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sábado, 30 de novembro de 2019

UM AMOR INSEPARÁVEL



                                                            “Quem nos separará do amor de Cristo?”
                                                                                                                (Rom.8:33-39)
Estamos vivendo uma época onde as acusações nos órgãos governamentais se multiplicam a cada dia. Pessoas são detidas e seus atos são devidamente examinados. Um grande constrangimento se acerca delas, que muitas cobrem seus rostos para não serem reconhecidas. Muitos se sentem envergonhados das autoridades humanas, do público, mas não têm vergonha perante Deus.


Quando medito neste texto penso em outro tipo de acusação, no plano espiritual. Deus vai julgar todos os que vivem no pecado, conforme o apóstolo Pedro escreve em sua carta para a comunidade cristã naqueles dias: “No passado vocês já gastaram tempo suficiente fazendo o que agrada aos pagãos. Naquele tempo vocês viviam em libertinagem na sensualidade, nas bebedeiras, orgias e farras, e na idolatria repugnante. Eles acham estranho que vocês não se lancem com eles na mesma torrente de imoralidade, e por isso os insultam. Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos” (I Pedro 4:3-5)

Mas há um grupo abençoado que não se enquadra nesta terrível descrição, pois já procuraram a presença de Deus, confessaram os seus pecados, reconheceram que a morte de Cristo os apagou para sempre, mudaram de vida, e não estão sujeitos ao julgamento divino. E o apóstolo Paulo nos conforta com sua exposição magnifica em sua carta aos crentes de Roma: “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. (Rom.8:33). Que desafio maravilhoso para o inimigo dos salvos! “Quem os condenará”? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus e também intercede por nós. E o apóstolo conclui com palavras de ânimo: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Nenhuma das dificuldades expostas é capaz de nos soltar das mãos de Cristo que nos seguram: “Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada”? E ele conclui: “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.  (Rom.8:33-39)

Por último, não pesa mais sobre os salvos qualquer condenação, pois na cruz Cristo saldou a nossa dívida, pois Ele levou nossos pecados sobre si. E sua vitória garante a nossa vitória: “Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.

Então,  corra com urgência e se lance aos pés de Cristo, pois só assim desaparece o temor de qualquer condenação. E uma vez amado por Cristo, para sempre amado. Quem poderá nos separar desse amor? Ninguém.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O APAGADOR DE DEUS



“Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor:
por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões.
Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado.
Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões,
e o meu pecado sempre me persegue”. (Salmos 51:1-3)

Quando lemos este salmo do rei Davi, logo vem à mente: em que condições foi escrito? Talvez com o rosto banhado em lágrimas ou expressão caída como falamos, pois vem à sua lembrança a tragédia em que foi envolvido. Seu pecado foi grande demais segundo sua avaliação. Pecou contra Deus e feriu muitos à sua volta. Matou um homem leal para encobrir seu adultério, e seu povo, por certo, ficou deveras decepcionado.

Davi clama a Deus e pede sua misericórdia, pois sabe que é amado por Ele. Ao mesmo tempo apela por sua grande compaixão, e pede que suas transgressões sejam apagadas.

Quando apagamos algo que foi escrito numa lousa, a sombra sempre permanece. O mesmo se dá ao usarmos uma borracha. Quando usamos o computador, se algo que escrevemos se apagar, basta acionar uma tecla que traz novamente a palavra ou o texto. Nada se perde.

Louvado seja Deus, pois seu apagador é inigualável. Quando Ele faz uso dele, nenhum resquício do que foi escrito contra nós pode ser lido. Não há quem possa ler. O profeta Isaias em seu livro, assim afirma: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.”. Isaias 43:25) .E o profeta Miquéias acrescenta: “Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar”. Miqueias 7:19)

O apagador de Deus entra em função tão somente quando reconhecemos o nosso pecado. Foi assim com Davi: “Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue”. (Salmos 51:1-3). O apóstolo João também escreve em sua primeira carta: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:8).

Davi tinha plena certeza de que seu pecado não mais o perseguiria. Que tranquilidade para o seu coração ferido de tanta tristeza. Aliviado de tamanho peso, podia seguir confiante no seu Deus, mergulhado em sua mais profunda misericórdia.

E o mesmo pode acontecer, ainda hoje, quando o nosso pecado nos esmagar e tirar completamente a nossa paz. Busquemos o apagador de Deus, confessemos os nossos pecados, e Ele fará o mesmo que fez com Davi. Ele foi totalmente purificado, a alegria voltou novamente, e ele se sentia tão leve na presença de Deus.

A morte de Jesus na cruz, onde o seu sangue foi derramado, nos dá plena garantia da funcionalidade do apagador de Deus: “E o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo o pecado” (I João 1:7).

Então, como está seu coração na presença de Deus: amargurado, sufocado de tanto chorar, seu pecado é verdadeira opressão? Que tal buscar os recursos de Deus, confessar a sua transgressão, e Ele apagará para sempre seus pecados, e a alegria da salvação será perene em sua vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 16 de novembro de 2019

CRISTO, A ROCHA INSUPERÁVEL



Põe-me à salvo na rocha mais alta do que eu”
(Salmo 61:2)


Este é mais um salmo de Davi. Tanto a letra como a música é de sua autoria. Portanto, o compôs e cantou com instrumento de cordas que tanto amava. É interessante notar que o salmo em si é uma oração muito pessoal, e que serve como incentivo às nossas orações em tempos de tristeza.

