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domingo, 25 de julho de 2010

O CEGO BARTIMEU




Junto à curva do caminho, triste, sentado,
Esmola Bartimeu, tão sozinho, tão só,
Esperando ganhar o óbolo desejado
Dos que caminham pela velha Jericó.


Mas eis que surge um falatório inusitado,
E em suas narinas sente o levantar do pó,
E descobre através do ouvido refinado
O som de vozes, passos; não está mais só.

E escuta sem demora e descobre sem custo
Que pela estrada passa enorme multidão,
Que é Jesus Nazareno, o poderoso e justo
Que a todos leva sua mais doce compaixão.

E começa a clamar: Jesus eu quero ver,
Ó Filho de Davi tem compaixão de mim,
Ò dá-me outra visão e faça o teu querer,
E livra-me Jesus dessas trevas sem fim.


E Jesus vendo o cego ordena sem demora,
Trazeio-o junto a mim, pois clama sem parar.
“Que queres que eu te faça?” E o cego, então implora:
“Que eu tenha nova vista e a todos possa olhar.


E vendo Jesus a fé do cego confiante,
Fé que dentro de sua alma imediatamente aflora,
Exclama: “A tua fé te salvou”. E, radiante,
Vendo a Jesus passa a segui-lo estrada fora.

Evangelho de Lucas cap. 18:35-43


3/8/1986



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