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domingo, 25 de abril de 2021

UMA NOVA VISÃO

 

 

Lançando sua capa para o lado,

de um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus" (Marcos 10:50)

 

Quando Jesus deixava a cidade de Jericó encontrou-se com um cego e devolveu-lhe a luz dos seus olhos. Esmolando à beira do caminho, percebeu que era Jesus quem se aproximava, e assim, começou a gritar implorando misericórdia. Sua situação era deveras triste, pois além de ser pobre e totalmente dependente da ajuda de outras pessoas, era desprovido da visão. Assim, mais do que nunca, precisa  encontrar Jesus, o Filho de Davi, e clamar por misericórdia. E o dia mais feliz de sua vida chegou.

Quantas lições podemos extrair desta passagem e aplicá-las na vida espiritual, não é mesmo? A Bíblia nos ensina que somos nascidos cegos, pobres e dependentes. O pecado roubou-nos tudo, atirou-nos à beira do caminho, sem piedade e sem misericórdia. Este é o serviço de Satanás, pois veio para “matar, roubar e destruir”.  Mas Jesus veio para dar vida e vida plena. (João 10:10).

Jesus ouviu seus gritos implorando misericórdia, embora muitos se incomodaram. Jesus, porém, mandou chamá-lo.

Não há outro recurso para o pecador senão clamar a Jesus e implorar  sua ajuda, mesmo que muitos o impeçam e se incomodem com seu clamor.

Jesus veio para “abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão”. (Isaias 42:7).

Bartimeu, o cego, atendeu prontamente o chamado de Jesus. Primeiro, desfez-se de sua capa, deu um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus. (Marcos 10:48-50).

Para sairmos da miséria espiritual como Bartimeu, precisamos reconhecer nossa total dependência de Jesus e clamar por sua misericórdia. Mas que ninguém se esqueça: “a capa” de nossa arrogância, de nossos “méritos”, de nosso “eu”, totalmente suja e imprestável, precisa ser deixada no caminho, pois sem dúvida vai nos impedir de alcançar a misericórdia de Cristo.

Por fim, Bartimeu pediu o que mais precisava: “Mestre, eu quero ver”. E imediatamente sua visão voltou e passou a seguir Jesus pelo caminho. Não mais o caminho da miséria que percorreu durante sua cegueira, mas o caminho que era o próprio Senhor Jesus.

Agora que todos sabem que a ”capa” atrapalha, precisam clamar sem demora:” Mestre, eu quero ver”, e sem dúvida os olhos espirituais serão abertos, e a beleza de Cristo será apreciada em sua totalidade.

Jesus ainda passa pelo caminho onde o pecador se encontra caído, e seu desejo é abrir-lhe os olhos. Ajoelha agora aos seus pés, e faça o que manda sua Palavra: “Se com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”. (Rom. 10:9).

Sem “capa”, mas com visão dada por Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

QUAL O TAMANHO DO SEU PASSO ?

 


 

 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo,

e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças,

até que eu chegue ao meu senhor em Seir”. (Gênesis 33:14)

 

Quem diria Jacó andando no passo dos rebanhos e das crianças!  

Desde que saíra de casa há vinte longos anos, sua vida fora bastante agitada. Trabalhara arduamente para seu sogro durante quatorze anos em troca de suas duas mulheres, e mais seis anos cuidando do rebanho. Agora é um homem envelhecido, experiente, com uma família numerosa e uma grande riqueza.

Apesar de suas conquistas era um homem cuja consciência o perturbava noite e dia, pois o engano praticado contra o seu irmão o perseguia constantemente. Agora, a caminho de uma reconciliação, lá estava ele tentando aplacar sua ira com a dádiva de rebanhos.

Como muitos de nós somos parecidos com Jacó!  

Envolvemo-nos profundamente em nossas ocupações, trabalhamos arduamente, frequentamos cursos de aperfeiçoamentos, e o mês se torna pequenino para tanta atividade. E no meio de toda essa correria, abandonamos deveres superiores, relacionamentos quebrados, amizades desfeitas que precisam ser consertadas, perdão que precisamos liberar, e dar assim o alívio necessário para nossa consciência. E qual a solução? Diminuir a velocidade de nossos passos, buscar a reconciliação e dar o abraço restaurador.

Jacó levou muito tempo carregando suas culpas, pelo menos longos vinte anos, mas conseguiu o abraço de seu irmão, cujo relato ainda hoje nos emociona: “Mas Jacó insistiu: Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!” (Gen. 33:10).

Não precisamos levar tanto tempo como levou Jacó. Hoje mesmo devemos buscar a amizade que ficou distante, consertar ou apagar as palavras usadas que magoaram, e seguir em paz com o nosso coração.  

Ao findar sua viagem Jacó edificou um altar e o chamou: “El Elohe Israel” O Deus de Israel, seu novo nome.

Quando eu e você andarmos “no passo das crianças”, consertarmos todas as diferenças, aliviados, podemos imitar Jacó, edificando um altar de adoração em nosso coração declarando que Deus é o nosso Deus. 

