Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e antes que se aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho satisfação neles".(Ecl.12:1)
Provavelmente, o escritor do livro de Eclesiastes, o sábio Salomão, já não era um jovem quando escreveu este capítulo. Tudo nos leva a crer que a sua juventude foi vivida no temor de Deus e que na sua velhice desejava instruir os jovens a se lembrarem do Criador.
Como um profundo conhecedor da Ciência, principalmente da Botânica (1° Reis 4.29-34), penetrou nas suas minúcias indecifráveis, e, sem dúvida, também foi um conhecedor do ser humano, pesquisando e penetrando no mais profundo de sua vida. Embasado em tal conhecimento aliado à sua experiência, pôde deixar esculpidos na Palavra de Deus versículos tão abençoados, entre os quais estes do capítulo 12 de Eclesiastes.
Quem sabe se o resultado de suas pesquisas foi deveras assombroso contemplando a infinidade daqueles que um dia, sendo jovens, tinham se esquecido do Criador, e que, agora, com o peso dos anos, tinham o peso das feridas expostas na alma, surgidas pelo fato de terem colocado o Criador à margem de suas vidas.
A Palavra de Deus é sábia, pois o seu Autor é um Deus sábio e desta forma dá sabedoria àqueles que se colocam sob Sua mão, a fim de que, por eles, outros sejam instruídos. Salomão foi deveras usado neste sentido. Portanto, nisto vemos o amor de Deus, que não quer o ser humano, criado à Sua semelhança, com uma velhice de mágoas e sequelas pelo fato de "viverem" uma vida longe dEle e, consequentemente, dEle esquecidos.
Mas em que consiste tal lembrança do Criador? Será simplesmente uma indelével lembrança, fugidia, fugaz, que se desvanece qual vapor ou qual nuvem no horizonte? Ou será uma lembrança tal que leve o ser humano a prostrar-se perante o Criador e, humilhado, reconheça sua limitação, pequenez e incapacidade? Ah! se esta última atitude fosse adotada, muitos, que hoje se lamentam, poderiam viver felizes, sem queixumes.
Lembrar-se do Criador é reconhecer a Sua grandeza, não só na Criação, mas, sobretudo, na restauração do homem.
Lembrar-se do Criador é reconhecer que Ele se fez homem e, que na Sua grandeza, humilde, baixou a este mundo para salvar o homem dos seus pecados.
Lembrar-se do Criador é sentir dentro do coração o Deus que salva, que liberta, que perdoa, que abençoa!
Lembrar-se do Criador é viver no temor deste Deus e, amando-o deixar que Ele domine todo o seu ser.
Somente assim será feliz o homem que em sua mocidade lembrou-se do Criador. E nada terá para lamentar-se, pois não conhecerá os dias maus, o tédio, a solidão, o descontentamento.
É bom saber que os crentes no Senhor Jesus Cristo já entenderam a mensagem de Eclesiastes 12.Abraçaram e aceitaram em suas vidas o Criador, certos de que nada terão para lamentar-se, pois, mesmo chegando os anos, neles terão todo o prazer.
E, com tal ânimo, se esforçam no trabalho do Senhor e de maneira específica nas reuniões de treinamento da Mocidade, procurando aprender e transmitir aos outros jovens aquilo que já sabem do Criador.
Colocam em prática o que o sábio pregador ensinou, sabendo que é melhor ter o gozo de Cristo no coração do que os prazeres deste mundo; que lembrar e amar ao Criador de todas as coisas, o Salvador Maravilhoso e Conselheiro, o Deus Forte e Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, resultará em bênçãos eternas e que ninguém, que assim crê de coração, virá dizer mais tarde: “...antes que venham os maus dias e cheguem os anos dos quais dirá: não tenho neles prazer”.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
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