sexta-feira, 28 de julho de 2017
MILAGRES DE DEUS
"Clama a mim, e responder-te-ei,
e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes"
Jeremias 33:3
Nem sempre o que pedimos a Deus alcançamos, mas sempre Ele nos surpreende por sua maneira em agir.
Quando passamos por um problema de
saúde que requer toda urgência, e que uma vez se agravando pode levar- nos à
morte, imediatamente clamamos a Deus por cura, que muitas vezes tarda em
chegar. Assim, pensamos que Deus está alheio. Ledo engano. Deus está
providenciando seus meios que sempre e incontestavelmente são os melhores.
Foi assim minha experiência. Em
uma viagem de ônibus de Santiago-Chile, para Vinha Del Mar, ao iniciar a viagem
iniciou-se um edema em minha língua (inchaço que dificulta a fala e que pode
obstruir a garganta), algo que não ocorria há quase dez meses. Pois bem, para
meu desespero aconteceu longe de casa, num outro país, e dentro de um ônibus
que levaria quase duas horas para chegar ao seu destino, e consequentemente longe
de socorro médico.
Clamei pela providência de Deus
para que ele operasse um milagre, voltando minha língua à normalidade. Mas ela
inchava cada vez mais. Como já não podia
falar, digitei no celular onde descrevi meu estado terrível para minha filha,
um anjo sempre por perto. Chegando à rodoviária, final do trajeto, mostrei o celular
para ela que leu sobre meu estado. Uma vez ciente, ao descermos do ônibus, expôs
meu problema ao encarregado dos taxistas que providenciou um táxi que me levou
imediatamente ao hospital. Deus abriu todas as portas.
Deus não removeu o edema de forma imediata e
miraculosa como eu desejava, mas abriu todas as portas para um grande
livramento, onde me fez uma grande surpresa, pois dentro de duas horas estava
curado.
Muitas vezes, enquanto sofremos e
a angústia toma conta, Deus providencia uma cura completa, e ao mesmo tempo
prepara uma festa, para depois cantar conosco.
A Ele toda a glória
Orlando Arraz Maz©
sexta-feira, 21 de julho de 2017
AMOR INCONDICIONAL
Meu Deus é um Deus que me ama
tanto, tanto,
Que cuida de mim e me leva em
seus braços
Que a cada dia enxuga todo o meu
pranto
E bem de pertinho dirige os meus
passos.
Por que me ama tanto? Tal amor
não mereço,
O que em mim viu? Por certo, de
bom, nada.
E quando menos espero mais o
entristeço,
Ao prosseguir nesta minha curta
jornada.
E porque me ama tanto, bem
escondido,
Meu dia de amanhã guarda bem em
segredo:
Uma dor que me deixaria
entristecido,
Ele não me fala e posso viver sem
medo.
Ele quer que eu sinta e viva a
cada dia,
Avaliando seu socorro que não
falha.
E quando a dor chegar resoluta e
fria,
Seu coração de amor pronto me
agasalha.
Esse é o Deus que garante meu
futuro
O Deus que quero honrar mesmo
sendo incapaz.
E se chegar o dia mau, o dia
escuro,
Estarei
bem seguro porque Ele é minha paz.
Orlando Arraz Maz©
sexta-feira, 14 de julho de 2017
UMA TELA DE CONTRASTES
“Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram.E eis que um leproso, tendo-se aproximado,adorou-o dizendo: Senhor,se quiseres, pode purificar-me.E Jesus, estendendo a mão,tocou-lhe, dizendo Quero,fica limpo.E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra” (Ev. Mateus 8:1 a 3).
Se eu fosse um artista diante de uma tela, faria um retrato dos dois rostos, o de Cristo e o do leproso, tendo como fundo o monte de onde Jesus descia acompanhado da multidão. Ressaltaria os contrastes daquele encontro, mostrando o homem perfeito diante do homem desfigurado. Quem já viu um leproso entenderia muito bem.
Jesus encantara os discípulos e a multidão com seus ensinos, especialmente com as bem-aventuranças. Não há nada semelhante ao Sermão do Monte em toda a literatura mundial, produzida através dos anos. Nem tampouco haverá, porque é a mensagem que fluiu do coração do Homem-Deus, que se identifica em cada frase pronunciada no monte bendito.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.
Da forma que ensinou, praticou não só nesta ocasião, como através dos anos e por toda a eternidade. E ao descer do monte, o olhar de misericórdia alcança o infeliz leproso. O olhar de Cristo penetra o seu olhar vazio, profundo, sem vida. As mãos de Cristo, fortes, vigorosas, com seu gesto, não somente acalmavam a tempestade, ou enxugavam as lágrimas da viúva de Naim, diante da perda do filho único, mas tocam no corpo coberto de lepra.
Sua compaixão atravessa barreiras, quebra preconceitos, ofendem religiosos, vai de encontro à lei levítica. E tudo para dar saúde ao corpo deformado, desprezado, que afugentam grandes e pequenos.
