E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,
de ti me sairá o que será Senhor em Israel,
e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade. (Miqueias 5:2).
E entrando o anjo onde ela estava, disse:
Salve, agraciada; o Senhor é contigo:
bendita tu entre as mulheres. (Lucas 1:26-28)
Pensando,
ainda, no Natal, e meditando no texto de Miqueias 5:2, descobrimos que Deus
escolheu a cidade e escolheu quem seria a mãe do Salvador. A cidade seria Belém
Efrata, ou Belém de Judá, que quer dizer casa do pão, onde muitos acontecimentos
históricos se sucederam: lá, Raquel, esposa de Jacó, foi sepultada; Noemi e seu
marido Elimeleque, por causa da fome, mudaram-se de Belém, escolhendo Moabe,
onde mais tarde morreram os filhos de Noemi e seu marido. Rute, sua nora, mais
tarde casou-se com Boaz, de onde nasceu Davi. São estes os diversos
acontecimentos que se deram na pequena Belém, culminando com o maior de todos,
o nascimento do Senhor Jesus.
Deus
escolheu a mãe. Em uma cidade obscura, para lá se dirigiu o anjo Gabriel. Quanta
honra para este ser angelical, cuja missão é relatada no evangelho de Lucas: “E,
respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e
fui envido a falar-te e dar-te estas alegres novas” (Lucas 1:19). Em outras
ocasiões o anjo Gabriel foi enviado a Daniel para ajudá-lo a entender suas visões,
e muito tempo depois foi enviado para anunciar o nascimento de João Batista,
que em princípio duvidou da grata notícia, resultando daí sua mudez. Mas, desta
vez coube a ele levar novas de grande alegria ao coração de uma jovem chamada
Maria. Tão diferente do velho Zacarias, que após ouvir as explicações do anjo
Gabriel, disse: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38).
Quanta
verdade nas palavras do anjo, declarando que seriam novas de grande alegria.
Naquela noite inesquecível para os pastores, a mensagem do anjo foi singular: “O
anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa nova
de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi,
lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10,11). A mesma
alegria foi sentida pelos magos ao contemplarem no céu a estrela que os guiou
até o humilde lugar: “E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e
intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe.
Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas
ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:10,11).
A
alegria que vem do nascimento de Jesus é a mesma que vem ao coração de todos os
que creem nele, pois esta é sua promessa: “Tenho lhes dito estas coisas para
que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”. (João
15:11).
Quando
Zaqueu quis conhecer a Jesus do alto de uma árvore, aceitou o seu convite para
descer e o recebeu com alegria. (Lucas 19:6).
E
quando Jesus subiu ao céu, os discípulos “adorando-o, voltaram para Jerusalém cheios
de alegria” (Lucas 24:52)
O
Natal é tempo de alegria, não alegria nas reuniões familiares, nas festividades,
nas trocas de presentes, pois esta é passageira e termina assim que termina o
dia de Natal. A alegria real deve ser a mesma dos pastores, dos magos, de
Zaqueu e de todos os que encontram Jesus, não mais na manjedoura, mas vivo no
coração, como Salvador, Cristo e Senhor.
Caso
tenha sido assim este o seu Natal, parabéns. Sua alegria permanecerá para
sempre. Se não, peça a Cristo para nascer em seu coração e seu Natal será todos
os dias, e sua alegria não terá fim.
Que
assim seja.
Orlando
Arraz Maz©
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