


De Xique Xique para São Paulo:


Resolveram mudar para São Paulo e foram morar no bairro do Cambuci. Mais tarde,  mudaram para o bairro de Moinho Velho (Ipiranga), onde Dª Bela descobriu a Casa de Oração da Rua Beta, passando a frequentá-la com muita fidelidade, alegria e satisfação até seu falecimento.


Sua dedicação:


Era uma fiel intercessora. Trazia consigo um caderno com mais de 100 nomes de irmãos na fé, familiares, vizinhos e amigos, que diariamente eram levados à presença do Senhor em oração.
Dentre eles destacam-se filhos, netos e bisnetos, alguns convertidos e que hoje desfrutam do amor e da companhia de Deus, graças à sua persistência na oração.
Determinada, orou pelo seu marido durante 40 anos, o qual, após o seu falecimento ficou muito doente.  Visitado pelos irmãos Valdomiro e Lourdes, aceitou o Senhor Jesus como seu Salvador. E a oração de D. Belinha foi respondida.


Dª Bela nos deixou saudades e uma profunda gratidão pelo seu excelente testemunho de vida com Deus!
Apreciava o Salmo 84:  "A minha alma está desejosa , e desfalece  pelos átrios do Senhor...até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos...bem-aventurado os que habitam em tua casa..." Seu hino predileto era o nº 218 de "Hinos e Cânticos": “Eu já contente estou, achei Jesus” 
Que sua vida de testemunho e oração sirva para todos como o mais precioso exemplo, em tempos onde tais vidas são raras e poucas se interessam pelos caminhos do Senhor.

Os dados para este blog foram elaborados por sua neta Eliana Tavares Bastos.

Orlando Arraz Maz

terça-feira, 26 de julho de 2011

O QUE JUDAS PERDEU




1) A alegria de ter visto Jesus ressuscitado;
2) A notícia de Maria: “Vi ao Senhor”;
3) A presença de Cristo no Cenáculo desejando aos discípulos: “Paz seja convosco”.
4) A certeza de que Cristo foi ferido e a alegria que causou aos discípulos: “Alegraram-se os discípulos ao verem o Senhor”.
5) Perdeu o assopro do Espírito Santo sobre sua vida;
6) Perdeu a rica oportunidade de ouvir uma das mais sublimes confissões:
“Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu.
7) Perdeu por toda a eternidade o gozo da salvação;
8) Perdeu a bênção de viver no céu junto com Jesus.

Uma lição deve permanecer: Sejam quais forem as circunstâncias, a distância que o pecado nos levou de Cristo, o caminho de volta é o arrependimento e não o remorso. Se Judas tivesse se arrependido o quadro seria outro. Mas o remorso o levou ao suicídio, enquanto o arrependimento de Pedro levou-o para os braços de Jesus.
 "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3:36)

 
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MACHADOS QUE FLUTUAM




Pelo relato bíblico parece que Eliseu tinha uma escola de profetas. Todos os alunos estavam animados no aprendizado, mas o espaço para se acomodarem era pequeno. Então resolveram ampliá-lo, e logo se formou um mutirão para cortar lenha, sugestão aprovada pelo profeta. Entretanto, um deles convidou Eliseu para acompanhá-los. E a comitiva partiu à procura de árvores às margens do rio.

Em meio a toda a animação, o que é normal nesse tipo de ajuntamento, ocorreu um imprevisto: o ferro do machado usado por um discípulo se soltou do cabo e mergulhou nas águas do rio. Aflito, gritou pedindo ajuda ao profeta, pois o machado não lhe pertencia. Era emprestado.

De um momento para outro o machado emprestado tornou-se imprestável.

A lição do machado é bem oportuna, como todas as lições extraídas do Livro Sagrado.

Nossa vida é emprestada por Deus, e ao emprestá-la deixou instruções para que seu uso fosse feito de maneira sábia. Mas nossos primeiros pais não souberam usá-la  para a glória de Deus, vindo a desobedecê-lo, e banidos da sua presença tiveram suas vidas mergulhadas nas águas lamacentas do pecado.

O que fazer, então?

O que o incauto discípulo fez? Gritou para o profeta, pois somente ele poderia resolver seu problema. Sabia o lugar onde caíra o machado, mas nada podia fazer. Então, o profeta tomou as providências necessárias: cortou um pedaço de pau, lançou-o na direção onde estava o machado e o milagre aconteceu: o pesado ferro veio à tona contrariando as leis da gravidade. Simplesmente um milagre notável.

Quando o ser humano clamar a Deus lá do fundo do “rio”, na sujeira do pecado, Deus vai apontar a solução: um pedaço de madeira foi cortado e nela foi exposto o corpo do seu Filho, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna.

 "Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração".(Jer, 29:12,13) 

Somente assim o milagre de uma nova vida ocorrerá tal como o milagre do machado, contrariando as leis da natureza e da lógica: uma nova vida emergida das profundezas do “rio” tornar-se-á útil nas mãos de Deus e um dia entrará nas mansões celestiais. Quer milagre maior?

Leitura bíblica: II Reis 6:1 a 7

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ESCONDERIJO PERFEITO


Salmo 32: 7 “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento”

Quando criança, perto de minha casa havia um terreno bem grande coberto de mato, onde eu e outros meninos brincávamos. Lá fazíamos nossas cabanas e esconderijos, pensando tratar-se do lugar mais secreto e inacessível, mas para nossa decepção, éramos facilmente encontrados.