É o grito do homem desesperado. “Senhor, se quiseres, podes purificar-me”. E aquele encontro transformou o corpo do leproso no corpo mais perfeito e sadio.
É sempre assim. Quando Jesus toca nas vidas exercitando sua misericórdia, ficamos parecidos com Ele. O caráter se modifica, o coração é inundado de gozo, a vida é mais feliz. A lepra não mais existe.
E ao terminar a pintura, mostraria em cores vivas o sorriso de Jesus e o espanto do leproso, ao olhar-se admirado vendo sua pele como a pele de um bebê.
Jesus é maravilhoso. Não tem medo nem asco de tocar vidas imundas e cobri-las com as vestes da salvação.
Não há ninguém que ao receber seu toque de misericórdia, saia de sua presença com manchas no coração e no caráter.
Ele tem poder para purificar, ainda hoje, com seu precioso sangue, vidas estragadas pela lepra que é o pecado.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
Orlando Arraz Maz©
sexta-feira, 7 de julho de 2017
DAVI E JÔNATAS - AMIGOS VERDADEIROS
“E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma”. I Samuel 18: 1
Há muitas histórias de amigos verdadeiros que nos deslumbram, como aquela do soldado que pediu permissão ao seu superior para procurar o amigo que não voltou para o acampamento. A resposta veio imediatamente: pedido negado. O soldado insistiu na sua pretensão, ao que o superior respondeu: “ele já está morto, e por que arriscaria a vida de mais um soldado”? “Mas, capitão, tenho certeza que meu amigo está vivo, esperando por mim”. Mesmo negado seu pedido, partiu em busca do amigo. Quando lá chegou, agonizava, e ainda pode balbuciar o seguinte: “eu tinha a certeza que você viria me buscar”.
Na canção de Milton Nascimento, a figura do amigo é cantada assim:
“Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam "não", mesmo esquecendo a canção, o que importa é ouvir a voz que vem do coração”
Entretanto, a história de Jônatas e Davi supera todas as demais. Eram amigos verdadeiros, e a trajetória de vida de ambos não deixa margem para dúvidas.
Jônatas, filho de Saul, herdeiro natural do trono, abriu mão da futura realeza em favor do amigo, quando “despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto”(I Sam.18:4)
A amizade de Jônatas nasceu no mesmo instante que presenciou a morte de Golias pelo jovem desconhecido até então. Quando viu os filisteus fugindo pelos montes, descobriu que o peso fora retirado dos ombros do seu povo. Agora era um povo feliz, sem o jugo pesado do inimigo. Podiam plantar suas lavouras sem riscos de serem queimadas, e podiam viver em paz sem o perigo de terem suas casas incendiadas.
Jônatas de pronto recebeu tudo isso como presente do pequeno Davi, e tornou-se a partir daí seu verdadeiro amigo. E sendo um experimentado general de exército nas fileiras de Israel, humildemente depôs suas armas e vestimentas como homenagem a um combatente mais corajoso do que ele.
Os anos se passaram, outras batalhas foram ganhas e perdidas, até que nos montes de Gilboa, Saul e Jônatas tombaram. E Davi lamenta essas mortes, compondo uma das elegias mais emocionantes nos relatos bíblicos:
“Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. Como caíram os poderosos, e pereceram as armas de guerra!” (II Samuel 1:26,27).
Afirmei no princípio deste artigo que esta amizade supera todas as demais, porque há um amigo verdadeiro que se chama Jesus.
Aquele que confia e o confessa como seu Salvador, um dia também estava sendo escravizado e hostilizado por um poderoso inimigo, o mesmo que um dia foi expulso dos céus. Vivia sem paz, sem proteção, empobrecido a cada dia. Mas Cristo veio a este mundo para tirar o ser humano do seu estado de miséria. E o apóstolo Paulo esclarece:
" O qual (Deus) nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor." (Colossenses 1 : 13)
Na grande batalha Jesus veio para mudar nossa história, nos tirar do império de trevas e nos transportar para um reino de paz e de amor. Na cruz combateu o gigante e venceu a batalha ressuscitando ao terceiro dia.
Não há amigo melhor como Jesus, que pode dizer um pouco antes de sua morte: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. (Ev.João 15:13,14)
Os bons amigos de hoje podem falhar amanhã e nos deixar abandonados. O único amigo que não falha é Jesus, e este sim, deve ser levado do lado esquerdo do peito.
Devemos agir com a mesma humildade de Jônatas, depor aos pés de Cristo todos os nossos recursos que não podem derrubar gigantes, e declararmos nossa amizade irrestrita. Confiar em Cristo e deixar que ele reine em nosso coração.
“És meu amigo ó bendito Salvador, acho refúgio no teu grande amor.
“Na jornada canso, mas o teu poder me traz uma nova força e celeste paz.
“És meu amigo no perigo ou dissabor, sempre comigo tu estás Senhor.
“Tu és quem me guia nesta peregrinação, e Senhor desfruto tua proteção. (HC 454)
Que assim seja
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