 Que assim seja

 Orlando Arraz Maz© 

terça-feira, 13 de abril de 2021

A PRESENÇA CONSOLADORA DE DEUS

  

Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar;
todos me abandonaram. Que isso não lhes cobrado.
Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças,
para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada,
e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. (II Tim. 4:16-17)

 

O texto de nossa meditação nos leva a considerar os últimos dias do apóstolo Paulo. Um guerreiro do evangelho desde a estrada de Damasco até sua última prisão. Sem dúvida, um relato muito triste que descreve sua situação de prisioneiro.

Ele escreve para seu filho na fé, Timóteo, tão distante dele, relatando sua decepção com os que o abandonaram, e ao mesmo tempo seu conforto em saber que o Senhor não o deixou sozinho. Confiava na promessa de Jesus quando disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mat. 28:20).

Quando todos pensavam que por estar aprisionado era bem fraco, declara que era forte e que sua força vinha do Senhor. E com essa força a mensagem do Evangelho era proclamada, levando muitos à conversão ao Senhor Jesus. O cárcere era sua fortaleza e ao mesmo tempo sua plataforma, onde muitos ouviram as verdades do Evangelho. Ao escrever sua carta aos cristãos de Filipos, descobrimos: “Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de Cesar”. (Filip. 4:22) Assim, cumpriu-se o que fora revelado pelo Senhor Jesus à Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15). Cristãos no palácio de Cesar”!

Maravilhoso seu testemunho como prisioneiro para os dias atuais, quando muitos cristãos se sentem sozinhos, desamparados, sem forças para lutar. E entristecidos se esquecem que a presença do Senhor é uma realidade. Outros são levados à depressão profunda, duvidando do poder de Deus em mudar essa situação. Lembremos que o apóstolo Paulo estava preso, acorrentado, em cela por certo em subsolo, um lugar infectado de ratos e outras espécies.

O sofrimento de muitos não se compara com este arauto do Evangelho, e muito menos com a trajetória de perseguições, açoites, fome, frio, nudez, como ele mesmo relata aos cristãos de Corinto: “Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez” (II Cor. 11:27)

Mas, ainda, há um que sofreu o desamparo e o abandono de seu Pai quando morria na cruz, e nossos olhos devem ser abertos para buscar nele as forças que precisamos. O autor da carta aos Hebreus nos ensina que temos um grande sumo sacerdote:” Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou todo o tipo de tentação. Porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade”. (Hebreus 4:14-16)

Então, mais do que nunca, devemos confiar na presença consoladora de Deus, que nos socorre em tempos difíceis, e em quaisquer circunstâncias. Não há lugar mais profundo onde a mão de Deus não nos alcance.  Como Paulo, que possamos afirmar: “O Senhor permaneceu ao meu lado”.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©


segunda-feira, 5 de abril de 2021

COMO FOI SUA PÁSCOA?

 

“Ressuscitou verdadeiramente o Senhor

                                                                              e já apareceu a Simão” (Lucas 24:34). 

Ainda é tempo de refletir sobre a Páscoa, mesmo que já foi comemorada com muita alegria, ovos para crianças e uma mesa farta. São coisas que ficaram para trás e logo serão esquecidas.

Entretanto, a verdadeira Páscoa jamais será esquecida e sua comemoração sempre se renova nos corações dos que conhecem seu verdadeiro significado.   

A Páscoa verdadeira para muitos deixou de ser comemorada, pois ainda permanece desconhecida. Ela nos leva à ressurreição de Jesus e resulta em uma nova alegria, permanente, eficaz e que jamais acaba. É comemorada na terra e será sempre lembrada na eternidade. A verdadeira Páscoa abre os nossos olhos espirituais a fim de que celebremos a Cristo ressuscitado.

Na manhã da Páscoa dois discípulos de Jesus estavam desanimados e tristes pela sua morte. Suas palavras expressavam tal sentimento: “É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro, e, não achando o seu corpo, voltaram dizendo que também tinham visto uma visão de anjos que dizem que ele vive”. E mais ainda: “E alguns dos que estavam conosco (Pedro e João) foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém não o viram” (Lucas 24: 16 a 24)

Hoje se dá o mesmo, pois muitos não creem que Cristo ressuscitou apesar do testemunho das Escrituras. Naquela ocasião, enquanto caminhavam, Jesus alertou-lhes dizendo que seus olhos estavam fechados, razão porque o desconheceram.

Os discípulos de Emaús descobriram que o forasteiro era o próprio Jesus, e com ânimo redobrado voltaram a Jerusalém e contaram as boas novas aos discípulos: “Ressuscitou verdadeiramente o Senhor e já apareceu a Simão” (Lucas 24:34). “Tiveram seus olhos abertos e o conheceram”, e a alegria voltou aos seus corações entristecidos.

 A verdadeira Páscoa abre os nossos olhos para que vejamos e acreditemos que o túmulo está vazio.  O corpo de Jesus ressuscitado e glorificado está nos céus. Ele deseja que comemoremos com alegria, na esperança de que vai voltar.

Então, que tal continuar comemorando a verdadeira Páscoa, não como aquela de ontem, mas a que nos dá esperança e nos garante vida eterna.

O túmulo está vazio, mas o trono está cheio de glória ocupado por Jesus.

Aleluia, Ele ressuscitou.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©