Quantas vezes as circunstâncias amargas desta vida nos atingem, e não conseguimos estancar nossas lágrimas. Uma doença que nos surpreende, um litígio conjugal, uma demissão inesperada, e o mais triste, a morte de quem tanto amamos. Quantos buscam consolo em um ombro amigo, nas práticas religiosas, nas mais diversas crendices, ou na ajuda de remédios, e enfim, nos mais diversos caminhos  muitas vezes  ineficazes.

O salmista nos dá todos os meios para vencermos tais circunstâncias, pois deseja procurar a Deus através de sua oração. Ele sabe que Deus ouve seu clamor e o atende prontamente. Em outro salmo de sua autoria, escreve: “O Senhor está perto dos que tem o coração quebrantado e salva os de espírito abatido” (Salmo 34:8). O salmista confia sem reservas nos braços poderosos de seu Deus - “leva-me para a rocha que é mais alta do que eu”-. Há urgente necessidade de sentirmos nossa pequenez diante da grandiosidade de Deus.

Quando lemos sobre rocha nas Escrituras, somos levados a pensar no Senhor Jesus, que é a rocha da nossa fé. Nele há plena segurança para todos os momentos, até nas crises mais profundas. Pela fé nele precisamos descansar e permitir que nos leve bem seguros.  Devemos orar para que Deus aumente nossa fé, e nos revele o Senhor Jesus, que tem poder para nos levantar,  fazer aquilo que não podemos e nos sustentar sobre seus ombros.

Que tal buscar e confiar em Jesus, “pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará” (Salmo 27:5) E lá na frente “cantaremos louvores perpetuamente”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sábado, 9 de novembro de 2019

POR QUE A CRUZ DO MEIO?




“Ali o crucificaram, e com ele dois outros,
um de cada lado de Jesus” (João 19:18).

O tema da crucificação é um assunto inesgotável. Inúmeros e infindáveis comentários foram escritos, tais como livros, poesias, encenações, sem contar as mensagens proferidas nos púlpitos das igrejas. Como bem escreveu o apóstolo João em seu evangelho, “Jesus fez muitas outras coisas. Se cada uma delas fosse escrita, penso que nem mesmo no mundo inteiro haveria espaço suficiente para os livros que seriam escritos” (João 21:25).  O mesmo se aplica ao tema da crucificação, tão relevante e extraordinário, que a partir do “bom ladrão”, como ele, milhões creram na morte expiatória de Jesus ao longo dos anos e encontraram perdão.

Entretanto, surge a pergunta: por que Jesus foi crucificado entre dois malfeitores?  Os evangelhos relatam que foi assim: “Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus” (João 19:18). A morte por crucificação se transformava num grande espetáculo de horror, e sempre ocorria em lugares onde muitos passavam. Assim foi com Jesus, no alto do monte chamado “Calvário”, que traduzido é “Caveira”, devido ao seu formato. Lá a multidão passava e seus olhares se voltavam para a cruz do meio, sem muita preocupação com os outros dois.

 Entre os dois malfeitores, Jesus estava no meio, bem próximo a cada um, ouvindo suas blasfêmias e seus insultos, que ao mesmo tempo ouviam a oração de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).

Através dos anos Jesus tem estado no meio, sempre pronto para ouvir o clamor de cada um. Sua crucificação no meio sempre vai nos demonstrar sua acessibilidade com seus braços abertos e sua disposição em perdoar. Os dois malfeitores tiveram a mesma oportunidade. Um recusou e morreu em seus pecados, sem confessar a Cristo como seu Salvador; o outro reconheceu sua culpa e teve a convicção de que ao seu lado se encontrava  seu Salvador, sua única esperança, e a certeza de ir morar com ele no seu reino. Suas últimas palavras foram: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”.  (Lucas 23:42)

Hoje cada um está na mesma posição de escolha. Ou aceitam  sua oferta de perdão ou 
recusam ; ou atendem  seu convite ou viram  suas  costas.

Se as autoridades quiseram dar todo destaque ao Senhor Jesus como um criminoso, expondo-o ao escárnio público na cruz central, hoje entendemos como a mais preciosa lição de que Jesus estará sempre no centro da vida daqueles que nele confiam, e ouvem sua doce voz de perdão. Seus braços permanecem estendidos, prontos para abraçar o mais miserável dos pecadores.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A SOMBRA QUE PRECISAMOS



“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: 
De onde me vem o socorro? 
O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”
(Salmo 121:1-2)
 
Quem não deseja um socorro eficiente nas horas difíceis, diante de um acidente ou de uma enfermidade? E aí reside toda nossa esperança. Quantas vezes presenciamos helicópteros resgatando acidentados, pois a urgência é determinante para a preservação daquela vida.

Assim se dava com o salmista diante de momentos temerosos em sua vida. Como um acidentado na alma, buscava socorro, e diz no seu íntimo: “De onde me vem o socorro”? E ele mesmo responde olhando para os montes, para cima: “Meu socorro vem do Senhor”. Não vinha do seu exército, de sua fama, não vinha do céu, mas vinha do Senhor, e ele o identifica: “Que fez os céus e a terra”. Seu poder é tremendo e seu socorro não falha.  Assim escreve o profeta Isaias: “Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer! (Isaías 40:26)  

Além de ser todo poderoso, quando perdemos o equilíbrio em nosso andar, ele nos abraça e não nos deixa cair. Sua presença é permanente, pois ele se manterá alerta e jamais dorme.

Como somos confrontados com este precioso salmo, pois em nossas aflições deixamos de olhar para cima, e buscamos socorro ao nosso redor, ou nas pessoas que confiamos, e esgotamos todos os nossos recursos.

Portanto, quando o sol das provações nos queimar, busquemos seu socorro, pois Ele é a sombra que nos refresca, e é aquele que nos guarda de todo o mal, hoje e sempre.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©