“E a
praga cessou no meio de Israel”
II
Samuel 24:25
Ao longo destes dez anos, aproximadamente, temos meditado em muitos salmos do rei Davi e extraído lições abençoadoras. Sua vida é pontuada de altos e baixos, mas nunca deixou de ser um homem humilde ao reconhecer suas falhas. Sempre buscou a face do Senhor confessando sua culpa e alcançando bendita misericórdia.
Gostaria de considerar no dia quando
o orgulho subiu à cabeça do rei Davi, querendo saber a quantidade do povo que
estava sob seu governo, e sem titubear, ordenou ao seu comandante Joabe que
fizesse a contagem, o que foi por ele alertado que não o fizesse, pois Deus não
se agradaria. Mesmo assim, seguiu avante, o que resultou na reprovação de Deus
enviando uma praga sobre seu povo.
O censo levou cerca de nove meses
e vinte dias, por certo, tempo assas suficiente para Davi perceber o grau do erro
cometido. Quem sabe recordou as inúmeras vezes que ganhou suas guerras,
auxiliado por Deus intervindo de maneira milagrosa, mas ao contar o povo pensou
na força de seus homens de guerra. Um exército para lançar o medo nos povos ao
redor de Jerusalém. Quem sabe, caindo em si, “sentiu remorso e disse ao Senhor:
Pequei gravemente com o que fiz! Agora, Senhor, eu imploro que perdoes o pecado
do teu servo, porque cometi uma grande loucura!” (II Sam.24:10)
Vários homens na Bíblia usaram a
mesma expressão “pequei”, somo Saul, Judas, Faraó, Balaão, e não mudaram de
comportamento. Não se arrependeram e morreram em seus pecados. Entretanto, Davi
foi diferente e aí vai toda admiração – um homem segundo o coração de Deus. Ao
vidente que foi enviado por Deus, Davi respondeu: “É grande a minha angústia!
Prefiro cair nas mãos do Senhor, pois grande é a sua misericórdia, e não nas
mãos dos homens” (II Sam.24:14)
Embora a punição do seu pecado recaiu
sobre o seu povo, o que lhe trouxe um grande pesar, pois admitia que o castigo
deveria recair sobre si e sobre a casa de seu pai. Então, adquiriu o campo de Araúna,
e “Edificou ali ao Senhor um altar e apresentou holocaustos e ofertas
pacíficas. Assim, o Senhor se tornou favorável para com a terra, e a praga
cessou de sobre Israel” (II Samuel 24:25)
Anos mais tarde num daqueles
montes foi levantada uma cruz e o corpo de Cristo, não de animais, foi oferecido
para Deus pelos nossos pecados.
Este triste acontecimento nos
leva à refletir que o pecado, a transgressão que separa o homem de Deus, é como
uma terrível praga cujo fim é a morte. E nosso amado Salvador sofreu a justa
punição pelo nosso pecado. E a espada que pendia sobre nossa cabeça não foi
retirada como no monte de Araúna, mas caiu sobre Jesus no monte do Calvário.
Assim como em Israel cessou a
morte naquele dia, o mesmo acontece com todos que reconhecem e confessam o seu
pecado: passam da morte para a vida. E tal certeza vem dos lábios do Senhor
Jesus no Evangelho de João: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida” (João 5:24).
Faça como Davi e seja abençoado
com a vida eterna.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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