Há
duas verdades que muitos se esquecem e outros tantos nem meditam nelas: a noite
que ficou iluminada e o dia que ficou na escuridão. Dois acontecimentos
narrados na Bíblia e que levam à nossa meditação com toda a reverência.
Era
madrugada quando Jesus nasceu. Os pastores no campo cuidavam de suas ovelhas, e
de repente “um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu
ao redor deles, e ficaram aterrorizados” (Lucas 2:9-11). Sem dúvida o clarão
que surgiu no céu foi o reflexo da glória do Senhor, algo jamais visto por
olhos humanos. A noite escura se foi e os pastores em seguida foram visitados
por uma grande multidão do exército celestial, que em meio a vasta iluminação
louvavam a Deus, dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens
aos quais ele concede o seu favor”. (Lucas 2:13,14).
A
noite escura que habita no coração do homem traz tristeza, dor e morte, mas
Jesus veio ao mundo para dissipar tamanhas trevas. Ele é a luz do mundo, e a
mensagem que deixou para nós nas suas santas palavras, é: “Eu sou a luz do
mundo. Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João
8:12)
Aquela
noite memorável e abençoada, com seu clarão nos fala da grandiosidade de Jesus,
que veio trazer a paz tão desejada para todos: “Paz na terra, boa vontade para
com os homens “. A paz anunciada pelo anjo não é a paz entre os povos nas
guerras entre si, mas, sim, a paz que ele concede pela obra na cruz do
calvário, reconciliando o homem com Deus, nas palavras do apóstolo Paulo: “E
que, havendo por ele feto a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como
as que estão nos céus”. (Colos. 1:20).
Mas
há outra verdade que também toca nossos corações. Na sua morte, pendurado sobre
a cruz, em plena luz do dia as trevas cobriram os céus. Do meio-dia às três da
tarde, uma escuridão total. O evangelista Lucas assim descreve: “E era já quase
a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona. Escurecendo-se o
sol, rasgou-se ao meio o véu do templo” (Lucas 23:44,45). Que contraste mais
assombroso entre seu nascimento e sua morte. Não havia anjos cantando, não
havia um céu iluminado, mas o total abandono do Pai escondendo seu rosto ao
amado Filho. E na cruz, seu grito ecoa por todo o universo: “Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido, e
não me auxilias? (Salmos 22:1)
Vale
a pena meditar nestes dois acontecimentos, pois trouxeram incontáveis bênçãos
ao coração do homem: Jesus nasceu, o céu ficou iluminado, e Ele trouxe salvação
nas palavras do profeta Malaquias: “Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá
o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas, e saireis, e
crescereis como os bezerros do cevadouro” (Mal. 4:2); ao
morrer, sob a negridão dos céus pagou as nossas transgressões sem nunca ter pecado, e derramou sua luz no nosso
coração quando caminhávamos para a morte.
Que
Salvador maravilhoso! Sofreu a pena do nosso pecado, e nos salvou de modo
assombroso. Crendo nele e o confessando como Senhor e Salvador, o veremos na
glória onde se encontra exaltado à direita do Pai. enchendo o céu de luz.
Que
assim seja.
Orlando
Arraz Maz©
Nenhum comentário:
Postar um comentário