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terça-feira, 13 de abril de 2021

A PRESENÇA CONSOLADORA DE DEUS

  

Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar;
todos me abandonaram. Que isso não lhes cobrado.
Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças,
para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada,
e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. (II Tim. 4:16-17)

 

O texto de nossa meditação nos leva a considerar os últimos dias do apóstolo Paulo. Um guerreiro do evangelho desde a estrada de Damasco até sua última prisão. Sem dúvida, um relato muito triste que descreve sua situação de prisioneiro.

Ele escreve para seu filho na fé, Timóteo, tão distante dele, relatando sua decepção com os que o abandonaram, e ao mesmo tempo seu conforto em saber que o Senhor não o deixou sozinho. Confiava na promessa de Jesus quando disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mat. 28:20).

Quando todos pensavam que por estar aprisionado era bem fraco, declara que era forte e que sua força vinha do Senhor. E com essa força a mensagem do Evangelho era proclamada, levando muitos à conversão ao Senhor Jesus. O cárcere era sua fortaleza e ao mesmo tempo sua plataforma, onde muitos ouviram as verdades do Evangelho. Ao escrever sua carta aos cristãos de Filipos, descobrimos: “Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de Cesar”. (Filip. 4:22) Assim, cumpriu-se o que fora revelado pelo Senhor Jesus à Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15). Cristãos no palácio de Cesar”!

Maravilhoso seu testemunho como prisioneiro para os dias atuais, quando muitos cristãos se sentem sozinhos, desamparados, sem forças para lutar. E entristecidos se esquecem que a presença do Senhor é uma realidade. Outros são levados à depressão profunda, duvidando do poder de Deus em mudar essa situação. Lembremos que o apóstolo Paulo estava preso, acorrentado, em cela por certo em subsolo, um lugar infectado de ratos e outras espécies.

O sofrimento de muitos não se compara com este arauto do Evangelho, e muito menos com a trajetória de perseguições, açoites, fome, frio, nudez, como ele mesmo relata aos cristãos de Corinto: “Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez” (II Cor. 11:27)

Mas, ainda, há um que sofreu o desamparo e o abandono de seu Pai quando morria na cruz, e nossos olhos devem ser abertos para buscar nele as forças que precisamos. O autor da carta aos Hebreus nos ensina que temos um grande sumo sacerdote:” Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou todo o tipo de tentação. Porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade”. (Hebreus 4:14-16)

Então, mais do que nunca, devemos confiar na presença consoladora de Deus, que nos socorre em tempos difíceis, e em quaisquer circunstâncias. Não há lugar mais profundo onde a mão de Deus não nos alcance.  Como Paulo, que possamos afirmar: “O Senhor permaneceu ao meu lado”.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©


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