Ao meditar neste salmo descubro outro esconderijo, não feito de galhos de árvores, materiais tão frágeis, mas um esconderijo feito de fibras fortes tecidas no coração de Deus. Ele é perfeito esconderijo.

Davi buscou refúgio neste lugar encantado e foi envolvido de alegres cantos de livramento.

O meu pecado levava-me a esconder-me em cabanas facilmente devassáveis, construídas por mim mesmo, pensando tratar-se de verdadeiro abrigo. E o frio da minha consciência e o sol das muitas provações, deixavam-me aflito e sem paz.

Encontrando Cristo, o meu refúgio, confessei o meu pecado, minha transgressão foi perdoada, e a paz foi alcançada.

Davi buscou este lugar tão abençoado depois de passar pela experiência amarga do seu pecado. Uma vez perdoado e escondido em Deus, seria preservado da angústia e teria condições de cantar cânticos de livramento.

Bendita segurança que  Deus nos dá neste salmo. Eu e você, uma vez perdoados por Deus, somos escondidos Nele , e o inimigo jamais nos  descobrirá.

E seu cântico estará sempre em nossa boca. “Escondidos no segredo da presença do Senhor, escondidos Nele mesmo, o supremo Deus de amor (HC 392).

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz

segunda-feira, 11 de julho de 2011

NAS PALMAS DAS MÃOS DE DEUS


“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei”.


Em face da queixa do povo da cidade de Sião, de que o Senhor se esqueceu dela, desponta uma das respostas mais eloquentes da parte de Deus, afirmando seu amor por ela.

Primeiramente, Deus usa uma figura tão conhecida de todos e ao mesmo tempo tão terna, de uma mãe que embala ao colo seu filho que ainda mama. Mesmo em tais circunstâncias, Deus afirma que ela poderá vir a esquecer seu filho.

E aí vem a melhor parte: Deus jamais se esquece do seu povo.

E para selar esta majestosa afirmativa, Deus oferece consolo de que nas palmas de suas mãos eles foram gravados.

Posso divisar as mãos de Deus como uma tela perfeita, onde eu e você estamos gravados, e onde é revelado o seu amor por nós.

E para provar o seu amor por nós, um dia essas mãos foram perfuradas na cruz. E todas as vezes que Deus-Filho as contempla, vê aqueles que por Ele  foram milagrosamente resgatados.

Podemos estar no vale da tristeza, surpreendidos pela doença incurável, sem amigos, aflitos, Ele nos vê gravados em suas mãos, e sabe que somos dele.

E jamais nos esquece.

Eu sei que estou gravado em suas mãos. E você?

“Mãos carinhosas, tão maltratadas, por mim cravadas em uma cruz;
És neste vale, com simpatia, meu vero guia, és minha luz “(HC 505)

Texto de Isaias 49: 15,16

Orlando Arraz Maz

quinta-feira, 7 de julho de 2011

AMIGOS NA MORTE


“E se foi sem deixar de si saudades”

A receita para um final assim ninguém quer. Jeorão, que é seu nome, teve tudo para ser um bom rei: um pai temente a Deus, exemplos nobres como o rei Davi, e o profeta Elias, um homem identificado com Deus, contemporâneo seu.

Viveu uma vida, e consumiu-a na idolatria e na maldade. Morreu sem amigos e sem deixar saudades. E o pior de tudo, morreu sem Deus.

Então, qual a receita para deixar muitas saudades no coração das pessoas quando partirmos desta vida? Muitos brincam afirmando que serão necessárias apenas quatro ou seis pessoas para segurarem a alça do seu caixão. Deixando as brincadeiras, precisamos muito mais que quatro pessoas para lamentarem  nossa partida.

Para um final feliz o ponto principal é viver de bem com Deus, nosso Pai, amar nosso semelhante, e poder dizer a cada dia: “como é bom ser bom”.

Caso venha vivendo como Jeorão, o homem sem amigos, ainda é tempo de mudar. E só assim seu enterro será bem concorrido.

Leitura: II Crônicas cap.21

Orlando Arraz Maz

terça-feira, 5 de julho de 2011

BORDADOS DE DEUS


"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28)

Diante de tantas tragédias, doenças, sofrimentos, muitas vezes questionamos a Deus, com nossos “por quês”. Queremos entender tudo, ou, na maioria das vezes, conseguirmos respostas que nos satisfazem. Sem dúvida é um atrevimento do ser humano tão cheio de falhas e imperfeições, arguir um Deus santo, soberano em suas ações. Talvez um dia, na eternidade, entenderemos os propósitos de Deus, e como ele sempre efetuava o melhor para nossas vidas e de nossos amigos.


Conta-se a história de um menino que brincava no chão de sua casa, quando a mãe se ocupava em tecer um lindo bordado. Olhando o bordado de baixo para cima, a criança exclamou: “que coisa mais feia, mamãe; é um monte de fios torcidos, misturados”. A mãe, paciente, ergueu a criança e a colocou em seu colo,dizendo: “olhe agora”. E a criança, olhando de cima para baixo,  levou a mão à boca num sinal de espanto, e extasiada, falou: “Esse é o bordado mais lindo que vi”.

Um dia veremos o bordado lá de cima.

Orlando Arraz Maz